“Bariátrica foi um engano”, diz mulher após fazer a reversão

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Uli Suellen tinha 30 anos, 1,58 m de altura e pesava 115 kg quando decidiu passar pela cirurgia bariátrica, em 2021. A brasiliense buscava uma solução para os impactos do excesso de peso na saúde e na autoestima, mas a decisão, tomada com esperança, rapidamente se transformou em um pesadelo físico e emocional.


Trinta dias depois da cirurgia, Uli ainda não conseguia se alimentar. Procurou ajuda médica e permaneceu internada por quase 11 meses. Nesse período, passou por complicações severas: o estômago dobrou, foi necessária uma cirurgia para desdobrá-lo e, somente depois disso, foi possível iniciar o processo de reversão.


Entre os principais sintomas enfrentados, ela destaca a impossibilidade de beber águas, vômitos constantes, perda parcial da visão, quadro grave de anemia e desnutrição.


“Só via gente falando bem do pós-operatório. Prometeram que eu teria qualidade de vida, promessa que nunca se cumpriu. Só conseguia me alimentar por sonda. Cheguei a pesar 32 kg. Foi aterrorizante”, conta a fotógrafa.


Antes de realizar a reversão, Uli precisou ganhar peso: só com 48 kg os médicos autorizaram o procedimento. “Eu mesma decidi reverter. Não queria mais sofrer”. Após o procedimento, sua saúde começou a melhorar gradativamente. Hoje, com 90 kg, ela afirma ter finalmente alcançado qualidade de vida.


“Ainda tenho medo de comer e passar mal. Faço tratamento psicológico por trauma. Não foi uma experiência boa”, afirma.

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O organismo de Uli não reagiu bem a bariátrica e ela precisou fazer a reversão do procedimento

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Uli Suellen tinha 30 anos quando realizou a cirurgia bariátrica e chegou a pesar 32 kg

Uli Suellen/ Arquivo pessoal
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O organismo de Uli não reagiu bem a bariátrica e ela precisou fazer a reversão do procedimento

Uli Suellen/ Arquivo pessoal

A história de Uli está longe de ser comum, mas serve como alerta. O cirurgião bariátrico José Afonso Sallet, do Instituto de Medicina Sallet, destaca que, mesmo com os altos índices de sucesso — mais de 95%, segundo estudos —, a bariátrica é uma intervenção invasiva e não deve ser banalizada.


“A escolha do paciente deve ser acompanhada por uma equipe experiente e levar em conta aspectos clínicos, emocionais e nutricionais. O pós-operatório exige acompanhamento contínuo”, reforça Sallet.




5 pontos importantes sobre a bariátrica:



  1. Quem passa pela bariátrica também deve fazer mudanças profundas e permanentes no estilo de vida.

  2. Nem todos podem fazer. Os critérios incluem índice de massa corporal (IMC) elevado, presença de comorbidades e tentativa prévia de perda de peso sem sucesso.

  3. Há tipos diferentes. As principais são o bypass gástrico, sleeve e derivações intestinais — cada uma com riscos e benefícios.

  4. Pode haver complicações. Embora segura, a cirurgia pode causar fístulas, obstruções, tromboses e, em raros casos, desnutrição severa.

  5. Reversão é exceção. A reversão da bariátrica é indicada em menos de 1% dos casos, geralmente quando os riscos à vida superam os benefícios.




Reversão da bariátrica


A reversão da bariátrica é um procedimento raro e extremo, reservado para casos com complicações graves, como desnutrição severa ou fístulas persistentes. “É um processo complexo, que busca restaurar a anatomia digestiva, mas só pode ser indicado após rigorosa avaliação médica e transdisciplinar”, afirma Sallet.


Uli diz que se sente aliviada por ter revertido a cirurgia, mas ainda convive com sequelas: engasgos frequentes e refluxo são parte do cotidiano. Apesar disso, sua maior conquista foi recuperar o direito de viver sem medo. “Hoje eu consigo comer. Antes, nem água descia”.


Quando questionada se recomendaria o procedimento, ela é categórica: “Não. De jeito nenhum”. Na experiência dela, faltou informação sobre os riscos. “Todo mundo falava que era bom, mas não foi o que aconteceu. Fazer a bariátrica foi um engano”, lamenta.


A cirurgia bariátrica é, de fato, uma importante aliada no tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de peso, como a diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono. Mas Sallet alerta que o procedimento precisa ser entendido como uma ferramenta, e não como uma solução definitiva. “O paciente precisa saber que o comprometimento com o tratamento não acaba na cirurgia”, afirma.


O caso de Uli revela o outro lado da estatística: aquele que foge do previsto e exige coragem para ser contado. Sua história serve de alerta para quem pensa em recorrer à bariátrica sem a devida preparação e consciência. “Eu quis fazer parte do grupo das pessoas que dizem que a cirurgia salvou a vida. Mas no meu caso, quase custou a minha”, conta.


