Grupo de risco: conheça vacinas essenciais para pessoas com diabetes

 on  with No comments 
In  




Pacientes com diabetes mellitus estão entre os grupos mais suscetíveis a infecções graves. A resistência à insulina e os altos níveis de glicose no sangue acabam reduzindo a resposta imunológica do organismo. Isso ocorre porque as células de defesa do corpo (glóbulos brancos) se tornam menos eficazes quando os níveis de açúcar no sangue estão descontrolados.


“As infecções também podem levar a uma piora da glicemia por conta da produção de proteínas inflamatórias que reduzem ainda mais a ação da insulina, levando a um efeito cascata”, explica a endocrinologista Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.


Por isso, os médicos ouvidos pelo Metrópoles afirmam que ter as vacinas em dia é uma estratégia essencial para que quem tem diabetes se mantenha saudável.



Leia também



Segundo o pediatra e infectologista Marco Aurélio Safadi, coordenador do Departamento de Imunização da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), manter a vacinação regular é fundamental para reduzir a mortalidade em pessoas com diabetes.


“A diabetes faz os indivíduos terem maior risco de complicações para algumas doenças infecciosas. Isso destaca a importância de que tenhamos nesses indivíduos um esquema de imunização completo e atualizado, com destaque para a importância de algumas vacinas nas diversas faixas etárias pertinentes”, afirma Safadi.


Vacinas que quem tem diabetes precisa tomar


1. Gripe


A gripe é frequentemente subestimada, mas representa ameaça séria a quem convive com doenças crônicas. Cerca de 70% das mortes por influenza no Brasil ocorrem entre os grupos de risco, sendo a diabetes responsável por de 20 a 30% desses casos.


Nos serviços públicos, pessoas com diabetes têm acesso à versão trivalente, aplicada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).


2. Pneumocócica


“Pessoas com diabetes têm um risco até 50% maior de ter pneumonia ao enfrentar infecções virais respiratórias. Já a chance de ter infecções generalizadas e meningite em consequência de doenças pneumocócicas é quatro vezes maior, por isso é tão importante manter o calendário de vacinas em dia”, explica o infectologista Leonardo Weissmann, que é professor do curso de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Campus Guarujá.


O esquema de vacinação pneumocócica recomendado envolve duas vacinas diferentes, aplicadas de forma sequencial. A VPC10, indicada para crianças pequenas, é oferecida pelo SUS.


Já a vacina polissacarídica 20-valente (VPP20) complementa a proteção a partir dos dois anos de idade. Disponível nos CRIE, exige duas doses com intervalo de cinco anos, sendo necessária uma terceira para quem tomou a segunda antes dos 60 anos.


3. Herpes-zóster


Embora a vacina contra a doença não esteja disponível no SUS, os especialistas recomendam que aqueles com possibilidades financeiras façam a vacinação da herpes-zóster na rede privada.


O risco da doença é significativamente elevado em adultos com diabetes, especialmente após os 65 anos. A vacina é indicada a partir dos 50 anos.


4. Hepatite B


Pessoas com diabetes tipo 2 infectadas pelo vírus da hepatite B têm risco dobrado de desenvolver complicações hepáticas graves, como cirrose e câncer. A infecção também dificulta o controle glicêmico, já que o fígado é intimamente ligado ao pâncreas.


A vacina contra hepatite B está disponível tanto na rede pública quanto privada. São três doses, e recomenda-se exame de Anti-HBs após a última aplicação para confirmar a proteção. Se os níveis forem baixos, o esquema vacinal deve ser repetido.


5. VSR


Pessoas com diabetes também têm maior risco de complicações graves e potencialmente fatais quando expostas ao vírus sincicial respiratório (VSR). A vacina está disponível no SUS apenas para bebês (que também são muito frágeis diante da doença viral), mas pode ser tomada também por idosos e pessoas com comorbidades na rede particular.


Além das vacinas específicas, o esquema deve incluir todas as imunizações do calendário nacional, como tétano, tríplice viral, hepatite A, febre amarela e HPV.


