Visita Essencial na Cabeceira do Valo Garante Segurança e Mobilidade

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Cidade Estrutural, DF – Na tarde da última segunda-feira, dia 16 de junho, a segurança e a mobilidade entre a Cidade Estrutural e a Cidade 26 de Setembro receberam atenção prioritária. O administrador regional da Cidade Estrutural realizou uma visita à cabeceira do Valo, um ponto crucial de conexão entre as duas regiões, para acompanhar de perto os trabalhos de manutenção na ponte de acesso.



A intervenção foi motivada pelo surgimento de um buraco na estrutura da ponte, que representava um risco iminente para a segurança de motoristas e pedestres que utilizam o local diariamente. A equipe da Administração Regional agiu prontamente, reforçando a estrutura e implementando melhorias significativas na área.



O objetivo principal das ações é garantir maior segurança e fluidez no trânsito para todos os cidadãos que dependem desse importante trecho. A presença do administrador regional no local demonstra o compromisso da gestão com as necessidades da comunidade, assegurando que a infraestrutura urbana receba a devida atenção e manutenção.



Com essa iniciativa, a Administração Regional da Cidade Estrutural reforça seu compromisso em cuidar da cidade com seriedade, mantendo uma presença constante e atenta às demandas da população.







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Autismo: especialista alerta para importância do diagnóstico precoce

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Com a popularização dos sintomas do autismo e a melhora na identificação da condição nos últimos anos, mais pessoas têm sido diagnosticadas com um dos níveis do transtorno. Apesar de o cenário já ter melhorado, o tempo continua sendo um fator essencial para a pessoa com transtorno do espectro autista (TEA). Quanto antes o martelo do diagnóstico for batido, melhor para o desenvolvimento da criança — e essa identificação pode ser feita aos meses de vida.


Catherine Lord, psicóloga clínica e professora de psiquiatria da UCLA, nos Estados Unidos, é conhecida internacionalmente como uma das principais pesquisadoras no campo do autismo. Presente em Fortaleza para participar do congresso Brain 2025, que aconteceu entre os dias 18 e 21 de junho, a cientista defendeu a importância do diagnóstico precoce.


“Quando diagnosticamos cedo, podemos trabalhar melhor na comunicação e, particularmente, na linguagem do paciente. Isso faz muita diferença e impacta também as famílias”, explica.


Ela aponta que o autismo é um transtorno diverso, e que a identificação da doença não abre um caminho certo pelo qual o paciente e os pais devem seguir. É preciso que a criança seja avaliada e acompanhada durante os primeiros anos para definir quais são as dificuldade e criar um plano de ação.



Tempo é essencial no diagnóstico do autismo


Aos quatro anos de idade, crianças neurotípicas, em geral, já têm bom controle da linguagem (apesar de não ser perfeita e ainda longe de ter a gramática correta), com algum vocabulário e conhecimento de semântica.


Catherine ensina que o ideal é identificar o autismo antes disso, para garantir que o cérebro esteja “maleável” o suficiente para aprender algumas ferramentas de comunicação e linguagem dentro das capacidades da criança. Depois disso, é possível, mas um pouco mais complicado.


“Alguns pacientes com autismo começam a se diferenciar entre o primeiro e o segundo ano de vida. Nem sempre é algo claro, mas eles não aprendem algumas ferramentas ou usam outras que são bem diferentes. Eles não respondem ao próprio nome como outras crianças, não necessariamente aprendem as mesmas palavras. Muitos não falam e não vocalizam”, ensina a professora.


Ela aponta que crianças pequenas com autismo normalmente não gostam de chamar atenção e não participam de vários tipos de brincadeiras diferentes.


Mas, depois dos dois anos de idade, os sintomas começam a aparecer com mais clareza. Algumas crianças ficam extremamente chateadas quando algo não acontece como elas queriam. “Ela pode gostar de porta aberta, mas não falou para ninguém e vai ficar muito triste quando alguém a fechar”, conta.


O diagnóstico deve ser feito por profissionais de saúde especializados, e não é simples: exige testes e experiência na área. Catherine lembra que os primeiros sinais, porém, podem não ser percebidos pelos pais, e sim por familiares ou professores.


Foto mostra criança cobrindo o próprio rosto com o símbolo do autismo como se fosse uma máscara
Masking: crianças com autismo disfarçam sinais sem perceber, dizem especialistas

Expectativa x realidade


Mesmo que o diagnóstico de autismo tenha se tornado mais popular nos últimos anos, nenhuma família está pronta para receber a notícia que seu filho tem o transtorno. A depender do grau, isso pode significar uma necessidade de auxílio para o resto da vida.


Catherine aponta que é preciso ponderar a expectativa que os pais colocam nos filhos com o que eles poderão oferecer.


“O autismo faz parte do seu filho, mas ele ainda tem muitas qualidades. Demora tempo para acostumar com a ideia de que a criança não será o que o pai achou que seria. É um caminho difícil, os pais querem ter esperança e ver o lado positivo, mas é preciso lidar com a realidade”, explica a professora.


O apoio e ajuda dos pais é essencial para o desenvolvimento da criança autista, mas nem sempre é possível deixar o trabalho de lado e se focar 100% do tempo no filho. Escolas especializadas, terapeutas ocupacionais, fisioterapia e até babás podem ajudar a desafogar o dia a dia, mas não são de fácil acesso para todas as famílias.


A situação nunca é de fácil solução. Às vezes, a família tem outros filhos que também precisam de atenção, ou é de baixa renda e precisa trabalhar fora de casa todos os dias, sem tempo para levar a criança em vários especialistas. É importante, nesses casos, elencar prioridades.


