Brasília, DF – Uma importante vitória para os trabalhadores terceirizados do Distrito Federal foi celebrada com a aprovação da Lei nº 7.708/2025, de autoria do deputado distrital e vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Ricardo Vale. A nova legislação visa assegurar condições dignas de trabalho, salário justo, segurança no ambiente de trabalho e combate ao assédio e à discriminação para essa categoria de profissionais.
Conhecida como "Lei do Vale" entre seus apoiadores, a medida também busca tornar os contratos públicos mais claros e responsáveis, promovendo maior transparência nas relações de trabalho mediadas por terceirização no âmbito do GDF.
Ricardo Vale destacou a relevância da aprovação, enfatizando que a luta agora se concentra na sanção do governador para que a lei possa, de fato, ser implementada. "Agora, seguimos firmes para garantir a sanção do governador e transformar essa vitória em realidade. Estamos juntos na defesa de quem faz o serviço público acontecer!", afirmou o deputado.
A expectativa é que a Lei nº 7.708/2025 traga mais proteção e justiça para milhares de trabalhadores que atuam em serviços terceirizados no Distrito Federal, reforçando o compromisso com a dignidade e os direitos laborais.
São Sebastião, DF – A avenida principal de São Sebastião está passando por uma significativa melhoria na infraestrutura. Uma empresa terceirizada da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) iniciou o serviço de recapeamento asfáltico em um trecho de quase três quilômetros da via. A informação foi confirmada pelo Secretário de Estado de Governo do Distrito Federal, José Humberto.
A obra faz parte de um pacote de investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF) na região administrativa de São Sebastião. O novo asfalto promete trazer mais segurança e conforto para motoristas e pedestres que circulam pela área, além de melhorar o fluxo de trânsito e a qualidade de vida dos moradores.
A expectativa é que a intervenção contribua para a valorização do espaço urbano e a durabilidade da via, minimizando problemas causados por buracos e desgastes no pavimento existente.
Brasília, DF – A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, tem intensificado sua atuação na defesa das mulheres e no combate à violência doméstica. Com uma postura firme, Leão rebate o antigo ditado e afirma que, em casos de agressão, "se mete a colher, sim!", clamando por uma intervenção ativa da sociedade.
Em suas declarações, a vice-governadora enfatiza seu trabalho incansável na busca por políticas públicas eficazes, que incluem a criação de mais delegacias especializadas, a garantia de abrigos seguros e o desenvolvimento de ações preventivas que visam, de fato, salvar vidas.
"Essa luta é minha. É nossa. E enquanto houver uma mulher com medo, estaremos lutando. É preciso denunciar!", declarou Celina Leão, reforçando a importância da denúncia como ferramenta essencial para combater a violência.
A vice-governadora também reiterou os canais de denúncia disponíveis para as vítimas:
Ligue 190 – PMDF
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
A mensagem de Celina Leão é um chamado à ação, lembrando que a proteção às mulheres é uma responsabilidade coletiva e que a omissão não é uma opção.
Ceilândia, DF – Uma importante conquista para a comunidade de Ceilândia foi celebrada com a recente finalização da reforma do Ponto de Encontro Comunitário (PEC) da QNP 14, no setor P Sul, pelas equipes do RenovaDF. A intervenção atende a uma demanda levada pelo deputado distrital Robério Negreiros, que destaca a importância desses espaços para a vida social e o bem-estar dos moradores.
Segundo o deputado, a revitalização do PEC da QNP 14 representa um investimento direto no fortalecimento dos laços entre vizinhos, estimulando o convívio social e a prática de atividades físicas. "Sabemos o quanto esses espaços são valiosos para o fortalecimento dos laços entre vizinhos, estimular o convívio social e promover atividades físicas. Valorizar e manter esses pontos revitalizados é investir diretamente no bem-estar da comunidade", afirmou Robério Negreiros.
