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Justiça suspende prorrogação da patente de caneta emagrecedora

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a decisão que havia ampliado até 2033 a validade da patente da liraglutida, substância presente em medicamentos da Novo Nordisk, como Victoza e Saxenda.


A medida é provisória, e foi concedida pelo juiz Flávio Jardim. Ele considerou que a prorrogação da exclusividade poderia manter a concentração de mercado e impedir a entrada de versões mais baratas, prolongando preços elevados para os consumidores.



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A decisão atende a um recurso apresentado pela farmacêutica EMS, que em agosto lançou versões sintéticas da liraglutida e já possui registro ativo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse tipo de medicamento. Para a empresa, a suspensão garante a continuidade da produção e comercialização sem risco de interrupção.


canetas de liraglutida da EMS em fundo branco. MetrópolesOs medicamentos à base de liraglutida chegam ao mercado em duas versões: Olire, indicado para a perda de peso, e Lirux, para o controle da diabetes tipo 2

O magistrado destacou ainda que a manutenção do monopólio poderia gerar prejuízos coletivos. Segundo ele, documentos públicos já haviam apontado dificuldades de incorporação da liraglutida no Sistema Único de Saúde (SUS) devido ao alto custo e à falta de comprovação de custo-benefício em larga escala.


Batalha judicial


A decisão agora suspensa havia sido concedida no início da semana pela Justiça Federal do Distrito Federal, que entendeu que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) demorou mais de 13 anos para analisar o pedido da Novo Nordisk. O atraso foi usado pela empresa para solicitar a recomposição do prazo da patente, já expirada em 2024.


A suspensão pelo TRF-1 representa um revés para a farmacêutica dinamarquesa, que também tenta estender a proteção da semaglutida, princípio ativo presente em Ozempic e Wegovy, com vencimento previsto para 2026.


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Sol, lua, água e até vento: entenda os riscos das dietas extremas

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Prometer emagrecimento rápido é o truque mais antigo da internet — e, convenhamos, quem nunca foi tentado por um atalho milagroso? O problema é que algumas dessas dietas “da moda” beiram o absurdo.


A dieta da água, por exemplo, consiste em excluir completamente alimentos sólidos, mantendo apenas líquidos, principalmente água. A promessa é de perda de peso rápida, mas os riscos incluem desnutrição, fraqueza, tontura e até falência de órgãos em casos prolongados.



Ou talvez, a dieta da lua, que propõe 24 horas de restrição alimentar a cada mudança de fase lunar, com ingestão apenas de líquidos. A ideia parte da crença de que a lua influencia os líquidos do corpo, assim como afeta as marés — mas não há comprovação científica dessa relação.


A dieta que inclui mais polêmica talvez seja a dieta do sol. De um lado, há quem interprete como “só comer de dia”. Do outro, os mais radicais acreditam que dá para substituir comida por luz solar.


A nutricionista Edvânia Soares lembra: “Nós não fazemos fotossíntese. Não somos plantas. Sem proteína, carboidrato e gordura, o corpo entra em colapso”. O resultado? Queda de cabelo, pele seca, fraqueza, perda de músculos e até risco de morte.


O nutricionista Lucas Alves Deienno reforça que é perigoso acreditar que a luz substitui nutrientes. “Isso não existe e pode ser fatal”, alerta. E, mesmo quando falamos de sol com moderação, vale o alerta: sim, a vitamina D ajuda ossos e imunidade e o betacaroteno faz bem para pele e visão, mas exageros também fazem mal. Pele alaranjada, sobrecarga nos rins e câncer de pele estão na lista dos efeitos indesejados.

E, se você achou que não poderia ficar mais estranho, surge a dieta do vento, qeue também é chamada de respiratorianismo. Os adeptos alegam que é possível sobreviver apenas de ar e luz solar. Segundo os especialistas, a prática, sem qualquer comprovação, já foi associada a casos de morte por desnutrição e é condenada por profissionais de saúde em todo o mundo.


Foto colorida com fundo rosa, homem mais velho à frente bebendo água por um canudo diretamente da terra - Metrópoles.
Dietas da moda prometem milagres, mas podem trazer riscos sérios à saúde. Sol, lua, vento ou água não substituem um prato equilibrado e colorido

Segundo os especialistas, o corpo dá sinais quando está sofrendo com restrições: cansaço extremo, irritabilidade, queda de cabelo, baixa imunidade e alterações hormonais costumam aparecer. Tudo isso porque, no fim das contas, milagres não existem quando o assunto é nutrição.


Mas então, qual o caminho seguro? Nada de cortes radicais. A chave está no equilíbrio: um prato colorido, proteínas magras, gorduras boas, frutas, legumes e, claro, acompanhamento profissional. O resto é modismo embalado em palavras bonitas como “detox”, “natural” ou “espiritual”, mas sem comprovação científica.