“Mas sempre existe uma coisa que o pai gosta de fazer com o filho. Precisamos ajudá-los a arranjar tempo para que eles consigam fazer pelo menos uma atividade sempre juntos. Nesses casos, também é importante identificar quais são as dificuldades mais urgentes da criança. Faz parte da responsabilidade do médico ajudar essa família de forma personalizada”, afirma Catherine.


A especialista americana tem alguns conselhos principais para quem descobriu que o filho tem autismo: ficar longe do TikTok, e procurar grupos de pais de crianças com TEA são os dois primeiros.


Ela explica que existem guias dos 100 primeiros dias com autismo que podem ser úteis. Outra dica é encontrar pelo menos um profissional de saúde que você confie. Pode ser um psicólogo, professor, fonoáudiólogo ou médico: ele vai te direcionar para o sistema correto.


“Mas, acima de tudo, é essencial conhecer seu filho e escutá-lo”, lembra.


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Gwada negativo: cientistas descobrem novo grupo sanguíneo

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Pesquisadores identificaram um grupo sanguíneo inédito em uma mulher francesa nascida na ilha de Guadalupe, no Caribe. O novo tipo, batizado de “Gwada negativo”, foi reconhecido oficialmente no início de junho pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT), durante um congresso realizado em Milão.


A mulher, hoje com mais de 60 anos, é a única pessoa no mundo compatível com seu próprio sangue, segundo o Instituto Francês de Sangue (EFS), que confirmou a informação à imprensa francesa. O nome “Gwada” faz referência às origens guadalupenses da paciente e, de acordo com os especialistas, foi bem aceito por soar bem em diferentes idiomas.



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O caso começou a ser investigado em 2011, quando, durante exames de rotina antes de uma cirurgia em Paris, foi detectado um anticorpo desconhecido na paciente. Na época, no entanto, os recursos disponíveis não permitiam aprofundar as análises, explicou Thierry Peyrard, farmacêutico e biólogo médico, responsável do EFS pela qualidade e segurança dos produtos sanguíneos.


Segundo Peyrard, somente a partir de 2019, com o avanço do sequenciamento de DNA de altíssima velocidade, os cientistas conseguiram desvendar o mistério e identificar uma mutação genética inédita.


Pesquisa de sangue, mão de cientista segurando tubo de ensaio com sangue em laboratório. MetrópolesInstituto Francês de Sangue desenvolve protocolo para identificar casos semelhantes, especialmente entre doadores da ilha de Guadalupe

Segundo os pesquisadores, o “Gwada negativo” só se manifesta quando o indivíduo herda duas cópias do gene mutado – uma de cada progenitor. No caso da paciente, seus pais e irmãos carregavam apenas uma cópia do gene e, portanto, não apresentavam o novo tipo sanguíneo.


Diante da raridade do caso, a equipe de Peyrard trabalha agora na criação de um protocolo especial de triagem, com o objetivo de localizar possíveis outros portadores do grupo, especialmente entre doadores de sangue da região de Guadalupe.


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Retenção de receita de Ozempic, Wegovy e Mounjaro começa nesta segunda

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A partir desta segunda-feira (23/6), medicamentos com ação análoga ao GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, só poderão ser comprados nas farmácias mediante retenção da receita médica. A exigência foi estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril com o objetivo de coibir o uso sem orientação profissional e fora das indicações previstas nas bulas.



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A nova regra vale para medicamentos de tarja vermelha, que já exigem prescrição médica, mas que vinham sendo adquiridos com facilidade sem a devida receita. Agora, esses fármacos seguirão os mesmos critérios aplicados aos antibióticos: a receita médica será obrigatoriamente retida na farmácia.


Leia a notícia completa no portal Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.


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Terapia por IA? Os riscos de pedir ajuda psicológica para o ChatGPT

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Em um mundo cada vez mais conectado e dependente das inteligências artificiais, tem crescido o número de pessoas que buscam aconselhamento psicológico em ferramentas como ChatGPT e Alexa. O apelo é simples: facilidade, menos chance de julgamento, valor muito menor (ou até nenhum) e agilidade na resposta. Porém, o que parece uma boa ideia pode ter o efeito contrário e acabar piorando a situação do usuário.


Entre os destaques nos assuntos discutidos no Brain 2025 — um dos maiores congressos brasileiros sobre o cérebro, comportamento e emoções –, a relação com as IAs tem preocupado os cientistas e especialistas em saúde mental. Apesar de parecer empática, a ferramenta não emprega protocolos ou técnicas de psicologia nos “atendimentos”, responde de acordo com a pergunta feita e não é capaz de identificar quadros de sofrimento emocional.


“Quando um programador oferece uma psicoterapia através da internet, ele está ignorando um código de ética profissional. Não há um profissional de saúde do outro lado. Embora seja uma ferramenta promissora, no momento, estamos muito receosos para saber quais são os efeitos a médio e longo prazo”, explica a psicóloga Aline Kristensen, pesquisadora e professora de pós-graduação em várias universidades. Ela foi uma das palestrantes do congresso, que aconteceu em Fortaleza entre os dias 18 e 21 de junho.


Ela conta que são poucos os estudos publicados até o momento — o assunto é muito novo  –, mas já se sabe que o atendimento psicológico é mais eficiente quando há uma pessoa do outro lado. A máquina, apesar de criar uma relação falsa de empatia em um primeiro momento, não consegue puxar ou relacionar experiências anteriores do usuário para oferecer bons conselhos, e baseia as respostas na estrutura da pergunta e no algoritmo.



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Um dos primeiros sintomas de uma pessoa que está em sofrimento psíquico é a perda de noção do que é real, e as inteligências artificiais não podem ajudar a deixar claro o nível do surto. Algumas, inclusive, podem incentivar a fantasia do usuário, complicando ainda mais a situação.


