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Chá anti-inflamatório ajuda na saúde ginecológica e regula menstruação

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Nativa da Amazônia, a planta medicinal Endopleura uchi é o ingrediente principal do chá de uxi amarelo. A infusão feita através da casca da planta tem compostos poderosos com efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, como taninos, flavonoides e fitoesteróis.



Tradicionalmente, a bebida é amplamente utilizada para ajudar na saúde ginecológica, podendo auxiliar em casos de miomas, ovários policísticos, cólicas menstruais e endometriose.


“Os compostos do chá de uxi amarelo são ótimos porque têm ação antioxidante, anti-inflamatória e ajudam na melhora da imunidade. Além disso, ele também contém fitoesteróis, que podem ajudar na modulação hormonal, o que é bem interessante para a saúde feminina”, afirma a nutricionista Cynara Oliveira, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília.




Função dos compostos bioativos do chá



  • Taninos: possuem efeito adstringente e anti-inflamatório.

  • Saponinas: ajudam na imunidade e na absorção de nutrientes.

  • Flavonoides: são potentes antioxidantes, como a quercetina.

  • Cumarinas e triterpenos: possuem ação antimicrobiana e reguladora.

  • Fitoesteróis: contribuem para a modulação hormonal, sendo benéficos à saúde feminina.




Como o chá age na saúde feminina


Com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e reguladoras, o chá de uxi amarelo é utilizado na medicina tradicional para ajudar em problemas ginecológicos, especialmente em casos de miomas, cistos ovarianos e endometriose.


Imagem colorida de chá de uxi amarelo - Metrópoles
O chá de uxi amarelo é amplamente utilizado na medicina tradicional

A ação contribui indiretamente para regular o ciclo menstrual, além de aliviar cólicas e dores ligadas à saúde feminina.


“Os efeitos são atribuídos à presença de fitoestrógenos e compostos anti-inflamatórios, que podem modular a resposta hormonal e reduzir a inflamação nos tecidos reprodutivos. Contudo, os mecanismos ainda não são totalmente elucidados cientificamente”, destaca o nutricionista Fernando Castro, que atende em Brasília.


Como preparar o chá de uxi amarelo


Ingredientes



  • 1 colher de sopa da casca de uxi amarelo;

  • 500 ml de água.


Modo de preparo


Use 1 colher de sopa da casca para cada 500 ml de água. Leve ao fogo e deixe ferver por 10 a 15 minutos. Depois, tampe e deixe repousar por mais 10 minutos. Por fim, coe e beba.


Cuidados com a bebida


O ideal é beber de 1 a 2 xícaras de chá de uxi amarelo por dia e, se puder, não adoçar para não alterar os princípios ativos presentes na planta. Gestantes, lactantes e pessoas que usam medicamentos coagulantes não devem consumir a bebida. Caso o indivíduo tenha problemas no fígado ou nos rins, é importante consultar um profissional antes da ingestão.


“É fundamental entender que, apesar de ser um recurso natural com muitos benefícios em potencial, o chá de uxi amarelo não substitui os tratamentos médicos convencionais. Ele deve ser usado como um complemento, e sempre com acompanhamento de um nutricionista ou fitoterapeuta qualificado”, ressalta Oliveira.


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Anvisa determina recolhimento de whey e canela em pó adulterados

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nessa segunda (23/6) o recolhimento de dois produtos famosos no mercado por adulteração na fórmula e no rótulo. Testes feitos mostram que o Suplemento Proteico – 100% Full Whey, da marca Fullife Nutrition, e a canela-da-China em pó da marca Kinino estavam contaminados com outras substâncias.


A Fundação Ezequiel Dias, responsável pelos testes, identificou no suplemento proteico contaminação por uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar e glúten não declarado no rótulo. Já na canela, foi detectada a presença de amido, que não é um componente característico da especiaria. Ambos os produtos representam risco para celíacos e pessoas com restrições alimentares.



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Segundo a agência, os parâmetros identificados não estão de acordo com a legislação sanitária. A comercialização dos produtos está proibida em todo o país. A recomendação é que consumidores interrompam o uso e entrem em contato com os fabricantes para recolhimento.


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Estresse metabólico pode aumentar a produção de insulina no sangue

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Pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, identificaram que o gene REDD2, ativado por estresse metabólico, prejudica as células β (beta) do pâncreas responsáveis pelo controle de açúcar no sangue e pela produção de insulina.


O estudo foi publicado em maio no Journal of Biological Chemistry. A descoberta pode ser um grande passo para evitar ou intervir no surgimento da diabetes tipo 2 pois mostra que, mesmo que vários outros fatores possam desencadear a doença, uma dieta desequilibrada pode ter papel direto no desenvolvimento da condição.


“A diabetes tipo 2 ocorre quando as células β pancreáticas, que secretam insulina para regular a glicose no sangue, ficam prejudicadas devido ao estresse prolongado causado por maus hábitos alimentares, uma condição conhecida como estresse oxidativo”, disse Naoki Harada, professor associado da Escola de Pós-Graduação em Agricultura da Universidade Metropolitana de Osaka e principal autor do estudo, em entrevista ao site da universidade.



Diabetes tipo 2



  • A diabetes tipo 2 é uma doença crônica marcada pela resistência à insulina e pelo aumento dos níveis de glicose no sangue.

  • Mais comum em adultos, a condição está frequentemente relacionada à obesidade e ao envelhecimento.

