Saiba como a depressão se esconde no dia a dia e os primeiros sintomas

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Ninguém acorda num dia comum e decide ter depressão. Ela não chega com manual de instruções nem com data marcada. Às vezes, começa com uma apatia discreta, uma desistência pequena aqui, outra ali. Em outras, vem como um cansaço crônico disfarçado de produtividade. Em muitos casos, ela caminha ao lado da ansiedade, ampliando o desgaste interno e tornando ainda mais difícil perceber o espaço que vai sendo tomado por esse vazio emocional — até ocupar o lugar de tudo que antes era desejo, afeto ou presença.



Leia também



“A depressão é conhecida, na maioria das vezes, como um desequilíbrio químico. Entretanto, entendemos este quadro como uma tentativa do corpo de interromper uma dor emocional que se repete silenciosamente. Por isso, tratar as causas destes sintomas é essencial para um desfecho definitivo”, explica Jair Soares, psicólogo e fundador do IBFT.


Disfarces da depressão


Nem sempre a depressão é dramática. Ela pode morar em sorrisos forçados, na hiperprodutividade como fuga, na irritação constante ou na indiferença repentina. São formas sutis de afastamento emocional que costumam passar despercebidas até mesmo para quem sofre. O corpo vai, mas a presença verdadeira desaparece.


10 imagensA luta contra esse mal começa, inicialmente, na busca do paciente por ajuda. Em seguida, além do tratamento indicado por um especialista, mudanças no hábito de vida são essenciais para combater a doençaUm desses hábitos é ter boas noites de sono. Dormir bem é necessário para manter a saúde mental. Alguns estudos sugerem que pessoas com insônia são até dez vezes mais propensas a ter depressãoManter-se longe de situações que podem causar estresse é outra recomendação. Apesar de parecer impossível excluir essa reação tão danosa das nossas vidas, uma vez que ela é provocada por fatores que não podem ser controlados, é possível gerenciar os nossos sentimentos durante situações estressantes. Autoconhecimento e certas técnicas ajudam a lidar com o problemaRealizar atividades físicas é outra indicação para quem tem depressão. Além de manter a cabeça ocupada e focada, exercícios ajudam o corpo a liberar endorfina, substâncias químicas que reduzem a dor e melhoraram o humor. Praticar dança, natação, vôlei ou qualquer outra atividade que você se interesse pode fazer toda diferençaO álcool pode agravar sintomas depressivos em função de seus efeitos sobre o sistema nervoso central. Beber deixa o paciente menos propenso a seguir o tratamento contra a depressão. Também o coloca em situações mais propícias para ter problemas em casa ou no trabalhoFechar modal.1 de 10

A depressão é uma doença psiquiátrica caracterizada por tristeza profunda, sentimento de desesperança e pela falta de motivação e interesse em realizar qualquer tipo de atividade. Essa condição pode ser crônica, tornando a se repetir em vários momentos da vida, ou episódica, desencadeada por alguma emoção específica

Fiordaliso/ Getty Images2 de 10

A luta contra esse mal começa, inicialmente, na busca do paciente por ajuda. Em seguida, além do tratamento indicado por um especialista, mudanças no hábito de vida são essenciais para combater a doença

Fiordaliso/ Getty Images3 de 10

Um desses hábitos é ter boas noites de sono. Dormir bem é necessário para manter a saúde mental. Alguns estudos sugerem que pessoas com insônia são até dez vezes mais propensas a ter depressão

Karen Moskowitz/ Getty Images4 de 10

Manter-se longe de situações que podem causar estresse é outra recomendação. Apesar de parecer impossível excluir essa reação tão danosa das nossas vidas, uma vez que ela é provocada por fatores que não podem ser controlados, é possível gerenciar os nossos sentimentos durante situações estressantes. Autoconhecimento e certas técnicas ajudam a lidar com o problema

Westend61/ Getty Images5 de 10

Realizar atividades físicas é outra indicação para quem tem depressão. Além de manter a cabeça ocupada e focada, exercícios ajudam o corpo a liberar endorfina, substâncias químicas que reduzem a dor e melhoraram o humor. Praticar dança, natação, vôlei ou qualquer outra atividade que você se interesse pode fazer toda diferença

seksan Mongkhonkhamsao/ Getty Images6 de 10

O álcool pode agravar sintomas depressivos em função de seus efeitos sobre o sistema nervoso central. Beber deixa o paciente menos propenso a seguir o tratamento contra a depressão. Também o coloca em situações mais propícias para ter problemas em casa ou no trabalho

Peter Cade/ Getty Images7 de 10

Manter distância de pessoas negativas é outro hábito que deve ser praticado por quem luta contra a doença. É muito importante ter uma rede de pessoas confiáveis com quem se possa conversar sobre a vida. Contudo, para pessoas que estão em um momento de fragilidade pode não ser adequado ficar repassando assuntos negativos

Mixmike/ Getty Images8 de 10

Se você não está se sentindo bem, procure permanecer ao lado de pessoas que o alegram e despertam sentimentos positivos

Flashpop/ Getty Images9 de 10

Assim como em qualquer outra condição, é preciso assumir o problema para que ele possa ser tratado. Portanto, se você está se sentindo deprimido, não deixe de buscar ajuda

Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images10 de 10

Geralmente, a psicoterapia costuma ser a primeira indicação para casos leves. Já para quadros moderados e graves, o uso de antidepressivos é a conduta mais indicada. Segundo especialistas, quando o tratamento é feito de maneira precoce, os resultados são muito melhores, proporcionando mais tempo livre de sintomas e redução da chance de novos eventos

FatCamera/ Getty Images

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Ninguém acorda num dia comum e decide ter depressão. Ela não chega com manual de instruções nem com data marcada. Às vezes, começa com uma apatia discreta, uma desistência pequena aqui, outra ali. Em outras, vem como um cansaço crônico disfarçado de produtividade. Em muitos casos, ela caminha ao lado da ansiedade, ampliando o desgaste interno e tornando ainda mais difícil perceber o espaço que vai sendo tomado por esse vazio emocional — até ocupar o lugar de tudo que antes era desejo, afeto ou presença.



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“A depressão é conhecida, na maioria das vezes, como um desequilíbrio químico. Entretanto, entendemos este quadro como uma tentativa do corpo de interromper uma dor emocional que se repete silenciosamente. Por isso, tratar as causas destes sintomas é essencial para um desfecho definitivo”, explica Jair Soares, psicólogo e fundador do IBFT.


Disfarces da depressão


Nem sempre a depressão é dramática. Ela pode morar em sorrisos forçados, na hiperprodutividade como fuga, na irritação constante ou na indiferença repentina. São formas sutis de afastamento emocional que costumam passar despercebidas até mesmo para quem sofre. O corpo vai, mas a presença verdadeira desaparece.


10 imagensA luta contra esse mal começa, inicialmente, na busca do paciente por ajuda. Em seguida, além do tratamento indicado por um especialista, mudanças no hábito de vida são essenciais para combater a doençaUm desses hábitos é ter boas noites de sono. Dormir bem é necessário para manter a saúde mental. Alguns estudos sugerem que pessoas com insônia são até dez vezes mais propensas a ter depressãoManter-se longe de situações que podem causar estresse é outra recomendação. Apesar de parecer impossível excluir essa reação tão danosa das nossas vidas, uma vez que ela é provocada por fatores que não podem ser controlados, é possível gerenciar os nossos sentimentos durante situações estressantes. Autoconhecimento e certas técnicas ajudam a lidar com o problemaRealizar atividades físicas é outra indicação para quem tem depressão. Além de manter a cabeça ocupada e focada, exercícios ajudam o corpo a liberar endorfina, substâncias químicas que reduzem a dor e melhoraram o humor. Praticar dança, natação, vôlei ou qualquer outra atividade que você se interesse pode fazer toda diferençaO álcool pode agravar sintomas depressivos em função de seus efeitos sobre o sistema nervoso central. Beber deixa o paciente menos propenso a seguir o tratamento contra a depressão. Também o coloca em situações mais propícias para ter problemas em casa ou no trabalhoFechar modal.1 de 10

A depressão é uma doença psiquiátrica caracterizada por tristeza profunda, sentimento de desesperança e pela falta de motivação e interesse em realizar qualquer tipo de atividade. Essa condição pode ser crônica, tornando a se repetir em vários momentos da vida, ou episódica, desencadeada por alguma emoção específica

Fiordaliso/ Getty Images2 de 10

A luta contra esse mal começa, inicialmente, na busca do paciente por ajuda. Em seguida, além do tratamento indicado por um especialista, mudanças no hábito de vida são essenciais para combater a doença

Fiordaliso/ Getty Images3 de 10

Um desses hábitos é ter boas noites de sono. Dormir bem é necessário para manter a saúde mental. Alguns estudos sugerem que pessoas com insônia são até dez vezes mais propensas a ter depressão

Karen Moskowitz/ Getty Images4 de 10

Manter-se longe de situações que podem causar estresse é outra recomendação. Apesar de parecer impossível excluir essa reação tão danosa das nossas vidas, uma vez que ela é provocada por fatores que não podem ser controlados, é possível gerenciar os nossos sentimentos durante situações estressantes. Autoconhecimento e certas técnicas ajudam a lidar com o problema

Westend61/ Getty Images5 de 10

Realizar atividades físicas é outra indicação para quem tem depressão. Além de manter a cabeça ocupada e focada, exercícios ajudam o corpo a liberar endorfina, substâncias químicas que reduzem a dor e melhoraram o humor. Praticar dança, natação, vôlei ou qualquer outra atividade que você se interesse pode fazer toda diferença

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O álcool pode agravar sintomas depressivos em função de seus efeitos sobre o sistema nervoso central. Beber deixa o paciente menos propenso a seguir o tratamento contra a depressão. Também o coloca em situações mais propícias para ter problemas em casa ou no trabalho

Peter Cade/ Getty Images7 de 10

Manter distância de pessoas negativas é outro hábito que deve ser praticado por quem luta contra a doença. É muito importante ter uma rede de pessoas confiáveis com quem se possa conversar sobre a vida. Contudo, para pessoas que estão em um momento de fragilidade pode não ser adequado ficar repassando assuntos negativos

Mixmike/ Getty Images8 de 10

Se você não está se sentindo bem, procure permanecer ao lado de pessoas que o alegram e despertam sentimentos positivos

Flashpop/ Getty Images9 de 10

Assim como em qualquer outra condição, é preciso assumir o problema para que ele possa ser tratado. Portanto, se você está se sentindo deprimido, não deixe de buscar ajuda

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Geralmente, a psicoterapia costuma ser a primeira indicação para casos leves. Já para quadros moderados e graves, o uso de antidepressivos é a conduta mais indicada. Segundo especialistas, quando o tratamento é feito de maneira precoce, os resultados são muito melhores, proporcionando mais tempo livre de sintomas e redução da chance de novos eventos

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5 dicas para prevenir a retenção de líquidos

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Atletas do CID Paralímpico de São Sebastião destacam-se dos Jogos Escolares do DF – Secretaria de Estado de Educação

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Vitor Hugo conquista bronze na natação e mostra o potencial de atletas com deficiência nas competições



Por Thays de Oliveira, Ascom/SEEDF


 


Vitor Hugo, 15 anos, exibe sua medalha de bronze nos 200 metros medley. Estudante já soma dezenas de vitórias esportivas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Atletas com deficiência do Centro de Iniciação Desportiva Paralímpico (CIDP) de São Sebastião marcaram presença nos Jogos Escolares do Distrito Federal (JEDF) 2025, provando que inclusão e alto rendimento podem andar lado a lado. Pela primeira vez, estudantes com deficiência competiram nas modalidades regulares da 65ª edição da competição. Em maio, o estudante Vitor Hugo Soares, de 15 anos, conquistou a medalha de bronze nos 200 metros medley da natação.


 


Aluno do Centro Educacional (CED) São Bartolomeu, em São Sebastião, Vitor superou o desempenho de nadadores de escolas particulares com tradição na modalidade. Para o técnico e professor, Alexandre Fachetti, a conquista tem um peso simbólico. “É uma vitória para a rede pública e para os estudantes com deficiência, que raramente têm a mesma visibilidade que os atletas das categorias regulares”, conta.


 


Alexandre Fachetti trabalha com estudantes de sete a 17 anos nas modalidades de natação e atletismo, acompanhando sua evolução e apoiando sua participação em competições nacionais e internacionais. Em 2025, o CID Paralímpico decidiu inscrever seus atletas em situação escolar nas modalidades regulares.