Em um experimento recente, um psiquiatra americano fingiu ser um adolescente em busca de terapia com um ChatBot. O “usuário” sugeriu assassinar os pais, e a inteligência artificial o encorajou, sugerindo que os dois “ficariam juntos” sem a interferência dos responsáveis.


“Eles te dão respostas empáticas, dizendo que imaginam o quão difícil é, ou que sentem muito. São frases pré-estabelecidas, mas não há adaptação cultural, ou personalização que respeite as características pessoais de personalidade, o histórico e nem a idade do usuário”, aponta Aline.


Imagem mostra um celular com vários balões de conversa, IA - MetrópolesEspecialistas se preocupam com a busca por aconselhamento psicológico em ferramentas de IA

Ferramenta promissora


A professora explica que, apesar da preocupação, nem tudo na proposta de aconselhamento psicológico é necessariamente ruim. Algumas pesquisas mostram que existem pacientes que se sentem mais abertos a discutir assuntos desconfortáveis, ou que são cercados de estigmas, com uma máquina do que com um humano.


A comunidade científica considera que essa pode ser uma boa porta de entrada para a pessoa que tem preconceito com a terapia, mas vê benefícios ao conversar com um bot. Porém, a inteligência artificial deve ser treinada com protocolos, acompanhada por profissionais e aprender a identificar casos que devem ser encaminhados a um atendimento emergencial.


Aline lembra que o que a IA é capaz de fazer não é terapia. É, no máximo, um aconselhamento. Um tratamento psicoterapêutico envolve um plano de ação com várias etapas, com acompanhamento semanal, retornando em assuntos sensíveis que nem sempre são levantados pelo paciente, mas que precisam ser esmiuçados. Para isso, ainda é preciso uma pessoa de carne, osso e ouvidos.


Ela aposta que alguns estudos iniciais mostram que a IA pode, de fato, ser uma iniciação na área de saúde mental: existem relatos de pacientes que tinham preconceito com terapia, começaram a fazer perguntas para os bots e acabaram procurando um profissional para dar continuidade ao atendimento.


“São ferramentas de intervenção que podem ajudar a complementar o trabalho do psicoterapeuta. Também é preciso lembrar que a IA pode aumentar a solidão e incapacitar as pessoas de construir relações humanas no mundo real e criar vínculos de conexão emocional que são essenciais para o tratamento”, afirma a professora.


Outro ponto de atenção é que o uso de IAs para qualquer coisa aumenta a dependência à tecnologia, que, comprovadamente, piora a saúde mental. Para ser saudável, é preciso estar conectado ao mundo real, ter relações humanas, sentir frustrações e felicidades, conseguir se adaptar e construir pontes significativas com outras pessoas. “Excessos sempre são perigosos”, aponta Aline.


Mas, apesar do futuro ainda nebuloso, ela acredita que as IAs vieram para ficar e que, eventualmente, podem sim ajudar no tratamento. Uma possibilidade é que a máquina treinada esteja disponível quando o psicólogo não está.


Já que está todo mundo usando, como diminuir o risco?


Em um mundo cada vez mais preocupado com saúde mental, mas onde a intervenção com psicoterapeuta ainda é cara e restrita, a “terapia” com IAs vai continuar acontecendo.


Em geral, a pesquisadora acredita que a sociedade não está preparada para usar as IAs como aconselhamento psicológico, e nem as ferramentas estão prontas para ajudar sem piorar ainda mais o problema.


Aline alerta que o verdadeiro risco está em pessoas que estão vulneráveis, em surto e crise psicológica, sem preservação do senso crítico. Nesse cenário, é difícil perceber quando a resposta da IA é absurda, errada ou não faz sentido.


“Se você está em sofrimento profundo e a ferramenta valida uma suposição perigosa, um paciente que está em surto psicológico, em delírio, pode vir a apresentar comportamentos negativos de autolesão que são preocupantes”, explica.


Um uso seguro da ferramenta passaria por fazer perguntas certas, que peçam ponderação ou confrontamento para saber onde se está errando em uma situação específica. Aline sugere ainda conferir o conselho dado com uma pessoa de confiança para ver se aquilo está fazendo mesmo sentido. O uso por crianças e adolescentes deve ser acompanhado pelos pais.


A professora lamenta que a preocupação seja unilateral: a maioria das empresas por trás das inteligências artificiais mais populares não parecem ter interesse em mudar a situação e construir respostas que sejam menos perigosas para os usuários. Mas, como área que está se desenvolvendo em tempo real, o cenário pode mudar em um ou dois anos.


“Não sou radicalmente contra nem a favor. Acho que precisamos de gente profissional e séria trabalhando atrás das IAs com regulamentação, sigilo e proteção de dados. É preciso oferecer segurança para que o usuário use a ferramenta para intervir na saúde e não só como um alívio imediato que pode gerar algo muito mais grave”, afirma.


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Idade biológica: entenda por que ela é diferente em pessoas obesas

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Nem sempre o corpo revela a idade que a certidão de nascimento mostra. Enquanto a idade cronológica contabiliza o tempo vivido, a biológica está relacionada à condição real em que o organismo está funcionando. Geralmente, as duas idades não são iguais, mas em pessoas com doenças crônicas, como obesidade, a diferença pode ser ainda maior.


A variação na idade biológica se dá principalmente por fatores como alimentação, sedentarismo, estresse, qualidade do sono e genética. Eles determinam como nossos órgãos, células e sistemas vão envelhecer.





Risco de ter idade biológica mais alta



  • Ter idade biológica incompatível com a cronológica aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e outros problemas de saúde.

  • A idade biológica avançada eleva o risco de problemas de ansiedade e depressão. 

  • O conjunto de fatores causados pela idade biológica elevada pode levar a morte precoce. 