A ação reflete o compromisso do mandato do deputado em ouvir as necessidades da população e buscar melhorias contínuas em todo o Distrito Federal. A reforma do PEC da QNP 14 promete oferecer um ambiente mais seguro, agradável e funcional para todos os que frequentam o local.
Park Way – O deputado distrital Hermeto anunciou que as tão aguardadas melhorias nas regiões do Park Way e Vargem Bonita já estão em andamento. Moradores dessas localidades, que há tempos convivem com diversas demandas, começarão a ver mudanças significativas em breve, fruto do trabalho do parlamentar focado nessas áreas.
Entre as principais ações destacadas por Hermeto está a cobertura da feira, uma demanda antiga que se tornará realidade. Além disso, o deputado garantiu que um pacote de iniciativas voltadas para a infraestrutura, organização urbana e qualidade de vida para todos os moradores está por vir.
"Quem mora no Park Way e na Vargem Bonita sabe que não faltam demandas e é por isso que venho trabalhando com foco total nessas regiões", afirmou Hermeto, reforçando seu compromisso com a população local.
As obras e ações prometem trazer mais conforto e funcionalidade para o dia a dia dos habitantes do Park Way e Vargem Bonita, atendendo a necessidades que impactam diretamente a rotina da comunidade.
Estrutural – Em uma entrevista exclusiva à Agência Brasília, o Administrador Regional da Cidade Estrutural, Alceu Prestes, destacou as significativas melhorias na iluminação pública da região. A substituição das lâmpadas convencionais por modernas luminárias de LED na entrada da cidade está impactando positivamente a vida dos moradores, oferecendo mais segurança, visibilidade e dignidade.
Alceu Prestes ressaltou que a nova iluminação não só valoriza o espaço urbano, mas também reforça o compromisso da administração com a eficiência energética e o bem-estar da comunidade. "A nova iluminação valoriza o espaço urbano e traz mais dignidade para os moradores, além de representar um passo importante no compromisso com a eficiência energética e o cuidado com a cidade", afirmou o administrador.
A percepção da comunidade é unânime quanto aos benefícios. Durante a entrevista, dois moradores locais compartilharam suas experiências. Amarildo expressou seu alívio e segurança com a mudança: “Agora a entrada está bem clara, dá até mais tranquilidade de andar à noite.” Katarine, por sua vez, enfatizou o sentimento de reconhecimento e cuidado por parte do governo: “A gente percebe que o governo tá olhando pela gente.”
A iniciativa vai além da mera atualização tecnológica; ela simboliza a presença e o respeito da administração para com os cidadãos da Cidade Estrutural, promovendo uma verdadeira transformação no cotidiano da região.
Afinal, a prática tem diversos benefícios, como melhora da saúde cardiovascular, fortalecimento muscular, controle do peso e redução do estresse e do risco de doenças crônicas. Contudo, é preciso tomar cuidado para que algo feito para melhorar sua saúde não acabe causando lesões. Iniciantes, principalmente, podem cometer erros que levem a isso.
Riscos de quem vai começar a correr
“Em corredores mais iniciantes, as lesões mais comuns são as musculares, o edema ósseo subcondral e as fraturas por estresse, que muitas vezes ocorrem porque o indivíduo fez uma atividade de impacto para a qual ainda não está preparado ou condicionado”, explica o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
O recomendado é ter, em média, dois dias de descanso entre as corridas. “No início, não adianta correr 15km. Uma boa base para começar é de cerca de quatro a cinco quilômetros e, então, fazer a progressão de maneira gradual”, aconselha.
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A estudante de enfermagem Rayssa Machado, 21 anos, tem o diagnóstico de três doenças de características autoimunes. Desde a infância, ela convive com sintomas que aos poucos descobriu serem de psoríase, lúpus e hidradenite supurativa, condições que afetam a pele e os órgãos internos.
Moradora de São José dos Campos, no interior paulista, Rayssa tem a lembrança de viver com as doenças desde suas memórias mais antigas. O primeiro diagnóstico que recebeu foi o da psoríase, após apresentar escamas e coceiras no couro cabeludo.