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Super Viagra: cientistas testam pílula significativamente mais forte

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Um comprimido experimental para tratar a disfunção erétil demonstrou efeito significativamente mais forte que o Viagra. O medicamento, batizado de simenafil, teve ação mais rápida e menor incidência de efeitos colaterais para os homens em testes clínicos.


Cientistas do Primeiro Hospital da Universidade de Pequim apresentaram a novidade em um estudo publicado em 8 de julho no Journal of Sexual Medicine, revista científica focada em medicina sexual.



A pesquisa comparou os efeitos do simenafil com os da sildenafil, o princípio ativo do Viagra, em um ensaio clínico de 12 semanas com 765 homens com idades entre 30 e 70 anos, diagnosticados com disfunção erétil.


Os resultados mostraram que o novo composto começou a agir em apenas 15 minutos após a ingestão — tempo considerado significativamente menor do que o observado com o Viagra tradicional, que pode levar até uma hora para surtir efeito.


“O estudo mostrou que a satisfação com relação sexual, a função orgástica, o desejo sexual e a satisfação geral aumentaram”, escreveram os cientistas.



O que é disfunção erétil?



  • A disfunção erétil pode ser provocada por problemas de circulação sanguínea, alterações hormonais, doenças neurológicas, efeitos colaterais de medicamentos ou fatores psicológicos como depressão, ansiedade e estresse.

  • Em muitos casos, a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de doenças cardiovasculares, como pressão alta ou aterosclerose. Por isso, investigar a causa é fundamental para a saúde geral do paciente.

  • A maioria dos casos pode ser tratada com medicamentos orais, como o sildenafil (Viagra) ou o tadalafil (Cialis).

  • Mudanças no estilo de vida, psicoterapia e tratamento de doenças associadas também fazem parte do cuidado.

  • O impacto emocional da disfunção erétil é significativo. Muitos homens relatam sentimentos de inadequação, baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos.

  • Hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabaco, controlar o peso e praticar atividade física regular, ajudam a prevenir o problema e a manter a saúde sexual em dia.




Menos efeitos colaterais


Outro ponto positivo relatado pelos participantes foi a menor incidência de efeitos adversos. Enquanto a náusea, dor de cabeça e desconforto estomacal são queixas comuns entre os usuários do sildenafil, os homens que tomaram simenafil relataram experiências mais confortáveis e com maior sensação de controle.


“Portanto, acreditamos que isso proporcionará uma opção adicional de tratamento confiável”, afirmaram os pesquisadores.

A expectativa é de que o novo comprimido seja submetido à aprovação de agências reguladoras nos próximos meses. Se autorizado, poderá representar uma alternativa mais rápida e tolerável para homens que sofrem com disfunção erétil.


Essa condição é definida como a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Ela pode ter causas físicas, psicológicas ou uma combinação das duas.


Apesar de ser mais comum com o avanço da idade, o problema pode atingir homens mais jovens, especialmente em casos de ansiedade, estresse crônico, uso de substâncias ou condições como obesidade e diabetes.


Enquanto o medicamento não chega às farmácias, é recomendado que qualquer problema de ereção seja tratado com seriedade e discutido com um profissional de saúde. Afinal, a disfunção erétil é um problema médico, e não uma falha pessoal. Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de reversão e de uma vida sexual plena.


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Por que algumas pessoas com autismo andam de forma diferente?

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*O artigo foi escrito pela professora de Psicologia Clínica Nicole Rinehart, pela pesquisadora Chloe Emonson e pela Neuropsicóloga Clínica Ebony Renee Lindor, todas da Universidade Monash, e publicado na plataforma The Conversation Brasil.


O autismo é uma condição de neurodesenvolvimento que afeta o desenvolvimento e o funcionamento do cérebro das pessoas, afetando o comportamento, a comunicação e a socialização. Também pode envolver diferenças na maneira como você se movimenta e caminha, o que é conhecido em inglês como “gait” ou marcha.


Ter uma “marcha estranha” agora está listado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais como uma característica de apoio ao diagnóstico do autismo.


Como isso se parece?


As diferenças de marcha mais perceptíveis entre as pessoas com autismo são:



  • Andar com os dedos dos pés, andar sobre as pontas dos pés;

  • Andar com um ou ambos os pés virados para dentro;

  • Marcha para fora, andar com um ou ambos os pés virados para fora.


As pesquisas também identificaram diferenças mais sutis. Um estudo que resume 30 anos de pesquisa entre pessoas autistas relata que a marcha é caracterizada por:



  • Andar mais lentamente;

  • Dar passos mais largos;

  • Passar mais tempo na fase de “postura”, quando o pé deixa o chão;

  • Levar mais tempo para concluir cada passo.