  • Fatores como estilo de vida, genética e exposição a ambientes prejudiciais à saúde podem influenciar na idade biológica.




O nutricionista Bruno Correia, que atende em Brasília, explica que a qualidade da alimentação interfere diretamente na saúde corporal do indivíduo. “Isso significa que uma má alimentação pode gerar consequências cardiometabólicas compatíveis às observadas em uma pessoa com idade biológica mais avançada, tornando o corpo mais disfuncional, seja pelas funções renais, hepáticas ou marcadores sanguíneo”, conta.


Por que pessoas com obesidade têm idade biológica mais alta?


Muitas pessoas acreditam que a obesidade é apenas estar acima do peso, porém, as consequências são mais complexas. Ela é considerada uma doença crônica inflamatória e compromete o funcionamento do corpo como um todo. O excesso de gordura — principalmente abdominal — libera substâncias inflamatórias que vão para todo o corpo.


O quadro gera estresse oxidativo, responsável por danificar as células e acelerar o envelhecimento dos tecidos. Órgãos como rins, fígado e o sistema cardiovascular sofrem com o acúmulo de gordura e sobrecarga metabólica, gerando uma perda precoce da funcionalidade.


“Alguns estudos mostram que pessoas com obesidade têm o encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem o DNA. À medida que a gente envelhece, sofrendo com o estresse oxidativo causado por processos inflamatórios crônicos, eles vão se encurtando”, afirma a endocrinologista Érika Fernanda de Faria, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília.


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A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é o desequilíbrio energético entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias utilizadas pelo indivíduo para realização de suas atividades diárias. O excesso de calorias não consumidas acumula-se em forma de gordura corporal

Getty Images
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Segundo um levantamentos da OMS, as taxas de obesidade em adultos praticamente triplicaram desde 1975 e se elevaram em cinco vezes em crianças e adolescentes. No Brasil, segundo o IBGE, a condição deve atingir quase 30% da população adulta do país em 2030

Peter Dazeley/ Getty Images
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Obesidade, mais do que o acúmulo de peso, é uma doença que afeta o corpo de forma sistêmica

Gettyimages
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Sintomas da obesidade clínica que vão além do IMC

Reprodução/tHE lANCET
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A ingestão de alimentos gordurosos e o sobrepeso levam a inflamações de baixa intensidade no cérebro, dizem os pesquisadores

Arte/Metrópoles
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De acordo com especialistas, apesar de a obesidade ser uma doença crônica multifatorial e, como todas elas, não ter cura, ela tem tratamento e controle

Maskot/ Getty Images
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Além das doenças, portadores de obesidade precisam lidar com estigmas sociais associados à doença, que envolvem preconceito, estereótipos desrespeitosos, falta de entendimento, levando os pacientes a condições de baixa autoestima, vergonha e culpa pela condição de saúde e pelo peso

Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images

É possível rejuvenescer biologicamente?


De acordo com os especialistas, é possível reverter o envelhecimento biológico com mudanças no estilo de vida. A queima de gordura melhora os marcadores inflamatórios, normalizando os hormônios e saúde celular, especialmente quando combinada com uma rotina alimentar equilibrada, com a prática de exercícios físicos regulares, um sono de qualidade e o controle do estresse.


O mais importante do processo é perder peso de forma saudável. “Se tratando de melhora na renovação celular e longevidade, um padrão alimentar de déficit calórico — comer um pouco menos do que o corpo gasta — traz mais benefícios a longo prazo. A recomendação é não fumar e ingerir bebida alcoólica, fazer atividade física regularmente e consumir um teor menor de carnes vermelhas e processadas”, finaliza o nutricionista Bruno Correia.


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Dose triplicada de Wegovy deve beneficiar pacientes mais obesos

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Chicago — A farmacêutica Novo Nordisk divulgou, nessa sexta-feira (20/6), um estudo que mostra a eficácia do Wegovy em dose ainda mais potente. Com 7,2 mg de semaglutida, três vezes a dose aprovada no Brasil, a nova versão da caneta emagrecedora pode acelerar o tratamento da obesidade.


“A potência da nova medicação permite que possamos realizar tratamentos ainda mais eficazes e melhorar a qualidade de vida das mais de 1 milhão de pessoas que sofrem com obesidade no mundo”, explicou a endocrinologista Paula Pires em entrevista ao Metrópoles.


Segundo a médica, a mudança será mais impactante para pacientes com peso acima dos 100 kg, que terão a oportunidade de reduzir o peso para a casa dos dois dígitos de forma segura. “A busca por inovação medicinal é essencial para essas pessoas, pois muitas vezes o tratamento com o Wegovy (na dose de 2,4 mg) não é suficiente para ter resultados expressivos”, completou.



Os resultados do ensaio clínico de fase 3 STEP UP mostram que, após 72 semanas de tratamento, os voluntários tiveram emagrecimento médio de aproximadamente 21% do peso. Para um terço deles, a redução chegou a 25%. Os dados do estudo foram apresentados neste sábado (21/6), no congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês), que acontece em Chicago, nos Estados Unidos.


Wegovy, um medicamento injetável para perda de peso que tem ajudado pessoas com obesidade - Metrópoles
O Wegovy, no geral, não interage tanto com outros medicamentos que já fazem parte da rotina de algumas pessoas

Efeitos adversos do novo Wegovy


O estudo mostra ainda que a segurança e a tolerabilidade da dose mais alta de Wegovy foram mantidas, quando comparadas à dosagem de 2,4 mg de semaglutida.


Para Paula Pires, o principal detalhe está na adaptação, algo que muda de acordo com cada organismo. “Quando saímos do Ozempic para o Wegovy, também foi um susto. Mesmo assim, as reclamações sobre efeitos adversos não aumentaram. É importante acompanhar o início do tratamento com cautela”, indicou.