“Não se falava disso na época. Sofri muito com piadas e preconceito na escola. As pessoas achavam que era falta de higiene ou piolho”, conta.
Em uma das últimas crises severas de psoríase, em 2023, Rayssa chegou a ficar careca. “Não é fácil. Nessa crise, eu perdi 80% dos fios, fiquei praticamente careca. O processo inflamatório da psoríase estava tão exacerbado que estava consumindo muito ferro do meu corpo e fiquei anêmica. As lesões cobriram meu rosto, abdômen e pescoço. Senti que estava à beira de um colapso físico e emocional”, conta.
Casos graves da psoríase afetam tanto a autoestima como a saúde física de quem tem a condição. “Muitas vezes ela é diminuída como se fosse apenas uma simples doença de pele. Mas a verdade é que ela pode afetar muito mais do que o tecido cutâneo, indo além da superfície e atingindo as articulações, o coração, o trato gastointestinal e outros órgãos. O distúrbio é causado por um sistema imunológico excessivamente ativo, que pode atacar muitas áreas do corpo”, explica o dermatologista Daniel Cassiano, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-SP).
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As crises de hidradenite levaram à formação de inchaços dolorosos, especialmente nas axilas e na virilha
Acervo pessoal
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Na última crise de psoríase, em 2023, Rayssa quase perdeu todo seu cabelo
Acervo pessoal
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Ela avalia que perdeu 80% do cabelo
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Rayssa chegou a ficar internada para tratar uma crise de lúpus que atingiu seus rins em 2024
Acervo pessoal
Diagnóstico de hidradenite supurativa
Na adolescência, novas dores surgiram. Aos 13 anos, abcessos passaram a aparecer nas axilas e na virilha de Rayssa. A dor era intensa e as lesões recorrentes. Por anos, os sintomas foram tratados como furúnculos. O diagnóstico correto só veio anos depois: hidradenite supurativa.
A hidradenite é uma inflamação crônica do folículo piloso. Afeta principalmente mulheres jovens e provoca nódulos dolorosos, secreção e, muitas vezes, odor. Estima-se que 850 mil brasileiros vivam com a condição, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
“Passei por vários médicos. Achavam que uma forma agressiva da psoríase podia estar causando as feridas. Mas os medicamentos não ajudavam e a dor continuava. É doloroso, visível e afeta muito a autoestima”, diz Rayssa. Só três anos depois, em um pronto-socorro, um médico suspeitou da hidradenite.
Para a jovem, o diagnóstico de hidradenite foi um divisor de águas. “Foi quando comecei a entender quem eu era. Fui obrigada a olhar para mim de forma diferente e comecei a falar sobre isso nas redes”, conta. Hoje ela é influenciadora na área da saúde.
Descoberta do lúpus
Apesar de conviver com duas doenças crônicas, Rayssa não estava preparada para receber um novo diagnóstico relacionado ao sistema imunológico. Ela diz que viu o mundo cair quando descobriu o lúpus.
“Apesar de ser algo complexo, de difícil manejo e atrapalhar muito a minha qualidade de vida, eu já tinha aprendido a lidar com as crises de psoríase e hidradenite. Cabelo cresce, pele melhora, autoestima a gente lida. Mas saber que tenho uma doença sistêmica que pode afetar os meus rins, o meu pulmão ou qualquer órgão saudável foi algo que me baqueou de uma maneira extraordinária”, diz ela.
O lúpus exige controle constante. Rayssa precisa manter a alimentação equilibrada, evitar o sol, tomar medicações imunossupressoras e fazer acompanhamento com múltiplos especialistas. “É o que mais pesa no meu dia a dia. A fadiga é constante, mesmo quando está em remissão”, afirma.
Em 2024, ela teve uma crise intensa de lúpus que levou à inflamação dos rins. “Fiquei sete dias internada tomando corticoide, porque não tem muito a ser feito, sabe? Assustou muito. Você está de boa na sua vida e, do nada, é internada. Só quem tem doenças crônicas sabe”, diz.