As pessoas com autismo apresentam muito mais variabilidade pessoal no comprimento e na velocidade de suas passadas, bem como na velocidade da caminhada.


As diferenças na marcha também tendem a ocorrer junto com outras diferenças motoras, como problemas de equilíbrio, coordenação, estabilidade postural e caligrafia. As pessoas autistas podem precisar de apoio para essas outras habilidades motoras.


O que causa as diferenças na marcha?


Elas se devem, em grande parte, a diferenças no desenvolvimento do cérebro, especificamente em áreas conhecidas como gânglios basais e cerebelo.


Os gânglios basais são amplamente responsáveis pela sequência de movimentos, inclusive por meio da mudança de postura. Isso garante que a marcha pareça algo feito sem esforço, suave e automática.


O cerebelo então usa informações visuais e proprioceptivas (para sentir a posição e o movimento do corpo) para ajustar e cronometrar os movimentos para manter a estabilidade postural. Ele garante que o movimento seja controlado e coordenado.


As diferenças de desenvolvimento nessas regiões cerebrais relacionam-se à aparência das áreas (sua estrutura), como elas funcionam (sua função e ativação) e como elas “falam” com outras áreas do cérebro (suas conexões).


Embora alguns pesquisadores tenham sugerido que a marcha autista ocorre devido ao atraso no desenvolvimento, sabemos agora que as diferenças de marcha persistem ao longo da vida. Algumas diferenças de fato se tornam mais claras com a idade.


Além das diferenças baseadas no cérebro, a marcha autista também está associada a fatores como as capacidades motoras, de linguagem e cognitivas mais amplas da pessoa.


Pessoas com necessidades de apoio mais complexas podem apresentar diferenças motoras ou de marcha mais acentuadas, além de dificuldades cognitivas e de linguagem.


A desregulação motora pode indicar sobrecarga sensorial ou cognitiva e ser um indicador útil de que a pessoa pode se beneficiar de apoio extra ou de uma pausa.


Como isso é gerenciado?


Nem todas as diferenças precisam ser tratadas. Em vez disso, os médicos adotam uma abordagem individualizada e baseada em objetivos.


Algumas pessoas autistas podem ter diferenças sutis de marcha que são observadas durante os testes. Mas se essas diferenças não afetarem a capacidade da pessoa de participar da vida cotidiana, elas não precisam de apoio.


É provável que uma pessoa autista se beneficie do apoio para diferenças de marcha se elas tiverem um impacto funcional em sua vida diária. Isso pode incluir:



  • Maior risco de quedas ou quedas frequentes;

  • Dificuldade em participar das atividades físicas de que gostam;

  • Consequências físicas, como tensão nos músculos de Aquiles e da panturrilha, ou dor associada em outras áreas, como nos pés ou nas costas.


Algumas crianças também podem se beneficiar do apoio ao desenvolvimento de habilidades motoras. No entanto, isso não precisa ocorrer em uma clínica.


Como as crianças passam grande parte de seu tempo na escola, os programas que integram oportunidades de movimento durante todo o dia escolar permitem que as crianças autistas desenvolvam habilidades motoras fora da clínica e com seus colegas. Desenvolvemos o Joy of Moving Program in Australia, por exemplo, que faz com que os alunos se movimentem na sala de aula.


Nossos estudos de intervenção com base na comunidade mostram que as habilidades de movimento de crianças autistas podem melhorar depois de participarem de intervenções com base na comunidade, como esportes ou dança.


Os modelos de apoio com base na comunidade permitem que as crianças autistas tenham controle sobre a forma como se movimentam, em vez de verem as diferentes formas de movimento como um problema a ser resolvido.


Para onde ir a partir daqui?


Embora tenhamos aprendido muito sobre a marcha autista em um nível amplo, os pesquisadores e clínicos ainda estão buscando uma melhor compreensão de por que e quando ocorre a variabilidade individual.


Também ainda estamos determinando a melhor forma de apoiar os estilos de movimento individuais, inclusive entre as crianças à medida que se desenvolvem.


Entretanto, há evidências crescentes de que a atividade física melhora as habilidades sociais e a regulação comportamental em crianças pré-escolares com autismo.


Portanto, é encorajador que os estados e territórios estejam avançando em direção a mais apoios fundamentais baseados na comunidade para crianças autistas e seus pares, à medida que os governos desenvolvem apoios fora do National Disability Insurance Scheme (NDIS), da Austrália.


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Ressonância magnética: homem com colar morre ao ser puxado por máquina

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Um homem de 61 anos morreu após ser puxado por uma máquina de ressonância magnética enquanto usava uma corrente metálica no pescoço. O caso ocorreu em Long Island, Nova York, na quarta-feira (16/7), mas a morte só foi confirmada no dia seguinte, após a vítima não resistir aos ferimentos.