  • Entre os principais sintomas estão sede excessiva, urina frequente, fadiga, visão embaçada, feridas de cicatrização lenta, fome constante e perda de peso sem causa aparente.

  • O tratamento envolve medicamentos para controlar a glicemia e, em alguns casos, aplicação de insulina.

  • Mudanças no estilo de vida, como perda de peso, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, são essenciais para o controle da doença.



Em experimentos com culturas celulares e camundongos, foi possível observar que os altos níveis de glicose, ácidos graxos e substância para induzir diabetes (STZ) estimularam o REDD2, levando à morte celular e inibição da via mTORC1 – complexo proteico responsável pela regulação do crescimento das células.


Camundongos sem REDD2, mesmo em dieta rica em gordura ou exposição a agentes que induzem a diabetes, mantiveram mais células saudáveis, produzindo mais insulina e exibindo um melhor controle da glicose.



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A análise de ilhotas pancreáticas humanas reforçou esses achados: níveis elevados de REDD2 estão associados à redução na massa das células β e diminuição da secreção de insulina.


A descoberta sugere que o REDD2 pode ser usado como marcador diagnóstico do início do diabetes tipo 2 e abre caminho para o desenvolvimento de novos fármacos que atuem nesse gene.


Melhores dietas para diabetes


10 imagens<b>Dieta Dash –</b> A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal<b>Dieta Mayo Clinic –</b> Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias  devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio<b>Dieta Vegana</b> A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição<b>Dieta Jenny Craig</b> A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamentoFechar modal.1 de 10

Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash4 de 10

Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash5 de 10

Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição

Anna Pelzer/Unsplash6 de 10

Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento

iStock7 de 10

Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas

Amoon Ra/Unsplash8 de 10

Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos

iStock10 de 10

Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash

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Você precisa tomar vermífugo todo ano? Saiba se é mito ou verdade

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A ideia de que todos devem tomar vermífugo anualmente circula bastante, especialmente nas redes sociais. No entanto, é fundamental questionar se essa prática, que remonta a uma época com sérias deficiências de saneamento básico, ainda faz sentido na realidade atual.


As parasitoses intestinais hoje afetam uma pequena parcela em áreas específicas do mundo, sendo menos impactantes que no passado. Com a redução dessas doenças, manter o hábito de tomar o medicamento de forma periódica pode ser arriscado e até contraproducente.



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Alguns vendem essa ideia com termos como “protocolo de desparasitação” ou “limpeza de impurezas”. Apesar dos nomes diferentes, não existe comprovação científica da eficácia ou necessidade dessa prática para a população em geral, o que gera desinformação.


Leia a reportagem completa no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.


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Suco de melancia com beterraba: entenda benefícios e riscos da bebida

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Popular nas redes sociais, o suco de melancia com beterraba é uma ótima opção para quem busca mais disposição e saúde. A bebida, que mistura ingredientes simples e acessíveis, passou a ser vista como uma opção funcional, principalmente entre praticantes de atividade física e pessoas com foco na saúde do coração.


A combinação de melancia com beterraba tem respaldo nutricional, já que a fruta é rica em citrulina, um aminoácido que atua na produção de óxido nítrico. A substância faz parte do grupo dos óxidos de nitrogênio e dilata os vasos sanguíneos, favorecendo a circulação.



“O suco tem efeito vasodilatador principalmente por causa dos nitratos presentes na beterraba, que são convertidos em óxido nítrico no organismo”, explica o nutricionista Guilherme Lopes, do grupo Mantevida, em Brasília.


Já a beterraba se destaca pela concentração de nitratos naturais, que também estimulam a produção de óxido nítrico no organismo. O nutrólogo Rubem Regoto, do Rio de Janeiro, ressalta que o suco pode ser um bom aliado para quem pratica atividade física.


“O suco de melancia com beterraba pode aumentar a eficiência muscular em exercícios de resistência. Mas, o efeito não é imediato nem milagroso. Ele contribui especialmente se consumido de forma contínua e associada ao treino”, afirma.


Além do impacto na performance física, o suco também pode beneficiar o coração. O efeito vasodilatador, aliado ao potássio presente na melancia e aos antioxidantes da beterraba, contribui para a redução da pressão arterial, especialmente em pessoas com hipertensão leve.


“Os componentes presentes no suco contribuem para o equilíbrio da pressão arterial, melhora da oxigenação dos tecidos, suporte ao sistema imunológico e redução de processos inflamatórios.”, acrescenta Lopes.


Foto colorida de mulher colocando suco de beterraba em uma taça. Outra taça já tem a bebida - Metrópoles
O suco de beterraba é rico em nitratos, que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos



Principais benefícios do suco de melancia com beterraba



  • Melhora da circulação;

  • Apoio à saúde do coração;

  • Mais disposição para treinar;

  • Ação anti-inflamatória;

  • Aporte de nutrientes.




Mas, como quase tudo em nutrição, o contexto importa. A popularidade do suco alimenta mitos, sobretudo nas redes sociais, onde a bebida é vendida como solução detox ou até “cura” para problemas de saúde.


Para Regoto, essa é uma meia-verdade. “O fígado não precisa de sucos para se ‘limpar’. Mas alguns compostos presentes na beterraba, como a betalaína, podem sim ajudar o fígado a funcionar melhor. Só que isso acontece dentro de um contexto alimentar, não por mágica”, explica.