 



A decisão de competir na modalidade regular surgiu do desafio de inserir os esportistas em competições com maior visibilidade. Além de não receber a mesma cobertura midiática, o número de paratletas inscritos é baixo, em comparação ao total de competidores regulares.


Superação

 


Com deficiência intelectual, Vitor encontrou no esporte um espaço de acolhimento e superação com o suporte da família, especialmente da mãe, Charlene Soares, e dos professores do CID. Ele começou no atletismo em 2021, mas se apaixonou pela natação, onde já coleciona inúmeras medalhas. “Foi muito treinamento e apoio. Foi muito feliz subir ao pódio”, contou o atleta, que aprendeu a nadar no Centro Olímpico de São Sebastião.


 


O adolescente, que é o mais velho de cinco irmãos, enfatiza o incentivo da mãe para persistir na natação. Segundo ele, esse apoio foi fator essencial para ajudá-lo a conquistar a Bolsa Atleta, com recursos financeiros para viajar para as competições dentro e fora do Distrito Federal.


 


A professora de educação física e técnica de atletismo, Lucimar Neves, atuante no Centro Olímpico de São Sebastião desde 2012, fala da satisfação em ver os atletas PCDs trilharem o caminho esportivo. “É um orgulho para nós. Eles iniciaram a vida esportiva no CID e não tinham experiência em competição. E já participaram de várias competições de nível nacional, são ranqueados aqui no desporto paralímpico e conquistaram a bolsa atleta“, destaca a docente.


 


Os alunos da rede pública Vitor Hugo e Juliana com os técnicos Alexandre e Lucimar. O incentivo dos técnicos foi fundamental para a conquista da Bolsa A​tleta pelos esportistas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


O CID Paralímpico também trabalha a responsabilidade dos alunos, promovendo o compromisso com os estudos, o bom desempenho escolar e o comportamento adequado. Além disso, serve de ponte rumo a outras instituições do DF para prosseguimento da carreira na vida adulta, com o apoio para chegar a grandes competições como o meeting para as Paralimpíadas Escolares, que acontecerá em agosto deste ano, além de competições estaduais e nacionais.


Representação feminina

 


Além de conquistar medalhas, Juliana Soares espera ser um exemplo para mais meninas no esporte |  Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Outro exemplo de destaque é Juliana Soares, de 17 anos, que vai representar o Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião na prova de atletismo neste fim de semana (14 e 15). Juliana também tem deficiência intelectual, e usa o esporte como forma de superação desde a perda do pai, durante a pandemia. A atleta está ansiosa para dar o seu melhor na competição e, assim como Vitor, ostenta muitas medalhas conquistadas na carreira.


 


Comecei a treinar em 2021. No começo, só fazia meia-volta na pista, não queria continuar. Mas a Tia Lu e o Tio Xande acreditaram em mim. Hoje tenho 50 medalhas”, comemora a estudante, que também é beneficiária da Bolsa Atleta e já competiu em cidades como Goiânia e São Paulo.


 


Filha única, Juliana reconhece o papel fundamental da mãe, Antonela Gomes, como sua base emocional. “Ela sempre me incentiva. Às vezes, cobro muito de mim, mas ela me ajuda a manter a calma”. Juliana sonha em cursar Educação Física e quer inspirar outras meninas a seguir no esporte.








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https://jornalismodigitaldf.com.br/atletas-do-cid-paralimpico-de-sao-sebastiao-destacam-se-dos-jogos-escolares-do-df-secretaria-de-estado-de-educacao/?fsp_sid=156395
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Atletas do CID Paralímpico de São Sebastião destacam-se dos Jogos Escolares do DF – Secretaria de Estado de Educação

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Vitor Hugo conquista bronze na natação e mostra o potencial de atletas com deficiência nas competições



Por Thays de Oliveira, Ascom/SEEDF


 


Vitor Hugo, 15 anos, exibe sua medalha de bronze nos 200 metros medley. Estudante já soma dezenas de vitórias esportivas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Atletas com deficiência do Centro de Iniciação Desportiva Paralímpico (CIDP) de São Sebastião marcaram presença nos Jogos Escolares do Distrito Federal (JEDF) 2025, provando que inclusão e alto rendimento podem andar lado a lado. Pela primeira vez, estudantes com deficiência competiram nas modalidades regulares da 65ª edição da competição. Em maio, o estudante Vitor Hugo Soares, de 15 anos, conquistou a medalha de bronze nos 200 metros medley da natação.


 


Aluno do Centro Educacional (CED) São Bartolomeu, em São Sebastião, Vitor superou o desempenho de nadadores de escolas particulares com tradição na modalidade. Para o técnico e professor, Alexandre Fachetti, a conquista tem um peso simbólico. “É uma vitória para a rede pública e para os estudantes com deficiência, que raramente têm a mesma visibilidade que os atletas das categorias regulares”, conta.


 


Alexandre Fachetti trabalha com estudantes de sete a 17 anos nas modalidades de natação e atletismo, acompanhando sua evolução e apoiando sua participação em competições nacionais e internacionais. Em 2025, o CID Paralímpico decidiu inscrever seus atletas em situação escolar nas modalidades regulares.


 



A decisão de competir na modalidade regular surgiu do desafio de inserir os esportistas em competições com maior visibilidade. Além de não receber a mesma cobertura midiática, o número de paratletas inscritos é baixo, em comparação ao total de competidores regulares.


Superação

 


Com deficiência intelectual, Vitor encontrou no esporte um espaço de acolhimento e superação com o suporte da família, especialmente da mãe, Charlene Soares, e dos professores do CID. Ele começou no atletismo em 2021, mas se apaixonou pela natação, onde já coleciona inúmeras medalhas. “Foi muito treinamento e apoio. Foi muito feliz subir ao pódio”, contou o atleta, que aprendeu a nadar no Centro Olímpico de São Sebastião.


 


O adolescente, que é o mais velho de cinco irmãos, enfatiza o incentivo da mãe para persistir na natação. Segundo ele, esse apoio foi fator essencial para ajudá-lo a conquistar a Bolsa Atleta, com recursos financeiros para viajar para as competições dentro e fora do Distrito Federal.


 


A professora de educação física e técnica de atletismo, Lucimar Neves, atuante no Centro Olímpico de São Sebastião desde 2012, fala da satisfação em ver os atletas PCDs trilharem o caminho esportivo. “É um orgulho para nós. Eles iniciaram a vida esportiva no CID e não tinham experiência em competição. E já participaram de várias competições de nível nacional, são ranqueados aqui no desporto paralímpico e conquistaram a bolsa atleta“, destaca a docente.


 


Os alunos da rede pública Vitor Hugo e Juliana com os técnicos Alexandre e Lucimar. O incentivo dos técnicos foi fundamental para a conquista da Bolsa A​tleta pelos esportistas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


O CID Paralímpico também trabalha a responsabilidade dos alunos, promovendo o compromisso com os estudos, o bom desempenho escolar e o comportamento adequado. Além disso, serve de ponte rumo a outras instituições do DF para prosseguimento da carreira na vida adulta, com o apoio para chegar a grandes competições como o meeting para as Paralimpíadas Escolares, que acontecerá em agosto deste ano, além de competições estaduais e nacionais.


Representação feminina

 


Além de conquistar medalhas, Juliana Soares espera ser um exemplo para mais meninas no esporte |  Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Outro exemplo de destaque é Juliana Soares, de 17 anos, que vai representar o Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião na prova de atletismo neste fim de semana (14 e 15). Juliana também tem deficiência intelectual, e usa o esporte como forma de superação desde a perda do pai, durante a pandemia. A atleta está ansiosa para dar o seu melhor na competição e, assim como Vitor, ostenta muitas medalhas conquistadas na carreira.


 


Comecei a treinar em 2021. No começo, só fazia meia-volta na pista, não queria continuar. Mas a Tia Lu e o Tio Xande acreditaram em mim. Hoje tenho 50 medalhas”, comemora a estudante, que também é beneficiária da Bolsa Atleta e já competiu em cidades como Goiânia e São Paulo.


 


Filha única, Juliana reconhece o papel fundamental da mãe, Antonela Gomes, como sua base emocional. “Ela sempre me incentiva. Às vezes, cobro muito de mim, mas ela me ajuda a manter a calma”. Juliana sonha em cursar Educação Física e quer inspirar outras meninas a seguir no esporte.








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