Segundo o Departamento de Polícia do Condado de Nassau, o homem entrou sem autorização na sala de exames da clínica Nassau Open MRI, localizada em Westbury.



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Ele foi imediatamente atraído para o equipamento, que opera com campo magnético de alta intensidade, ao ser detectado o colar metálico que usava. Segundo o jornal The New York Times, testemunhas relataram que ele teria entrado ao ouvir um grito vindo da sala, onde um familiar estava sendo atendido.


Leia a notícia completa no portal Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.


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Mulher descobre ser autista após diagnóstico do filho: “Reprimi tudo”

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A escritora e servidora pública Aline Campos tinha 43 anos quando descobriu ter autismo. A revelação veio após levar o filho João, então com seis anos, para uma avaliação clínica após desconfiar que ele era autista.


Na busca por respostas para o comportamento do menino, ela encontrou explicações para décadas de angústias acumuladas que ela mesma vinha mascarando. “Quando a neuropsicóloga me olhou, ela disse: ‘Você é autista clássica’. Foi um choque para mim, mas tudo fez sentido”, relembra a moradora de Brasília.



Desde então, ela passou a estudar sobre neurodivergência e reavaliar a própria história com um novo olhar. “Depois que tive o diagnóstico, consegui nomear tudo que tinha vivido. Então, hoje não tenho mais esse sentimento de inadequação, de que sou errada. Realmente, o diagnóstico foi libertador de todas as maneiras”, resume ela.



Será que sou autista? Quais são os sinais?



  • Dificuldade constante em interações sociais, como entender expressões faciais, regras sociais ou manter conversas naturais.

  • Sensibilidade a sons, luzes, texturas ou cheiros pode ser um sinal comum de sobrecarga sensorial no espectro autista.

  • Tendência a hiperfocar em interesses específicos com dificuldade de desviar a atenção para outros temas ou atividades.

  • Uso de rotinas rígidas, rituais repetitivos ou movimentos corporais repetitivos como forma de regulação emocional. Tem também dificuldade em mudar de rotina ou lidar com imprevistos.

  • Sensação frequente de ser “diferente” e o uso de “máscaras sociais” para parecer “normal”. Manter as interações sociais é exaustivo e este esforço de camuflagem é típico em mulheres.




Anos de silêncio e esforço para se encaixar


Olhando em retrospecto, Aline acredita que seu pai também era autista, embora nunca tenha sido diagnosticado. Em um lar conflituoso, Aline cresceu com dificuldades escolares, traumas sociais e sensibilidade exacerbada a estímulos, mas ninguém desconfiou de que ela fosse autista.


A escritora enfrentou diversos sinais que não foram identificados: uma seletividade alimentar que a fazia passar mal constantemente e a fez ficar até os 11 anos praticamente tomando apenas leite integral. “Eu não comia nada, nada. Só aceitava tomar coisas com leite e fui em vários pediatras para tentar entender o problema, mas ninguém desconfiou do autismo”, afirma a brasiliense. Ela teve dificuldade para falar, excesso de sono e problemas para coordenação motora fina.

Ela falava pouco e evitava interações sociais tanto em casa como na escola. “Eu tinha dificuldade para entender comandos e não acompanhava as aulas. Achava que era burra, mas era consequência da discalculia que eu tinha”, afirma.


Ao longo da vida, ela usou máscaras sociais para esconder os sintomas e parecer “normal”. A tentativa de se adaptar aos padrões esperados gerou exaustão emocional. “Era um gasto energético gigantesco. Me consumia terrivelmente.”



Censo revela lacuna entre mulheres


Segundo o Censo 2022, mais de 2,4 milhões de brasileiros vivem com autismo. O levantamento mostra prevalência maior entre homens, mas especialistas alertam para a subnotificação entre meninas e mulheres.


Comportamentos como dificuldades de socialização, transtornos de aprendizagem e seletividade alimentar passam despercebidos. Isso leva mulheres a acumularem rótulos como “ansiosas”, “sensíveis demais” ou “desatentas”, sem acesso ao diagnóstico correto.


“O diagnóstico feminino ainda é atravessado por vieses de gênero. As meninas desenvolvem, desde muito cedo, estratégias de camuflagem social para se adaptar, o que mascara os sinais e atrasa a busca por ajuda”, explica a neuropsicopedagoga Silvia Kelly Bosi, de São Paulo. Essa habilidade, conhecida como masking, dificulta o diagnóstico, especialmente nos casos de autismo leve, como o de Aline, hoje chamado de nível 1.