Contraindicações da bebida


Mesmo que sejam produtos naturais, a beterraba e a melancia têm características que exigem moderação. A beterraba é rica em oxalato, substância que pode favorecer a formação de cálculos renais em pessoas predispostas. Já a melancia possui alto teor de açúcares simples, o que pode desbalancear dietas restritivas ou interferir no controle glicêmico de quem tem diabetes.


“O ideal é sempre consultar um profissional de saúde, já que o excesso pode gerar sobrecarga de açúcares naturais e causar desconforto gastrointestinal em algumas pessoas”, alerta Lopes.


Os profissionais da saúde ressaltam que existem alguns grupos de risco para os quais o uso do suco não é recomendado. Entre esses grupos, estão:



  • Pessoas com tendência a cálculos renais: devido à alta concentração de oxalatos na beterraba;

  • Diabéticos: por conta do teor de açúcares naturais da melancia, que pode impactar a glicemia;

  • Pacientes com pressão arterial baixa: o efeito vasodilatador pode intensificar quadros de hipotensão;

  • Pacientes com insuficiência renal: é preciso cautela com a carga de potássio da bebida;

  • Gestantes e anêmicos: podem se beneficiar, mas devem incluir uma fruta cítrica para melhorar a absorção de ferro.


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Câncer de apêndice aumenta entre a geração mais jovem, mostra estudo

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*O artigo foi escrito pelo professor de ciências biomédicas Justin Stebbing, da Anglia Ruskin University, no Reino Unido, e publicado na plataforma The Conversation Brasil.


O câncer de apêndice é uma condição que, até recentemente, era tão rara que a maioria das pessoas sequer pensava a respeito. Durante décadas, era o tipo de doença que os médicos encontravam apenas uma ou duas vezes ao longo de suas carreiras, e quase sempre era diagnosticado em adultos mais velhos.


Mas agora surge uma tendência surpreendente e preocupante: o câncer de apêndice está sendo diagnosticado com mais frequência e afeta cada vez mais pessoas na faixa dos 30, 40 anos e até mais jovens. Essa mudança deixou muitos especialistas perplexos e em busca de respostas.


O apêndice é uma pequena bolsa em forma de dedo, fixada ao intestino grosso. Sua função no corpo ainda é debatida, mas é mais conhecido por causar apendicite, uma inflamação dolorosa que frequentemente requer cirurgia de emergência. O que é menos conhecido é que o câncer pode se desenvolver no apêndice, geralmente sem nenhum sinal de alerta.


Um novo estudo, publicado no Annals of Internal Medicine (jornal que veicula estudos e novidades de Medicina, podendo ser traduzido para Anais de Medicina Interna, em português), mostrou que o número de casos de câncer de apêndice aumentou drasticamente entre pessoas nascidas após a década de 1970. Na realidade, a incidência triplicou ou até quadruplicou nas gerações mais jovens, em comparação com aquelas nascidas na década de 1940.



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Embora os números totais ainda sejam pequenos (o câncer de apêndice afeta apenas algumas pessoas por milhão a cada ano), o rápido aumento é impressionante. Ainda mais notável é que cerca de um em cada três casos agora ocorre em adultos com menos de 50 anos, uma proporção muito maior do que a observada em outros tipos de câncer gastrointestinal.


Então, o que está por trás desse aumento? Ninguém sabe ao certo, mas um dos primeiros suspeitos é a mudança drástica no estilo de vida e no meio ambiente nas últimas décadas. As taxas de obesidade dispararam desde a década de 1970, e o sobrepeso é um fator de risco conhecido para muitos tipos de câncer, incluindo os do sistema digestivo.


Ao mesmo tempo, as dietas mudaram para alimentos mais processados, bebidas açucaradas e carnes vermelhas ou processadas, todos os quais foram associados ao aumento do risco de câncer em outras partes do intestino. A atividade física também diminuiu, com mais pessoas passando longas horas sentadas em mesas ou em frente a telas.


Outra possibilidade é que estejamos sendo expostos a novos fatores ambientais que as gerações anteriores não enfrentaram. A industrialização da produção de alimentos, o uso generalizado de plásticos e produtos químicos e as mudanças na qualidade da água podem ter um papel nisso. No entanto, as evidências ainda estão em estágio inicial.


Câncer de apêndice é difícil de detectar


O que torna o câncer de apêndice especialmente desafiador é a sua dificuldade de detecção. Ao contrário do câncer de cólon, que às vezes pode ser detectado precocemente por meio de colonoscopias de rastreamento, o câncer de apêndice geralmente passa despercebido.


Os sintomas, se aparecerem, são vagos e fáceis de ignorar. As pessoas podem sentir dor abdominal leve, inchaço ou alterações nos hábitos intestinais, queixas comuns em muitas condições benignas. Como resultado, a maioria dos casos só é descoberta após cirurgia para suspeita de apendicite, quando muitas vezes é tarde demais para uma intervenção precoce.


Apesar do aumento de casos, não existe um exame de rotina para o câncer de apêndice. A doença é simplesmente rara demais para justificar o rastreamento generalizado, e o apêndice pode ser difícil de visualizar com exames de imagem convencionais ou endoscopia. Isso significa que tanto pacientes quanto médicos precisam estar extremamente vigilantes.


Se alguém apresentar sintomas abdominais persistentes ou incomuns, especialmente se tiver menos de 50 anos, é importante não ignorá-los. Investigação precoce e tratamento imediato podem fazer uma diferença significativa nos resultados.


