De musa do cinema francês a ícone da cultura mundial, Brigitte Bardot construiu uma carreira memorável, apesar de curta. Em pouco mais de duas décadas nas telonas, a atriz participou de mais de 40 filmes e deixou personagens que redefiniram a imagem da mulher no cinema europeu.
A atriz morreu neste domingo (28/12), aos 91 anos. Antes de abandonar as telas em 1973, ela marcou época com papéis que misturavam sensualidade, liberdade e ruptura de padrões, tornando-se um dos maiores símbolos do cinema francês do século 20.
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Após abandonar o cinema, Brigitte Bardot se tornou ativista da causa animal
Charly Hel/Prestige/Getty Images
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Brigitte Bardot
Bettmann/Getty Images
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Imagem de Brigitte Bardot no filme Shalaco, de 1968
5 filmes para conhecer a carreira de Brigitte Bardot
E Deus Criou a Mulher (1956)
O longa transformou Brigitte Bardot em um fenômeno internacional e narra a história de Juliette, uma jovem livre e sensual que afrontava os padrões morais da época. O filme foi dirigido por Roger Vadim.
A Verdade (1960)
Neste drama intenso, Bardot interpreta uma jovem acusada de assassinar o ex-amante. A narrativa se constrói a partir do julgamento, revelando camadas do relacionamento do casal. O filme, dirigido por Henri-Georges Clouzot, marcou uma virada dramática na carreira da atriz. A produção foi indicada ao Oscar na Categoria de Melhor Filme Internacional.
O Desprezo (1963)
Dirigido por Jean-Luc Godard, O Desprezo mostra Brigitte como uma esposa de um roteirista cujo o casamento está em colapso após . O filme permanece até hoje como um dos títulos mais estudados do Nouvelle Vague movimento do cinema Francês na década de 1960.
Viva Maria! (1965)
Nesta sátira de aventura dirigida por Louis Malle, Brigitte divide a cena com Jeanne Moreau para viver duas artistas que acabam envolvidas em uma revolução na América Central. O longa mistura humor, política e musical.
Don Juan Fosse Mulher (1973)
Um dos últimos filmes da carreira de Brigitte, o filme apresenta uma releitura feminina do mito de Don Juan. A personagem principal usa a sedução como forma de poder e provocação. O filme foi dirigido por Roger Vadim.
Morreu neste domingo (28/12) a atriz Brigitte Bardot, francesa que marcou o cinema e a cultura do século 20. Ela tinha 91 anos e estava internada desde novembro em um hospital em Toulon, na França. A notícia da morte dela foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot.
Brigitte Bardot marcou o cinema francês e norte-americano com uma carreira considerada curta, que se encerrou quando ela tinha apenas 39 anos. Após anos nos holofotes, Brigitte decidiu por se aposentar para viver uma vida mais reclusa mas acabou envolvida em uma série de polêmicas depois da aposentadoria.
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Após abandonar o cinema, Brigitte Bardot se tornou ativista da causa animal
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Imagem de Brigitte Bardot no filme Shalaco, de 1968
Carreira
A atriz nasceu em Paris, na França, em 28 de setembro de 1934, e começou no mundo das artes ainda muito nova. Fez balé clássico durante toda a infância e foi contratada para ser modelo da revista francesa Elle com 15 anos. Foi nesta época em que ela chamou a atenção do cineasta Roger Vadim, de 22 anos, que provocou em Brigitte o interesse em ser atriz.
Em 1952, meses após completar 18 anos, Brigitte se casou com Vadim e os dois trabalharam juntos no cinema, no filme que projetou a carreira da atriz: Deus Criou a Mulher (1956).
Não demorou muito para que ela chamasse a atenção no cinema dos Estados Unidos, sucesso ligado ao fato de que tinha uma liberdade natural que não era comum nas estrelas americanas. Ao longo da carreira, atuou em 40 filmes de sucesso incluindo o A Verdade (1960), filme que foi indicado ao Oscar, Vida Privada (1962), O Desprezo (1963) e Viva Maria! (1965).
Neste meio tempo, a vida pessoal dela passou por várias mudanças. Ela se separou de Vadim em 1957 e em 1959 se casou com Jacques Charrier, com quem teve seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier. Aos mais tarde também se separou de Jacques e casou com o alemão Gunter Sachs. Os dois ficaram casados entre 1966 a 1969.
Após todo o sucesso no cinema, Brigitte decidiu se aposentar aos 39 anos, em 1973. Ela visava uma vida mais privada, longe de escândalos e atenção da mídia.
Polêmicas após a aposentadoria
Após se aposentar do cinema, Brigitte Bardot passou a se dedicar integralmente ao ativismo em defesa dos animais, criando a Fundação Brigitte Bardot, em 1986. Ela liderou campanhas contra caça, testes laboratoriais, uso de peles, touradas e outras práticas.
Paralelamente, ao longo das décadas, a atriz se tornou conhecida por posicionamentos conservadores e polêmicos sobre imigração, identidade cultural francesa e pluralidade racial. Essas opiniões ganharam força com o livro Un Cri dans le Silence (2003), no qual a atriz fez críticas ao islamismo, à imigração e também se posicionou contra a adoção por casais LGBTQIA+.
