Atletas do CID Paralímpico de São Sebastião destacam-se dos Jogos Escolares do DF – Secretaria de Estado de Educação

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Vitor Hugo conquista bronze na natação e mostra o potencial de atletas com deficiência nas competições



Por Thays de Oliveira, Ascom/SEEDF


 


Vitor Hugo, 15 anos, exibe sua medalha de bronze nos 200 metros medley. Estudante já soma dezenas de vitórias esportivas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Atletas com deficiência do Centro de Iniciação Desportiva Paralímpico (CIDP) de São Sebastião marcaram presença nos Jogos Escolares do Distrito Federal (JEDF) 2025, provando que inclusão e alto rendimento podem andar lado a lado. Pela primeira vez, estudantes com deficiência competiram nas modalidades regulares da 65ª edição da competição. Em maio, o estudante Vitor Hugo Soares, de 15 anos, conquistou a medalha de bronze nos 200 metros medley da natação.


 


Aluno do Centro Educacional (CED) São Bartolomeu, em São Sebastião, Vitor superou o desempenho de nadadores de escolas particulares com tradição na modalidade. Para o técnico e professor, Alexandre Fachetti, a conquista tem um peso simbólico. “É uma vitória para a rede pública e para os estudantes com deficiência, que raramente têm a mesma visibilidade que os atletas das categorias regulares”, conta.


 


Alexandre Fachetti trabalha com estudantes de sete a 17 anos nas modalidades de natação e atletismo, acompanhando sua evolução e apoiando sua participação em competições nacionais e internacionais. Em 2025, o CID Paralímpico decidiu inscrever seus atletas em situação escolar nas modalidades regulares.


 



A decisão de competir na modalidade regular surgiu do desafio de inserir os esportistas em competições com maior visibilidade. Além de não receber a mesma cobertura midiática, o número de paratletas inscritos é baixo, em comparação ao total de competidores regulares.


Superação

 


Com deficiência intelectual, Vitor encontrou no esporte um espaço de acolhimento e superação com o suporte da família, especialmente da mãe, Charlene Soares, e dos professores do CID. Ele começou no atletismo em 2021, mas se apaixonou pela natação, onde já coleciona inúmeras medalhas. “Foi muito treinamento e apoio. Foi muito feliz subir ao pódio”, contou o atleta, que aprendeu a nadar no Centro Olímpico de São Sebastião.


 


O adolescente, que é o mais velho de cinco irmãos, enfatiza o incentivo da mãe para persistir na natação. Segundo ele, esse apoio foi fator essencial para ajudá-lo a conquistar a Bolsa Atleta, com recursos financeiros para viajar para as competições dentro e fora do Distrito Federal.


 


A professora de educação física e técnica de atletismo, Lucimar Neves, atuante no Centro Olímpico de São Sebastião desde 2012, fala da satisfação em ver os atletas PCDs trilharem o caminho esportivo. “É um orgulho para nós. Eles iniciaram a vida esportiva no CID e não tinham experiência em competição. E já participaram de várias competições de nível nacional, são ranqueados aqui no desporto paralímpico e conquistaram a bolsa atleta“, destaca a docente.


 


Os alunos da rede pública Vitor Hugo e Juliana com os técnicos Alexandre e Lucimar. O incentivo dos técnicos foi fundamental para a conquista da Bolsa A​tleta pelos esportistas | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


O CID Paralímpico também trabalha a responsabilidade dos alunos, promovendo o compromisso com os estudos, o bom desempenho escolar e o comportamento adequado. Além disso, serve de ponte rumo a outras instituições do DF para prosseguimento da carreira na vida adulta, com o apoio para chegar a grandes competições como o meeting para as Paralimpíadas Escolares, que acontecerá em agosto deste ano, além de competições estaduais e nacionais.


Representação feminina

 


Além de conquistar medalhas, Juliana Soares espera ser um exemplo para mais meninas no esporte |  Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF.


 


Outro exemplo de destaque é Juliana Soares, de 17 anos, que vai representar o Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de São Sebastião na prova de atletismo neste fim de semana (14 e 15). Juliana também tem deficiência intelectual, e usa o esporte como forma de superação desde a perda do pai, durante a pandemia. A atleta está ansiosa para dar o seu melhor na competição e, assim como Vitor, ostenta muitas medalhas conquistadas na carreira.


 


Comecei a treinar em 2021. No começo, só fazia meia-volta na pista, não queria continuar. Mas a Tia Lu e o Tio Xande acreditaram em mim. Hoje tenho 50 medalhas”, comemora a estudante, que também é beneficiária da Bolsa Atleta e já competiu em cidades como Goiânia e São Paulo.


 


Filha única, Juliana reconhece o papel fundamental da mãe, Antonela Gomes, como sua base emocional. “Ela sempre me incentiva. Às vezes, cobro muito de mim, mas ela me ajuda a manter a calma”. Juliana sonha em cursar Educação Física e quer inspirar outras meninas a seguir no esporte.








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