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Ela escreveu um livro sobre como é viver com o transtorno

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Aline descobriu que tinha autismo a partir do diagnóstico do filho

Reprodução/Acervo pessoal
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Ela escreveu um livro sobre como é viver com o transtorno

Reprodução/Acervo pessoal

Consequências de um diagnóstico tardio


Além do prejuízo emocional, acadêmico e profissional, a negligência gera consequências severas. “Cada ano sem diagnóstico é um ano sem acesso ao acolhimento, às intervenções certas e sem ferramentas para compreender o próprio funcionamento. Isso não é só um atraso no diagnóstico. É um atraso de vida”, alerta Silvia.


A médica neuropsiquiatra Gesika Amorim, especialista em autismo do Rio de Janeiro, reforça que o espectro autista pode ser frequentemente confundido com outros transtornos. “Essas mulheres são tratadas como bipolares, depressivas ou histéricas, quando, na verdade, vivem um quadro não reconhecido”, explica.


O diagnóstico adequado, indica ela, requer avaliação neuropsicológica feita por profissionais experientes em TEA. Gesika alerta para os riscos de falsas avaliações, especialmente as feitas por internet. “Autismo em adultos é um transtorno comportamental difícil de ser corretamente percebido e precisa de equipe qualificada para avaliação”, diz.


Reescrevendo a própria história


O diagnóstico, porém, não é a solução mágica para o problema. Aline, por exemplo, ainda sofreu com piadas e com a descrença de que ela não poderia ser autista. “As pessoas infelizmente invalidam o seu diagnóstico o tempo todo. Escuto até hoje várias piadas, mas não fico mais calada. No meu trabalho cheguei a mudar de setor por tanta divergência que tive com colegas preconceituosos”, relembra.


No ponto de vista pessoal, no entanto, o diagnóstico foi um divisor de águas. A servidora criou um novo método de aprendizagem, escreveu livros e virou referência em educação para inclusão.


Ela reconhece que, com diagnóstico precoce, teria vivido de outra forma. Mas prefere olhar para o presente. “Hoje busco qualidade de vida. Sou uma pessoa completa. Encontrei a minha essência e posso ajudar o João a não precisar usar máscaras que eu usei”, conclui.


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Projeto Família em Ação vai incentivar a convivência familiar em atividades recreativas

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O projeto é resultado do monitoramento da secretaria junto às famílias, especialmente, as que encontram-se em situação de vulnerabilidade, e a grupos da sociedade civil que atuam no desenvolvimento das famílias no DF | Foto: Divulgação/SEFJ-DF
O projeto é resultado do monitoramento da secretaria junto às famílias, especialmente, as que encontram-se em situação de vulnerabilidade, e a grupos da sociedade civil que atuam no desenvolvimento das famílias no DF | Foto: Divulgação/SEFJ-DF

Para o secretário da SEFJ-DF, Rodrigo Delmasso, a falta de tempo das famílias, embora menos visível, é igualmente prejudicial como a pobreza econômica





Rotina sobrecarregada, recursos financeiros limitados e excesso de telas desafiam, atualmente, a convivência das famílias, o que pode desencadear uma série de outros desafios com o enfraquecimento dos vínculos familiares. Diante deste cenário, a Secretaria da Família e Juventude do DF (SEFJ-DF) desenvolveu o projeto Família em Ação com o objetivo de promover e fortalecer a convivência familiar por meio de atividades lúdicas, culturais, recreativas e de entretenimento.





A portaria que institui o projeto foi publicada nesta quarta-feira (16) no Diário Oficial do DF (DODF), na qual define que as ações serão realizadas em parques, praças, centros comunitários, escolas, unidades de atendimento socioassistencial, entre outros espaços públicos. 





O projeto é resultado do monitoramento da secretaria junto às famílias, especialmente, as que encontram-se em situação de vulnerabilidade, e a grupos da sociedade civil que atuam no desenvolvimento das famílias no DF. Para o secretário da SEFJ-DF, Rodrigo Delmasso, a falta de tempo das famílias, embora menos visível, é igualmente prejudicial como a pobreza econômica.





“Muitas vezes, a jornada dupla de trabalho remunerado e doméstico deixa pouco ou nenhum tempo para descanso, lazer e para a convivência familiar saudável. Essa sobrecarga afeta diretamente o bem-estar dos membros da família e pode contribuir para o estresse, o desgaste emocional e até mesmo para a desestruturação familiar”, afirmou.





Políticas públicas que incentivem a conciliação entre vida profissional e familiar, como a criação de mais creches públicas, a ampliação da licença parental, e a flexibilização de jornadas de trabalho, são essenciais para enfrentar esse problema.