14 imagensA diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreasA função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpoUma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o malA diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normaisJá a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dietaFechar modal.1 de 14

A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images2 de 14

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

moodboard/ Getty Images3 de 14

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images4 de 14

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

Peter Cade/ Getty Images5 de 14

A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

Maskot/ Getty Images6 de 14

Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

Artur Debat/ Getty Images7 de 14

A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

Chris Beavon/ Getty Images8 de 14

Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

Guido Mieth/ Getty Images9 de 14

É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

GSO Images/ Getty Images10 de 14

Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

Thanasis Zovoilis/ Getty Images11 de 14

Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

Peter Dazeley/ Getty Images12 de 14

O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images13 de 14

Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

Oscar Wong/ Getty Images14 de 14

Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

Image Source/ Getty Images

Desinformação ainda é obstáculo


Apesar das diretrizes estabelecidas, muitos pacientes não recebem orientação adequada. Segundo a cartilha da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para a vacinação de pessoas com diabetes, a baixa cobertura da atenção básica e a falta de conhecimento sobre a importância da vacinação dificultam a adesão de pacientes às campanhas de imunização.


“A imunização desses pacientes é, portanto, importante estratégia de proteção da saúde e de promoção da qualidade de vida. O grande desafio é vacinar esta população. Salvo em grandes campanhas, a informação sobre a importância das vacinas não costuma chegar à população”, diz a cartilha da Sbim e da SBD.


O acesso desigual à vacinação, especialmente em regiões mais distantes dos centros urbanos, contribui para a baixa cobertura. O fortalecimento das campanhas de conscientização é apontado como caminho necessário para mudar esse cenário.


Infecções como possíveis gatilhos


Além de proteger contra complicações, a ciência trabalha com a hipótese de que algumas vacinas podem atuar indiretamente na prevenção de casos de diabetes tipo 1 (DM1). Geralmente manifestada a partir da infância e da adolescência, a doença crônica ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca as células do pâncreas que produzem insulina, um hormônio essencial para regular o açúcar no sangue.


Alguns médicos acreditam que um dos “gatilhos” do desenvolvimento pode estar relacionado a infecções virais, algumas delas preveníveis com as vacinas.


“A causa da DM1 é um processo complexo, parcialmente compreendido. A pessoa nasce com uma predisposição genética, mas a diabetes tipo 1 só vai acontecer se ocorrer a exposição a um “gatilho“ ambiental, que é variável entre as pessoas e pode ser um vírus”, explica a médica Solange Travassos, vice-presidente da SBD.


Os virus que os estudos associaram com maior frequência como gatilhos virais para a diabetes tipo 1 foram o rotavírus, que tem vacina oral administrada em crianças menores de seis meses, e os enterovírus. Este grupo causa uma série de doenças, desde a doença Mão-Pé-Boca (DMPB) até a poliomelite. Esta última é prevenível com vacina.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!





Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/grupo-de-risco-conheca-vacinas-essenciais-para-pessoas-com-diabetes/?fsp_sid=150758
Share:

PreP simplificada: conheça tratamento injetável para prevenir o HIV

 on  with No comments 
In  




São Paulo – A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método de prevenção contra o vírus HIV consolidado em todo o mundo. O uso diário de medicação oral é a opção mais popular, mas ainda esbarra no compromisso do usuário em tomar os comprimidos todos os dias. Os tratamentos injetáveis, por outro lado, podem ser feitos com o intervalo de meses, facilitando a adesão.


No Brasil, o cabotegravir é o primeiro medicamento de ação prolongada aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para prevenir a infecção pelo HIV. A bula indica a aplicação a cada dois meses.


Embora o registro da Anvisa tenha sido concedido em junho de 2023, ainda não há data para a chegada dele ao Sistema Único de Saúde (SUS). A farmacêutica britânica GSK, desenvolvedora da medicação, afirma que está em negociações com o Ministério da Saúde, mas o pedido ainda não foi enviado para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).


Segundo estimativas da empresa, a adoção do medicamento poderia representar uma economia de até R$ 14 bilhões ao longo de dez anos, ao evitar novas infecções e reduzir a demanda por tratamento. Ainda não há previsão para o início da oferta no Brasil.