O aumento do câncer de apêndice entre adultos mais jovens faz parte de uma tendência mais ampla observada em outros tipos de câncer gastrointestinal, como os de cólon e estômago. Esses tipos de câncer também estão sendo diagnosticados com mais frequência em pessoas com menos de 50 anos, sugerindo que múltiplos fatores de risco podem estar em jogo.


As razões para essa mudança são complexas e provavelmente envolvem uma mistura de genética, estilo de vida, ambiente e talvez até mesmo mudanças em nosso microbioma intestinal – as bactérias em nossos intestinos que vivem conosco.


Nas últimas décadas, o uso de antibióticos tem sido cada vez mais frequente, tanto na medicina quanto na agricultura. Esse uso generalizado pode alterar o equilíbrio de bactérias em nossos intestinos, o que pode influenciar o risco de câncer. Algumas pesquisas recentes sugerem que a exposição precoce a antibióticos pode ter efeitos a longo prazo no sistema digestivo, mas mais estudos são necessários para confirmar essa ligação.


Por enquanto, o melhor conselho é focar na prevenção e na conscientização. Manter um peso saudável, ter uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e manter-se fisicamente ativo são medidas que podem reduzir o risco de muitos tipos de câncer.


Evitar o tabaco e limitar o consumo de álcool também são importantes. Embora essas medidas não garantam proteção contra o câncer de apêndice, são estratégias comprovadamente eficazes para a saúde geral.


Pesquisadores estão trabalhando arduamente para desvendar o mistério por trás do aumento tão rápido dos casos de câncer de apêndice entre as gerações mais jovens. Compreender as causas será crucial para desenvolver melhores maneiras de prevenir, detectar e tratar essa doença rara, mas cada vez mais importante.


Enquanto isso, é essencial conscientizar os profissionais de saúde e o público. Ao reconhecer os sinais e agir quando os sintomas surgirem, podemos aumentar as chances de detectar o câncer de apêndice precocemente e oferecer aos pacientes os melhores resultados possíveis.


A história do aumento do câncer de apêndice é um lembrete de que mesmo doenças raras podem se tornar mais comuns quando nosso ambiente e estilo de vida mudam. É também um chamado à ação para que mais pesquisas sejam realizadas e para que todos nós prestemos atenção aos nossos corpos, busquemos orientação médica quando algo parecer estranho e apoiemos os esforços para compreender e combater essa tendência intrigante.The Conversation


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Veja 9 maneiras de consumir fruta que ajuda a baixar o colesterol

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As uvas são frutas que têm origem na Ásia Ocidental e no Mediterrâneo. Agora, pesquisadores descobriram que entre os mais diversos benefícios da fruta está a capacidade de ajudar a reduzir o colesterol.


Como esse não é o único benefício das uvas para a saúde, elas podem ser consumidas de diferentes maneiras, e cada preparo oferece um tipo diferente de ganho para a saúde. Além de saborosas, as uvas também são versáteis.



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Veja abaixo 9 maneiras de consumir as uvas de forma benéfica para a saúde:


1. Como molho para carnes;
2. Acompanhamento de iogurtes.


Confira a lista completa no NSC Total, parceiro do Metrópoles.


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Veneno de sapo brasileiro mostra potencial na prevenção do AVC

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Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) descobriram que a toxina do veneno de um sapo natural da Mata Atlântica tem potencial para ser usada em medicamentos destinados à prevenção e o tratamento de doenças vasculares, como hipertensão arterial, disfunções endoteliais e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).


O Brachycephalus ephippium tem o tamanho e cor alaranjada ou amarela-cromo como características que chamam atenção. Esses sapos medem apenas de 1,25 cm a 1,97 cm e são bastante abundantes na Mata Atlântica da Serra do Mar e da Mantiqueira. Eles carregam uma toxina que pode ser útil para o tratamento de milhares de pessoas.


“Sintetizamos essa molécula e vimos o potencial protetor cardiovascular. Estou muito empolgado porque é uma substância relativamente fácil de produzir”, conta o coordenador do projeto, José Roberto Leite, professor da Faculdade de Medicina/UnB e sócio fundador da startup People&Science.


Os resultados animadores foram publicados no European Journal of Pharmacology, na última quinta-feira (19/6). O projeto é fruto de uma parceria internacional, que reuniu instituições do Brasil, Dinamarca, Portugal e Venezuela. Um dos destaques é a participação da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.





Doenças cardiovasculares



  • As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo.

  • no Brasil, estima-se que ao menos 380 mil pessoas percam a vida todos os anos devido a essas enfermidades, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

  • As principais doenças cardiovasculares são: infarto, insuficiência cardíaca, doença valvar, acidente vascular cerebral (AVC), arritmia cardíaca e doença arterial periférica.

  • A maioria delas se desenvolve de forma silenciosa e pode passar anos sem ser tratada por desconhecimento.

  • Os principais sinais de alerta são: sensação de pressão e dor no peito; dor, se presente, nos braços, pescoço, mandíbula, costas, parte inferior do tórax, abdômen superior ou estômago.

  • Outros sintomas incluem a sensação constante de falta de ar, tontura, fadiga, náusea, vômito, suor frio, especialmente durante a noite, e inchaços.