“Não existe resultado rápido e mágico”, reforça Edvânia. O que funciona de verdade é um plano alimentar ajustado à rotina, com sono, exercícios e saúde mental em dia.

Ou seja: deixe o vento para refrescar, o sol para bronzear, a lua para inspirar poemas e a água para matar a sede. Na hora de se alimentar, a melhor dieta ainda é a que tem comida de verdade no prato.


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Ócio: entenda por que o cérebro precisa do tédio para funcionar melhor

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Ficar sem fazer nada é uma ideia difícil de imaginar em tempos de agendas lotadas e telas sempre por perto. Mas esse vazio, frequentemente visto como perda de tempo, pode trazer ganhos importantes para a saúde mental e o funcionamento do cérebro.


Segundo o neurocientista e psicólogo Eduardo Rocha, do Instituto Inner, em Brasília, quando estamos entediados o cérebro muda para um estado introspectivo.


“É um modo de reflexão ativa, criativa e de auto-observação. Nesse estado, o cérebro reorganiza pensamentos e se prepara para retomar suas atividades”, explica.

A neurologista Thaís Augusta Martins, coordenadora de Neurologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, detalha que o tédio reduz a atividade dopaminérgica e ativa a chamada Default Mode Network, uma rede ligada ao descanso cerebral e à autorreflexão.


“Esse tempo vazio favorece a integração de informações internas, a regulação emocional e a consolidação da memória”, afirma.


Motor da criatividade


Esse estado também pode impulsionar a resolução de problemas. Para Rocha, é mais adequado falar em ócio do que em tédio.


“O ócio permite que áreas diferentes do cérebro se conectem. A associação entre regiões auditivas, motoras e visuais favorece o surgimento de ideias criativas e auxilia na solução de desafios complexos”, diz.


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A experiência de deixar a mente vagar sem estímulos imediatos é tão importante que práticas como a meditação utilizam esse mecanismo de descanso para gerar efeitos positivos comprovados.


Por que é tão difícil lidar com o tédio hoje?


Se por um lado o tédio pode ter valor, por outro, se tornou cada vez menos tolerado. O neurologista Flavio Sallem, do Hospital Japonês Santa Cruz, em São Paulo, aponta que a vida digital mudou esse cenário.


“Vivemos cercados por estímulos que oferecem recompensas imediatas. Cada notificação ou rolagem de feed ativa circuitos de dopamina. Por isso, o silêncio e a espera parecem insuportáveis”, observa o médico.

Thaís afirma que os algoritmos das redes sociais intensificam essa busca. “Eles exploram circuitos de recompensa dopaminérgica de maneira semelhante ao que ocorre em vícios. Isso condiciona o cérebro a procurar constantemente novos estímulos e diminui a tolerância ao tédio”, complementa.


Foto de cérebro. Riscos, vídeos aceleradosO cérebro faz parte do sistema nervoso central e é o órgão que controla o corpo. Ele participa de processos essenciais, como o pensamento, as emoções, a memória, a linguagem e os movimentos

Quando o tédio é prejudicial


Nem todo tédio é igual. De acordo com a neurologista Thaís, existe uma diferença entre o estado saudável e o prejudicial.


O primeiro é passageiro, ajuda na criatividade e no descanso do cérebro. O segundo está ligado a sintomas como apatia, falta de motivação e dificuldade em sentir prazer, comuns em quadros de depressão e transtornos ansiosos.


Como equilibrar estímulos e pausas no dia a dia


O neurocientista Eduardo Rocha sugere algumas estratégias para incluir o ócio criativo na rotina:



  • Praticar meditação, que ajuda a reorganizar funções cognitivas e a estimular a neuroplasticidade;

  • Fazer pausas no trabalho, de preferência a cada 30 minutos, sem recorrer ao celular ou às redes sociais;

  • Ter contato com a natureza, aproveitando sons, cheiros e paisagens que promovem relaxamento e reduzem o excesso de estímulos mentais.


“Esses momentos de pausa desafogam o pensamento analítico e favorecem a criatividade. É nesse espaço vazio que o cérebro encontra novas conexões”, conclui o especialista.


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Novo tratamento para Alzheimer chega ao Brasil. Saiba como funciona

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Um novo tratamento para a doença de Alzheimer passou a ser aplicado no Brasil. O Donanemabe, comercializado como Kisunla, é indicado para pacientes em estágios iniciais da doença, quando há comprometimento cognitivo leve ou demência leve, sem perda funcional significativa.


O medicamento, da empresa Eli Lilly, atua eliminando placas de beta-amiloide, proteínas que se acumulam no cérebro e estão associadas à perda de memória e declínio cognitivo.




O que é o Alzheimer?



  • O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de forma progressiva, prejudicando a memória e outras funções cognitivas.