Injeção demonstra maior eficácia que pílula diária


Em um encontro com jornalistas em São Paulo, nessa quinta-feira (22/5), a farmacêutica apresentou os resultados de estudos com o cabotegravir injetável.


Os ensaios clínicos HPTN 083 e HPTN 084, conduzidos por uma rede internacional de pesquisa independente, mostraram que o cabotegravir é significativamente mais eficaz do que a PrEP oral. Em homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, o risco de infecção caiu 69%. Em mulheres cis, a redução chegou a 90%.


“Esses números são impressionantes porque comparam o cabotegravir com uma estratégia que já funciona muito bem, que é a PrEP oral. Não é um placebo. Mesmo assim, os resultados foram tão bons que os estudos foram encerrados antes do previsto”, explica o infectologista Roberto Zajdenverg, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare.


No Brasil, uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apresentada em março de 2025 também reforçou a alta aceitação do medicamento. O estudo, com cerca de 1,4 mil participantes em seis centros do país, mostrou que, quando tinham a possibilidade de escolher, a maioria preferiu o injetável à pílula diária.


1 de 13

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O causador da aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

Arte Metrópoles/Getty Images
2 de 13

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

Anna Shvets/Pexels
3 de 13

Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 13

O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

iStock
5 de 13

O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

iStock
6 de 13

Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 13

A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
8 de 13

O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
9 de 13

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

spukkato/iStock
10 de 13

O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

iStock
11 de 13

O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

Joshua Coleman/Unsplash
12 de 13

Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

iStock
13 de 13

É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo




Keith Brofsky/Getty Images

Epidemia de HIV


A epidemia de HIV ainda é um desafio no Brasil. Só em 2023, mais de 46 mil novos casos da infecção foram registrados, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, mais de 900 mil pessoas vivem com o vírus no país, a maioria em tratamento pelo SUS, com medicamentos que impedem a progressão da doença e evitam a transmissão.


Apesar dos avanços no cuidado com quem já tem HIV, o número de novas infecções segue alto. Para especialistas, esse cenário mostra que as estratégias de prevenção precisam ser ampliadas e adaptadas às necessidades reais da população.


Atualmente, o principal método de profilaxia é a PrEP oral — um comprimido tomado todos os dias por pessoas que não têm o vírus, mas se sentem em risco. É um recurso eficaz, mas que esbarra em dificuldades de adesão.


“Parece simples tomar um remédio diariamente, mas a maioria das pessoas esquece. Isso acontece com qualquer tratamento contínuo”, diz o infectologista Roberto Zajdenverg.


Além disso, a PrEP oral sob demanda, usada por homens que fazem sexo com homens, não é indicada para mulheres, pois os estudos não confirmam proteção adequada. “É por isso que precisamos de mais opções. Prevenção não é uma solução única”, afirma Roberta Corrêa, diretora da Unidade de HIV da GSK/ViiV Healthcare.


Mais acesso, mais liberdade


Hoje, cerca de 700 mil brasileiros estão em tratamento para o HIV. “Conviver com o HIV transforma a forma como nos relacionamos, vivemos nossa sexualidade e fazemos escolhas. Por isso, ele não deveria mais estar aqui”, ressalta Roberta.


Zajdenverg reforça que o caminho para isso é a prevenção combinada, que envolve diferentes estratégias funcionando juntas, como o uso de preservativos, PrEP, PEP (Profilaxia Pós-Exposição), testagem regular e tratamento que mantém a carga viral indetectável.


“Não é sobre eliminar completamente o vírus, mas reduzir tanto a transmissão que ele deixe de ser um problema de saúde pública”, finaliza.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/prep-simplificada-conheca-tratamento-injetavel-para-prevenir-o-hiv/?fsp_sid=150747
Share:

Em 2020, PL de Delmasso que cria 3 parques urbanos em Vicente Pires foi aprovado

 on  with No comments 
In  







Em 2020, PL de Delmasso que cria 3 parques urbanos em Vicente Pires foi aprovado
Em 2020, PL de Delmasso que cria 3 parques urbanos em Vicente Pires foi aprovado

Enfrentando, até agora a população não viu o projeto sair do papel





Em 26 de maio de 2009, Vicente Pires foi desmembrada de Taguatinga e passou a ter administração própria, tornando-se região administrativa. O local foi predominantemente rural, mas se tornou  em uma grande cidade com forte especulação imobiliária e concentração de condomínios residenciais horizontais e verticais.