Na pesquisa, os eventos adversos mais comuns foram gastrointestinais, como náusea e mudança no trânsito intestinal, sendo que a maioria foi de leve a moderada e diminuiu ao longo do tempo.


Ainda assim, a nova dose traz um pouco mais de dificuldade para o paciente: 3,3% das pessoas tratadas com 7,2 mg de semaglutida descontinuaram o uso por conta dos efeitos, em comparação com 2% na dose de 2,4 mg.


“Nas primeiras aplicações, as reclamações de náuseas e desconfortos são maiores por conta dos antigos hábitos alimentares. Conforme o organismo se adapta com o produto, as aplicações dos remédios para emagrecimento ficam mais controladas. É o que deve acontecer”, explicou a médica.


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Pneumonia viral: entenda novo diagnóstico de Bolsonaro

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com pneumonia viral, na manhã deste sábado (21/6). Ele esteve no Hospital DF Star, em Brasília (DF), onde passou por exames.


O quadro teria começado na última semana, quando Bolsonaro apresentou mal-estar, calafrios e náuseas. Segundo o cirurgião Claudio Birolini, que operou o ex-presidente em abril, foram feitos exames de sangue, urina e uma tomografia de tórax e abdômen.


O médico explicou que os exames — que também avaliaram a recuperação da cirurgia — estavam agendados para serem realizados há duas semanas, mas foram adiados em razão dos interrogatórios realizados na Primeira Turma do STF, em processo que analisa suposta tentativa de golpe.


“Nessa tomografia foi constatado que ele provavelmente teve um quadro de pneumonia viral. Semana passada ele estava com bastante tosse e isso foi documentado hoje”, contou o médico.



Pneumonia viral


Na maioria dos casos, a pneumonia é causada por bactérias, mas a doença também pode ser provocada por algum dos vírus que causam gripes e resfriados, como o influenza, sincicial, adenovírus, H5N1 (gripe aviária), H1N1 e Sars-CoV-2 (Covid-19).


“A pneumonia é um processo inflamatório do tecido pulmonar, que pode ser causado por vírus, bactérias ou fungos. Quando causada por vírus chamamos de pneumonia viral. Devido a onda de infecções pelo vírus influenza A, é possível que o número de pneumonias virais esteja aumentando”, explicou a pneumologista Bianca Rodrigues, da Clínica Pulmoclínica, em entrevista anterior ao Metrópoles.


Os pacientes podem desenvolver quadros leves, com pouco desconforto, ou mais graves, com risco à vida. A gravidade depende de fatores como a agressividade do vírus responsável pela infecção e as condições clínicas em que a pessoa se encontrava quando ficou doente.


A doença deve ser tratada imediatamente para evitar qualquer complicação. Ao lesionar a mucosa do trato respiratório, o vírus favorece o surgimento de pneumonias bacterianas secundárias, colocando o organismo diante de duas agressões ao mesmo tempo.


Sintomas da pneumonia viral


Os sintomas de pneumonia viral são:



  • Tosse seca ou com catarro ou pus;

  • Dores agudas no peito ou nas costas;

  • Febre;

  • Calafrios;

  • Dificuldade ou dor ao respirar;

  • Falta de ar;

  • Arritmia cardíaca;

  • Respiração acelerada;

  • Fadiga;

  • Fraqueza

  • Sudorese.


Como prevenir


Para prevenir infecções virais de qualquer tipo, é importante manter as mãos limpas, lavando ou usando álcool gel, sempre que frequentar locais públicos, como mercados, ônibus e shoppings, além de evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos.


As vacinas contra a gripe e contra a Covid-19 também são importantes formas de evitar a infecção pelos principais tipos de vírus causadores da pneumonia.


Tratamento


Em geral, o tratamento para pneumonia viral inclui repouso, a prescrição de remédios e, em casos mais graves, a oxigenoterapia. O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá tomar antibióticos por uma semana.


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Avanço do HIV no Brasil pode gerar epidemia silenciosa, alerta estudo

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Um novo estudo feito na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS) revela que a prevalência de pessoas detectadas com o HIV ultrapassou os limites da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 64%.


O número acendeu um alerta sobre o risco de uma epidemia silenciosa desta e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) estar se desenrolando no país. Não é novidade que as infecções por HIV no Brasil têm crescido. Os dados mais recentes publicados — com informações de 2021, 2022 e 2023 — mostram que os novos casos da doença subiram levemente.


Estes dados, no entanto, são compilados a partir da população que busca atendimento de saúde, o que pode levar à subnotificação de casos. Uma grande parcela da população pode estar com a doença se desenvolvendo de forma silenciosa em níveis ainda maiores.


No estudo divulgado pelo Hospital Moinhos de Vento, a metodologia foi outra: os pesquisadores testaram ativamente uma parcela da população para avaliar a incidência das ISTs. É o primeiro estudo de sorologia realizado em alta escala no Brasil.


No caso do HIV, a taxa de prevalência na população gaúcha foi estimada em 1,64%, acima do limite de 1% estabelecido pela OMS para apontar que a epidemia está controlada. Níveis acima deste indicam epidemia generalizada.




O que é o HIV e sua diferença para a aids?



  • O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um microrganismo que ataca o sistema imunológico. Quando não é tratado, ele pode evoluir para a aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), que representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV.

  • Embora não exista a cura para a aids, o tratamento antirretroviral pode controlar a infecção, permitindo que pessoas vivendo com HIV tenham uma vida longa e saudável.

  • O tratamento correto pode fazer com que o paciente atinja a carga viral indetectável para o HIV, ou seja, tão baixa que não pode ser detectada por testes padrão. Nesse caso, a pessoa também não transmite o vírus.