  • Ainda não se sabe exatamente o que causa o problema, mas há indícios de que ele esteja ligado à genética.

  • É o tipo mais comum de demência em pessoas idosas e, segundo o Ministério da Saúde, responde por mais da metade dos casos registrados no Brasil.

  • O sinal mais comum no início é a perda de memória recente. Com o avanço da doença, surgem outros sintomas mais intensos, como dificuldade para lembrar de fatos antigos, confusão com horários e lugares, irritabilidade, mudanças na fala e na forma de se comunicar.




 Como é administrado o tratamento?


O Donanemabe é aplicado por infusão intravenosa em protocolo aprovado pela Anvisa em abril. Nas primeiras três doses, recomendadas nos primeiros três meses, os pacientes recebem 700 mg por mês, o equivalente a duas unidades do medicamento.


A partir do quarto mês, a dose sobe para 1.400 mg mensais, ou quatro unidades, e se mantém até o final do tratamento, que pode durar até 18 meses, dependendo da evolução clínica de cada paciente. Dados de acompanhamento de até três anos sugerem que os efeitos podem se estender mesmo após o término da terapia.



O tratamento está disponível apenas na rede privada, e cada unidade custa em média R$ 5 mil, podendo variar conforme o protocolo adotado pelo local de aplicação.


Um marco no combate ao Alzheimer


Segundo Luiz André Magno, diretor médico da Lilly do Brasil, a aprovação do Kisunla representa um avanço importante no tratamento da doença no país. “É o primeiro medicamento modificador da doença aprovado no Brasil que também recebeu recomendação positiva na Europa”, afirmou em comunicado.


Atualmente, cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com Alzheimer, número que deve crescer com o envelhecimento da população. Estima-se que aproximadamente um terço das pessoas com comprometimento cognitivo leve ou demência leve evoluam para estágios mais graves dentro de um ano, reforçando a importância de terapias capazes de retardar a progressão da doença.


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Chá anti-inflamatório aliva dores articulares e auxilia saúde dos rins

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A urtiga é uma planta repleta de benefícios medicinais e nutricionais. Fonte de vitaminas A, C, K e do complexo B, além de minerais como ferro, cálcio, magnésio e potássio, ela pode ser usada no preparo de um chá que é uma boa opção para incluir no dia a dia.


De acordo com a nutricionista esportiva e funcional Thaís Barca, da Clínica CliNutri, a urtiga se destaca pela riqueza em antioxidantes e compostos bioativos. “Ela tem ação anti-inflamatória, ajudando principalmente em dores articulares, artrite e reumatismo”, afirma.


A especialista aponta ainda que o consumo do chá pode favorecer a saúde urinária, já que tradicionalmente é usado para aliviar desconfortos leves. Além disso, há indícios de que ele contribua para o fortalecimento imunológico devido às vitaminas e minerais presentes.



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Outro benefício é o auxílio no controle de alergias sazonais, com impacto positivo em sintomas como espirros e coriza. Por ser fonte de ferro, também pode ajudar em quadros de tendência à anemia leve, embora esse efeito dependa de outros fatores da alimentação.


Desintoxicação, inflamação e fortalecimento


Para a nutricionista Paula Alves, que atende em Belo Horizonte, a urtiga atua de forma integrada no organismo. Ela destaca o papel diurético da planta, que aumenta o fluxo urinário e ajuda na eliminação de toxinas. “É como uma lavagem natural no sistema renal e urinário”, afirma.


Além disso, os compostos bioativos ajudam a reduzir a produção de citocinas inflamatórias, o que contribui para aliviar dores crônicas. O fortalecimento do corpo, por sua vez, vem da alta concentração de nutrientes, que oferecem suporte à saúde óssea, imunidade e energia.


“O ferro ajuda a combater o cansaço, o cálcio e a vitamina K reforçam os ossos e a vitamina C, junto dos antioxidantes, fortalece a imunidade”, completa a especialista.

chá de urtiga com ervas frescas ao redor e flor de urtiga dentro da xícara de chá, no chão de madeira, inclinado. MetrópolesO chá de urtiga reúne propriedades anti-inflamatórias e diuréticas que podem contribuir para a saúde das vias urinárias e respiratórias, além de auxiliar na redução de dores associadas à artrite e ao reumatismo.

Como preparar o chá de urtiga?


O preparo correto é essencial para preservar os compostos ativos da planta. Thaís Barca recomenda usar apenas as folhas secas. “O ideal é ferver 250 ml de água, desligar o fogo e só então acrescentar uma colher de sopa da folha seca. A infusão deve durar de 5 a 10 minutos, tampada, para manter os nutrientes”, orienta.


A nutricionista alerta que a planta fresca não deve ser utilizada, pois pode causar irritações na pele. “Se a folha for fervida junto com a água, parte dos bioativos pode ser perdida e o chá não terá o mesmo efeito”, acrescenta.