O tratamento do lúpus depende do tipo de manifestação da doença e deve ser individualizado. “O foco é tentar controlar a atividade da doença, prevenindo a perda de função dos órgãos e evitando danos irreversíveis ao paciente”, afirma o reumatologista Odirlei Andre Monticielo, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Três doenças autoimunes simultâneas
Segundo Monticielo, algumas doenças autoimunes podem aumentar, ainda que levemente, o risco de desenvolvimento de outras. No entanto, é difícil dizer que lúpus e psoríase, por exemplo, estão conectadas em uma cadeia clara de causa e consequência.
“O sistema imunológico é muito difícil de ser totalmente compreendido. O aparecimento de uma doença autoimune depende de uma herança genética e também pode ser desencadeada por fatores ambientais, como radiação ultravioleta, infecções virais, dentre outros. É difícil entender seus gatilhos e causas”, considera.
Desafios no acesso ao tratamento
O tratamento das três doenças envolve um sistema de cuidados contínuos. Rayssa faz acompanhamento com dermatologista, reumatologista, nutricionista, psicólogo e psiquiatra. Também depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a medicamentos de alto custo.
Ela usa medicamentos orais e injetáveis. “São muitas consultas, exames, burocracias. É cansativo. Mas não dá para abrir mão. Negligenciar um sintoma pode gerar crise em outra doença. Tudo está conectado”, explica.
Informação como ferramenta de resistência
“A dor física é forte, mas o cansaço emocional é maior. É acordar todo dia sabendo que não posso relaxar. Qualquer descuido vira crise, internação ou retrocesso”, explica.
Apesar do cansaço e das limitações físicas, Rayssa segue estudando, criando conteúdo e tentando manter a rotina equilibrada. “Às vezes, tenho que matar os mesmos dez leões por dia. Mas sigo. Tenho consciência de que as doenças não me definem”, diz.
Ela reforça que o acesso à informação pode mudar o rumo da vida de quem convive com essas condições. “Muita gente sofre em silêncio por falta de diagnóstico. Eu quero que essas pessoas saibam que existe vida além da dor”.
No auge da pandemia, Rayssa criou um perfil no Instagram para falar das doenças e encontrar apoio. “Eu queria que alguém me dissesse que não estava sozinha. Hoje sou essa pessoa para muita gente”, diz. A comunidade digital virou uma rede de apoio.
Embora às vezes não seja favorita nas academias, a prancha oferece inúmeros benefícios capazes de impactar profundamente seu corpo. Simples, eficaz e rápido, este exercício só precisa do peso do seu corpo e entrega resultados reais e duradouros.
Manter a posição exige esforço de vários músculos ao mesmo tempo, e isso queima calorias. Mais eficiente que muitos abdominais tradicionais, a prancha aumenta a taxa metabólica, bom para quem fica muito tempo sentado ou busca perder gordura.
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A principal causa é a queda progressiva dos níveis de testosterona, um hormônio crucial para a saúde masculina. O nutricionista Luis Gil questiona a falta de debate público sobre o tema, que impacta diretamente a qualidade de vida.
Sintomas como cansaço constante, dificuldade em ganhar massa muscular e acúmulo de gordura na barriga são alertas importantes que indicam a necessidade de investigar a saúde hormonal, especialmente após os 40 anos.
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*O artigo foi escrito pela professora emérita de nutrição e ciência dos alimentos Rosa María Ortega Anta, da Universidad Complutense de Madrid, na Espanha, e publicada na plataforma The Conversation Brasil.
A menarca – ou primeira menstruação – é o ponto culminante de uma sequência complexa de processos que levam à maturação do sistema reprodutivo feminino, um marco biológico importante no crescimento das mulheres.
Esse primeiro sangramento geralmente ocorre em um intervalo relativamente amplo, entre as idades de 11 e 14 anos. Mas será que a menarca precoce ou tardia é mais desejável, e sabemos a resposta?