Preocupada com súbito desenvolvimento da cidade nos últimos anos, a  população de Vicente Pires quer um parque na cidade, para que a cidade não fique sem área verde.





A cidade tem recebido novos moradores que encontram na cidade tranquilidade, estacionamento (ao contrário de Águas Claras que simplesmente não possui grandes áreas para estacionar o veículo) e qualidade de vida, além de forte comércio e a famosa Feira do Agricultor, que nos fins de semana recebe centenas de pessoas de outras regiões administrativas.





Ainda existem chácaras em Vicente Pires com grande área verdade. O governo do Distrito Federal precisa olhar com atenção para que não ocorra com a cidade o que aconteceu com Águas Claras, que teve uma grande expansão de empreendimentos imobiliários e só possui um parque. O Ministério Público já solicitou a criação de um novo parque em Águas Claras para poder compensar a região.





Em 10 de dezembro de 2020, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o projeto de lei complementar nº 60/2020, do então deputado Delmasso, que trata da criação dos parques urbanos Joaquim Domingos Roriz, José Ornellas e Oscar Niemeyer.





De acordo com o texto, a criação dos parques urbanos terá como objetivos: garantir espaços para as atividades de esporte, recreação e lazer em contato harmônico com a natureza, próximos aos locais de moradia; estimular o desenvolvimento de manifestações e atividades culturais, educacionais, de socialização e convívio das comunidades; promover a permeabilidade do solo; promover a melhoria da qualidade do ar, do microclima local e da umidade do ar; promover a arborização e o tratamento adequado da vegetação como elemento integrador na composição da paisagem urbana, e conservar atributos naturais da paisagem urbana.





O autor da proposta argumentou que a criação dos novos parques tem grande importância ambiental, uma vez que aquele setor habitacional encontra-se atualmente bastante adensado e a população necessita de áreas destinadas ao lazer ecológico.





Mais de 140 mil moradores aguardam ansiosamente o anúncio da criação do Parque de Vicente Pires.










Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/em-2020-pl-de-delmasso-que-cria-3-parques-urbanos-em-vicente-pires-foi-aprovado/?fsp_sid=150736
Share:

Inscrições para o programa Pontes para o Mundo são prorrogadas até 29/5 – Secretaria de Estado de Educação

 on  with No comments 
In  





Os alunos que desejam participar do intercâmbio promovido pela SEEDF podem efetuar as inscrições nas secretarias das próprias escolas



Por Monalisa Silva, Ascom/SEEDF


 



 


As inscrições para participar da vivência internacional Pontes para o Mundo foram prorrogadas até o dia 29 de maio. O programa do Governo do Distrito Federal, promovido pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), tem como público estudantes do ensino médio regular e do ensino médio integrado ou concomitante à Educação Profissional e Tecnológica (EPT) da rede pública.


 


As informações sobre a seleção estão no edital de inscrição disponível no site e devem ser lidas com bastante atenção para verificar se o interessado atende aos pré-requisitos para participar do programa.


 


O estudante deve ter idade entre 16 e 18 anos (incompletos) até a data do retorno ao Brasil; estar cursando o 2º ano do ensino médio em escola pública, ter obtido média mínima seis em todas as disciplinas cursadas na 1ª série do ensino médio e ter frequência mínima de 80% no ano letivo de 2024.


 


Para inscrever-se, é preciso passar por duas fases. Na primeira, o aluno deve procurar a secretaria da escola onde estuda, levando a documentação exigida no edital, e informar o número de matrícula e um endereço de e-mail válido. Na segunda fase do processo, será aplicada presencialmente uma avaliação para verificar a proficiência do discente na língua inglesa.