Contraindicações e cuidados no consumo


Apesar dos benefícios, a bebida não indicada para todo mundo. Thaís explica que o chá pode aumentar a diurese e não deve ser consumido por pessoas com problemas renais graves, a menos que haja orientação médica.


“Também deve ser evitado por quem usa anticoagulantes, por gestantes e por pessoas com trato gastrointestinal sensível, já que o excesso pode causar cólicas e gases”, diz.

Além disso, a urtiga pode interagir com medicamentos. Entre eles estão os usados para hipertensão, diabetes e anticoagulação. “O risco vai desde hipotensão até hipoglicemia ou alteração na coagulação do sangue. Por isso, quem faz uso contínuo de medicamentos deve ter orientação profissional antes de incluir o chá na rotina”, reforça Paula.


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Médicos apontam 6 medidas para reduzir risco de câncer de intestino

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O câncer de intestino é o segundo mais frequente no Brasil e o terceiro que mais mata. Segundo a Fundação do Câncer, o número de casos deve crescer 20% até 2040, alcançando mais de 71 mil novos diagnósticos.


Para enfrentar esse cenário, especialistas reforçam que mudanças de estilo de vida podem fazer diferença.


“Cerca de 60 a 70% dos casos de câncer colorretal no Brasil ainda são diagnosticados em estágio avançado. Precisamos desenvolver políticas públicas para mudar esse cenário e a campanha Março Azul joga luz sobre o tema todos os anos. Nossos mutirões mostram que é possível prevenir realmente o câncer colorretal”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), Sergio Alonso Araújo.

Durante o 73º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, que acontece entre os dias 3 e 6, em São Paulo, os médicos atualizaram as orientações de prevenção para o câncer de intestino.



Sinais de alerta do câncer de intestino



  • Presença de sangue na evacuação, seja de vermelho vivo ou escuro, misturado às fezes, com ou sem muco.

  • Sintomas irritativos, como alteração do hábito intestinal e que provoca diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar, com pouco volume fecal.

  • Sintomas obstrutivos, como afilamento das fezes, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente, cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal.

  • Sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia crônica.



Seis pilares de prevenção


De acordo com a coloproctologista Carmen Ruth Manzione Nadal, é necessário adaptar recomendações internacionais à realidade brasileira. “Há muitos estudos mostrando como é possível prevenir a doença. Adaptamos as recomendações para os hábitos brasileiros e elas são simples e eficazes”, afirma.


Quatro medidas já são conhecidas: manter alimentação equilibrada, controlar o peso, praticar atividade física regularmente e evitar cigarro e excesso de álcool.



As novidades destacadas no congresso foram o incentivo à hidratação adequada e à regularidade do funcionamento intestinal.


“Sempre se falou em dois litros de líquido para uma pessoa de 70 kg, mas são estudos de países com clima mais ameno. No Brasil, a recomendação é que se ingira até três litros, dependendo do calor e da atividade profissional”, explica Carmen.

A médica também chama atenção para a importância de evacuar, no mínimo, a cada 48 horas. “As fezes possuem substâncias cancerígenas que não devem ficar muito tempo em contato com a mucosa intestinal. Fibras e água ajudam a manter o intestino saudável. Quem sofre de constipação deve buscar tratamento médico”, orienta.


9 imagensPor isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doençaA perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômagoA tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmãoOutro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retidoFechar modal.1 de 9

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

Phynart Studio/ Getty Images3 de 9

A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

Flashpop/ Getty Images4 de 9

Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

FG Trade/ Getty Images5 de 9

A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

South_agency/ Getty Images6 de 9

Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

Peter Dazeley/ Getty Images7 de 9

A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

RealPeopleGroup/ Getty Images8 de 9

Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

ljubaphoto/ Getty Images9 de 9

Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

DjelicS/ Getty Images

Alimentação prática e acessível


Na prática, a especialista sugere dividir o prato em quatro partes: arroz e feijão ou macarrão em uma, carne do tamanho da palma da mão em outra, verduras na terceira e legumes na quarta. A carne, seja vermelha ou branca, pode aparecer entre quatro e seis vezes por semana.


O alerta é para evitar fast-food e produtos ultraprocessados, como linguiça, salsicha e embutidos. “Eles possuem substâncias cancerígenas que precisamos eliminar da rotina”, destaca.


Seguindo as seis recomendações, Carmen estima que seja possível reduzir em até 30% o risco de desenvolver câncer de intestino.


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1º transplante com terapia inovadora para diabetes é realizado nos EUA

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Em um marco histórico para o tratamento da diabetes tipo 1, médicos de UI Health, da Universidade de Illinois Chicago, realizaram o primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas com Lantidra, única terapia aprovada pela agência Food and Drug Administration (FDA) para casos de diabetes tipo 1 frágil.