Em particular, o início da menstruação antes dos 11 anos de idade foi associado ao aumento do risco a longo prazo de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, câncer endometrial, diabetes mellitus tipo 2, baixa tolerância à glicose, câncer de mama, morte prematura, obesidade, diabetes gestacional, aborto espontâneo, hipertensão, endometriose, câncer de ovário e asma.
É preocupante que, de acordo com um estudo que utiliza dados de 71.341 americanas coletados de 1950 a 2005, a idade da primeira menstruação tem se antecipado nos últimos anos. E, com isso, o tempo para atingir a regularidade aumentou.
Esses dados são mais fortes entre grupos raciais e étnicos minoritários e entre indivíduos de baixo nível socioeconômico.
Obesidade e outros fatores de risco
Qual é a razão para essa recente menarca precoce? Inicialmente, os pesquisadores se concentraram na hipótese do possível papel da obesidade.
Essa posição baseia-se no aumento paralelo da menarca precoce e da obesidade infantil observado nos países desenvolvidos nos últimos anos.
Entretanto, as evidências sugerem que, embora a obesidade na infância seja um fator influente, não é o principal. Portanto, é importante identificar quais outros elementos podem promover a menarca.
Em média, ciclo menstrual dura 28 dias, mas pode variar 21 a 35 dias
Alimentos que adiantam a primeira menstruação
Dois dos fatores mais estudados a esse respeito foram a genética e a dieta. Em termos de impacto na dieta, a equipe liderada pelo professor Nguyen publicou em 2020 pesquisa mostrando que a maior ingestão de energia e proteína está associada ao risco de menarca precoce.
De acordo com os dados do estudo, para cada 1 grama adicional de ingestão de proteína animal por dia na infância, a idade da menarca é antecipada em aproximadamente dois meses.
Em contrapartida, a menarca ocorreu mais tarde nas meninas com alto consumo de fibras e ácidos graxos monoinsaturados.
Outros estudos sugerem que a alta ingestão de iogurte, a maior duração do aleitamento materno e a insegurança alimentar diminuem a probabilidade da primeira menstruação precoce. O oposto é verdadeiro para o consumo de carne vermelha e processada, grãos refinados, proteína animal e bebidas adoçadas com açúcar.
Além disso, o aleitamento materno parece desempenhar um papel fundamental no início da puberdade, principalmente devido à sua relação com a formação da microbiota intestinal nos primeiros anos de vida.
Outra pesquisa com foco na restrição calórica concluiu que ela pode levar a um atraso na menarca.
Quanto mais frutas e legumes, melhor
A qualidade da dieta também é de particular relevância para determinar o momento da primeira menstruação, independentemente do índice de massa corporal ou da altura.
Outro estudo recente constatou que as mulheres voluntárias com pontuações mais altas no indicador de dieta saudável têm 8% menos probabilidade de atingir a menarca no mês seguinte.
Eles usaram o Alternative Healthy Eating Index (AHEI), que atribui pontos com base no consumo de alimentos saudáveis, como verduras, frutas, legumes e grãos integrais. Por outro lado, uma dieta rica em sódio e gorduras trans, bem como em carnes vermelhas e processadas, subtrai pontos.
É interessante notar que o consumo de carne processada, carne vermelha, vísceras, grãos refinados e bebidas com alto teor calórico (por exemplo, refrigerantes e sucos de frutas) aumenta a presença de marcadores de inflamação (proteína C reativa, IL-6 e receptor alfa do fator de necrose tumoral) no plasma sanguíneo. Isso contrasta com o consumo de vegetais e frutas, que também reduz a precocidade do início da primeira menstruação.
Luciana Gambatto, de 52 anos, segue se identificando como balconista de farmácia, apesar de não ter conseguido se realocar no mercado de trabalho desde que teve câncer de mama, em 2021. A moradora de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), recebeu o diagnóstico da doença já em estágio metastático, espalhada para os ossos.