 


Resultado da seleção

 


As vagas serão distribuídas entre as 14 Coordenações Regionais de Ensino (CREs), e todas as informações necessárias para efetuar o cadastro, bem como o cronograma com as datas de cada etapa do processo de seleção, constam no edital de abertura.


 


O resultado será divulgado no site da SEEDF. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail pontesparaomundo@se.df.gov.br, de segunda a sexta-feira, sendo respondidas em até dois dias úteis.


 


Principais dúvidas

 


O requisito mínimo de idade (16 anos) que consta no edital de inscrição foi definido para facilitar a validação da documentação do estudante pelas autoridades estrangeiras, com o intuito de viabilizar a sua estadia no país de destino. Essa decisão teve como base a legislação do Reino Unido, uma vez que são necessários trâmites mais complexos para a admissão de alunos mais novos.


 


Em relação à exigência de que o adolescente esteja matriculado na 2ª série do ensino médio, essa decisão foi tomada vislumbrando a continuidade do estudante na rede pública de ensino no ano seguinte. O objetivo é que ele atue, quando estiver no 3º ano, como um embaixador local do programa, inspirando os colegas e participando dos eventos que a coordenação da vivência internacional promoverá para a sua divulgação e sustentabilidade.

 


Já no que diz respeito à moradia no exterior para os alunos contemplados pelo programa, eles ficarão hospedados em casas de família, chamadas host families, que têm bastante experiência na recepção de estudantes estrangeiros. Na casa de família, o discente fará o café da manhã e o jantar. No college (escola), será servido o almoço. Aos finais de semana e feriados, todas as três refeições serão servidas pela família que hospedará os adolescentes.


 


Vale destacar que os responsáveis não terão custos com a viagem nem com a emissão dos documentos como visto e passaporte. Todas as despesas serão pagas pela Secretaria de Educação do DF. Os estudantes receberão uma ajuda de custo no valor de 300 libras esterlinas por mês ao longo do intercâmbio, em três parcelas, e também uma parcela equivalente a 300 libras antes do embarque, para a aquisição de malas, roupas e outros itens para levar.


 


Adicionalmente, cada estudante terá garantido o seguro-saúde custeado pelo Governo do Distrito Federal. A família terá apenas que levar o jovem ao aeroporto para a viagem e buscá-lo quando retornar.


 


 


 








Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/inscricoes-para-o-programa-pontes-para-o-mundo-sao-prorrogadas-ate-29-5-secretaria-de-estado-de-educacao/?fsp_sid=150725
Share:

Malária: entenda como a doença afetou a saúde de Sebastião Salgado

 on  with No comments 
In  




Nesta sexta-feira (23/5), morreu aos 81 anos o fotógrafo Sebastião Salgado, considerado o maior nome brasileiro da fotografia e um dos mais reconhecidos mundialmente.


O artista, que vivia em Paris, na França, enfrentava há anos complicações decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990. A morte foi confirmada pelo Instituto Terra, fundado por Salgado e a esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado, nas redes sociais.




A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos ao ser humano pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles, conhecido como mosquito-prego. Os sintomas incluem febre, fraqueza intensa, confusão mental, convulsões, dificuldade para respirar, queda de pressão, sangramentos e, nos casos mais graves, risco de morte.


No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos casos ocorre na região amazônica, que abrange estados como Amazonas, Pará, Acre, Rondônia e Roraima. Fora dessa área, os registros são mais raros, mas preocupam devido à maior taxa de letalidade.


O tratamento da doença é simples, eficaz e gratuito. No entanto, o diagnóstico e o início rápido do tratamento são essenciais para evitar complicações graves.


Embora a malária tenha cura e o tratamento seja atualmente eficaz e acessível, Salgado contraiu a doença na Indonésia nos anos 1990 e não recebeu o cuidado adequado.



Malária pode causar complicações a longo prazo?


A infecção acabou deixando sequelas duradouras. Desde então, ele convivia com os efeitos de um distúrbio sanguíneo relacionado à malária, que afetava sua saúde de forma progressiva. O problema provavelmente era uma anemia grave, que ocorre quando há uma redução na quantidade de glóbulos vermelhos saudáveis no sangue, o que compromete o transporte de oxigênio para os tecidos do corpo.