Durante o movimento Me Too, em 2018, Brigitte voltou a causar controvérsia ao minimizar denúncias de assédio feitas por atrizes, afirmando que muitas seriam exageradas ou oportunistas.
“Há muitas atrizes que vão provocando os produtores para conseguir um papel. Depois, para que se fale delas, dizem que sofreram assédio. Na realidade, mais do que beneficiá-las, isso as prejudica”, afirmou à revista francesa Paris Match, na época.
Já em 2021, ela foi condenada a pagar multa por declarações consideradas racistas ao se referir a moradores de uma ilha francesa, dizendo que eram nativos que “preservaram seus genes selvagens”.
O ano de 2025 foi desafiador para o mundo do cinema com várias produções ficando marcadas pelo fracasso, seja de audiência, de crítica ou até mesmo dos dois. Até mesmo franquias consolidadas e histórias com grandes orçamentos aparecem na lista de piores lançamentos de 2025.
Ao longo do ano, diversas produções ambiciosas ficaram bem abaixo das expectativas, acumulando prejuízos milionários e provocando frustração nos estúdios. O Metrópoles separou as principais delas e relembra os motivos que levaram às produções ao fracasso em 2025.
Branca de Neve
O live-action da clássica animação da Disney de 1937 foi um dos grandes fracassos nos cinemas em 2025. Cercado de polêmicas, o filme teve um desempenho ruim em bilheteria, arrecadando cerca de cerca de 205 milhões de dólares, valor abaixo do orçamento estimado de 250 milhões de dólares.
Além disso, a produção também sofreu rejeição da crítica, somando apenas 39% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que agrega críticas de cinema e de televisão, e sendo alvo de review bomb no IMDB — quando vários usuários publicam avaliações negativas com o objetivo de prejudicar a reputação ou venda de um produto.
O fracasso do filme também ocorreu em meio a controvérsias sobre decisões do filme, como a escolha da atriz Rachel Zegler para o papel de Branca de Neve e a representação dos Sete Anões com CGI e não com atores contratados. Relembre toda a polêmica aqui.
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Jonathan (Andrew Burnap) e Branca de Neve (Rachel Zegler) no live-action de Branca de Neve, da Disney
Giles Keyte/Disney
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Rachel Zegler como Branca de Neve na versão live-action de Branca de Neve da Disney
Divulgação/Disney
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Gal Gadot como a Rainha Má no live-action de Branca de Neve, da Disney
Divulgação/Disney
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Gal Gadot como a Rainha Má no live-action de Branca de Neve, da Disney
Divulgação/Disney
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Rachel Zegler como Branca de Neve na versão live-action de Branca de Neve da Disney
Mesmo com boa recepção da crítica, com 71% de aprovação no Rotten Tomatoes, e altas expectativas nas temporadas de premiação, o longa foi um desastre comercial. Ao todo, o filme arrecadou apenas 6,1 milhões de dólares mundialmente, pouco mais de um décimo do orçamento de 50 milhões de dólares.
Dwayne Johnson em cena do filme Coração de Lutador – The Smashing Machine
Nas Terras Perdidas
Adaptação de três histórias escritas por George R.R Martin, autor consagrado pelo universo de Game of Thrones, o filme Nas Terras Perdidas foi um fracasso tanto de bilheteria como de crítica.
No Rotten, o longa amargou uma aprovação de 24%, uma das mais baixas do ano no site que coleta críticas de especialistas, e também fracassou em audiência, arrecadando 5 milhões de dólares quando teve orçamento estimado de 55 milhões de dólares.
Cena do filme Nas Terras Perdidas (2025)
Christy
A cinebiografia de Christy Martin, pioneira do boxe feminino nos anos 1990, também fracassou em audiência nos Estados Unidos (EUA). Apesar do filme apresentar uma trama forte e que agradou 66% da crítica, segundo o Rotten, a produção teve uma das piores estreias do ano em bilheteria.
Além disso, o longa foi lançado em meio às polêmicas de Sydney Sweeney, que participou de uma campanha publicitária que usava a expressão “bons genes” para descrevê-la. Loira e de olhos azuis, a atriz acabou associada a discursos racistas e eugenistas em ascensão nos EUA, o que gerou críticas tanto a ela quanto à marca e não ajudou a divulgação do filme.
Cena de Sydney Sweeney como Christy na cinebiografia da boxeadora
Capitão América: Admirável Mundo Novo
Primeiro filme com Sam Wilson (Anthony Mackie) usando o codinome de Capitão América no Universo Cinematográfico da Marvel, a produção também foi um fracasso de audiência. Mesmo arrecadando 415 milhões de dólares bilheteria, os valores foram muito abaixo do esperado.
O filme também não agradou a crítica e está entre as produções da Marvel com menores avaliações no Rotten Tomatoes, com 46% de aprovação, ao lado de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023), que tem a mesma avaliação.
Cena do filme Capitão América: Admirável Mundo Novo
Tron: Ares
O novo filme no universo de Tron está também na lista de grandes fracassos de 2025. Apesar de contar com um grande elenco como Jared Leto, Greta Lee e Evan Peters, a produção teve uma arrecadação global de 142 milhões de dólares com um orçamento estimado em 180 milhões de dólares.