Segundo a portaria, o Família em Ação possui como objetivos específicos:





I – Fomentar momentos de recreação e integração entre os membros das famílias do Distrito Federal;
II – Estimular o convívio intergeracional e o fortalecimento dos vínculos afetivos;
III – Proporcionar experiências que valorizem o tempo de qualidade entre pais, filhos e demais membros familiares;
IV – Contribuir para a construção de uma cultura de paz, respeito mútuo e valorização da família como núcleo essencial da sociedade;
V – Estimular a participação ativa das famílias em ações comunitárias e educativas.





A Secretaria atua no desenvolvimento da programação do projeto com divulgação de datas e locais a ser realizado posteriormente no site da SEFJ-DF e nas redes oficiais do órgão (@juvfamiliadf).





Fonte: Jornal de Brasília






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Mulher revela o que viu enquanto estava entre a vida e a morte

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A americana Jenna Tanner passou cerca de 2 horas lutando pela vida após sofrer infarto raro e entrar em parada cardíaca. Durante esse período, ela disse que teve uma experiência vívida fora do corpo, com uma visão repleta de estrelas e nebulosas coloridas.



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Tudo começou quando a dona de casa de Oklahoma, nos Estados Unidos, passou vários dias sofrendo com falta de ar e uma sensação de aperto no peito. Ela, porém, atribuiu os sintomas à gripe que seus filhos haviam acabado de se recuperar. Até que perdeu a consciência e entrou em parada cardíaca.


Leia o texto completo no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.






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Quatro erros que atrapalham a evolução na corrida

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A corrida é encarada por muitos como um esporte fácil, porque pode ser feita em ruas, parques, avenidas e não é considerada cara comparada aos outros esportes. Ainda assim, cada detalhe pode ser crucial no percurso de um atleta.


O personal trainer Bruno Freitas, da Companhia Athletica, conta quais são os quatro principais erros que atrapalham a evolução na corrida.


Treino único


“Fazer coisas repetidas não é a melhor forma de buscar algo diferente. Treinar da mesma forma, com a mesma distância, no mesmo ritmo, além de enfadonho, faz com que seu corpo fique expert em fazer somente aquilo”, afirma Freitas.


Segundo o profissional, para que o corpo melhore, é necessário variação de estímulos. “Fazer mais quilômetros com menos velocidade, aumentar a velocidade em percursos menores, subir algumas ladeiras de vez em quando, treinar na areia, na grama e na terra tudo isso feito de forma organizada trará mais chance do seu corpo ser diferente em adaptação e fazer bonito na próxima prova”, garante.


Confira os quatro erros no portal SportLife, parceiro do Metrópoles.


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Gestantes mais baixas têm risco maior de ter diabetes. Entenda por quê

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Algumas pesquisas têm mostrado uma ligação importante entre a altura das mulheres e o risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional (DMG) – condição que pode afetar tanto a mãe quanto o bebê. Um estudo feito por cientistas da Universidade de Osaka, no Japão, sugere que as baixinhas têm um risco maior de ter a doença. A pesquisa foi publicada na revista científica National Library of Medicine.


Embora a diabetes gestacional esteja relacionada a diversos fatores, como a genética, obesidade e histórico familiar, a baixa estatura também tem se destacado como um marcador de risco relevante.


“Há evidências consistentes apontando que mulheres de estatura mais baixa têm maior risco de desenvolver diabetes gestacional. Essa relação foi demonstrada em uma meta-análise publicada em 2019, que avaliou dados de mais de 120 mil gestantes. Os autores identificaram que, a cada 5 cm a mais de altura, o risco de desenvolver diabetes gestacional caía cerca de 20%”, exemplifica a ginecologista e obstetra Bárbara Freyre, da Clínica Trinita, em Brasília.

De acordo com as análises, mulheres mais baixas apresentaram, de forma estatisticamente significativa, uma probabilidade maior de desenvolver a condição durante a gravidez.



Diabetes gestacional



  • A diabetes gestacional é uma alteração do metabolismo provocada por hormônios produzidos pela placenta que interferem na ação da insulina, substância responsável pelo controle do açúcar no sangue.

  • Todas as mulheres que engravidam estão expostas ao risco de ter a condição.

  • No entanto, a diabetes gestacional é mais frequente nas que têm histórico familiar da doença, estão acima do peso ou ganhando muito peso na gestação.

  • Também é mais comum em gestantes mais velhas, que têm ovários policísticos, que já apresentaram diabetes gestacional em outras gestações, estão grávidas de gêmeos ou deram à luz a bebês muito grandes anteriormente.



Por que a diabetes gestacional acontece?


Algumas explicações fisiológicas e ambientais podem explicar a associação entre diabetes gestacional e uma menor estatura. Por exemplo, mulheres mais baixas podem ter passado por períodos de restrição do crescimento fetal – ocorre quando o feto não recebe nutrientes suficientes durante a gestação, resultando em baixo peso ao nascer – ou desnutrição nos primeiros anos de vida, comprometendo o desenvolvimento de órgãos, como o pâncreas, e levando a um maior risco de resistência à insulina ao longo da vida.


14 imagensA diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreasA função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpoUma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o malA diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normaisJá a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dietaFechar modal.1 de 14

A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images2 de 14

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images4 de 14

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

Peter Cade/ Getty Images5 de 14

A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

Maskot/ Getty Images6 de 14

Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

Artur Debat/ Getty Images7 de 14

A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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Segundo a endocrinologista Érika Fernanda de Faria, o outro motivo está ligado à tendência de mulheres com baixa estatura de ter menos massa muscular. “O músculo é o principal responsável pela captação da glicose no sangue, mediada pela insulina. Portanto, com menos massa muscular, há menor captação de glicose, o que pode levar à resistência insulínica”, ressalta a médica do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.


É possível prever ou prevenir a condição?


Apesar de ser considerado um fator relevante para o risco de diabetes gestacional, é fundamental entender que, além da baixa estatura, um conjunto de indicativos deve ser levado em consideração. A Endocrine Society – uma organização médica que atua na área de endocrinologia e metabolismo – recomenda o rastreio precoce da glicemia em pacientes que apresentem fatores de risco, como:



  • Baixa estatura;

  • Sobrepeso ou obesidade;

  • Histórico de diabetes gestacional em gravidez anterior;

  • Histórico familiar de diabetes;

  • Filhos anteriores com macrossomia fetal (peso elevado ao nascer).


“A prevenção é possível e se baseia, principalmente, em mudanças no estilo de vida. Isso deve começar antes mesmo da gestação: manter uma vida ativa, alimentação equilibrada e controle do peso são atitudes fundamentais. Durante a gestação, essas orientações continuam válidas e devem ser acompanhadas de perto”, recomenda Érika.

Rotinas alimentares ricas em alimentos naturais e com pouca presença de comidas ultraprocessadas, a prática regular de exercícios físicos e acompanhamento pré-natal bem feito são medidas importantes e eficazes para diminuir o risco de diabetes gestacional entre mulheres de baixa estatura.


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SEEDF publica edital de licitação para a reforma do Teatro da Praça – Secretaria de Estado de Educação

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Obra vai revitalizar o espaço cultural, que atende alunos da rede pública e comunidade


Por Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF


 


O Teatro da Praça, em Taguatinga, integra o Centro Cultural Teatro da Praça, que também abriga a Biblioteca Pública Machado de Assis e espaços voltados a atividades culturais | Divulgação imagem 3D do projeto


 


A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou, na quinta-feira (17), a abertura de licitação para a contratação de empresa especializada de engenharia para reformar o Teatro da Praça, em Taguatinga Norte. O espaço será completamente revitalizado e modernizado para atender às novas exigências legais de segurança e de acessibilidade, além de contribuir para o acesso à cultura pelos estudantes e pela comunidade local.


 


A arquiteta Aline Lima, da Subsecretaria de Infraestrutura e Apoio Educacional (Siae) da SEEDF, explica que o processo licitatório segue critérios técnicos e legais, que asseguram a transparência e a eficiência na contratação da empresa responsável pela obra.

 


Os procedimentos licitatórios garantem o cumprimento dos prazos legais e promovem a ampla concorrência entre as empresas especializadas em engenharia. Vence a que apresentar a proposta de menor preço e tiver a documentação técnica aprovada. A partir da publicação do edital, todo o processo é público, o que assegura total transparência. Após a assinatura do contrato e a emissão da ordem de serviço, será possível definir com precisão os prazos de início e conclusão da obra”, afirmou.


 


O Teatro da Praça integra o Centro Cultural Teatro da Praça, que também abriga a Biblioteca Pública Machado de Assis e espaços voltados a atividades culturais. O complexo está inserido em um lote da Secretaria de Educação do DF, onde também funciona o Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (CEMEIT).


 


A área da plateia contará com 216 assentos, incluindo lugares reservados para pessoas em cadeira de rodas (PCR) e pessoas obesas (PO) | Divulgação imagem 3D do projeto


 


Valorização dos espaços

 


O projeto prevê a reforma completa da estrutura existente, incluindo palco, coxias, camarins, depósitos, casa de máquinas, cabines técnicas de iluminação e som, ateliê de figurinos, foyer, copa, bilheteria e sanitários. A área da plateia contará com 216 assentos, incluindo lugares reservados para pessoas em cadeira de rodas (PCR) e pessoas obesas (PO).


 


Outras melhorias incluem implantação de um jardim de inverno, revisão estrutural e da cobertura, nova pintura e acabamento, além da modernização de todas as instalações elétricas, hidráulicas e de acessibilidade. A área externa também será contemplada com troca de pisos e calçadas, inclusão de rampas acessíveis, novo castelo d’água, cercamentos e impermeabilização das edificações.