  • O HIV é transmitido principalmente através de fluidos corporais específicos, durante o sexo sem proteção, compartilhamento de seringas e de mãe para filho durante o parto, quando não for bem assistido.



  • Beijos, suor, ou qualquer outra forma de contato íntimo, incluindo o sexo feito com preservativo, não transmite o HIV.

  • O SUS disponibiliza testes rápidos para o HIV e também o tratamento preventivo com a profilaxia pré-exposição (PrEP), com o uso de um remédio diário. Procure um serviço de saúde e informe-se para saber se você tem indicação para PrEP.




Epidemia ganha contornos silenciosos


A pesquisa testou 8.006 pessoas. Foram confirmados 81 casos de HIV, 558 de sífilis, 26 de hepatite B e 56 de hepatite C. Embora a testagem tenha se concentrado no Rio Grande do Sul, os pesquisadores consideram os resultados um sinal de alerta nacional.


O estudo foi conduzido pela médica epidemiologista Eliana Wendland, do Hospital Moinhos de Vento. Ela destaca que a taxa alta de prevalência é um sinal de alerta para este inimigo silencioso.


“Estes dados mostram que estamos diante de uma epidemia generalizada. Quando olhamos para quem tem maior probabilidade de contrair o vírus, esse risco está mais associado a determinadas vulnerabilidades sociais. Estamos falando, por exemplo, de pessoas negras ou pardas, com menor renda e escolaridade, e que geralmente estão na faixa dos 30 aos 59 anos”, afirma.


Números oficiais do HIV apontam tendência


Entre 2007 e 2024, foram notificados mais de 540 mil casos de pessoas com HIV no Brasil. A maioria (70%) dos infectados são homens.


O HIV pode permanecer anos no organismo sem causar sintomas. Sem diagnóstico, o vírus continua a ser transmitido, dificultando o controle. A infecção compromete o sistema imunológico e pode evoluir para aids, condição que deixa o corpo vulnerável a infecções e cânceres.


Quando identificado precocemente, o HIV é controlável com o uso contínuo de antirretrovirais que impedem a progressão para a aids. Quando a carga viral chega a níveis indetectáveis, não há risco de transmissão.


“O estigma é um dos principais entraves ao diagnóstico. Muitas pessoas evitam buscar testagem por medo ou vergonha. Isso dificulta o acesso ao tratamento e mantém a cadeia de infecção ativa, especialmente entre grupos mais vulneráveis”, alerta Wendland.


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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O causador da aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

Arte Metrópoles/Getty Images
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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Hugo Barreto/Metrópoles
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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo




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Sífilis também avança


Além do HIV, o estudo trouxe resultados sobre a sífilis, que também preocupa as autoridades de saúde. A estimativa é de que sete em cada 100 brasileiros tenham a infecção, que pode ser curada com três aplicações de penicilina benzatina. Muitas vezes, o diagnóstico não é feito a tempo, o que leva à necessidade de tratamentos ainda mais intensos.


A infecção pode permanecer assintomática por anos. “A primeira manifestação pode parecer inofensiva, como uma ferida que some sozinha. Sem tratamento, evolui para estágios mais graves, como a sífilis terciária, com potencial de afetar órgãos internos e o sistema nervoso”, afirma a autora do estudo.


Entre gestantes, o risco é ainda maior. A sífilis congênita pode causar aborto, sequelas ou morte neonatal. O Brasil já registrou mais de 3 mil óbitos desde 1998 por esse motivo. O Rio Grande do Sul tem uma das maiores taxas em gestantes do país: 41,1 casos por mil nascidos vivos, atrás apenas do Rio de Janeiro e Amapá.


Ministério da Saúde se esquiva


O cenário apresentado pela pesquisa feita no Rio Grande do Sul, sobre os riscos de uma epidemia, levantam dúvidas sobre o estado da questão no restante do país. Procurado pelo Metrópoles, o  Ministério da Saúde foi perguntado sobre a prevalência da doença em outros estados do país, mas não respondeu aos questionamentos.


A nota enviada pela pasta detalha apenas as boas ações neste sentido, incluindo o recente pedido de certificação de fim da transmissão vertical do HIV (de mãe para o bebê) e do número de pessoas que consegue tratamento após o diagnóstico (96%, taxa acima dos 95% recomendados pela OMS).


“Cabe ainda destacar que as ações da pasta são voltadas à população em geral, com foco ampliado em populações-chave — como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, profissionais do sexo e usuários de álcool e outras drogas — onde a prevalência é consideravelmente maior”, defendeu.


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Festa junina: os 5 alimentos típicos do arraiá que mais causam refluxo

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Nos meses de junho e julho, pipocam pelo Brasil as celebrações de festas juninas e ninguém quer ficar de fora. Entretanto, quem sofre de refluxo acaba tendo dificuldade para encontrar opções de comidas típicas que não agravem os sintomas porque os alimentos mais populares do festejo são ricos em açúcar e gordura.


E não é uma população pequena. Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), cerca de 25 milhões de brasileiros adultos convivem com a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e para eles, essa temporada pode trazer riscos.





O que é o refluxo?



  • O refluxo ocorre quando a válvula entre o esôfago e o estômago, o esfíncter esofágico inferior, não se fecha corretamente, permitindo o retorno do conteúdo gástrico.

  • A condição é multifatorial, incluindo até componentes genéticos. Entre os principais fatores estão obesidade, tabagismo, consumo de álcool, cafeína e refeições volumosas ou muito próximas da hora de dormir.

  • Os sintomas mais comuns são queimação (azia), gosto amargo na boca, dor abdominal alta e dificuldade para engolir.

  • Em casos mais graves, o refluxo pode causar tosse crônica, rouquidão, inflamação da garganta, desgaste dos dentes e até aumentar o risco de câncer gástrico.

