“Diziam que era normal”, conta mulher diagnosticada com doença rara

 on  with No comments 
In  




Com sintomas desde os dois anos de idade, a pernambucana Maria Lúcia de Almeida Gomes, hoje com 65, passou a vida sem saber a origem das dores, deformidades ósseas e da perda precoce dos dentes.


Desde bebê, os sinais de que algo estava errado eram evidentes. Aos dois anos, Maria Lúcia já iniciava um ciclo de cirurgias para tentar corrigir o arqueamento das pernas. Ao todo, foram 12 procedimentos entre os 5 e os 15 anos — todos sem resultado duradouro. “Conforme eu crescia, minhas pernas voltavam a entortar. E com isso vinham dores nas coxas e nos pés”, relembra.


A partir dos 15 anos, os dentes começaram a cair. A mandíbula se deslocava com frequência. Analgésicos e anti-inflamatórios passaram a fazer parte da rotina da adolescente.


“Imagina, aos 15 anos, já com dentes faltando, enfrentando preconceito e sem nenhuma explicação. Cheguei a tomar mais de dez comprimidos por dia. Às vezes era só pra aguentar a dor. E com isso, acabava sobrecarregando os rins”, conta Maria Lúcia, que mora em Candeias (PE).

Mesmo assim, por décadas, nenhuma hipótese foi levantada. “Nunca cheguei a receber um diagnóstico errado. Ninguém sabia o que eu tinha e diziam que era normal os ossos entortarem”, conta.


Diagnóstico tardio e o impacto do tratamento


Foi apenas aos 58 anos, já aposentada, que Maria Lúcia procurou uma endocrinologista que decidiu investigar o caso. Após uma bateria de mais de 50 exames, veio o diagnóstico de raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH).


A doença, causada por uma mutação no gene PHEX, leva à perda de fósforo pela urina e à deficiência de vitamina D ativa, prejudicando a formação dos ossos. “Não sabia o que era qualidade de vida. Não sabia o que era chegar em um lugar e não sentir dor”, afirma.


Com o início do tratamento adequado, à base do medicamento burosumabe, Maria Lúcia voltou a ter mobilidade, parou de sentir dor e conseguiu resgatar sua autonomia.


“Foi como voltar a ter dignidade após 58 anos. Uma noite de sono tranquila, pra mim, era algo impossível. Antes da medicação, era uma agonia, um mal-estar constante. A dor nas costelas era como se eu estivesse sendo espremida por dentro”, descreve.

Foi apenas aos 58 anos, já aposentada, Maria Lúcia procurou uma endocrinologista que decidiu investigar o caso. Após uma bateria de mais de 50 exames, veio o diagnóstico de raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH)Foi apenas aos 58 anos que Maria Lúcia foi diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH)

Obstáculos no acesso à medicação


Apesar da melhora, o tratamento ainda não está garantido. Maria Lúcia consegue o medicamento por via judicial, com o apoio do Instituto Amor e Carinho.


A cada quatro semanas, ela busca a dose no Hospital Francisco Bandeira e faz a aplicação em casa. Quando o fornecimento é interrompido, os sintomas voltam rapidamente. “É como voltar à estaca zero. Não consigo fazer tarefas simples, nem tomar banho sozinha”, relata.


Segundo a nefrologista pediátrica Maria Helena Vaisbich, da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e da Sociedade Latino-americana de Nefrologia e Hipertensão (SLANH) entre os sinais de alerta da XLH estão o arqueamento das pernas na infância, dores ósseas importantes, perda dentária precoce e, em alguns casos, fechamento anormal das suturas do crânio.


“É uma doença que precisa ser conhecida por pediatras, ortopedistas, nefrologistas e endocrinologistas. O diagnóstico é clínico, com exames laboratoriais e radiografias, mas só se chega lá se houver suspeita”, explica a especialista.

Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o burosumabe apenas para crianças e adolescentes. Adultos diagnosticados, como Maria Lúcia, precisam recorrer à Justiça.


“A doença não para na infância. No adulto, as dores só se acentuam, o risco de fraturas e complicações aumenta. Já temos dados mostrando que essa medicação melhora significativamente a qualidade de vida. Não faz sentido que parte dos pacientes ainda esteja excluída do acesso”, afirma a médica.


Hoje, aos 65 anos, Maria Lúcia vive sem dor e faz questão de compartilhar sua história. “Se eu tivesse recebido o diagnóstico lá atrás, minha história teria sido outra. Por isso, quero servir de alerta para outras pessoas. Dores crônicas e deformidades não devem ser normalizadas. É difícil, mas é possível buscar um diagnóstico e ter mais qualidade de vida”, conclui.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/diziam-que-era-normal-conta-mulher-diagnosticada-com-doenca-rara/?fsp_sid=162115
Share:

Tomar vinho todos os dias é seguro? Saiba o que acontece com seu corpo

 on  with No comments 
In  




Você sabia que o vinho tinto, com moderação, pode trazer vantagens à saúde? A chave para esses possíveis benefícios não está no álcool, mas em compostos poderosos da uva, os polifenóis.


Esses antioxidantes naturais são responsáveis por grande parte dos efeitos positivos, oferecendo suporte ao coração, cérebro e sistema imunológico. Nutricionistas e nutrólogos destacam sua importância na prevenção de doenças.



Leia também



É fundamental lembrar, porém, que os perigos do álcool em excesso superam amplamente qualquer benefício. A moderação é a bússola para aproveitar sem riscos.


Leia a reportagem completa no site Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/tomar-vinho-todos-os-dias-e-seguro-saiba-o-que-acontece-com-seu-corpo/?fsp_sid=162102
Share:

OMS: Nova diretriz para medicinas tradicionais tem reflexos no Brasil

 on  with No comments 
In  




*O artigo foi escrito por Ricardo Ghelman, professor colaborar do epartamento de Medicina em Atenção Primária à Saúde da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e publicado na plataforma The Conversation Brasil.



A Organização Mundial da Saúde lançou recentemente um marco global: a Estratégia de Medicina Tradicional para o período de 2025 a 2034. O documento, aprovado por 170 países na 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em maio, é mais que uma diretriz técnica que norteará as políticas públicas na próxima década.