O tumor foi descoberto a partir das dores que ela sentia no pescoço. “Fiz exames e o raio X acusou que podia ser um mieloma múltiplo. Fiquei internada, fiz a coleta da medula e nela descobrimos que uma metástase do câncer de mama havia destruído o disco entre minha terceira e a quarta vértebra. As mamografias eram inconclusivas, mas após a biópsia foram constatados tumores em ambas as mamas, escondidos atrás de glândulas de gordura”, lembra Luciana.
Principais sintomas do câncer de mama
Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, nas mamas.
Edema na pele, que fica com aparência de casca de laranja.
Retração da pele.
Dor.
Inversão do mamilo.
Descamação ou ulceração do mamilo.
Secreção transparente, rosada ou avermelhada que sai do mamilo.
Linfonodos palpáveis na axila.
Ela descreve a descoberta como “impactante e avassaladora”, assim como o tratamento que se seguiu. O tratamento contra o tumor foi feito com seis sessões de quimioterapia, realizadas em ciclos de 21 dias. A cirurgia mamária não foi indicada, devido à metástase, mas ela precisou passar por um procedimento delicado para implantar uma prótese na coluna.
Impacto financeiro do tratamento
Apesar dos desafios, Luciana conseguiu superar o tratamento, mas os impactos da doença seguem, especialmente no financeiro. Desde o diagnóstico, ela não conseguiu voltar ao trabalho e tem dificuldade para arcar com as contas.
“Recebi o auxílio-doença, mas mal conseguia pagar meu deslocamento e alimentação. Os exames, que muitas vezes precisava fazer no particular, também não consegui bancar”, lembra.
Além de não conseguir retornar às suas funções anteriores, onde passava o expediente todo em pé, a balconista ainda não foi contratada em nenhuma outra posição.
“A empresa em que trabalhei em nenhum momento se mostrou solidária. Ao contrário, no momento mais difícil, me ligaram para saber se meu caso era realmente grave, sem mostrar nem um pouco de empatia”, lamenta. “Não há acolhimento. As leis estão só no papel.”
Atualmente, mesmo com a aposentadoria por invalidez concedida pelo INSS, Luciana ainda tem uma renda inferior à que tinha quando conseguia trabalhar. “A doença só piorou o financeiro”, afirma.
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Luciana era balconista de farmácia antes do diagnóstico
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Luciana passou por um duro tratamento contra o câncer e teve que colocar pinos no pescoço por conta da metástase óssea
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Sem abertura das empresas para uma adaptação de suas funções, ela foi aposentada por invalidez
Arquivo pessoal
Desemprego após o diagnóstico é comum
Luciana não está sozinha nessa jornada. Segundo um levantamento feito pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), em parceria com o instituto DataFolha e a farmacêutica AstraZeneca em 2024, quatro em cada dez mulheres brasileiras deixaram de trabalhar após o diagnóstico do câncer de mama.
O estudo ouviu 240 pacientes diagnosticadas em cidades como São Paulo, Salvador, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro. Ele indica que 60% das mulheres CLT e freelancers acabaram tendo que deixar suas funções ou foram demitidas após o diagnóstico.
Como um terço das pacientes diagnosticadas com câncer de mama têm menos de 55 anos de idade, a doença acaba tirando a oportunidade de ter independência financeira muito cedo. A mastologista Maira Caleffi, presidente fundadora da Femama, lamenta que esta ainda seja uma realidade tão frequente no país.
“Quase um terço das brasileiras empregadas antes do diagnóstico não retorna mais ao mercado de trabalho, mesmo após o tratamento. Isso pode ser fruto tanto das sequelas da doença, especialmente quando encontrada em um estado avançado, quanto indicar algum estigma enfrentado pelas pacientes. Vale observar que muitas vezes as mulheres abrem mão do tratamento para não ficar sem fonte de renda”, afirma.