  • O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e medicamentos. Antiácidos também são usados e, em casos severos, pode ser indicada cirurgia para correção da válvula esofágica.




As receitas típicas, embora saborosas, incluem ingredientes que podem facilitar o retorno do ácido estomacal ao esôfago. Esse processo, comum em quem sofre da doença, provoca sintomas como queimação, azia e desconforto abdominal.


A temperatura dos alimentos, especialmente os muito quentes, também pode piorar os sintomas e exigir maior cautela durante as comemorações.


Pensando nisso, o gastrocirurgião Eduardo Grecco, endoscopista e professor de medicina da Faculdade do ABC, elaborou uma lista dos alimentos mais consumidos durante os festejos juninos e que podem cair como verdadeiras bombas para quem tem refluxo.


Os 5 alimentos mais perigosos da festa junina



  1. Canjica: o açúcar e as gorduras usadas (como creme de leite e leite condensado) podem relaxar o esôfago inferior e retardar o esvaziamento gástrico, aumentando os sintomas.

  2. Quentão: bebida quente e açucarada, pode estimular a produção de ácido estomacal.

  3. Pé de moleque: o doce de amendoim é rico em gorduras e açúcar. A combinação contribui para o aumento da pressão no estômago e da produção de ácido.

  4. Pipoca: quando preparada com excesso de gordura, pode irritar o estômago e dificultar a digestão. Para quem tem refluxo, o ideal é preparar versões com menos óleo.

  5. Bolo de milho: o milho, por si só, não é o problema. O cuidado deve ser com o açúcar, a gordura e o leite presentes na receita, que favorecem o refluxo.


“Não devemos considerar o refluxo um problema menor”, alerta o gastrocirurgião. “O retorno do ácido do estômago para o tubo alimentar pode causar irritações na mucosa, estreitamento do esôfago, pneumonia e lesões que podem evoluir para o câncer de esôfago”, aponta Grecco.


Hora e quantidade também influenciam


Além dos ingredientes, o horário da refeição é decisivo. As festas costumam acontecer à noite, e refeições pesadas antes de dormir são especialmente prejudiciais para quem tem refluxo. Deitar após comer aumenta a chance do ácido subir para o esôfago.


A nutricionista Aline Quissak, de Curitiba, reforça o papel da alimentação no controle do refluxo. “Nós somos o que comemos. Controlar a dieta pode melhorar ou piorar os sintomas”, afirma. Ela recomenda evitar sempre alimentos industrializados, café, chocolate, bebidas alcoólicas e laticínios integrais para não prejudicar o processo digestivo.


Para o período junino, Aline recomenda as que as pessoas com refluxo sigam as orientações tradicionais para evitar contratempos. “Comer devagar e sem exageros, pegando leve nas frituras e bebidas alcoólicas e evitando deitar logo após as refeições ajuda muito. É preciso fazer as refeições em horários regulares para controlar a acidez estomacal e fazer a boa mastigação dos alimentos. Essas pequenas mudanças já reduzem os sintomas”, conclui Quissak.


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Wegovy: dose triplicada pode potencializar ainda mais o emagrecimento

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Consideradas uma das maiores revoluções no tratamento da obesidade, as canetas emagrecedoras baseadas em GLP-1 estão cada vez mais populares pelo mundo e as informações sobre elas continuam sendo atualizadas.


Um novo estudo da Novo Nordisk mostra que uma dose de semaglutida ainda maior do que a aprovada até o momento pode potencializar a perda de peso sem efeitos adversos graves. O estudo foi divulgado nesta sexta-feira (20/6) e será apresentado no sábado (21/6) nas Sessões Científicas da American Diabetes Association (ADA), que acontecem em Chicago, nos Estados Unidos.


A versão mais poderosa do Wegovy (a versão do Ozempic aprovada para obesidade) tem 7,2 mg de semaglutida, três vezes mais do que a dose de 2,4 mg, aprovada no Brasil para o tratamento de obesidade.



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O estudo Step Up, que teve duração de 72 semanas, comparou grupos que tomaram 7,2 mg e 2,4 mg com um que recebeu placebo. Foram incluídos 1.407 adultos com IMC maior ou igual a 30 e sem diabetes.


O aumento foi considerado seguro e mostrou que a aplicação da dose mais alta de Wegovy resultou em uma perda de peso média de 21%, com um terço dos participantes perdendo 25% ou mais do peso corporal em 72 semanas. Na dose de 2,4 mg, no mesmo período, a perda de peso foi de 17,5%. O grupo que recebeu placebo perdeu 2,4% do peso corporal durante o estudo.


Três caixas de remédios para emagrecimento, perda de peso. MetrópolesO Wegovy é fabricado a partir da semaglutida, assim como o Ozempic, mas é voltado especificamente para a perda de peso

Efeitos adversos do Wegovy


O estudo mostra ainda que a segurança e tolerabilidade da dose mais alta de Wegovy foram mantidas e seguem tão consistentes quanto as da dose comercializada atualmente.


Os eventos adversos mais comuns foram gastrointestinais, como náusea e mudança no trânsito intestinal, sendo que a maioria foi de leve a moderada e diminuiu ao longo do tempo. Ainda assim, a nova dose traz um pouco mais de dificuldade para o paciente: 3,3% das pessoas tratadas com 7,2 mg de semaglutida descontinuaram o uso por conta dos efeitos, em comparação com 2% na dose de 2,4 mg.


Questionada sobre outros efeitos adversos, como a neuropatia óptica isquêmica anterior-não arterítica (NOIA), Julia Cabral, gerente médica de diabetes da Novo Nordisk, afirmou que os casos são isolados.