Representa o reconhecimento oficial, por parte da comunidade internacional, de que os sistemas médicos tradicionais, muitos deles ancestrais, devem fazer parte da resposta contemporânea aos desafios de saúde, desde que embasados em evidências científicas e inseridos de forma segura nos sistemas nacionais.


A OMS indica com clareza os caminhos a seguir: é preciso ampliar as pesquisas de qualidade sobre as Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), fortalecer a regulação, garantir a segurança dos pacientes e promover sua integração nos sistemas formais de saúde.


Trata-se de um movimento inédito em escala mundial, que legitima práticas como acupuntura, fitoterapia, medicina ayurvédica, medicina chinesa tradicional e medicina antroposófica, entre outras, como campos válidos de cuidado – desde que devidamente estudados e contextualizados.


Vale ressaltar que, desde a Conferência de Alma-Ata, em 1978, a medicina tradicional, incluindo saberes indígenas, passou a ser reconhecida como parte essencial da atenção primária à saúde, especialmente quando constitui o principal ou único recurso terapêutico disponível em 80% dos países. Essa valorização também se intensifica com a nova estratégia da organização.


Congresso sobre o tema no Rio de Janeiro em outubro de 2025


Como o cuidado integral à saúde exige validação científica, protocolos seguros e instrumentos de avaliação de efetividade clínica, a OMS tem atuado intensamente nesse sentido, com destaque para a criação do Global Traditional Medicine Centre (GTMC/OMS), lançado durante a primeira Cúpula Global sobre MTCI, em 2023, na Índia, em paralelo à reunião ministerial da saúde do G20.


Para outubro de 2025, outro passo estratégico está planejado: a OMS participa do 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (3rd WCTCIM), no Rio de Janeiro.


O evento, que acontece pela primeira vez na América Latina após Berlim (2017) e Roma (2023), será palco do pré-lançamento da Global Traditional Medicine Library, iniciativa do GTMC, que reunirá evidências científicas na área com acesso aberto.



Leia também



Esta biblioteca global da OMS já reúne até o momento mais de 1,5 milhão de publicações indexadas no PubMed. Também em parceria com a OMS, será construída no 3rd WCTCIM a Aliança Global de Consórcios e instituições de pesquisa em MTCI das seis regiões do mundo.


A realização do congresso no país é a consequência do protagonismo que o Brasil vem ganhando nesse campo. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em vigor desde 2006, reconhece até agora 29 práticas.


Em 2024, mais de nove milhões de atendimentos nessa área foram registrados no Sistema Único de Saúde, um crescimento de 70% em apenas dois anos, segundo o Ministério da Saúde. São números expressivos, que indicam tanto a demanda da população quanto o avanço na institucionalização dessas abordagens.


Importa destacar a atuação conjunta do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) e do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME/OPAS), responsável pela gestão da Biblioteca Virtual em Saúde sobre Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (BVS MTCI).


Essas instituições têm se dedicado à elaboração de mapas de evidências científicas. Até o momento, 26 deles já foram disponibilizados nos canais das instituições, com acesso livre, divididos em sistemas médicos, produtos naturais, terapias não farmacológicas e desfechos clínicos.


Tais mapas vêm se consolidando como instrumentos estratégicos no debate sobre políticas públicas em MTCI, ao sintetizar mais de 2,4 mil revisões sistemáticas (resultados de várias pesquisas já publicadas sobre um tema e uma das formas mais confiáveis de produzir evidências).


Essas ferramentas também organizam informações científicas de forma clara e acessível, relacionando o efeito de intervenções específicas com problemas específicos de saúde; permitem identificar lacunas no conhecimento e áreas com maior densidade de estudos, contribuindo para a formulação de políticas mais fundamentadas, em estudos de segurança e eficácia e alinhadas às necessidades reais de saúde da população.


Não se pode ignorar, entretanto, os obstáculos significativos que permanecem nesse campo, no país. Há dificuldades estruturais na formação de profissionais, na integração das práticas aos serviços de saúde, e a já conhecida escassez de financiamento.


São fatores que comprometem o avanço das MTCIs para a população brasileira, que seria largamente beneficiada com a ampliação do acesso a um cuidado integral, com terapias centradas na pessoa (e não na doença) e culturalmente apropriadas. São práticas que promovem o autocuidado, o protagonismo dos usuários, a prevenção em saúde, contribuem para evitar o agravamento de doenças e a cronificação de quadros clínicos, favorecendo a redução de custos no sistema público.


Que práticas são essas? Acupuntura e auriculoterapia para dor crônica; valeriana, passiflora e óleo de lavanda para insônia e ansiedade; yoga e tai chi chuan para hipertensão arterial; meditação mindfulness para depressão. Há muitos exemplos de implementação dessas terapias no SUS, e com alta demanda pela população.


O Brasil terá uma oportunidade, em outubro, que não se repetirá tão cedo: de mostrar sua diversidade de saberes e experiências em MTCI. Também poderá trazer a contribuição de regiões do mundo, em geral, sub-representadas nos congressos mundiais, como África, Oriente Médio, Sudoeste Asiático e América Latina. É uma forma de fortalecer a presença do Sul Global nos debates científicos internacionais, quase sempre concentrados pela Europa e pelos Estados Unidos.


Um congresso mundial em MTCI no território brasileiro é uma chance de internalizar os compromissos globais, aprimorar nossa política nacional, e expandir a colaboração científica sobre as práticas através da articulação de grupos de pesquisa e da publicação dos resultados. Podemos, ainda, aprofundar ações em direção à criação de modelos de pesquisa culturalmente sensíveis, especialmente relevantes no estudo de práticas indígenas e de matriz africana.


Para consolidar a ponte entre os saberes ancestrais, a ciência e a saúde pública, precisamos tanto das evidências como da escuta ativa para as comunidades e para os profissionais que já praticam, diariamente, formas de cuidar comprometidas com o bem viver.


Que sejamos atores mais ativos para que a mudança, de fato, aconteça. Superemos a era da dicotomia da medicina alternativa e da medicina científica, em direção a uma medicina do futuro mais diversa e resolutiva, integrando saberes em prol do indivíduo, comunidade e da saúde planetária.The Conversation


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!







Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/oms-nova-diretriz-para-medicinas-tradicionais-tem-reflexos-no-brasil/?fsp_sid=162089
Share:

“Dor ao respirar era pior que o parto”, diz mulher com síndrome rara

 on  with No comments 
In  




A paraibana Emmanuelle Mariz de Almeida, 47 anos, estava grávida de 5 meses quando desenvolveu rinite gestacional. Com grande desconforto para respirar e impossibilidade de usar determinados medicamentos, ela recebeu a indicação de fazer um procedimento para desobstruir as vias aéreas.


O que deveria facilitar a respiração, acabou se tornando um problema ainda maior. A administradora desenvolveu a síndrome do nariz vazio após ter os cornetos nasais parcialmente amputados. Os cornetos são responsáveis por filtrar, aquecer e umidificar o ar que respiramos. Sem eles, o simples ato de respirar pode se tornar um desafio.


Há quatro anos Emmanuelle sofre com a sensação constante de falta de ar e não consegue trabalhar ou estar presente em compromissos fora de casa.


“Parte dos meus cornetos foi queimada e não consigo mais respirar como antes. Até o ar seco do ar-condicionado incomoda. O parto do meu filho deveria ter sido um momento de alegria, mas eu gritava de dor só por respirar porque a maternidade era climatizada”, lamenta.


Leia também



Cornetos nasais amputados


A síndrome do nariz vazio é uma doença rara e controversa. O mais comum é que aconteça após cirurgias mal-sucedidas para a desobstrução das vias aéreas, quando os cornetos nasais são parcialmente ou totalmente amputados e perde-se também os sensores que mandam sinais para o cérebro de que estamos respirando.


O nariz humano contém três cornetos de cada lado. Eles filtram, umidificam e aquecem o ar que respiramos antes que ele chegue aos pulmões. Sem essa estrutura, o paciente fica com uma abertura tão grande da fossa nasal que perde a percepção de que o ar está entrando.


“O nariz precisa dos cornetos. Quando está muito frio, eles aumentam de tamanho para impedir a passagem livre do ar e temos tempo de trocar calor. Por outro lado, se eles estão pequenos demais, o ar passa muito rápido, ressecando as estruturas”, explica o otorrinolaringologista Dário Antunes Martins, que atende na Santa Casa de Belo Horizonte, em Minas Gerais.


Os sintomas mais comuns da síndrome são obstrução nasal, ressecamento, formação de crostas nasais, diminuição do olfato, problemas auditivos e sensação persistente de falta de ar. “O paciente pensa que o ar não está entrando porque não tem mais os sensores que mandam um sinal para o cérebro de que estão respirando”, detalha o médico.


3 imagensEmmanuelle mal conseguia abrir os olhos quando o filho nasceuA paraibana passa a maior parte do dia em casa para evitar contato com o ventoFechar modal.1 de 3

Emmanuelle conta que a dor de respirar foi tão intensa quanto o parto

Emmanuelle Mariz de Almeida/ Imagem cedida ao Metrópoles2 de 3

Emmanuelle mal conseguia abrir os olhos quando o filho nasceu

Emmanuelle Mariz de Almeida/ Imagem cedida ao Metrópoles3 de 3

A paraibana passa a maior parte do dia em casa para evitar contato com o vento

Emmanuelle Mariz de Almeida/ Imagem cedida ao Metrópoles

Tratamento frustrado


Emmanuelle conta que nunca teve problemas respiratórios. A rinite começou em 2020, quando tinha 42 anos, durante a gestação do segundo filho. “Foi uma gravidez bem difícil, com pressão alta, risco de pré-eclâmpsia e ainda desenvolvi uma rinite gestacional muito severa”, lembra.


A administradora conta que os cornetos nasais incharam muito por causa da variação hormonal da gestação, fazendo com que ela não conseguisse respirar e tivesse apneia do sono. “Eu não conseguia dormir porque não respirava direito, e não podia usar descongestionantes nasais pelo risco de aumentar ainda mais a minha pressão”, lembra.


Como opção de tratamento, um médico otorrinolaringologista prescreveu o uso de corticoides, mas ainda assim o problema não foi solucionado. Foi então que surgiu a possibilidade da cauterização dos cornetos nasais para reduzir o volume deles e aliviar a obstrução nasal causada pela rinite.


O procedimento é indicado em casos de aumento dos cornetos, que pode ser causado por rinite crônica ou outras condições que irritam a mucosa nasal. Mas para Emmanuelle, o resultado não foi o esperado.


“Senti muita dor na primeira semana após o procedimento, como se fosse uma queimadura aberta em carne viva. Eu gritava, não conseguia dormir, ainda estando grávida, no meio da pandemia”, conta.


Emmanuelle conta que a dor se arrastou pelos meses seguintes à gestação. Depois de passar pela avaliação de outros médicos e fazer o exame de videoendoscopia nasal, ela foi informada que parte dos cornetos tinham sido amputados. O problema resultou em duas infecções, que precisaram ser tratadas com antibióticos.


“Chorei com meu filho recém-nascido nos braços quando recebi o diagnóstico. Hoje eu vivo cheia de limitações. Não consigo mais trabalhar nem estudar. Não posso fazer exercícios físicos nem permanecer em ambientes com ventilador ou ar-condicionado porque sinto uma dor absurda por dentro do rosto”, detalha.


Ela conta que evita sair de casa e passear com a família para não receber vento no rosto. “Meus filhos me chamam para ir ao shopping e não posso ir. O mais velho recebeu um prêmio na escola e não pude estar lá. Já perdi várias festas na escola do caçula. É uma luta muito grande”, lamenta.


Tratamento


Não existe cura para a síndrome do nariz vazio. No entanto, os pacientes podem aderir a algumas estratégias para aliviar os sintomas, como adotar o uso de soros nasais e umidificadores de ar, e evitar estar em ambientes com ar-condicionado para não ressecar as narinas.


Em alguns casos, os pacientes podem recorrer à cirurgia para colocação de enxertos. Eles simulam os cornetos, para fazer com que o ar passe pela lateral do nariz e a pessoa perceba a entrada dele. Emmanuelle, no entanto, prefere não arriscar uma nova intervenção no nariz por medo de agravar o quadro.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!





Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/dor-ao-respirar-era-pior-que-o-parto-diz-mulher-com-sindrome-rara/?fsp_sid=162076
Share:

Suco de couve, laranja e gengibre: saiba quais são os benefícios

 on  with No comments 
In  




Presente em dietas funcionais, o suco de couve, laranja e gengibre conquistou espaço entre os hábitos de quem busca mais saúde, energia e leveza no dia a dia.


Mais do que um modismo, a mistura tem respaldo científico. Estudos mostram que os ingredientes oferecem compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e nutrientes capazes de reforçar o sistema imunológico, auxiliar na digestão e até melhorar a absorção de minerais.


Para a nutricionista Rita de Kássia, de Brasília, a popularidade da receita não veio à toa. “A junção dos três ingredientes resulta em um suco com ação anti-inflamatória, antioxidante e digestiva, o que o torna muito valorizado em rotinas saudáveis”, afirma.





Nutrientes do suco de couve, laranja e gengibre



  • Couve: rica em fibras, cálcio, ferro e vitaminas A, C e K.

  • Laranja: rica em vitamina C, auxilia na absorção do ferro presente na couve.

  • Gengibre: possui gingerol, composto bioativo com ação anti-inflamatória, digestiva e termogênica.




O nutrólogo Felipe Gazoni, que atende em São Paulo, explica que, ao entrar na corrente sanguínea, os nutrientes combatem aos radicais livres, favorecem a modulação de processos inflamatórios, o fortalecimento do sistema imunológico e a melhoria nas funções metabólicas.


Rita também aponta que os compostos presentes nesse trio ajudam a impulsionar as enzimas hepáticas e a melhorar a saúde do fígado. “Esse suco não ‘desintoxica’ milagrosamente, mas pode favorecer os processos naturais de detoxificação por conter compostos que estimulam enzimas hepáticas. Eles estão presentes especialmente na couve e no gengibre”, afirma.


Qual o melhor horário para tomar o suco?


A nutricionista conta que a escolha do horário em que o suco é consumido pode potencializar os efeitos da bebida no organismo:



  • Pela manhã: indicado para quem busca energia assim que acorda.

  • Antes das refeições: ajuda na digestão devido à ação do gengibre.

  • Após o treino: é uma boa pedida para atletas ou pessoas com rotina intensa, pois contém compostos que ajudam na recuperação muscular, redução da inflamação e reforço imunológico.


Foto mostra suco verde, suco de laranja com couve. Em um prato branco estão dispostos ambos ingredientes ao lado de um copo da bebida
Quanto mais variado em ingredientes, mais o suco pode contribuir com a imunidade.

Alguns cuidados fazem a diferença no momento do preparo. A vitamina C e os antioxidantes são sensíveis ao calor, por isso, a dica é bater os ingredientes por pouco tempo no liquidificador, não coar e consumir logo após o preparo para ingerir o máximo de nutrientes.


“A perda nutricional, principalmente da vitamina C e dos compostos antioxidantes, ocorre devido ao contato com o oxigênio e ao calor do motor do liquidificador”, alerta Rita.

A escolha da laranja tem influencia no sabor e notanto no sabor quanto no impacto metabólico. A laranja-pera, popular nas feiras e supermercados, fornece maior volume de caldo e sabor adocicado.


A escolha da laranja influencia não apenas o sabor do suco. A laranja-pera, popular nas feiras e supermercados, fornece maior volume de caldo e doçura, elevando a carga glicêmica da bebida. Por isso, pessoas com diabetes devem evitar o consumo excessivo da bebida.


Já a laranja lima, menos ácida e com sabor naturalmente menos doce, torna a mistura mais suave e costuma agradar paladares infantis. “A laranja-pera é mais doce e tem maior carga glicêmica. A lima tem sabor mais suave e é boa para quem tem problemas gástricos”, orienta a nutricionista.


Suco detox não substitui alimentação balanceada


O nutrólogo Felipe Gazoni alerta que, embora a bebida contribua para o bom funcionamento do organismo, ela não substitui uma dieta equilibrada nem dispensa a avaliação médica em casos de deficiência nutricional.


“O suco pode ser uma excelente adição à dieta diária, mas não substitui a necessidade de uma alimentação equilibrada”, explica Gazoni.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/suco-de-couve-laranja-e-gengibre-saiba-quais-sao-os-beneficios/?fsp_sid=162063
Share:

Saiba 8 fatos para perder o medo de doar sangue

 on  with No comments 
In  




Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações





Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/saiba-8-fatos-para-perder-o-medo-de-doar-sangue/?fsp_sid=162050
Share:

Veja como se proteger da Covid-19 no inverno

 on  with No comments 
In  




Com a proximidade do inverno, cresce a preocupação com as doenças respiratórias. No entanto, ao contrário dos anos anteriores, a Covid-19 já não ocupa o protagonismo entre os vírus que mais preocupam os especialistas em 2025.


Segundo o infectologista clínico, Gustavo Dittmar, coordenador da Infectologia do Hospital Albert Sabin (HAS), a circulação do coronavírus persiste, mas o impacto é significativamente menor.


“O vírus causador da Covid-19 está longe de ser, em 2025, um problema de saúde pública. Ele nem figura entre os três principais causadores de doenças respiratórias neste momento”, afirma o médico.


Leia também



Os maiores responsáveis por casos de insuficiência respiratória e hospitalizações, atualmente, são o vírus sincicial respiratório, o vírus da influenza e o rinovírus.


Leia a reportagem completa no site NSC Total, parceiro do Metrópoles.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/veja-como-se-proteger-da-covid-19-no-inverno/?fsp_sid=162037
Share:

EJA • 2º semestre 2025

 on  with No comments 
In  





 



 




Inscrição



 


30 de junho a 8 de julho de 2025


 


INSCRIÇÃO


A inscrição para o, EJA 2/2025, está programada para o dia 30/06/2025 às 00:00:00.




Resultado



 


18 de julho de 2025


a partir das 18h


 



 




Matrícula



 


21 a 25 de julho de 2025


 


A efetivação será presencial, nas secretarias das respectivas unidades.


Horário de funcionamento da Secretaria Escolar


 


  Documentos necessários para a efetivação da matrícula   






  Identidade


  CPF


  Duas fotos 3×4


  Comprovante de residência


  Declaração Provisória de Matrícula (Deprov) ou Histórico Escolar


 No caso de estudantes menores de idade, também será indispensável a apresentação da identidade e CPF do responsável.