Ao contrário do transplante de pâncreas, a terapia com Lantidra é minimamente invasiva, dispensando cirurgia aberta e reduzindo o tempo de internação. A técnica consiste na infusão de células de um doador falecido no fígado do paciente receptor, com o objetivo de restaurar a produção de insulina.


O paciente, Edward Augustin III, de 69 anos, recebeu alta em 24 horas. Ele conseguiu interromper as injeções diárias de insulina apenas uma semana após o procedimento. O homem havia sido diagnosticado ainda na infância e sofria há anos de hipoglicemia grave com falta de percepção dos baixos níveis de açúcar no sangue.


Embora outros pacientes tenham sido submetidos à técnica durante os estudos clínicos da equipe do UI Health, essa é a primeira vez que o tratamento com Lantidra é feito fora do contexto experimental, como um procedimento médico aprovado pela FDA.


“Em ensaios clínicos anteriores, 70% dos pacientes que receberam Lantidra não precisaram mais de insulina um ano após o transplante de ilhotas e mais de 90% não apresentaram mais hipoglicemia”, disse Enrico Benedetti, chefe de cirurgia no UI Health e responsável pelo primeiro transplante de ilhotas com Lantidra, em um comunicado à imprensa.

Augustin havia passado por dois transplantes de ilhotas em contexto experimental em 2011 e ficou livre da insulina por 12 anos, até retomar o tratamento convencional em 2023.


Além de controlar a glicemia, os médicos responsáveis pelo transplante, enxergam potencial na terapia para prevenir complicações associadas à diabetes tipo 1, como lesões renais, especialmente com uso precoce do tratamento.



O que é diabetes tipo 1?



  • A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica não transmissível, hereditária, caracterizada pela deficiência de insulina no organismo.

  • O pico de incidência da DM1 ocorre em crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, mas também pode acometer adultos de qualquer idade.

  • No Brasil, estima-se que ocorram 25,6 casos por 100 mil habitantes a cada ano, sendo considerada uma incidência elevada.

  • O tratamento exige o uso diário de insulina para regular os níveis de glicose no sangue, evitando complicações da doença.



Mesmo assim, desafios logísticos e regulatórios ainda persistem. A escassez de pâncreas doados e a necessidade de imunossupressão contínua são barreiras relevantes, além do fato de que, nos EUA, a histologia é tratada como terapêutica biológica e não como transplante de órgão — o que impõe exigências rigorosas de licenciamento.


Segundo dados nacionais, cerca de 1,4 milhão de americanos têm diabetes tipo 1, sendo aproximadamente 80 mil portadores da forma “frágil”, caracterizada por hipoglicemia recorrente e sem percepção.


A conquista do UI Health representa um avanço significativo para pacientes com formas graves de diabetes tipo 1, oferecendo não só esperança de independência da insulina, mas um verdadeiro alívio do peso das oscilações glicêmicas contínuas.


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“Vou morrer”: mulher fica em coma após tomar “soro da imunidade”

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Na esperança de se sentir mais ativa e disposta, a empresária baiana Perinalva Dias da Silva, de 60 anos, procurou um médico anestesista que também atua como ortomolecular (uma especialidade não reconhecida pelo CFM). Ele indicou que ela tomasse o famoso “soro da imunidade”, um coquetel de vitaminas e minerais aplicado por via intravenosa em várias sessões que promete “reacordar” o paciente em poucas semanas.


Porém, o que aconteceu foi o contrário: Perinalva ficou em coma por 28 dias, teve falência de rins e fígado, e passou sete meses internada na UTI. O caso aconteceu em um hospital em Brumado, na Bahia.



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“Minha vida acabou. Tomem cuidado para não serem a próxima vítima”, desabafa, em entrevista ao Metrópoles.

Reação instantânea


O médico receitou que Perinalva tomasse 12 doses de soro, que seriam aplicados a cada oito dias. Porém, logo após a primeira aplicação, a empresária começou a sentir falta de apetite, inchaço e pele amarelada. O sintomas foram considerados normais, e ela voltou para casa.


O quadro só piorou nos dias seguintes. Após a segunda aplicação, Perinalva teve ainda mais sinais de que algo estava errado, como dores abdominais, febre recorrente, constipação intestinal e urina de cor amarelo forte.


Ela procurou o médico, que a tranquilizou e disse que os efeitos colaterais eram normais. “Eu estava na frente de um médico, confiei nele”, lembra.


Três dias depois, o quadro se agravou. Além da febre, Perinalva teve náuseas, vômitos e tontura. Segundo a baiana, sua urina ficou ainda mais escura, chegando a ficar “cor de Coca-Cola” — ainda assim, o médico continuava dizendo que os sintomas eram normais.


“Vou morrer”


Na noite do mesmo dia, a empresária tentou levantar da cama e caiu. Ela percebeu que os movimentos dos membros inferiores estavam limitados, e se desesperou.


“Quando meu filho entrou no quarto para me socorrer, falei pra ele: ‘Eu vou morrer’”, conta.

Os familiares da mulher rapidamente chamaram uma ambulância. A empresária chegou a ter três paradas respiratórias dentro de casa e não se lembra mais de nada após esse momento. No pronto-socorro de Brumado, os médicos a diagnosticaram com hipervitaminose.


Ela recebeu duas bolsas de sangue imediatamente -o xixi cor de Coca-Cola tinha sido causado por uma hemorragia grave. Em estado considerado crítico, com risco iminente de morte, os médicos avaliaram que ela teria menos de 40 minutos de vida caso não fosse transferida a uma unidade médica em Salvador com urgência.


Perinalva chegou à capital baiana em um táxi aéreo. Ela ficou 28 dias em coma e mais sete meses internada na unidade de terapia intensiva (UTI). A empresária chegou a entrar na fila de transplante de rins mas, apesar da gravidade do quadro, os órgãos se recuperaram com o uso de medicamentos.


2 imagensPerinalva ficou 28 dias em coma Fechar modal.1 de 2

Mulher foi levada ao hospital às pressas após sentir fraqueza nas pernas

Arquivo pessoal 2 de 2

Perinalva ficou 28 dias em coma

Arquivo pessoal

Riscos da hipervitaminose


A endocrinologista Érika Fernanda de Faria ensina que, apesar da necessidade de vitaminas, nosso corpo também precisa de equilíbrio. Tanto o excesso quanto a falta dos nutrientes podem trazer prejuízos ao organismo.


“Um exemplo de hipervitaminose é a por vitamina D. Em grandes quantidades, ela pode levar à hipercalcemia. Esse quadro é grave e pode provocar insuficiência renal aguda, calcificação em tecidos fora dos ossos e até arritmias cardíacas que, em situações extremas, podem levar à morte”, diz a profissional do Hospital Santa Lúcia Norte, em Brasília.

A médica destaca que a suplementação deve ser feita sempre com acompanhamento médico especializado. “Muitas vezes, uma alimentação variada, rica em frutas, verduras e acompanhada de boa exposição solar já garante níveis adequados de vitaminas”, explica.


Preferencialmente, suplementações vitamínicas devem ser feitas via oral. Vitaminas injetáveis ou endovenosas são recomendadas apenas em situações muito específicas e sob prescrição médica.


“Minha vida acabou”


Após meses, Perinalva começou a se recuperar, precisando de fisioterapia para reaprender a andar. Atualmente, ela faz uso de medicamentos para o controle da pressão arterial e prevenção de doenças cardiovasculares, além de remédios psiquiátricos.


A vida dela, porém, nunca mais foi a mesma. Desde que recebeu alta do hospital, em 25 de março deste ano, ela ainda tem dificuldade de andar e fraqueza, e nunca mais conseguiu voltar ao trabalho.


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Hiperêmese gravídica: enjoo grave faz mulheres repensarem maternidade

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A náusea intensa durante a gravidez vai muito além do que muitos conhecem como enjoo matinal. Uma pesquisa realizada com 289 mulheres australianas revelou que os sintomas da hiperêmese gravídica, condição marcada por episódios graves de vômito e mal-estar, podem ser tão debilitantes que afetam a saúde mental, a vida social e até as escolhas sobre a maternidade.


Mais da metade das entrevistadas disse que chegou a considerar interromper a gestação, enquanto nove em cada dez afirmaram ter pensado em não ter mais filhos. Para 62% delas, a experiência veio acompanhada de ansiedade ou depressão frequentes.


Efeitos que vão além do corpo


O estudo, publicado na revista PLOS One nesta quinta-feira (4/9), mostra que os efeitos da hiperêmese gravídica vão além do corpo.



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“A hiperêmese gravídica não é apenas um enjoo matinal, é uma condição séria que pode ter consequências devastadoras para a saúde mental, os relacionamentos e as decisões das mulheres sobre futuras gestações”, afirma o farmacêutico Luke Grzeskowiak, pesquisador da Universidade Flinders, na Austrália, e responsável pela pesquisa, em comunicado.

As dificuldades relatadas incluem a perda de capacidade para trabalhar, cuidar de outros filhos, manter relacionamentos e até realizar atividades simples do dia a dia. A gravidade dos sintomas levou 37% das gestantes a pedir indução precoce do parto.


Limitações no tratamento


Apesar da intensidade do problema, os medicamentos usados nem sempre trazem alívio. Apenas metade das mulheres avaliou os tratamentos como eficazes.


As terapias disponíveis foram avaliadas como úteis por parte das mulheres, mas muitas relataram efeitos colaterais que atrapalhavam o dia a dia, como sonolência, constipação e dificuldade de concentração. Em alguns casos, os sintomas adversos foram tão intensos que levaram pacientes a interromper o uso dos remédios.


“Muitas vezes, são prescritos vários medicamentos às mulheres na tentativa de controlar os sintomas, mas a realidade é que muitas dessas opções têm seus próprios problemas”, explica Grzeskowiak. Para ele, é urgente a criação de estratégias mais seguras e eficazes, com base em evidências científicas.

A fundadora da Hyperemesis Austrália, Caitlin Kay-Smith, que também assina o estudo, destaca a importância de maior sensibilidade no atendimento. “Muitas vezes, os sintomas das mulheres são descartados como parte normal da gravidez, quando na verdade elas estão vivenciando uma condição que pode mudar suas vidas. Precisamos adotar um cuidado que reconheça o impacto total da hiperêmese gravídica”, afirma.


Os pesquisadores defendem investimentos em novos estudos e em serviços de apoio para gestantes. “As mulheres querem ser ouvidas, acreditadas e tratadas com dignidade”, conclui Grzeskowiak.


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Hemocentro de Brasília emite alerta para estoque crítico de sangue tipo O negativo

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Por: Kelven Andrade

A Fundação Hemocentro de Brasília emitiu um alerta nesta semana para a situação crítica do estoque de sangue tipo O negativo. O grupo sanguíneo é considerado doador universal, podendo ser utilizado em transfusões de emergência, procedimentos neonatais e cirurgias de alto risco.

Diante da necessidade urgente, o hemocentro anunciou que, até o próximo dia 10, doadores com tipo O negativo não precisam agendar horário e terão senha preferencial no atendimento.

Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos. No caso dos menores de 18, é obrigatória a apresentação de um formulário de autorização acompanhado de cópia do documento de identidade de um dos pais ou do responsável legal. Já os idosos só podem doar se tiverem realizado pelo menos uma doação antes dos 61 anos. Outro requisito é pesar mais de 51 quilos e apresentar IMC igual ou superior a 18,5.

O hemocentro reforça ainda que alguns medicamentos podem impedir a doação. A lista completa está disponível no site da instituição. Além disso, o candidato deve cumprir algumas orientações antes de doar: dormir pelo menos seis horas de qualidade na noite anterior, não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação e evitar fumar duas horas antes do procedimento.

Com o apelo, a instituição espera sensibilizar voluntários e equilibrar os estoques para garantir o atendimento seguro a pacientes que dependem do sangue tipo O negativo em situações emergenciais.


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Metade dos pacientes com intestino irritável têm ansiedade, diz estudo

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A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma doença crônica que pode atingir até 17% da população brasileira. Apesar de estar relacionada ao sistema digestivo, a condição afeta também as emoções: uma pesquisa divulgada nessa terça (2/9) com 667 participantes de todas as regiões do Brasil revelou que 56% dos pacientes com SII têm ansiedade e 32%, depressão.


O estudo, conduzido pelo Instituto Inception e pela Apsen em parceria com o Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (Nafad), reforça a importância da relação entre o cérebro e o intestino no agravamento dos sintomas.



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A demora no diagnóstico é um dos grandes desafios: o tempo médio para a confirmação da SII é de 14 meses. Segundo o gastroendoscopista Fábio Teixeira, o autoconhecimento é essencial para reconhecer os sinais da doença.


“Se em algum momento a dor abdominal persiste pelo menos uma vez por semana, associada a alterações no hábito intestinal, esse paciente já tem dados objetivos para o diagnóstico. É possível ter vida normal, mas o segredo está em assumir parte da própria jornada, identificando gatilhos alimentares, emocionais ou de estilo de vida”, destaca Teixeira.


O que é SII e seus principais sintomas



  • A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um distúrbio crônico do funcionamento do intestino, sem causa orgânica definida.

  • A doença está ligada à interação entre intestino, microbiota e fatores emocionais, como ansiedade e estresse. Embora não tenha cura, pode ser controlada com mudanças no estilo de vida, dieta adequada e tratamento médico.

  • Dor abdominal: critério central para o diagnóstico, geralmente melhora após evacuar.

  • Alterações intestinais: episódios de diarreia, constipação ou padrão alternado.

  • Distensão abdominal: inchaço e gases frequentes.

  • Sensação de evacuação incompleta: urgência ou muco nas fezes.

  • Crises recorrentes: sintomas que se repetem por meses, sem causas orgânicas aparentes.



O impacto da doença vai além da saúde física. O levantamento mostra que 46% dos pacientes precisaram se afastar do trabalho pelo menos duas vezes ao longo da vida devido às crises.


Para o médico hebiatra e psiquiatra Williams Ramos, a condição ainda sofre com o preconceito. “Muitos minimizam os sintomas como se fossem apenas coisa da cabeça. Mas é uma doença real, que interfere na produtividade e exige tratamento adequado”, afirma.


As experiências pessoais ajudam a traduzir a complexidade da SII. A modelo e empresária Yasmim Brunet contou que identificar a relação entre ansiedade e os sintomas foi decisivo: “Nada acalmou mais meu intestino do que entender a ligação dele com minha depressão e ansiedade. Hoje, sei que cuidar da cabeça é essencial”.

Já a influenciadora Gislene Charaba, diagnosticada após um quadro de colite, reforça que aprender a manejar a dieta e o estresse faz parte do novo normal. “Não gosto de colocar tudo na conta do emocional, mas em momentos de pico de ansiedade, não tem jeito, o corpo responde”, diz.


Foto colorida de uma ilustração feminina fazendo sinal com as mãos, referência a síndrome do instestino irritável - MetrópolesAnsiedade e depressão estão entre as principais comorbidades da Síndrome do Intestino Irritável, condição que afeta até 17% dos brasileiros

O tratamento da SII é individualizado e pode incluir mudanças na alimentação, uso de probióticos, hidratação e medicamentos para controle da dor e dos sintomas intestinais. Em alguns casos, neuromoduladores são indicados para melhorar a qualidade de vida.


Mais do que isso, especialistas defendem que combater o estigma e promover campanhas de informação são passos fundamentais. “Não podemos normalizar todos os sintomas. Buscar ajuda médica é essencial para diagnóstico precoce e tratamento eficaz”, reforça Ramos.


Com a campanha Pode Ser SII, disponível no site podesersii.com.br, pacientes podem acessar um teste gratuito baseado nos critérios internacionais Roma IV. A iniciativa busca conscientizar a população e estimular o diálogo sobre uma condição que, embora comum, ainda carrega tabus e subdiagnósticos.


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Microplástico no cérebro pode causar sintomas parecidos com Alzheimer

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Um novo estudo investigou os efeitos da exposição de curto prazo a microplásticos poliestirenos em camundongos geneticamente predispostos à doença de Alzheimer que tinham o gene APOE4. A mutação genética está presente em cerca de 20% da população e traz elevado risco para o desenvolvimento da doença.


O artigo foi publicado na revista Environmental Research Communications em 20 de agosto e foi feito por cientistas da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos.



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Os roedores receberam microplásticos poliestirenos marcados com fluorescência (entre 0,1 e 2 micrômetros de diâmetro) dissolvidos na água por três semanas. Os machos portadores do gene APOE4 passaram a se comportar de forma incomum: ao serem colocados em um ambiente aberto que normalmente causa receio, eles circularam mais livremente pelo centro do espaço, exibindo comportamento mais exploratório e menos cauteloso.


As fêmeas, por sua vez, apresentaram dificuldades de memória — especialmente na tarefa de reconhecer objetos novos em comparação com peças familiares — refletindo déficits cognitivos tipicamente observados na doença de Alzheimer.



O que é o Alzheimer?



  • O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de forma progressiva, prejudicando a memória e outras funções cognitivas.

  • Ainda não se sabe exatamente o que causa o problema, mas há indícios de que ele esteja ligado à genética.

  • É o tipo mais comum de demência em pessoas idosas e, segundo o Ministério da Saúde, responde por mais da metade dos casos registrados no Brasil.

  • O sinal mais comum no início é a perda de memória recente. Com o avanço da doença, surgem outros sintomas mais intensos, como dificuldade para lembrar de fatos antigos, confusão com horários e lugares, irritabilidade, mudanças na fala e na forma de se comunicar.



De acordo com o estudo, as diferenças entre sexos se assemelham aos padrões clínicos observados em humanos: homens com Alzheimer tendem a apresentar apatia ou alterações no comportamento, enquanto mulheres demonstram prejuízos mais pronunciados na memória.


Apesar da presença comprovada de microplásticos no cérebro humano — estima-se que cada pessoa tenha o equivalente a uma colher de plástico — ainda há incertezas quanto às implicações neurológicas no longo prazo.


8 imagensPor ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista  Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoceNa fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do anoDesorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doençaAlém disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comunsFechar modal.1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

urbazon/ Getty Images5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

A nova pesquisa, porém, aumenta o alerta sobre os efeitos ambientais, sugerindo que os microplásticos podem agravar predisposições genéticas ao Alzheimer e afetar o comportamento e as funções cognitivas.


Os pesquisadores ressaltam que os resultados obtidos em camundongos não podem ser transpostos diretamente para humanos, especialmente sem considerar o fator envelhecimento, que é central na evolução do Alzheimer. Ainda assim, a pesquisa destaca a urgência de reduzir a poluição plástica e aprofundar estudos sobre os impactos dos microplásticos no sistema nervoso.


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