 





A revitalização do Teatro da Praça é a reafirmação do nosso compromisso com a formação integral dos estudantes e com o acesso da população à cultura.



Isaias Aparecido, secretário-executivo da Secretaria de Educação do DF




 


A revitalização do Teatro da Praça é a reafirmação do nosso compromisso com a formação integral dos estudantes e com o acesso da população à cultura. Essa obra vai trazer novas oportunidades para atividades pedagógicas, apresentações artísticas e eventos para toda a comunidade de Taguatinga e região”, destacou o secretário-executivo da Secretaria de Educação, Isaias Aparecido.


 


 








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Bobbie Goods: benefícios de livros para colorir vão além do bem-estar

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Colorir é uma atividade simples, muitas vezes associada à infância, mas que de tempos em tempos volta a cair no gosto de adultos. A atividade se popularizou novamente este ano com o Bobbie Goods, uma série de livros para colorir criados pela ilustradora Abbie Bobbie Gouveia, da Califórnia.


Compostos por desenhos de animais, como coelhos, ursos, patinhos e gatos em situações cotidianas, os livros têm ganhado espaço na rotina de adultos que buscam por momentos de bem-estar, foco e tranquilidade.



Especialistas apontam que a atividade impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas porque envolve atenção plena, tomada de decisões e memória de trabalho.


“A prática regular de atividades cognitivas é essencial não apenas para a prevenção de doenças neurodegenerativas, mas também para a manutenção das funções cerebrais ao longo do envelhecimento. O cérebro precisa ser desafiado de maneira constante para preservar suas habilidades”, destaca a neurologista Thaís Augusta Martins, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

Além de livros de colorir, leitura, aprendizado de novos idiomas, resolução de palavras cruzadas, envolvimento com artes manuais e atividades criativas são formas eficazes de estimular diferentes domínios cognitivos.




Benefícios dos livros de colorir



  • Livros de colorir reduzem o uso excessivo de telas, como celulares, tablets e televisão, promovendo um descanso de dispositivos digitais.

  • A atividade promove momentos relaxantes, que diminuem os níveis de estresse e ansiedade e proporcionam momentos de pausa.

  • Colorir exige movimentos precisos e controle, ajudando na melhora da coordenação motora, especialmente em crianças.

  • Como a atividade demanda atenção, ela auxilia no aumento da concentração.

  • Pintar livros de colorir é alternativa de autocuidado, ajudando as pessoas a desacelerar a rotina, aumentar a criatividade e cuidar da saúde mental.




O que acontece no cérebro ao colorir


O ato de colorir mobiliza uma rede neural complexa. O córtex visual é ativado para processar formas e cores, enquanto o córtex motor primário, os núcleos da base e o cerebelo coordenam os movimentos das mãos e dos dedos. Ao mesmo tempo, o córtex pré-frontal — responsável pelo planejamento, organização e atenção sustentada — trabalha na escolha das cores e no respeito aos limites dos desenhos.


Como se trata de uma atividade livre de cobranças, colorir livros como o Bobbie Goods reduz a atividade de áreas associadas ao estresse. O sistema de recompensa do cérebro também está presente no processo, liberando dopamina e aumentando a sensação de prazer e realização.


“Colorir exige foco atencional, memória visual de trabalho (como lembrar das cores previamente utilizadas) e tomada de decisões. A coordenação motora fina é amplamente ativada, com participação integrada de áreas corticais motoras, subcorticais e cerebelares”, explica Thaís.


Saúde mental e a conexão com a infância


Livros de colorir são uma ótima alternativa para dar uma pausa em uma rotina repleta de estímulos da vida digital. “A atenção no pintar permite uma diminuição do fluxo de pensamentos acelerados ou negativos acentuados pelas redes sociais e excesso de tecnologia e ainda ajuda a criar um momento de silêncio mental, devido a entrega para o momento”, revela a psicóloga Letícia Pizarro, do Grupo Reinserir, em São Paulo.


Segundo a especialista, ainda que a atividade de colorir não seja prescrita como um tratamento principal para quadros de ansiedade, depressão ou estresse, ela pode funcionar como um ótimo coadjuvante terapêutico.


Além disso, em tempos de rotinas cada vez mais aceleradas e o excesso de tempo em telas, o simples gesto de segurar um lápis de cor, sentar e se concentrar em desenhar, como na infância, traz cuidados para a mente e o corpo.


“A fama do Bobbie Goods indica o quanto a população anseia por diferentes conexões do corpo e da mente, além do uso das tecnologias. Temos uma dificuldade acentuada da população usufruir de lazer e atividades lúdicas, principalmente nos centros urbanos. Conexões com o momento presente são caminhos para melhorar a saúde física e psicológica e devem ser encorajadas”, finaliza Letícia.

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