$(".imagem-superior-internas").css('background-image':'url("http://www.educacao.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2024/02/top-site-se-liga.png")');





Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/eja-2o-semestre-2025/?fsp_sid=162024
Share:

Divulgado o resultado da seleção do Programa Pontes para o Mundo

 on  with No comments 
In  





Os estudantes devem seguir as orientações e respeitar os prazos para a entrega da documentação para garantir a vaga

Por Monalisa Silva, Ascom/SEEDF


 



 


Foi publicada, nesta sexta-feira (27), a listagem com o resultado final do processo de seleção para integrar o Programa Pontes para o Mundo, iniciativa do Governo do Distrito Federal promovida pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Os selecionados vão participar de uma vivência internacional no Reino Unido no segundo semestre deste ano.


 


Entretanto, para que o aluno aprovado nas fases anteriores tenha a sua participação efetivada, é imprescindível o cumprimento das exigências previstas no edital, especialmente a entrega de toda a documentação obrigatória, além de cópias digitalizadas do RG (expedido há, no máximo, dez anos) e do CPF do estudante, até o dia 07 de julho de 2025.


 


A lista que contém todos os documentos exigidos está disponibilizada no site oficial do programa. Entre a documentação obrigatória constam três formulários disponíveis no site, que devem ser preenchidos, digitalizados e enviados: Termo de Compromisso e Autorização dos Pais ou Responsáveis Legais, Termo de Ciência em Caso de Abandono ou Desistência e Declaração de Saúde Socioemocional. Os documentos devem ser enviados em ordem numerada em arquivo único no formato PDF para o e-mail pontesparaomundo@se.df.gov.br.


 


ACESSE AQUI O RESULTADO FINAL


 


O não envio completo e dentro do prazo estabelecido resultará em desclassificação automática do candidato, de acordo com as regras do edital. Nesses casos, serão convocados os alunos do cadastro de reserva, composto por 20 discentes, para o preenchimento das vagas remanescentes, respeitando a ordem de classificação.


 


A iniciativa levará 100 estudantes do ensino médio regular e do ensino médio integrado ou concomitante à Educação Profissional e Tecnológica (EPT), matriculados na rede pública de ensino, para uma vivência internacional em países cuja língua oficial é o inglês: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. Para definir a rotina dos alunos, será considerado o calendário local e as especificidades dos países de destino. O intercâmbio terá duração entre 13 e 16 semanas.


 






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/divulgado-o-resultado-da-selecao-do-programa-pontes-para-o-mundo/?fsp_sid=162011
Share:

Tomar vitamina D de manhã ou à noite? Especialistas respondem

 on  with No comments 
In  




Quantas vezes você já se perguntou se está realmente fazendo o melhor para sua saúde ao tomar aquele suplemento diário? Existe um ritual secreto, um horário mágico que maximiza a potência de nutrientes cruciais como a vitamina D, ou estamos apenas gastando dinheiro sem o retorno ideal?


A verdade, surpreendentemente simples, é que o melhor horário para tomar sua vitamina D é aquele que você consegue manter consistentemente, desde que sempre acompanhe uma refeição. Esqueça a rigidez dos ponteiros: seja no café da manhã, almoço ou jantar, o que realmente importa é que ela esteja aliada a alimentos.



Leia também



Essa liberdade de horário é um alívio para a rotina, mas a condição “com alimentos” é inegociável. A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, o que significa que sua absorção depende da presença de gordura. Uma pequena quantidade de gordura na sua refeição é o catalisador que seu corpo precisa para absorver a vitamina D de forma eficaz.


Leia a reportagem completa no NSC Total, parceiro do Metrópoles.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/tomar-vitamina-d-de-manha-ou-a-noite-especialistas-respondem/?fsp_sid=161998
Share:

Estudante do CEM 10 de Ceilândia representará o DF no Jovem Senador de 2025 – Secretaria de Estado de Educação

 on  with No comments 
In  





Maria Eduarda Alves foi selecionada e será a representante do DF no Senado Federal



Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF


 


A estudante Maria Eduarda Alves (centro) do Centro de Ensino Médio 10 de Ceilândia, é a vencedora do programa Jovem Senador 2025 pelo Distrito Federal | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.


 


A manhã da estudante Maria Eduarda Alves, de 17 anos, do Centro de Ensino Médio (CEM) 10 de Ceilândia, nesta sexta-feira (27) foi cheia de surpresas. A jovem foi surpreendida ao receber o anuncio de que foi selecionada para representar o Distrito Federal no programa Jovem Senador 2025. O anúncio foi feito em uma cerimônia realizada na escola.


 


A estudante Emanuelle Lana, de 17 anos, representante do DF na edição de 2024 e aluna do CEM de Taguatinga Norte, foi a responsável por anunciar a nova vencedora diante da comunidade escolar. Maria Eduarda revelou seu entusiasmo e contou que já participou de outros projetos de protagonismo juvenil na política, como o Parlamento Estudantil da Câmara Legislativa do DF.


 


Amo a política, e acredito que, quando a gente quer muito uma coisa e se esforça, a recompensa vem”, afirmou. Apaixonada pela área, a jovem já traça os próximos passos: pretende cursar Relações Internacionais no ensino superior.


 


A premiação contou com representantes da Secretaria de Educação do DF (SEEDF) e coordenadores do programa no Senado Federal. Maria Eduarda terá a oportunidade de representar o DF na Semana de Vivência Legislativa, que acontece de 5 a 9 de agosto, no Senado Federal.


 


Apoio de professores na inscrição

 


A jovem senadora foi selecionada por meio do concurso de redação do programa, que neste ano teve como tema “Emergência Climática: pense no futuro, aja no presente”. O texto foi escolhido entre os melhores produzidos por estudantes da rede pública do DF e passou por uma seleção feita por comissões avaliadoras da SEEDF e do Senado.


 


Além da estudante, foi homenageada a professora de português Celeste Maria Napoleão, responsável pela orientação da redação vencedora. Celeste celebrou a conquista da estudante e reforçou a importância da produção textual e da formação cidadã no ambiente escolar. “Estou muito feliz pela Maria Eduarda. O concurso Jovem Senador é fantástico, incentiva os estudantes a refletirem sobre temas importantes. Levar nossos alunos para um espaço de decisões como o Senado Federal é a cidadania sendo exercida de verdade”, ressaltou a professora.


 


Do pátio da escola ao plenário do Senado

 


A professora de Português Celeste Maria Napoleão, responsável pela orientação da redação, e a estudante vencedora Maria Eduarda Alves | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.


 


A parceria entre o Senado Federal e as secretarias estaduais de Educação objetiva promover o conhecimento sobre o processo legislativo e incentivar a participação política e cidadã dos estudantes da rede pública. A iniciativa é voltada para alunos do ensino médio, com até 19 anos completos até 31 de dezembro de 2025.


 


O coordenador da Diretoria de Ensino Médio da SEEDF, João Tadeu Maia, destacou a importância do trabalho coletivo para o sucesso do programa no DF. “É muito emocionante ver o resultado de todo esse processo, que só acontece graças ao esforço conjunto das regionais de ensino, das equipes gestoras e dos professores”. Este ano foi registrado uma participação recorde de redações na terceira etapa da seleção.

 


O coordenador do concurso no Senado Federal, George Cardim, celebrou o alcance do programa em 2025. Nesta edição, mais de 160 mil estudantes de 4.202 escolas públicas de todo o Brasil enviaram suas redações. Cardim destacou o avanço da participação feminina: em 2025, 21 das 27 vagas foram ocupadas por jovens senadoras.


 





Mais de dois milhões de estudantes do ensino médio da rede pública já participaram do programa ao longo dos anos. É um número expressivo que reforça o impacto positivo da iniciativa na formação cidadã dos nossos jovens.



George Cardim,coordenador do concurso no Senado Federal




 


Ele lembrou ainda que o programa já acumula 16 concursos de redação realizados desde a sua criação. “Mais de dois milhões de estudantes do ensino médio da rede pública já participaram do programa ao longo dos anos. É um número expressivo que reforça o impacto positivo da iniciativa na formação cidadã dos nossos jovens”, concluiu.


 


O Programa Jovem Senador

 


Durante a semana de atividades no Senado, os jovens senadores assumem papéis, debatem propostas e aprovam sugestões que poderão ser encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) da Casa. “Esses jovens vêm ao Congresso Nacional, tomam posse como senadores e discutem os problemas do país, além de apresentar sugestões que podem virar leis. Já temos 20 propostas em tramitação, algumas votadas em comissões e até no plenário do Senado”, explicou George.


 


Duas dessas sugestões, elaboradas por estudantes, foram aprovadas no ano passado e encaminhadas à Câmara dos Deputados.


 


 








Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/estudante-do-cem-10-de-ceilandia-representara-o-df-no-jovem-senador-de-2025-secretaria-de-estado-de-educacao/?fsp_sid=161985
Share:

“Método dos sonhos”, diz casal após FIV com participação das duas mães

 on  with No comments 
In  




Cada vez mais casais homoafetivos têm recorrido à reprodução assistida para realizar o sonho da maternidade. Uma das técnicas que vem ganhando espaço é a FIV com participação das duas mães — a chamada Ropa, sigla para Recepção de Oócito da Parceira, em que uma mulher doa os óvulos e a outra gera o bebê.


Esse foi o caminho escolhido por Emanuele Caroline Araújo da Silva e Priscilla Garcia Pereira, de Brasília, que estão juntas há 17 anos. Após um processo marcado por dúvidas, tentativas e esperança, elas conseguiram engravidar e hoje são mães dos gêmeos Antônio Lucas e João Emanuel, de 4 anos.


“Sempre falamos em ser mães, mas em contextos diferentes”, conta Emanuele, de 38 anos. Ela sempre sonhou em adotar, enquanto Priscila, hoje com 40, queria gerar os próprios filhos.

Entre incertezas e mudanças de planos, elas encontraram na técnica Ropa a possibilidade de ambas participarem da concepção de forma ativa. Uma doou os óvulos e a outra gerou os filhos. Foi o mesmo método escolhido por Ludmilla e Brunna Gonçalves, que recentemente se tornaram mães de uma menina.


Busca do método ideal


O primeiro passo foi a tentativa de fertilização in vitro convencional em Brasília, mas a explosão de casos de zika vírus em 2015 adiou o plano. No ano seguinte, elas até chegaram a entrar na fila da adoção, mas não passaram da primeira entrevista. “A gente sempre quis uma família. Só ainda não sabíamos como ela iria se formar”, conta Manu.


Foi em 2019 que o cenário mudou. O casal conheceu uma dupla de mulheres de São Paulo que havia passado pelo método Ropa. Empolgadas com a possibilidade, elas foram atrás de mais informações e encontraram uma clínica que oferecia um programa de redução de custos em troca da doação de parte dos óvulos. Ali, descobriram o que chamam de “método dos sonhos”.



“Desde o início, decidimos que os óvulos seriam meus e que a Pri gestaria. Nunca houve dúvida quanto a isso”, explica Manu. A clínica permitiu que parte do processo fosse feita à distância. Após consultas online e exames, elas viajaram para São Paulo para a etapa final, que incluiu a coleta dos óvulos e a preparação para a implantação dos embriões.


Na primeira tentativa, o embrião não vingou. “Foi um baque. Cheguei a cogitar gestar, mas conversamos muito e mantivemos nosso plano inicial”, lembra. Na segunda tentativa, com dois embriões implantados, veio o positivo. Era 26 de fevereiro de 2020, o mesmo dia em que o Brasil registrava seu primeiro caso de Covid-19.


Gestação compartilhada


A técnica Ropa permite que as duas mulheres compartilhem biologicamente a gestação. Uma é mãe genética e a outra, mãe gestacional. “Mesmo sem gerar, eu vivi tudo. Enjoei junto, senti os desejos, as contrações… Era como se eu também estivesse grávida”, conta Manu.


A ginecologista e especialista em Reprodução Assistida Hitomi Nakagawa, membro do conselho da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), diz que o método também é chamado de Gestação Compartilhada.


“Uma das parceiras tem os ovários estimulados por hormônios e seus óvulos são coletados. Após fertilização em laboratório, com sêmen de doador, os embriões resultantes são transferidos para o útero da parceira que irá gestar. Dessa forma, as duas mães participam ativamente no processo”, explica.