Veneno de sapo com potencial cardiovascular


A descoberta da substância, batizada de BPP-BrachyNH₂, foi feita em 2015, durante uma expedição na Mata Atlântida. Os primeiros estudos mostraram que o peptídeo tem ação vascular parecida com a de medicamentos para pressão alta já conhecidos.


No novo estudo, os pesquisadores testaram a toxina em ratos para explorar ainda mais seus benefícios. Eles descobriram que a substância promove o relaxamento de vasos sanguíneos em artérias mesentéricas — responsáveis por fornecer sangue oxigenado e nutrientes para os órgãos dos  animais.


O mecanismo ocorre por meio da interação com a enzima argininosuccinato sintase (AsS), fundamental para a produção de óxido nítrico, molécula com reconhecida função vasodilatadora no organismo humano.


Os pesquisadores explicam que a substância se liga de forma eficaz à enzima AsS, favorecendo o reaproveitamento de L-citrulina e aumentando a disponibilidade de L-arginina, principal substrato para a produção de óxido nítrico. Esse processo é essencial para manter o tônus vascular, regular a pressão arterial e evitar episódios isquêmicos.


“Com os novos estudos em modelos animais, observamos efeitos vasculares adicionais, incluindo ações protetoras sobre o endotélio. Esses achados ampliam significativamente o potencial do composto, que agora desponta como um candidato promissor na prevenção de eventos isquêmicos, como o AVC”, explica Leite.


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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

Agência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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Ensaios clínicos para testar eficácia em humanos


O próximo passo do estudo será a realização de ensaios clínicos em humanos, quando a eficácia e segurança do tratamento deve ser testada. “Nossos testes já comprovaram a eficácia em animais e agora vão partir para humanos. Para isso, precisamos de financiamento e apoio institucional, a fim de transformar essa descoberta em uma nova estratégia terapêutica segura e eficaz”, afirma o pesquisador.


No Brasil, além dos pesquisadores da UnB, também participaram cientistas da Universidade Federal do Piauí (UFPI), do Instituto Federal do Piauí (IFPI), da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.


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Autismo: especialista alerta para importância do diagnóstico precoce

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Com a popularização dos sintomas do autismo e a melhora na identificação da condição nos últimos anos, mais pessoas têm sido diagnosticadas com um dos níveis do transtorno. Apesar de o cenário já ter melhorado, o tempo continua sendo um fator essencial para a pessoa com transtorno do espectro autista (TEA). Quanto antes o martelo do diagnóstico for batido, melhor para o desenvolvimento da criança — e essa identificação pode ser feita aos meses de vida.


Catherine Lord, psicóloga clínica e professora de psiquiatria da UCLA, nos Estados Unidos, é conhecida internacionalmente como uma das principais pesquisadoras no campo do autismo. Presente em Fortaleza para participar do congresso Brain 2025, que aconteceu entre os dias 18 e 21 de junho, a cientista defendeu a importância do diagnóstico precoce.


“Quando diagnosticamos cedo, podemos trabalhar melhor na comunicação e, particularmente, na linguagem do paciente. Isso faz muita diferença e impacta também as famílias”, explica.


Ela aponta que o autismo é um transtorno diverso, e que a identificação da doença não abre um caminho certo pelo qual o paciente e os pais devem seguir. É preciso que a criança seja avaliada e acompanhada durante os primeiros anos para definir quais são as dificuldade e criar um plano de ação.



Tempo é essencial no diagnóstico do autismo


Aos quatro anos de idade, crianças neurotípicas, em geral, já têm bom controle da linguagem (apesar de não ser perfeita e ainda longe de ter a gramática correta), com algum vocabulário e conhecimento de semântica.


Catherine ensina que o ideal é identificar o autismo antes disso, para garantir que o cérebro esteja “maleável” o suficiente para aprender algumas ferramentas de comunicação e linguagem dentro das capacidades da criança. Depois disso, é possível, mas um pouco mais complicado.


“Alguns pacientes com autismo começam a se diferenciar entre o primeiro e o segundo ano de vida. Nem sempre é algo claro, mas eles não aprendem algumas ferramentas ou usam outras que são bem diferentes. Eles não respondem ao próprio nome como outras crianças, não necessariamente aprendem as mesmas palavras. Muitos não falam e não vocalizam”, ensina a professora.


Ela aponta que crianças pequenas com autismo normalmente não gostam de chamar atenção e não participam de vários tipos de brincadeiras diferentes.


Mas, depois dos dois anos de idade, os sintomas começam a aparecer com mais clareza. Algumas crianças ficam extremamente chateadas quando algo não acontece como elas queriam. “Ela pode gostar de porta aberta, mas não falou para ninguém e vai ficar muito triste quando alguém a fechar”, conta.


O diagnóstico deve ser feito por profissionais de saúde especializados, e não é simples: exige testes e experiência na área. Catherine lembra que os primeiros sinais, porém, podem não ser percebidos pelos pais, e sim por familiares ou professores.


Foto mostra criança cobrindo o próprio rosto com o símbolo do autismo como se fosse uma máscara
Masking: crianças com autismo disfarçam sinais sem perceber, dizem especialistas

Expectativa x realidade


Mesmo que o diagnóstico de autismo tenha se tornado mais popular nos últimos anos, nenhuma família está pronta para receber a notícia que seu filho tem o transtorno. A depender do grau, isso pode significar uma necessidade de auxílio para o resto da vida.


Catherine aponta que é preciso ponderar a expectativa que os pais colocam nos filhos com o que eles poderão oferecer.