Custo do tratamento vai além da saúde
Apesar de várias opções para o tratamento do câncer de mama estarem disponíveis no SUS, os custos indiretos recaem sobre as pacientes. Gastos com transporte, alimentação e exames complementares não são cobertos.
Além disso, com as filas para consultas, muitas mulheres acabam descobrindo a doença em estados mais avançados, quando os comprometimentos físicos causados pelos tumores já se tornaram mais duradouros.
“Sem diagnóstico na fase inicial ou sem o acesso aos medicamentos e tratamentos adequados, as mulheres atingidas pelo câncer de mama acabam sofrendo impactos que vão muito além do aspecto clínico, afetando profundamente a vida profissional, financeira, emocional e social”, afirma Luiz André Magno, diretor médico da farmacêutica Eli Lilly no Brasil.
Sistema de saúde ainda falha
Luciana, por exemplo, precisou acionar a Justiça para ter acesso ao medicamento indicado pela oncologista. “Mesmo tendo plano de saúde, me negaram duas vezes o fornecimento da medicação que eu precisava tomar imediatamente. Precisei pagar advogado para conseguir um remédio que era meu direito”, conta.
Além das barreiras médicas e burocráticas, muitas mulheres enfrentam resistência no ambiente corporativo. Para a balconista, o retorno ao trabalho é quase inviável sem adaptações, compreensão e suporte.
Segundo a mastologista Maira, o tipo de vínculo empregatício influencia diretamente na estabilidade financeira da paciente. Mulheres que atuam como autônomas ou em empregos informais ficam mais expostas. Algumas interrompem o tratamento para não perder a renda.
“Infelizmente, é um dado que já esperávamos, de acordo com a experiência que temos dentro do tema”, relata Gabriele Alves, coordenadora de Pesquisa e Informação em Saúde da Femama. “Muitas querem abandonar o tratamento e não tem quem diga: ‘Continua, vai melhorar’”, explica.
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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Sintomas persistem após o fim do tratamento
Após uma trajetória tão longa de luta contra a doença, Luciana passou a integrar o grupo Viamama, uma rede informal de apoio em sua cidade. A organização promove palestras, campanhas e acolhimento para mulheres com diagnóstico de câncer de mama. O grupo acaba preenchendo lacunas deixadas pelo poder público.
Muitos dos efeitos adversos do tratamento do câncer de mama impactam a vida das pacientes por anos após o diagnóstico. Um estudo feito nos Estados Unidos publicado em 2019, por exemplo, indicou que, globalmente, metade das mulheres com câncer de mama com menos de 60 anos não voltam a trabalhar.
Pacientes com câncer em estágio 3, que passaram por mastectomia ou tratamentos intensivos, como a combinação de quimioterapia e imunoterapia, são as que mais sofrem tanto com a impossibilidade de trabalhar como com as consequências a longo prazo após o tratamento.
“Alguns sintomas importantes que podem ser persistentes são fadiga, alterações na função do braço mais próximo da mama atingida, problemas cardíacos e menopausa precoce, no caso das mulheres mais jovens, além de sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão”, finaliza Maíra.
*Hoje pela manhã*, 14 de junho de 2025, foi realizada a eleição para escolha da nova diretoria da *ASSFCAS – Associação da Feira da Colônia Agrícola Vicente Pires*. O processo democrático ocorreu de forma tranquila, com início às *8h* e encerramento às *8h45*, contando com a participação de *63 feirantes votantes*.
A disputa foi entre duas chapas:
- *Chapa 1*: Carmo Damião Araújo dos Santos (presidente) e Fernanda Cristina Souza da Silva (vice) - *Chapa 2*: José Inácio da Silva Filho (presidente) e Dorcilha de Novaes Moura (vice)
Com *48 votos*, a *Chapa 1* foi eleita, enquanto a Chapa 2 recebeu *15 votos*.
A nova diretoria assume o compromisso de fortalecer a representatividade da associação, promover melhorias na estrutura da feira e manter o diálogo aberto com os feirantes.