“Não temos pesquisa que prove NOIA ou outros efeitos adversos como perda de cabelo. São alguns casos isolados, mas com pouca evidência. Não existem referências bibliográficas sobre isso e, no estudo, não foram relatados outros eventos adversos consideráveis”, explica em entrevista ao Metrópoles.


A Novo Nordisk pretende solicitar a atualização da bula com a dose mais alta de Wegovy na União Europeia no segundo semestre de 2025, com submissões regulatórias posteriores nos demais mercados onde o medicamento já está aprovado — como no Brasil.


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Do gabinete da CLDF para a ONU: Clarinha leva a voz da inclusão do DF ao mundo - Eduardo Pedrosa Deputado Distrital

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Uma história de superação, representatividade e inspiração ganhou o mundo. Maria Clara Israel Machado, carinhosamente conhecida como Clarinha pelos colegas da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), cruzou fronteiras e representou o DF e o Brasil em um dos mais importantes eventos internacionais sobre inclusão: a Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (COSP), realizada na sede da ONU, em Nova York.

Lotada no gabinete do deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil), Clarinha integrou a delegação brasileira a convite da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD). Um reconhecimento ao seu protagonismo e à sua dedicação na luta por um mundo mais inclusivo. Todas as despesas da viagem foram custeadas pela própria entidade, um reflexo da importância e do prestígio de sua participação.

Ativista, engajada e com um sorriso que contagia a todos, Maria Clara é uma das líderes do movimento nacional de autodefensores da FBASD, grupo que reúne jovens e adultos com deficiência intelectual na linha de frente das discussões sobre direitos, cidadania, educação, saúde e empregabilidade.

Antes de embarcar para os Estados Unidos, Clarinha não escondeu a emoção:
“Estou muito feliz em representar a Câmara Legislativa e o Brasil nesse evento tão importante. Quero mostrar para o mundo que as pessoas com deficiência podem estar em qualquer lugar. Até na ONU!”

Durante a conferência, que reuniu representantes de diversos países, organizações da sociedade civil e autoridades globais, o tema foi claro: ampliar a conscientização pública sobre os direitos e as contribuições das pessoas com deficiência para o desenvolvimento social. Um debate que ganha ainda mais força com histórias como a de Clarinha.

Para o deputado Eduardo Pedrosa, a presença dela na ONU é um marco para a Câmara Legislativa e para o Distrito Federal:
“A trajetória da Clarinha é inspiradora. Ela nos ensina todos os dias sobre dedicação, compromisso e a importância de abrir portas. Sua participação nesse evento internacional reforça que a inclusão precisa ser vivida na prática, dentro e fora das instituições”, destacou.

A autorização para a viagem foi concedida pela presidência da CLDF, após solicitação formal da Federação. Mais do que um encontro diplomático, a experiência de Clarinha é uma verdadeira mensagem de esperança, representatividade e construção de um futuro com mais oportunidades para todos.





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O que as tatuagens provocam no sistema imunológico, segundo cientistas

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Tatuagens são muito mais do que uma expressão estética. Elas desencadeiam uma verdadeira reação do sistema imunológico. Assim que a agulha penetra na pele, o corpo percebe a tinta como uma ameaça, dando início a um processo de defesa que envolve várias células, especialmente os macrófagos.



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Essas células do sistema imunológico são responsáveis por englobar e tentar eliminar substâncias estranhas. Contudo, no caso das tatuagens, elas não conseguem expulsar o pigmento por completo. Quando um macrófago morre, outro assume seu lugar, mantendo o pigmento preso na pele e garantindo que o desenho permaneça.


Leia a notícia completa no portal NSC Total, parceiro do Metrópoles


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Educação de Verdade Começa Pela Escuta: Joaquim Roriz Neto Prioriza o Futuro dos Jovens do DF

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Por Denise Olivera.



"Meu avô sempre dizia: 'É preciso definir prioridades depois de ouvir o povo.'"



Essas palavras de Joaquim Roriz Neto sempre estiveram presentes em sua trajetória política e, principalmente, em seu compromisso com a educação no Distrito Federal. Como deputado distrital, ele tem ouvido atentamente as demandas de professores, famílias e estudantes, buscando identificar as principais necessidades que impactam diretamente o futuro de nossas crianças e jovens.



Foi com base nesse diálogo constante com a comunidade escolar que Roriz Neto priorizou a educação como uma das suas bandeiras mais importantes. Ele sabe que a educação transforma vidas, e que ela é a chave para o progresso e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.



Entre as ações mais importantes que ele tomou para melhorar o acesso e a qualidade do ensino, destacam-se:



  • Indicação de bibliotecas públicas em regiões do Distrito Federal com pouca oferta de acesso à leitura e cultura, proporcionando às crianças e jovens ferramentas para ampliar seu conhecimento e perspectiva de futuro.


  • Solicitação de reformas em escolas que se encontravam em condições precárias, garantindo que os alunos tenham ambientes seguros e adequados para aprender.


  • Ampliação do acesso à internet e à tecnologia nas escolas públicas, preparando os estudantes para os desafios do mundo moderno e promovendo a inclusão digital.



Joaquim Roriz Neto acredita que a educação é a base para um futuro melhor, e que este processo começa com a escuta atenta de quem está na linha de frente da sala de aula. Ele sabe que é preciso mais do que discursos: é necessário agir para transformar a realidade. Por isso, sua atuação se baseia em ouvir, entender e lutar pelas melhorias que realmente impactam o dia a dia da comunidade escolar.



Com mais dignidade, mais oportunidade e mais escuta, a juventude do Distrito Federal tem tudo para ir além, conquistando seus sonhos e superando desafios. A educação é o maior legado que podemos deixar para nossas futuras gerações.



E, como ele sempre diz: "Educação transforma, e começa pela escuta."



Joaquim Roriz Neto
Deputado Distrital







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