As taxas de sucesso, segundo a médica, são semelhantes às da fertilização in vitro convencional, dependendo principalmente da qualidade dos óvulos, da idade da mulher e da saúde geral do casal. No entanto, o acesso à técnica ainda é limitado. “Os custos são altos e os planos de saúde não costumam cobrir o procedimento”, aponta.


2 imagens

Os gêmeos Antônio Lucas e João Manoel.

1 de 2

Juntas há 17 anos, Manu e Priscilla são mães dos gêmeos Antônio Lucas e João Emanuel, de 4 anos.

Arquivo Pessoal
2 de 2

Os gêmeos Antônio Lucas e João Manoel.

Arquivo pessoal

Sonho realizado


Antônio Lucas e João Emanuel nasceram com 34 semanas e passaram um período na UTI neonatal. O susto da prematuridade logo deu lugar ao alívio e ao encantamento. “Ver nossos filhos nos chamando de mamães é a maior confirmação de que fizemos a escolha certa”, compartilha Priscila.


Para Manu, a maternidade vai muito além da gestação. “Não existe abraço mais gostoso nem ‘eu te amo’ mais sincero do que o de um filho tão sonhado. O que nos faz família é o amor, o cuidado e a escolha diária de estarmos presentes”, diz.

Hoje, elas seguem dividindo a rotina com os gêmeos e contando sua história como forma de inspirar outros casais a acreditarem no próprio caminho. “O preconceito e a estrutura patriarcal podem até tentar nos impedir, mas nada é mais forte do que o desejo de amar e construir uma família do nosso jeito”, afirma.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/metodo-dos-sonhos-diz-casal-apos-fiv-com-participacao-das-duas-maes/?fsp_sid=161972
Share:

Irmãos gêmeos da rede pública de ensino conquistam vaga em intercâmbio – Secretaria de Estado de Educação

 on  with No comments 
In  





Tiago Felipe e José Pedro foram selecionados para o programa que levará 100 estudantes do DF para o Reino Unido



Por Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader


 


Os gêmeos Tiago Felipe e José Pedro Lima Travassos comemoraram com a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, a notícia de que foram classificados no Pontes para o Mundo | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.


 


Na casa simples do P Sul, em Ceilândia, os livros sempre dividiram espaço com os sonhos. Foi ali, na rotina marcada pela disciplina e determinação, que Tiago Felipe e José Pedro Lima Travassos, irmãos gêmeos de 17 anos, provaram que o conhecimento é a chave para abrir portas. Nesta sexta-feira (27), a casa ganhou um visitante diferente: o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi pessoalmente anunciar que os irmãos estão entre os 100 estudantes da rede pública de ensino contemplados na primeira edição do programa Pontes para o Mundo.


 


Alunos do segundo ano do ensino médio no Centro Educacional 6 de Ceilândia, os gêmeos foram os primeiros colocados no processo seletivo para o intercâmbio promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação. A iniciativa lançada em maio deste ano prevê um investimento de aproximadamente R$ 100 mil para cada estudante contemplado, que receberá todo o custeio necessário para manter os estudos no Reino Unido por 17 semanas.


 


Com o nome entre os primeiros colocados da seleção, José Pedro ainda tenta assimilar a conquista. Apaixonado por línguas estrangeiras, o jovem aprendeu inglês sozinho, com jogos, filmes e vídeos na internet, e contou com o apoio dos Centros Interescolares de Línguas (CILs). “Ainda não consigo acreditar que vou sair do país. Parece que não foi nem uma porta que se abriu para mim, e, sim, um portão inteiro. Sempre achei que isso era fora da minha realidade”, compartilhou. Segundo ele, o sonho de se tornar diplomata e viajar o mundo está cada vez mais perto.


 


Para o irmão gêmeo, Tiago Felipe, primeiro colocado geral no processo seletivo, a ficha também ainda não caiu. Durante a pandemia, investiu boa parte do tempo para estudar inglês por conta própria, jogando e assistindo vídeos. O esforço, segundo ele, valeu cada segundo de dedicação. “É um grande reconhecimento. É incrível”, afirmou. Ele também planeja ser diplomata e vê no intercâmbio uma oportunidade única para crescer. “Estar lá fora vai me mostrar o mundo de outra forma.


 


Os dois estudam juntos, dividem a mesma rotina e agora vão compartilhar também a experiência de viver no exterior. A oportunidade de morar no Reino Unido por 17 semanas vai abrir caminhos para um futuro que parecia distante. “É incrível saber que meu irmão vai estar lá comigo. É como ter um amigo do lado o tempo todo”, diz Tiago. “Esse vai ser só o começo.”


 


Se tem alguém que não poderia estar mais orgulhosa é a mãe dos meninos, Maria Aparecida Lima, de 57 anos. Com uma vida inteira dedicada integralmente aos cuidados com os filhos gêmeos, ela conta que esse era um sonho que, até então, estava distante da realidade da família.


 


Eu estou com um misto de sentimentos. Já chorei muito, porque é o futuro deles. Eu jamais proibiria eles de irem, eu tenho de incentivar. Vai ser muito difícil ficar sem eles aqui, mas eles precisam correr atrás desse sonho. Nas atuais condições, a gente jamais teria como oferecer isso e o GDF fez um programa incrível que mostra que, se o aluno quer e vai atrás, ele consegue”, disse dona Cida, emocionada.


 


A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, esteve presente na ação e enfatizou a importância do programa na vida dos jovens selecionados | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.


 


O governador Ibaneis Rocha, durante a visita, ressaltou o impacto social e educativo do Pontes para o Mundo. “Esse é um programa pelo qual os alunos da rede pública podem conhecer o mundo. São famílias que não têm condições nenhuma de irem para outros países e vivenciarem outras culturas e agora têm essa oportunidade. A partir do ano que vem, a gente espera aumentar o número de contemplados para criar mais oportunidades. Nós estamos muito orgulhosos do que eles estão fazendo e eu espero que aproveitem muito essa oportunidade e tragam essa experiência para os outros colegas de sala de aula”, pontuou o chefe do Executivo.


 


A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, enfatizou o empenho da mãe para dar uma boa criação aos gêmeos: “Muito disso aqui foi fruto de uma dedicação materna. Olhando para a mãe deles, eu pude observar tudo isso. Faltam palavras para descrever o que é ver um filho passando numa etapa como essa, virando uma página e iniciando um novo capítulo. Eu tenho certeza de que o futuro desses meninos é promissor. Agora é só acompanhar o crescimento desses jovens que hoje completam 17 anos e em breve irão representar o Distrito Federal mundo afora”.

 


A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que os ganhos são para além do aprendizado na língua estrangeira. “Os alunos contemplados ficarão nos quatro países do Reino Unido ー Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte ー de setembro até dezembro. Eles realmente vão ter uma imersão na cultura, vão trocar ideias com meninos de outros países do mundo. Então, vai ser uma oportunidade riquíssima. Eles receberão, além de todo o custeio, um valor de 300 euros para as despesas pessoais, além de todo o apoio de professores da Educação que vão acompanhar na primeira semana de acolhimento”, esclareceu.


 



 


Para garantir o bom andamento dos estudos também no Brasil, serão ofertadas aulas preparatórias no modo virtual para o Programa de Avaliação Seriada (PAS). “Eles não vão ter nenhum tipo de perda pedagógica neste período que estarão fora. Os alunos continuarão estudando as disciplinas que o PAS cobra e a viagem de retorno foi marcada justamente de acordo com o calendário da prova para que eles não saíssem prejudicados nisso”, acrescentou a secretária de Educação.


 


Oportunidade única

 


Lançado em maio deste ano, o Pontes para o Mundo tem o objetivo de proporcionar uma vivência internacional a estudantes da rede pública de ensino do DF. Com duração de 17 semanas, o intercâmbio levará os jovens ao Reino Unido, onde participarão de atividades escolares, culturais, visitas técnicas e encontros com orientadores. A lista com o resultado definitivo dos 100 estudantes contemplados nesta primeira edição já está disponível para consulta no site da Secretaria de Educação.


 


Com duração de 17 semanas, o intercâmbio levará os jovens ao Reino Unido, onde participarão de atividades escolares e culturais | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.


 


A primeira fase da seleção foi feita com base na nota da formação geral básica, nas disciplinas de português, matemática e história. A gente fez uma média da primeira série do ensino médio e o aluno não podia ter menos de 6. Depois disso, fizemos uma classificação e os 300 melhores foram convocados para uma prova de inglês. Os 100 mais bem colocados no resultado da prova de inglês foram convocados para essa primeira chamada do programa. A gente ainda tem um cadastro reserva de 20 estudantes que podem ser convocados caso aconteça alguma desistência”, detalhou o coordenador do Pontes para o Mundo, David Nogueira.


 


O programa foi instituído pelo Decreto nº 47.210 como forma de reconhecer o desempenho dos alunos da rede e de inovar as políticas públicas na educação. “A gente espera que isso tenha um impacto na rede para além dos que estão indo no intercâmbio. Os estudantes que estão agora na primeira série já sabem que precisam ter uma nota boa para poder participar da próxima edição, e isso é ótimo”, completou David.


 








Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/irmaos-gemeos-da-rede-publica-de-ensino-conquistam-vaga-em-intercambio-secretaria-de-estado-de-educacao/?fsp_sid=161959
Share:

Alzheimer pode ser identificado nos olhos antes dos sinais de demência

 on  with No comments 
In  




Um novo estudo mostra que observar a pupila pode ser uma ferramenta poderosa para identificar precocemente o risco de Alzheimer e outras formas de demência.


A pesquisa revela que alterações específicas no comportamento da pupila durante testes cognitivos podem sinalizar um possível desenvolvimento de demência. Essa descoberta abre caminho para métodos de diagnóstico mais simples e acessíveis no futuro.



Leia também



Os cientistas perceberam que, ao realizar atividades que exigem concentração, pessoas com maior risco para Alzheimer apresentam respostas pupilares diferentes das pessoas saudáveis.


Leia a reportagem completa no NSC Total, parceiro do Metrópoles.


Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!






Source link

https://jornalismodigitaldf.com.br/alzheimer-pode-ser-identificado-nos-olhos-antes-dos-sinais-de-demencia/?fsp_sid=161946
Share:

Deputado Daniel de Castro acompanha melhorias em Vicente Pires durante recesso parlamentar

 on  with No comments 
In  


Por: Jornalista Kelven Andrade



Mesmo durante o recesso da Câmara Legislativa, o deputado distrital Pastor Daniel de Castro segue atuando em campo e reforçando seu compromisso com a população do Distrito Federal. Nesta semana, o parlamentar esteve em Vicente Pires para acompanhar de perto as melhorias implementadas na cidade, especialmente nas áreas de mobilidade e sinalização viária.



A visita faz parte de uma série de ações de fiscalização e escuta ativa junto à comunidade. O deputado percorreu ruas da região, conferiu o andamento das obras e dialogou com moradores sobre as demandas locais. Entre os principais avanços observados, destacam-se as novas sinalizações verticais e horizontais, a pintura de lombadas e a divisão de pistas, medidas que visam aumentar a segurança no trânsito e atender reivindicações antigas da população.



As melhorias foram realizadas com apoio do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e da Administração Regional, após indicações encaminhadas pelo mandato do deputado. A atuação conjunta entre os órgãos públicos e o gabinete parlamentar tem sido fundamental para garantir agilidade nas respostas e efetividade nas ações em Vicente Pires.



A cidade de Vicente Pires tem recebido atenção especial do mandato de Daniel de Castro, que também visitou recentemente outras regiões administrativas, como o Recanto das Emas. O objetivo é manter uma atuação próxima da realidade das cidades e contribuir para a construção de soluções que melhorem a qualidade de vida da população do DF.



As intervenções realizadas em Vicente Pires refletem um modelo de mandato participativo e atuante, mesmo fora do período legislativo. A fiscalização, a cobrança por melhorias e o diálogo constante com os órgãos responsáveis seguem sendo prioridades no trabalho do deputado distrital.



VEJA MAIS:









https://jornalismodigitaldf.com.br/deputado-daniel-de-castro-acompanha-melhorias-em-vicente-pires-durante-recesso-parlamentar/?fsp_sid=161933
Share: