ANS: nova regra ameaça exames de câncer de 3 mi de mulheres? Entenda

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Em média, 3 milhões de mulheres de 40 a 49 anos fazem mamografias todos os anos por meio de planos de saúde no Brasil. No Distrito Federal, a média é de 29 mil mulheres anualmente, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número é expressivo e mexe com uma parcela da população que se sentiu ameaçada após a agência lançar uma consulta pública para elaborar um selo de qualidade para as boas práticas em planos de saúde.


Um dos pontos levantados pela agência era certificar positivamente planos que fazem o rastreio do câncer de mama em mulheres a partir dos 50 anos a cada dois anos. A iniciativa gerou ruído e entidades dividem opiniões se a medida poderá dificultar ou não o acesso à mamografia para as mulheres na faixa dos 40 a 49 anos.


Os grupos voltados para mastologia e saúde estão em processo de elaboração de um documento para subsidiar a agência para ampliar a certificação de boas práticas aos planos que ofertarem o exame para pacientes partir dos 40 anos. O texto deve ser enviado até o fim de fevereiro.


De acordo com a ANS, a cobertura para a mamografia é obrigatória – sem limitação de idade – e tem que ser realizada sempre que houver indicação do médico e não pode haver negativa por parte das operadoras dos planos de saúde. A agência garante que não haverá mudanças nesse tipo de realização dos exames.


O Metrópoles levantou o número de mulheres, de 40 a 49 anos, que fizeram mamografia no país e por unidade da federação nos últimos seis anos.


Veja os dados:


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Preocupações de especialistas


Apesar da garantia da agência, o assessor especial da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o mastologista Ruffo Freitas Júnior, segue preocupado. Para ele, ter uma idade definida orientando os limites pode servir de base para negar os pedidos que estão fora deste rol.


“Eles não estão proibindo, é verdade, essas mulheres de fazer mamografia, mas certamente haverá uma quantidade enorme de negativos. Lembrando que essas mulheres pagam seu plano de saúde”, destacou.


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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens

Sakan Piriyapongsak / EyeEm/ Getty Images
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

Science Photo Library - ROGER HARRIS/ Getty Images
3 de 16

Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos

Jupiterimages/ Getty Images
4 de 16

Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira

wera Rodsawang/ Getty Images
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas

Boy_Anupong/ Getty Images
6 de 16

O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada

Annette Bunch/ Getty Images
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios

Metrópoles
8 de 16

A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito

Metrópoles
9 de 16

A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido

Saran Sinsaward / EyeEm/ Getty Images
10 de 16

Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas

FG Trade/ Getty Images
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença

AlexanderFord/ Getty Images
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes

SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade

andresr/ Getty Images
14 de 16

É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico

Westend61/ Getty Images
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

Peter Dazeley/ Getty Images
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente

Burak Karademir/ Getty Images

O especialista também apontou o risco na identificação da doença em caso de ser diagnosticada tardiamente. “Além de prejudicar o tratamento da mulher, aumenta também os custos de planos de saúde porque em vez de lidar com uma mamografia e uma cirurgia simples, em casos em que a doença está avançada, o tratamento será com quimioterapia”, explica.


Em contrapartida, o coordenador de Projetos e Relações Institucionais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Alexandre Rodrigues, acredita que a orientação da idade a partir dos 50 anos não vai impedir que mulheres mais novas façam os exames.



“Não é no sentido de que vai restringir o que já faz, porque hoje você tem, claro, talvez algumas mulheres mais conscientes que já buscam fazer o exame, solicitar o exame e o médico libera e isso vai continuar”.


Contudo, para ele, o selo de boas práticas tinha que vir a partir do momento em que se estimula mulheres a partir dos 40 anos a fazer o exame. “O ideal é mudar essa política, de ensinar que não precisa esperar chegar aos 50, até porque 40% dos diagnósticos acontecem em mulheres abaixo dos 50 anos.”


ANS se baseia em orientações no SUS


Caso a iniciativa siga como foi apresentada inicialmente, as operadoras de saúde receberiam certificados de boas práticas ao dar o mesmo nível de atenção que atualmente é dado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é a partir dos 50 anos.


Os especialistas, no entanto, acreditam que o modelo implantado na rede pública não é mais indicado e que o ideal seria que o SUS usasse também a partir dos 40 anos.


“Pelo SUS, cerca de 54% dos diagnósticos apresentam um tumor acima de 5 centímetros, enquanto pelos planos de saúde, o diagnóstico para tumores acima de 5 centímetros é 32% dos casos”, defendeu o Ruffo Freitas. “A ANS usa estudo do INCA que embasa o Ministério da Saúde também, mas é um retrocesso enorme, já que não há um estudo randomizado no Brasil e todas as pesquisas internacionais indicam que é o melhor é a partir dos 40 anos”, completou.


Segundo o Inca, a mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. São eles:



  • Falso positivo: suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. O alarme falso gera ansiedade e estresse, além da necessidade de outros exames;

  • Falso negativo: câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). O erro gera falsa segurança à mulher;

  • Overtreatment: ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama;

  • Exposição aos raios-X: a mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raio-X chamado mamógrafo. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. “Esse dado não deve desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição durante o exame é bem pequena, tornando o método bastante seguro para a detecção precoce”, diz o próprio Inca.


Segundo a ANS, ainda não há nenhuma mudança nos protocolos seguidos, e vale a regra das mamografias a partir dos 40 anos. A entidade destaca ainda que as consultas públicas são exatamente a oportunidade de o público contribuir nas tomadas de decisões.


A consulta pública foi encerrada em fevereiro e recebeu mais de 60 mil sugestões de todo o país. De acordo com  a ANS, a iniciativa da Agência é incentivar as operadoras a adotarem boas práticas na atenção à saúde de seus beneficiários e chamar a atenção para a importância da prevenção de diversos tipos de câncer. “Não há, portanto, qualquer mudança em relação aos direitos e garantias de cobertura já adquiridos”.






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ANS: nova regra ameaça exames de câncer de 3 mi de mulheres? Entenda

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Em média, 3 milhões de mulheres de 40 a 49 anos fazem mamografias todos os anos por meio de planos de saúde no Brasil. No Distrito Federal, a média é de 29 mil mulheres anualmente, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número é expressivo e mexe com uma parcela da população que se sentiu ameaçada após a agência lançar uma consulta pública para elaborar um selo de qualidade para as boas práticas em planos de saúde.


Um dos pontos levantados pela agência era certificar positivamente planos que fazem o rastreio do câncer de mama em mulheres a partir dos 50 anos a cada dois anos. A iniciativa gerou ruído e entidades dividem opiniões se a medida poderá dificultar ou não o acesso à mamografia para as mulheres na faixa dos 40 a 49 anos.


Os grupos voltados para mastologia e saúde estão em processo de elaboração de um documento para subsidiar a agência para ampliar a certificação de boas práticas aos planos que ofertarem o exame para pacientes partir dos 40 anos. O texto deve ser enviado até o fim de fevereiro.


De acordo com a ANS, a cobertura para a mamografia é obrigatória – sem limitação de idade – e tem que ser realizada sempre que houver indicação do médico e não pode haver negativa por parte das operadoras dos planos de saúde. A agência garante que não haverá mudanças nesse tipo de realização dos exames.


O Metrópoles levantou o número de mulheres, de 40 a 49 anos, que fizeram mamografia no país e por unidade da federação nos últimos seis anos.


Veja os dados:


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Preocupações de especialistas


Apesar da garantia da agência, o assessor especial da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o mastologista Ruffo Freitas Júnior, segue preocupado. Para ele, ter uma idade definida orientando os limites pode servir de base para negar os pedidos que estão fora deste rol.


“Eles não estão proibindo, é verdade, essas mulheres de fazer mamografia, mas certamente haverá uma quantidade enorme de negativos. Lembrando que essas mulheres pagam seu plano de saúde”, destacou.


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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens

Sakan Piriyapongsak / EyeEm/ Getty Images
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

Science Photo Library - ROGER HARRIS/ Getty Images
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos

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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira

wera Rodsawang/ Getty Images
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas

Boy_Anupong/ Getty Images
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada

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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios

Metrópoles
8 de 16

A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito

Metrópoles
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido

Saran Sinsaward / EyeEm/ Getty Images
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas

FG Trade/ Getty Images
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença

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12 de 16

O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes

SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade

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14 de 16

É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico

Westend61/ Getty Images
15 de 16

O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

Peter Dazeley/ Getty Images
16 de 16

Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente

Burak Karademir/ Getty Images

O especialista também apontou o risco na identificação da doença em caso de ser diagnosticada tardiamente. “Além de prejudicar o tratamento da mulher, aumenta também os custos de planos de saúde porque em vez de lidar com uma mamografia e uma cirurgia simples, em casos em que a doença está avançada, o tratamento será com quimioterapia”, explica.