“O autismo faz parte do seu filho, mas ele ainda tem muitas qualidades. Demora tempo para acostumar com a ideia de que a criança não será o que o pai achou que seria. É um caminho difícil, os pais querem ter esperança e ver o lado positivo, mas é preciso lidar com a realidade”, explica a professora.


O apoio e ajuda dos pais é essencial para o desenvolvimento da criança autista, mas nem sempre é possível deixar o trabalho de lado e se focar 100% do tempo no filho. Escolas especializadas, terapeutas ocupacionais, fisioterapia e até babás podem ajudar a desafogar o dia a dia, mas não são de fácil acesso para todas as famílias.


A situação nunca é de fácil solução. Às vezes, a família tem outros filhos que também precisam de atenção, ou é de baixa renda e precisa trabalhar fora de casa todos os dias, sem tempo para levar a criança em vários especialistas. É importante, nesses casos, elencar prioridades.


“Mas sempre existe uma coisa que o pai gosta de fazer com o filho. Precisamos ajudá-los a arranjar tempo para que eles consigam fazer pelo menos uma atividade sempre juntos. Nesses casos, também é importante identificar quais são as dificuldades mais urgentes da criança. Faz parte da responsabilidade do médico ajudar essa família de forma personalizada”, afirma Catherine.


A especialista americana tem alguns conselhos principais para quem descobriu que o filho tem autismo: ficar longe do TikTok, e procurar grupos de pais de crianças com TEA são os dois primeiros.


Ela explica que existem guias dos 100 primeiros dias com autismo que podem ser úteis. Outra dica é encontrar pelo menos um profissional de saúde que você confie. Pode ser um psicólogo, professor, fonoáudiólogo ou médico: ele vai te direcionar para o sistema correto.


“Mas, acima de tudo, é essencial conhecer seu filho e escutá-lo”, lembra.


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Gwada negativo: cientistas descobrem novo grupo sanguíneo

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Pesquisadores identificaram um grupo sanguíneo inédito em uma mulher francesa nascida na ilha de Guadalupe, no Caribe. O novo tipo, batizado de “Gwada negativo”, foi reconhecido oficialmente no início de junho pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT), durante um congresso realizado em Milão.


A mulher, hoje com mais de 60 anos, é a única pessoa no mundo compatível com seu próprio sangue, segundo o Instituto Francês de Sangue (EFS), que confirmou a informação à imprensa francesa. O nome “Gwada” faz referência às origens guadalupenses da paciente e, de acordo com os especialistas, foi bem aceito por soar bem em diferentes idiomas.



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O caso começou a ser investigado em 2011, quando, durante exames de rotina antes de uma cirurgia em Paris, foi detectado um anticorpo desconhecido na paciente. Na época, no entanto, os recursos disponíveis não permitiam aprofundar as análises, explicou Thierry Peyrard, farmacêutico e biólogo médico, responsável do EFS pela qualidade e segurança dos produtos sanguíneos.


Segundo Peyrard, somente a partir de 2019, com o avanço do sequenciamento de DNA de altíssima velocidade, os cientistas conseguiram desvendar o mistério e identificar uma mutação genética inédita.


Pesquisa de sangue, mão de cientista segurando tubo de ensaio com sangue em laboratório. MetrópolesInstituto Francês de Sangue desenvolve protocolo para identificar casos semelhantes, especialmente entre doadores da ilha de Guadalupe

Segundo os pesquisadores, o “Gwada negativo” só se manifesta quando o indivíduo herda duas cópias do gene mutado – uma de cada progenitor. No caso da paciente, seus pais e irmãos carregavam apenas uma cópia do gene e, portanto, não apresentavam o novo tipo sanguíneo.


Diante da raridade do caso, a equipe de Peyrard trabalha agora na criação de um protocolo especial de triagem, com o objetivo de localizar possíveis outros portadores do grupo, especialmente entre doadores de sangue da região de Guadalupe.


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Retenção de receita de Ozempic, Wegovy e Mounjaro começa nesta segunda

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A partir desta segunda-feira (23/6), medicamentos com ação análoga ao GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, só poderão ser comprados nas farmácias mediante retenção da receita médica. A exigência foi estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril com o objetivo de coibir o uso sem orientação profissional e fora das indicações previstas nas bulas.



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A nova regra vale para medicamentos de tarja vermelha, que já exigem prescrição médica, mas que vinham sendo adquiridos com facilidade sem a devida receita. Agora, esses fármacos seguirão os mesmos critérios aplicados aos antibióticos: a receita médica será obrigatoriamente retida na farmácia.


Leia a notícia completa no portal Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.


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Terapia por IA? Os riscos de pedir ajuda psicológica para o ChatGPT

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Em um mundo cada vez mais conectado e dependente das inteligências artificiais, tem crescido o número de pessoas que buscam aconselhamento psicológico em ferramentas como ChatGPT e Alexa. O apelo é simples: facilidade, menos chance de julgamento, valor muito menor (ou até nenhum) e agilidade na resposta. Porém, o que parece uma boa ideia pode ter o efeito contrário e acabar piorando a situação do usuário.


Entre os destaques nos assuntos discutidos no Brain 2025 — um dos maiores congressos brasileiros sobre o cérebro, comportamento e emoções –, a relação com as IAs tem preocupado os cientistas e especialistas em saúde mental. Apesar de parecer empática, a ferramenta não emprega protocolos ou técnicas de psicologia nos “atendimentos”, responde de acordo com a pergunta feita e não é capaz de identificar quadros de sofrimento emocional.


“Quando um programador oferece uma psicoterapia através da internet, ele está ignorando um código de ética profissional. Não há um profissional de saúde do outro lado. Embora seja uma ferramenta promissora, no momento, estamos muito receosos para saber quais são os efeitos a médio e longo prazo”, explica a psicóloga Aline Kristensen, pesquisadora e professora de pós-graduação em várias universidades. Ela foi uma das palestrantes do congresso, que aconteceu em Fortaleza entre os dias 18 e 21 de junho.


Ela conta que são poucos os estudos publicados até o momento — o assunto é muito novo  –, mas já se sabe que o atendimento psicológico é mais eficiente quando há uma pessoa do outro lado. A máquina, apesar de criar uma relação falsa de empatia em um primeiro momento, não consegue puxar ou relacionar experiências anteriores do usuário para oferecer bons conselhos, e baseia as respostas na estrutura da pergunta e no algoritmo.



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Um dos primeiros sintomas de uma pessoa que está em sofrimento psíquico é a perda de noção do que é real, e as inteligências artificiais não podem ajudar a deixar claro o nível do surto. Algumas, inclusive, podem incentivar a fantasia do usuário, complicando ainda mais a situação.


Em um experimento recente, um psiquiatra americano fingiu ser um adolescente em busca de terapia com um ChatBot. O “usuário” sugeriu assassinar os pais, e a inteligência artificial o encorajou, sugerindo que os dois “ficariam juntos” sem a interferência dos responsáveis.


“Eles te dão respostas empáticas, dizendo que imaginam o quão difícil é, ou que sentem muito. São frases pré-estabelecidas, mas não há adaptação cultural, ou personalização que respeite as características pessoais de personalidade, o histórico e nem a idade do usuário”, aponta Aline.


Imagem mostra um celular com vários balões de conversa, IA - MetrópolesEspecialistas se preocupam com a busca por aconselhamento psicológico em ferramentas de IA

Ferramenta promissora


A professora explica que, apesar da preocupação, nem tudo na proposta de aconselhamento psicológico é necessariamente ruim. Algumas pesquisas mostram que existem pacientes que se sentem mais abertos a discutir assuntos desconfortáveis, ou que são cercados de estigmas, com uma máquina do que com um humano.


A comunidade científica considera que essa pode ser uma boa porta de entrada para a pessoa que tem preconceito com a terapia, mas vê benefícios ao conversar com um bot. Porém, a inteligência artificial deve ser treinada com protocolos, acompanhada por profissionais e aprender a identificar casos que devem ser encaminhados a um atendimento emergencial.


Aline lembra que o que a IA é capaz de fazer não é terapia. É, no máximo, um aconselhamento. Um tratamento psicoterapêutico envolve um plano de ação com várias etapas, com acompanhamento semanal, retornando em assuntos sensíveis que nem sempre são levantados pelo paciente, mas que precisam ser esmiuçados. Para isso, ainda é preciso uma pessoa de carne, osso e ouvidos.


Ela aposta que alguns estudos iniciais mostram que a IA pode, de fato, ser uma iniciação na área de saúde mental: existem relatos de pacientes que tinham preconceito com terapia, começaram a fazer perguntas para os bots e acabaram procurando um profissional para dar continuidade ao atendimento.


“São ferramentas de intervenção que podem ajudar a complementar o trabalho do psicoterapeuta. Também é preciso lembrar que a IA pode aumentar a solidão e incapacitar as pessoas de construir relações humanas no mundo real e criar vínculos de conexão emocional que são essenciais para o tratamento”, afirma a professora.


Outro ponto de atenção é que o uso de IAs para qualquer coisa aumenta a dependência à tecnologia, que, comprovadamente, piora a saúde mental. Para ser saudável, é preciso estar conectado ao mundo real, ter relações humanas, sentir frustrações e felicidades, conseguir se adaptar e construir pontes significativas com outras pessoas. “Excessos sempre são perigosos”, aponta Aline.


Mas, apesar do futuro ainda nebuloso, ela acredita que as IAs vieram para ficar e que, eventualmente, podem sim ajudar no tratamento. Uma possibilidade é que a máquina treinada esteja disponível quando o psicólogo não está.


Já que está todo mundo usando, como diminuir o risco?


Em um mundo cada vez mais preocupado com saúde mental, mas onde a intervenção com psicoterapeuta ainda é cara e restrita, a “terapia” com IAs vai continuar acontecendo.


Em geral, a pesquisadora acredita que a sociedade não está preparada para usar as IAs como aconselhamento psicológico, e nem as ferramentas estão prontas para ajudar sem piorar ainda mais o problema.


Aline alerta que o verdadeiro risco está em pessoas que estão vulneráveis, em surto e crise psicológica, sem preservação do senso crítico. Nesse cenário, é difícil perceber quando a resposta da IA é absurda, errada ou não faz sentido.


“Se você está em sofrimento profundo e a ferramenta valida uma suposição perigosa, um paciente que está em surto psicológico, em delírio, pode vir a apresentar comportamentos negativos de autolesão que são preocupantes”, explica.


Um uso seguro da ferramenta passaria por fazer perguntas certas, que peçam ponderação ou confrontamento para saber onde se está errando em uma situação específica. Aline sugere ainda conferir o conselho dado com uma pessoa de confiança para ver se aquilo está fazendo mesmo sentido. O uso por crianças e adolescentes deve ser acompanhado pelos pais.


A professora lamenta que a preocupação seja unilateral: a maioria das empresas por trás das inteligências artificiais mais populares não parecem ter interesse em mudar a situação e construir respostas que sejam menos perigosas para os usuários. Mas, como área que está se desenvolvendo em tempo real, o cenário pode mudar em um ou dois anos.


“Não sou radicalmente contra nem a favor. Acho que precisamos de gente profissional e séria trabalhando atrás das IAs com regulamentação, sigilo e proteção de dados. É preciso oferecer segurança para que o usuário use a ferramenta para intervir na saúde e não só como um alívio imediato que pode gerar algo muito mais grave”, afirma.


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Idade biológica: entenda por que ela é diferente em pessoas obesas

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Nem sempre o corpo revela a idade que a certidão de nascimento mostra. Enquanto a idade cronológica contabiliza o tempo vivido, a biológica está relacionada à condição real em que o organismo está funcionando. Geralmente, as duas idades não são iguais, mas em pessoas com doenças crônicas, como obesidade, a diferença pode ser ainda maior.


A variação na idade biológica se dá principalmente por fatores como alimentação, sedentarismo, estresse, qualidade do sono e genética. Eles determinam como nossos órgãos, células e sistemas vão envelhecer.





Risco de ter idade biológica mais alta



  • Ter idade biológica incompatível com a cronológica aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e outros problemas de saúde.

  • A idade biológica avançada eleva o risco de problemas de ansiedade e depressão. 

  • O conjunto de fatores causados pela idade biológica elevada pode levar a morte precoce. 

  • Fatores como estilo de vida, genética e exposição a ambientes prejudiciais à saúde podem influenciar na idade biológica.




O nutricionista Bruno Correia, que atende em Brasília, explica que a qualidade da alimentação interfere diretamente na saúde corporal do indivíduo. “Isso significa que uma má alimentação pode gerar consequências cardiometabólicas compatíveis às observadas em uma pessoa com idade biológica mais avançada, tornando o corpo mais disfuncional, seja pelas funções renais, hepáticas ou marcadores sanguíneo”, conta.


Por que pessoas com obesidade têm idade biológica mais alta?


Muitas pessoas acreditam que a obesidade é apenas estar acima do peso, porém, as consequências são mais complexas. Ela é considerada uma doença crônica inflamatória e compromete o funcionamento do corpo como um todo. O excesso de gordura — principalmente abdominal — libera substâncias inflamatórias que vão para todo o corpo.


O quadro gera estresse oxidativo, responsável por danificar as células e acelerar o envelhecimento dos tecidos. Órgãos como rins, fígado e o sistema cardiovascular sofrem com o acúmulo de gordura e sobrecarga metabólica, gerando uma perda precoce da funcionalidade.


“Alguns estudos mostram que pessoas com obesidade têm o encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem o DNA. À medida que a gente envelhece, sofrendo com o estresse oxidativo causado por processos inflamatórios crônicos, eles vão se encurtando”, afirma a endocrinologista Érika Fernanda de Faria, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília.


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A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é o desequilíbrio energético entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias utilizadas pelo indivíduo para realização de suas atividades diárias. O excesso de calorias não consumidas acumula-se em forma de gordura corporal

Getty Images
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Segundo um levantamentos da OMS, as taxas de obesidade em adultos praticamente triplicaram desde 1975 e se elevaram em cinco vezes em crianças e adolescentes. No Brasil, segundo o IBGE, a condição deve atingir quase 30% da população adulta do país em 2030

Peter Dazeley/ Getty Images
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Obesidade, mais do que o acúmulo de peso, é uma doença que afeta o corpo de forma sistêmica

Gettyimages
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Sintomas da obesidade clínica que vão além do IMC

Reprodução/tHE lANCET
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A ingestão de alimentos gordurosos e o sobrepeso levam a inflamações de baixa intensidade no cérebro, dizem os pesquisadores

Arte/Metrópoles
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De acordo com especialistas, apesar de a obesidade ser uma doença crônica multifatorial e, como todas elas, não ter cura, ela tem tratamento e controle

Maskot/ Getty Images
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Além das doenças, portadores de obesidade precisam lidar com estigmas sociais associados à doença, que envolvem preconceito, estereótipos desrespeitosos, falta de entendimento, levando os pacientes a condições de baixa autoestima, vergonha e culpa pela condição de saúde e pelo peso

Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images

É possível rejuvenescer biologicamente?


De acordo com os especialistas, é possível reverter o envelhecimento biológico com mudanças no estilo de vida. A queima de gordura melhora os marcadores inflamatórios, normalizando os hormônios e saúde celular, especialmente quando combinada com uma rotina alimentar equilibrada, com a prática de exercícios físicos regulares, um sono de qualidade e o controle do estresse.


O mais importante do processo é perder peso de forma saudável. “Se tratando de melhora na renovação celular e longevidade, um padrão alimentar de déficit calórico — comer um pouco menos do que o corpo gasta — traz mais benefícios a longo prazo. A recomendação é não fumar e ingerir bebida alcoólica, fazer atividade física regularmente e consumir um teor menor de carnes vermelhas e processadas”, finaliza o nutricionista Bruno Correia.


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