O enredo do filme, que envolvia o encontro da humanidade com seres de Inteligência Artificial de Tron não agradou parte da crítica e somou 53% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Cena do filme Tron: Ares (2025)
Elio
A Pixar também teve uma animação na lista de fracassos do ano com Elio, longa que acompanha um garotinho que deseja ser abduzido por alienígenas.
Mesmo aplaudido pela crítica, com 83% no Rotten Tomatoes, o filme fracassou comercialmente com uma arrecadação de cerca de 154 milhões de dólares, apenas um pouco acima do orçamento estimado da produção: 150 milhões de dólares.
Pôster do filme Elio, da Pixar
Five Nights at Freddy’s 2
A sequência do filme de terror pode até ter atraído os fãs para a nova produção sobre os segredos sombrios dos animatrônicos. No entanto, foi um fracasso segundo a crítica, com apenas 16% de aprovação no Rotten Tomatoes, em sua maioria, criticando o excesso de repetição de fórmulas e tentativas frustradas de dar sustos nos espectadores.
Cena do filme Five Nights at Freddy’s 2
The Electric State
Dirigido pelos Irmãos Russo após sucesso com filmes da Marvel, The Electric State também fracassou em 2025. Lançado apenas na Netflix, o filme mostra uma realidade distópica em que uma jovem (Millie Bobby Brown) se une a grupo com robôs e contrabandistas em busca do irmão desaparecido.
Ambicioso e com um grande orçamento, de mais de 320 milhões de dólares, o longa fracassou na opinião da crítica e teve apenas 14% de aprovação no Rotten Tomatoes.
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Keats (Chris Pratt) e Michelle (Millie Bobby Brown) em The Electric State, da Netflix
Paul Abell/Netflix
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Cosmo (voz de Alan Tudyk) e Michelle (Millie Bobby Brown) em The Electric State, da Netflix
Divulgação/Netflix
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Cosmo (voz de Alan Tudyk) e Michelle (Millie Bobby Brown) em The Electric State, da Netflix
Em entrevista recente, o diretor confessou que acredita que Avatar termine a jornada nos cinemas apenas como uma trilogia caso o terceiro filme não tenha um “bom desempenho” nas bilheterias.
James Cameron abre o jogo sobre futuro da franquia Avatar
Frazer Harrison/Getty Images
“Não sei se a saga vai além deste ponto, mas espero que vá”, contou Cameron em entrevista à Entertainment Weekly. Vale lembrar que os dois filmes anteriores ultrapassaram juntos a marca de US$ 2 bilhões globalmente.
Cameron, porém, prometeu que não deixará os fãs na mão e que vai garantir que os detalhes da trama de Avatar 4 e Avatar 5, previstos respectivamente para 2029 e 2032, sejam divulgados em caso de um cancelamento por parte do estúdio.
“Sabe, nós provamos esse argumento comercial toda vez que lançamos algo… Se não conseguirmos fazer o 4 e o 5, por qualquer motivo, farei uma coletiva de imprensa e contarei a vocês o que pretendíamos fazer. Que tal?”, sugeriu o cineasta.
Ele acrescentou ainda que é possível que os roteiros dos filmes sejam lançados posteriormente como livros. “Há tanta cultura, história de fundo e detalhes laterais nesses personagens que já foram desenvolvidos. Eu adoraria fazer algo que tivesse esse nível de detalhe minucioso”, afirmou.
Galvão Bueno já está em casa e comemorou a alta da segunda internação hospitalar neste sábado (27/12). Aos seguidores, o narrador deu detalhes do tratamento e agradeceu as mensagens de carinho e recuperação.
O jornalista detalhou que voltou a ser internado pelo estresse do trabalho durante o período de recuperação da primeira internação por pneumonia viral, em novembro.
Galvão Bueno está internado desde a última quarta-feira (24/12)
Instagram/Reprodução6 de 7
Família atualiza quadro de Galvão Bueno e revela previsão de alta
¨TV Globo/Reprodução7 de 7
Galvão Bueno é clicado durante trabalho
¨TV Globo/Divulgação
“Me internei em São Paulo, passei uma semana lá e saí de absolutamente perfeito. Mas a pneumonia exige que você tenha um certo repouso depois de cuidar de tudo, mas o trabalho não deixou”, confessou.
Galvão comentou que teve um mês de dezembro intenso no final do ano. O jornalista narrou, por exemplo, a final da Copa do Brasil na transmissão do Amazon Prime.
Por orientação da equipe médica, Galvão ficou três dias internado para receber medicação e realizar novos exames. Agora, após a alta, ele celebra a oportunidade de começar 2026 em casa e já adiantou os ânimos para a Copa do Mundo 2026.
“Fiz todos os exames, tive alta, vou tomar antibióticos até quarta-feira. Então vou fazer meu repouso, quinze dias de fisioterapia e agora sim estou de férias”, brincou. “O ano é forte! Vem aí a Copa do Mundo e tem muita coisa para fazer. Obrigado a todos.”