Em contrapartida, o coordenador de Projetos e Relações Institucionais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Alexandre Rodrigues, acredita que a orientação da idade a partir dos 50 anos não vai impedir que mulheres mais novas façam os exames.



“Não é no sentido de que vai restringir o que já faz, porque hoje você tem, claro, talvez algumas mulheres mais conscientes que já buscam fazer o exame, solicitar o exame e o médico libera e isso vai continuar”.


Contudo, para ele, o selo de boas práticas tinha que vir a partir do momento em que se estimula mulheres a partir dos 40 anos a fazer o exame. “O ideal é mudar essa política, de ensinar que não precisa esperar chegar aos 50, até porque 40% dos diagnósticos acontecem em mulheres abaixo dos 50 anos.”


ANS se baseia em orientações no SUS


Caso a iniciativa siga como foi apresentada inicialmente, as operadoras de saúde receberiam certificados de boas práticas ao dar o mesmo nível de atenção que atualmente é dado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é a partir dos 50 anos.


Os especialistas, no entanto, acreditam que o modelo implantado na rede pública não é mais indicado e que o ideal seria que o SUS usasse também a partir dos 40 anos.


“Pelo SUS, cerca de 54% dos diagnósticos apresentam um tumor acima de 5 centímetros, enquanto pelos planos de saúde, o diagnóstico para tumores acima de 5 centímetros é 32% dos casos”, defendeu o Ruffo Freitas. “A ANS usa estudo do INCA que embasa o Ministério da Saúde também, mas é um retrocesso enorme, já que não há um estudo randomizado no Brasil e todas as pesquisas internacionais indicam que é o melhor é a partir dos 40 anos”, completou.


Segundo o Inca, a mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. São eles:



  • Falso positivo: suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. O alarme falso gera ansiedade e estresse, além da necessidade de outros exames;

  • Falso negativo: câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). O erro gera falsa segurança à mulher;

  • Overtreatment: ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama;

  • Exposição aos raios-X: a mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raio-X chamado mamógrafo. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. “Esse dado não deve desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição durante o exame é bem pequena, tornando o método bastante seguro para a detecção precoce”, diz o próprio Inca.


Segundo a ANS, ainda não há nenhuma mudança nos protocolos seguidos, e vale a regra das mamografias a partir dos 40 anos. A entidade destaca ainda que as consultas públicas são exatamente a oportunidade de o público contribuir nas tomadas de decisões.


A consulta pública foi encerrada em fevereiro e recebeu mais de 60 mil sugestões de todo o país. De acordo com  a ANS, a iniciativa da Agência é incentivar as operadoras a adotarem boas práticas na atenção à saúde de seus beneficiários e chamar a atenção para a importância da prevenção de diversos tipos de câncer. “Não há, portanto, qualquer mudança em relação aos direitos e garantias de cobertura já adquiridos”.






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Carnaval do Mané 2025: mistura de ritmos agita Brasília neste domingo

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O Carnaval do Mané 2025 começa em grande estilo neste domingo (23/02) na Arena BRB Mané Garrincha, com uma programação diversificada que promete animar todos os públicos e celebrar uma das épocas mais queridas pelos brasilienses.


Neste primeiro dia de festa, os visitantes poderão desfrutar de uma mistura musical diversa que vai do sertanejo ao pagode, passando pelo funk e axé. Entre os destaques, estão confirmados shows de Matheus & Kauan, Dennis, Ferrugem e o icônico grupo baiano Ara Ketu.



A dupla Matheus & Kauan, conhecida por sucessos como Que Sorte a Nossa e Te Assumi pro Brasil, trará seu repertório romântico para embalar o público. Com mais de uma década de carreira, os irmãos conquistaram o Brasil com músicas que misturam o sertanejo com uma pegada moderna.


3 imagens
Lineup diverso contará com dois palcos e uma
Espaço também conta com área de descanso
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Carnaval do Mané 2025 terá estrutura completa para os foliões

Letícia Perdigão/Metrópoles
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Lineup diverso contará com dois palcos e uma "passagem secreta" com DJs

Letícia Perdigão/Metrópoles
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Espaço também conta com área de descanso

Letícia Perdigão/Metrópoles

Já DJ Dennis incendiará a pista com o melhor do funk carioca. Nome de peso no cenário do funk e da música eletrônica, ele é responsável por sucessos como Malandramente, Tá Ok e Isso Que É Vida.


O pagode estará muito bem representado por Ferrugem, um dos grandes nomes do gênero na atualidade. Para completar essa mistura de ritmos, a banda Ara Ketu levará o axé baiano para a Arena BRB Mané Garrincha. Donos de clássicos como Pipoca e Mal Acostumado, o grupo trará a energia contagiante do Carnaval da Bahia para Brasília.


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Ferrugem
Ara Ketu
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BS Fotografias
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Jhonnatas Franco
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Ferrugem

Divulgação/Amazon Music
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Ara Ketu

Reprodução/Instagram

O Carnaval do Mané 2025 seguirá nos dias 28 de fevereiro, 2, 3 e 4 de março. Os ingressos custam a partir de R$ 103 e estão à venda no site e aplicativo da R2. Compre aqui!


Veja a programação dos outros dias





    • Sexta-feira (28/2): Zé Neto & Cristiano, Grelo, Natanzinho Lima, Caju Pra Baixo e Thiago Nascimento

    • Domingo (2/3): Gloria Groove, Pabllo Vittar, Valesca Popozuda, Juliana Muller, Ray Ferreira, Umiranda e Samba da Passarinha

    • Segunda-feira (3/3): MC Livinho, Hungria, Veigh, Kayblack, Yunk Vino, Doze por Oito, Artur Campos, Geovana e Caio Hot

    • Terça-feira (4/2): Di Propósito, Aparelinho, Adriana Samartini, Benzadeus e Clima de Montanha




Serviço

Carnaval do Mané 2025

Dias 28 de fevereiro, 2, 3 e 4 de março, na Arena BRB Mané Garrincha, a partir das 16h. Os ingressos custam a partir de R$ 103 a meia-entrada e podem ser comprados no site ou app da R2 produções. Classificação indicativa: 18 anos






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Conheça chá popular que alivia o estresse e reduz o inchaço abdominal

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Incluir chás na rotina é uma ótima ideia para obter os benefícios medicinais das plantas de forma natural. A bebida feita com as folhas de hortelã, por exemplo, tem efeito calmante e propriedades anti-inflamatórias, contribuindo com o alívio de cólicas, dores de cabeça e inchaço abdominal após as refeições, além de ajudar na qualidade do sono.


“Por ser rico em antioxidantes, ácido fólico e fibras, o chá de hortelã ajuda a fortalecer o sistema imunológico e promove diversos benefícios à saúde”, afirma a nutricionista Larissa Mazocco, professora do curso de Nutrição do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF).


O chá de hortelã é uma bebida leve, com pouquíssimas calorias e muitos benefícios. Isso porque as folhas da hortelã (Mentha piperita) são ricas em vitaminas A, B6, C, E e K, além de conter minerais como cálcio, ferro, fósforo e potássio.




Benefícios do chá de hortelã



  • Auxilia na melhora da digestão, reduzindo gases e inchaço abdominal.

  • Tem efeito relaxante, melhorando a qualidade do sono e ajudando no alívio do estresse e ansiedade.

  • Alivia cólicas e dor de cabeça.

  • Ajuda a fortalecer o sistema imunológico.





Chá de saquinho ou com folhas frescas


Se o objetivo for obter o máximo dos benefícios da hortelã, o chá feito com folhas frescas ou mesmo secas é a melhor opção. De acordo com a nutricionista Natália Garcia, de São Paulo, a receita contém maior concentração de óleos essenciais e compostos bioativos, além de conservar os flavonoides e antioxidantes, proporcionando mais benefícios à saúde.


“Já o chá de saquinho pode conter folhas trituradas em partículas muito pequenas, reduzindo a concentração de óleos essenciais, perdendo um pouco da potência nutricional. Ele também costuma ter o sabor mais fraco ou alterado por processos industriais”, afirma Natália.


Como fazer chá de hortelã


Ingredientes



  • 200 ml de água (1 xícara);

  • 1 colher de sopa de folhas frescas ou secas de hortelã (cerca de 5 a 10 folhas).


Modo de preparo


Ferva a água e desligue o fogo assim que começar a borbulhar. Adicione as folhas de hortelã, sem deixar ferver junto para não perder compostos voláteis, e tampe. Deixe em infusão por cinco a 10 minutos para preservar os óleos essenciais e antioxidantes. Em seguida, coe e beba o chá morno ou frio. Se desejar, pode adoçar com um toque de mel.


Quem não pode tomar chá de hortelã?


O chá de hortelã é contraindicado para pessoas com refluxo gastroesofágico, hérnia de hiato ou problemas biliares, pois pode agravar os sintomas. Pessoas com sensibilidade ou alergia à hortelã devem evitá-lo, pois podem apresentar reações alérgicas.


De acordo com a nutricionista Larissa, a bebida também não é indicada para bebês e crianças pequenas, especialmente com menos de 5 anos, devido ao risco de dificuldades respiratórias. Gestantes e mulheres em período de amamentação devem consultar um médico antes de consumir o chá.


“Em doses moderadas, o chá de hortelã geralmente não causa efeitos colaterais em pessoas saudáveis. Em caso de dúvidas ou condições de saúde específicas, é recomendado consultar um profissional de saúde”, orienta a professora de nutrição.


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5ª Conferência Distrital do Meio Ambiente começa com foco na emergência climática

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A 5ª Conferência Distrital do Meio Ambiente começou neste sábado (22), em Brasília, reunindo representantes da sociedade civil, gestores públicos, ambientalistas e especialistas para discutir estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas e o fortalecimento da governança ambiental no Distrito Federal. O evento ocorre na Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), no SGAS 907, e segue até este domingo (23), das 8h às 18h.



As plenárias da 5ª Conferência Distrital do Meio Ambiente terão a missão de eleger as melhores propostas para representar o Distrito Federal na conferência nacional | Foto: Divulgação/Sema-DF



Coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), a conferência faz parte da mobilização nacional em torno do tema “Emergência Climática — O desafio da transformação ecológica”. O encontro busca consolidar propostas que serão encaminhadas à etapa nacional da conferência, prevista para maio deste ano, contribuindo para a formulação da Política Nacional sobre Mudança do Clima.


Na abertura do evento, a vice-governadora Celina Leão ressaltou que o diálogo com a sociedade é fundamental para a construção de políticas públicas eficazes e alinhadas às necessidades reais da população do Distrito Federal. Segundo ela, a participação de diferentes setores fortalece a formulação de ações concretas para proteger o meio ambiente e garantir um futuro sustentável.


O evento está estruturado em cinco eixos temáticos: Mitigação, Adaptação e Preparação para Desastres; Transformação Ecológica; Justiça Climática e Governança; e Educação Ambiental.


As plenárias terão a missão de eleger as melhores propostas para representar o Distrito Federal na conferência nacional. O secretário de Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, destacou a necessidade de um compromisso coletivo para enfrentar os desafios ambientais da capital. “É preciso unir esforços e construir soluções efetivas para a crise climática, aproveitando o espaço da conferência para ouvir a população e estruturar políticas públicas que realmente façam a diferença”, afirmou.


A infraestrutura da conferência foi planejada para garantir uma participação ampla e democrática, incentivando o envolvimento da comunidade na formulação de diretrizes ambientais. O evento oferece transporte e alimentação gratuitos para os participantes, garantindo acessibilidade e inclusão. Mais informações podem ser acessadas no site oficial da Sema-DF.


A programação continua neste domingo com mesas de debate sobre governança climática e políticas públicas para a preservação ambiental. Ao final do encontro, será elaborado um documento com diretrizes para subsidiar ações concretas no combate às mudanças climáticas no DF e no Brasil.


*Com informações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF)






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https://jornalismodigitaldf.com.br/5a-conferencia-distrital-do-meio-ambiente-comeca-com-foco-na-emergencia-climatica-2/?fsp_sid=114784
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