No caso da malária, o parasita destrói as céulas durante a infecção, levando ao desenvolvimento da condição.


Em entrevista ao jornal The Guardian, no ano passado, Salgado contou que decidiu se aposentar por causa das limitações físicas.


“Meu corpo já não aguenta mais. Foram muitos anos trabalhando em lugares extremos. Sei que não viverei muito mais. Mas não quero viver muito mais. Já vivi tanto e vi tantas coisas”, disse.


Segundo o infectologista Marcelo Neubauer, que atua em São Paulo, a malária pode, sim, deixar sequelas duradouras em alguns pacientes.


“Casos graves podem causar complicações neurológicas, como convulsões, psicose, comprometimento cognitivo, problemas na fala e até cegueira. Também há risco de anemia grave, insuficiência renal e danos ao fígado”, detalha.


Ele explica que, em algumas situações, as sequelas podem comprometer o organismo de forma prolongada, dificultando o autocuidado e aumentando a vulnerabilidade a outras doenças.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/malaria-entenda-como-a-doenca-afetou-a-saude-de-sebastiao-salgado/?fsp_sid=150709
Share:

ICTDF recebe R$ 800 mil em emenda parlamentar para melhorias na infraestrutura

 on  with No comments 
In  




Por Denise Oliveira.



O Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) foi contemplado com uma emenda parlamentar de R$ 800 mil destinada à manutenção predial da unidade. O recurso foi viabilizado pelo vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado distrital Ricardo Vale.



A iniciativa foi comemorada pela equipe do Instituto, que destaca a importância do valor para manter a estrutura hospitalar em condições adequadas. “Esse recurso é fundamental para garantir um bom atendimento aos nossos pacientes”, afirmou Delmo Menezes, gerente de Relações Institucionais do ICTDF.



O interventor Marcus Costa também reforçou a relevância da ação. “A emenda reflete o compromisso com a saúde pública e permitirá melhorias essenciais na infraestrutura, beneficiando diretamente a população do Distrito Federal.”






https://jornalismodigitaldf.com.br/ictdf-recebe-r-800-mil-em-emenda-parlamentar-para-melhorias-na-infraestrutura/?fsp_sid=150698
Share:

Com presença de Delmasso e Damares, evento na rodoviária alerta sobre prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente

 on  with No comments 
In  







Com presença de Delmasso e Damares, evento na rodoviária alerta sobre prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente
Com presença de Delmasso e Damares, evento na rodoviária alerta sobre prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente

Ação envolve ainda, além da Secretaria da Família e Juventude do Distrito Federal, várias autoridades de órgãos ligados ao GDF, no chamado Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes





Autoridades, especialistas e ativistas de promoção dos direitos da criança e do adolescente estarão reunidos, nesta quinta-feira (15), às 14h30, na Rodoviária do Plano Piloto, em evento da Secretaria da Família e Juventude do Distrito Federal alusivo ao Maio Laranja, mês de prevenção à violência sexual contra o público infantojuvenil.





O evento chama a atenção para o 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei Federal 9.970/00.





Servidores e voluntários estarão desde cedo no local para realizar panfletagem. O objetivo é conscientizar pais e responsáveis que passam pelo terminal e alertar sobre as principais condutas que podem colocar em risco meninos e meninas. 





Haverá, também, orientações sobre como identificar quando menores de idade sofrerem abusos, como encaminhá-las para tratamento e como agir para que suspeitos respondam criminalmente.





Entre os confirmados estão o secretário Rodrigo Delmasso, a senadora Damares Alves e a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto. A governadora em exercício Celina Leão também foi convidada.





SERVIÇO:





Assunto: Prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes





Onde: Plataforma Inferior da Rodoviária do Plano Piloto, Ala C





Horário: 14h30.






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/com-presenca-de-delmasso-e-damares-evento-na-rodoviaria-alerta-sobre-prevencao-ao-abuso-e-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescente/?fsp_sid=150676
Share: