Entenda por que perder peso ajuda a amenizar os sintomas da menopausa

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Ondas de calor, transpiração excessiva e suor noturno são alguns dos sintomas vasomotores que atormentam boa parte das mulheres na menopausa. Estudos mostram que eles podem ser ainda mais intensos para aquelas que chegam a essa fase da vida obesas.


“A gente vê uma relação de gravidade dos fogachos com a obesidade e com a obesidade visceral”, afirmou a endocrinologista Cecília Halpern no 21º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, que ocorreu em Belo Horizonte (MG) entre os dias 29 e 31 de maio.


Uma das hipóteses é que o tecido adiposo (a gordura) atue como um isolante térmico, dificultando a dissipação do calor do corpo. Isso faz com que as ondas de calor sejam mais intensas e frequentes nas mulheres com obesidade.


Outra explicação é que, por ser uma doença inflamatória, a obesidade pode interferir nos mecanismos hipotalâmicos de termorregulação, que são muito sensíveis, apontou a médica. Cecília também considera que o tecido adiposo interfere nos hormônios, que sofrem queda da produção com a falência ovariana na menopausa.


Por outro lado, fazer mudanças no estilo de vida e perder peso pode aliviar os sintomas vasomotores da menopausa, ao mesmo tempo que reduz o risco de problemas de saúde.


“Nós devemos incentivar a perda de peso para as mulheres que têm obesidade e não podem fazer a reposição hormonal — e também as que podem, como uma forma de potencializar a melhora dos sintomas clínicos”, afirma Cecília.



Relação entre obesidade e piora dos sintomas da menopausa


Um estudo brasileiro, com mulheres com idades entre 40 e 65 anos de Pindamonhangaba (SP), mostrou que aquelas diagnosticadas com síndromes metabólicas corriam 16% mais risco de ter sintomas vasomotores.


A síndrome metabólica é um conjunto de alterações metabólicas que aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e derrame.


Outra pesquisa feita em Uberlândia (MG) observou que as mulheres com o peso saudável apresentavam sintomas mais leves da menopausa em comparação às que tinham obesidade. As com o índice de massa corporal (IMC) mais baixo também tinham menos episódios de sintomas graves.


Os dados estão alinhados com os resultados de uma pesquisa chinesa que acompanhou a saúde de 400 mulheres ao longo de dez anos. Os autores do estudo observaram que a gravidade dos sintomas vasomotores foi pior nas participantes com maior IMC e gordura visceral.


“Os estudos observacionais e longitudinais mostram que a obesidade piora os sinais da menopausa, enquanto os estudos de intervenção comprovam que o tratamento da obesidade, por outro lado, melhora os sintomas”, conta Cecília.


1 de 7

A menopausa é caracterizada pelo desequilíbrio hormonal no organismo das mulheres

Getty Images
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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento 

BSIP/UIG/Getty Images
3 de 7

O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

Getty Images
4 de 7

As doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheres

Saúde em Dia/ Reprodução
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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

Getty Images
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As ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sono

Getty Images
7 de 7

A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher

Getty Images

 Perder peso ajuda a amenizar os sintomas da menopausa


Além dos fogachos, a perda de peso também reduz significativamente a ocorrência de incontinência urinária, a qualidade do sono e queixas articulares.


“A parte articular é uma queixa muito comum da mulher que passa pela menopausa sem fazer reposição hormonal. Não só a artrose, como também osteoartrite mediada por fatores inflamatórios mais presentes na mulher com obesidade. Nós vemos a melhora do quadro com a perda de peso”, afirmou a endocrinologista.


Para essas mulheres, é indicado seguir uma dieta saudável, rica em fibras e percentual de gordura menor do que 20%. “A intervenção dietética, independentemente da perda de peso, mostra a melhora dos sintomas”, contou Cecília.


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Ondas de calor, transpiração excessiva e suor noturno são alguns dos sintomas vasomotores que atormentam boa parte das mulheres na menopausa. Estudos mostram que eles podem ser ainda mais intensos para aquelas que chegam a essa fase da vida obesas.


“A gente vê uma relação de gravidade dos fogachos com a obesidade e com a obesidade visceral”, afirmou a endocrinologista Cecília Halpern no 21º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, que ocorreu em Belo Horizonte (MG) entre os dias 29 e 31 de maio.


Uma das hipóteses é que o tecido adiposo (a gordura) atue como um isolante térmico, dificultando a dissipação do calor do corpo. Isso faz com que as ondas de calor sejam mais intensas e frequentes nas mulheres com obesidade.


Outra explicação é que, por ser uma doença inflamatória, a obesidade pode interferir nos mecanismos hipotalâmicos de termorregulação, que são muito sensíveis, apontou a médica. Cecília também considera que o tecido adiposo interfere nos hormônios, que sofrem queda da produção com a falência ovariana na menopausa.


Por outro lado, fazer mudanças no estilo de vida e perder peso pode aliviar os sintomas vasomotores da menopausa, ao mesmo tempo que reduz o risco de problemas de saúde.


“Nós devemos incentivar a perda de peso para as mulheres que têm obesidade e não podem fazer a reposição hormonal — e também as que podem, como uma forma de potencializar a melhora dos sintomas clínicos”, afirma Cecília.



Relação entre obesidade e piora dos sintomas da menopausa


Um estudo brasileiro, com mulheres com idades entre 40 e 65 anos de Pindamonhangaba (SP), mostrou que aquelas diagnosticadas com síndromes metabólicas corriam 16% mais risco de ter sintomas vasomotores.


A síndrome metabólica é um conjunto de alterações metabólicas que aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e derrame.


Outra pesquisa feita em Uberlândia (MG) observou que as mulheres com o peso saudável apresentavam sintomas mais leves da menopausa em comparação às que tinham obesidade. As com o índice de massa corporal (IMC) mais baixo também tinham menos episódios de sintomas graves.


Os dados estão alinhados com os resultados de uma pesquisa chinesa que acompanhou a saúde de 400 mulheres ao longo de dez anos. Os autores do estudo observaram que a gravidade dos sintomas vasomotores foi pior nas participantes com maior IMC e gordura visceral.


“Os estudos observacionais e longitudinais mostram que a obesidade piora os sinais da menopausa, enquanto os estudos de intervenção comprovam que o tratamento da obesidade, por outro lado, melhora os sintomas”, conta Cecília.


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A menopausa é caracterizada pelo desequilíbrio hormonal no organismo das mulheres

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento 

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheres

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sono

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A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher

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 Perder peso ajuda a amenizar os sintomas da menopausa


Além dos fogachos, a perda de peso também reduz significativamente a ocorrência de incontinência urinária, a qualidade do sono e queixas articulares.


“A parte articular é uma queixa muito comum da mulher que passa pela menopausa sem fazer reposição hormonal. Não só a artrose, como também osteoartrite mediada por fatores inflamatórios mais presentes na mulher com obesidade. Nós vemos a melhora do quadro com a perda de peso”, afirmou a endocrinologista.


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Dieta imitadora do jejum: o que é, como funciona e os riscos do método

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Ficar sem comer ou beber por horas seguidas é a base do jejum intermitente. A Dieta Imitadora do Jejum (DIJ), no entanto, propõe um caminho diferente e promete os mesmos efeitos metabólicos do jejum tradicional, mas sem que a pessoa precise passar longos períodos em total abstinência alimentar.


A DIJ é um protocolo restritivo feito por alguns dias consecutivos, com foco em redução calórica, pouco consumo de proteínas e carboidratos e predominância de gorduras boas.


O objetivo é induzir o corpo a entrar em um estado semelhante ao do jejum (com ativação da autofagia, melhora da sensibilidade à insulina e outros benefícios metabólicos) mesmo com a ingestão de alimentos.


Segundo o nutricionista Carlos Eduardo Haluch, professor e coordenador da faculdade Uniguaçu, no Paraná, a dieta consiste em um protocolo de cinco dias com alimentos de baixo índice glicêmico e predominância de vegetais com pouco amido, oleaginosas e azeite de oliva.


“A proposta é simular os efeitos do jejum prolongado de forma mais segura e viável para a maioria das pessoas, sem exigir abstinência completa de alimentos”, explica o professor.


A nutricionista Vanessa Costa, que atua em São Paulo, acrescenta que a alimentação durante o protocolo é desenhada para que o corpo “entenda” que está em jejum, mesmo não estando de fato. “A gente reduz calorias por um curto período, com uma alimentação que ativa processos celulares como a autofagia, mas com o mínimo de restrição possível”, esclarece.


Quando a dieta é indicada?


A DIJ tem sido usada como estratégia para quem busca um “reset” metabólico ou quer iniciar um processo de emagrecimento sem adotar jejuns absolutos. Pode ser útil, também, para pessoas que não se adaptam bem ao jejum intermitente tradicional ou têm histórico de compulsão alimentar.


“Costumo indicar a DIJ para quem quer melhorar marcadores inflamatórios ou iniciar uma reeducação alimentar sem impacto comportamental tão alto”, diz Vanessa. Por outro lado, ela não recomenda o protocolo para adolescentes, atletas em treinos intensos ou pessoas com grandes demandas energéticas.



Leia também



Benefícios da dieta


Diversos estudos associam a Dieta Imitadora do Jejum à redução de gordura visceral, melhora de indicadores como glicemia e colesterol e até regeneração celular em alguns contextos. Haluch explica que a dieta ajuda na reeducação do apetite, não causa compulsão e favorece um ambiente metabólico mais eficiente.


“Ela promove benefícios como melhora da pressão arterial, redução de inflamação e, em alguns estudos, foi associada até à redução da idade biológica e à melhora da saúde imunológica”, destaca.


Os efeitos incluem ainda melhora na sensibilidade à insulina, estímulo à queima de gordura e proteção cardiovascular. “A dieta dá um descanso ao sistema digestivo sem comprometer a ingestão de nutrientes essenciais”, afirma Vanessa. Além disso, segundo ela, o protocolo ajuda a reduzir os picos de fome e melhora a relação com a comida.


Riscos e contraindicações


Apesar de parecer mais leve que o jejum absoluto, a DIJ exige cuidados. A redução calórica por dias seguidos pode provocar efeitos colaterais como dor de cabeça, fadiga ou irritabilidade, especialmente nos primeiros ciclos.


Haluch ressalta que a dieta não deve ser adotada por idosos frágeis, gestantes, lactantes, pessoas com baixo peso, histórico de distúrbios alimentares ou doenças crônicas descompensadas. “Como toda intervenção mais restritiva, ela precisa ser ajustada ao contexto clínico de cada pessoa”, alerta.


Vanessa lembra que, embora pareça segura por permitir alimentação durante o processo, a DIJ não é genérica. “Ela pode ser arriscada para quem tem hipoglicemia frequente ou toma certos medicamentos. Precisa ser feita com orientação adequada”, afirma.


Mesmo parecendo simples, toda dieta deve ser feita com orientação profissional. “O sucesso depende do planejamento e do acompanhamento. Um profissional qualificado avalia se a pessoa está apta, orienta o cardápio, interpreta os resultados e planeja o número ideal de ciclos, de acordo com o objetivo”, conclui Haluch.


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Dieta imitadora do jejum: o que é, como funciona e os riscos do método

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Ficar sem comer ou beber por horas seguidas é a base do jejum intermitente. A Dieta Imitadora do Jejum (DIJ), no entanto, propõe um caminho diferente e promete os mesmos efeitos metabólicos do jejum tradicional, mas sem que a pessoa precise passar longos períodos em total abstinência alimentar.


A DIJ é um protocolo restritivo feito por alguns dias consecutivos, com foco em redução calórica, pouco consumo de proteínas e carboidratos e predominância de gorduras boas.


O objetivo é induzir o corpo a entrar em um estado semelhante ao do jejum (com ativação da autofagia, melhora da sensibilidade à insulina e outros benefícios metabólicos) mesmo com a ingestão de alimentos.


Segundo o nutricionista Carlos Eduardo Haluch, professor e coordenador da faculdade Uniguaçu, no Paraná, a dieta consiste em um protocolo de cinco dias com alimentos de baixo índice glicêmico e predominância de vegetais com pouco amido, oleaginosas e azeite de oliva.


“A proposta é simular os efeitos do jejum prolongado de forma mais segura e viável para a maioria das pessoas, sem exigir abstinência completa de alimentos”, explica o professor.


A nutricionista Vanessa Costa, que atua em São Paulo, acrescenta que a alimentação durante o protocolo é desenhada para que o corpo “entenda” que está em jejum, mesmo não estando de fato. “A gente reduz calorias por um curto período, com uma alimentação que ativa processos celulares como a autofagia, mas com o mínimo de restrição possível”, esclarece.


Quando a dieta é indicada?


A DIJ tem sido usada como estratégia para quem busca um “reset” metabólico ou quer iniciar um processo de emagrecimento sem adotar jejuns absolutos. Pode ser útil, também, para pessoas que não se adaptam bem ao jejum intermitente tradicional ou têm histórico de compulsão alimentar.


“Costumo indicar a DIJ para quem quer melhorar marcadores inflamatórios ou iniciar uma reeducação alimentar sem impacto comportamental tão alto”, diz Vanessa. Por outro lado, ela não recomenda o protocolo para adolescentes, atletas em treinos intensos ou pessoas com grandes demandas energéticas.



Leia também



Benefícios da dieta


Diversos estudos associam a Dieta Imitadora do Jejum à redução de gordura visceral, melhora de indicadores como glicemia e colesterol e até regeneração celular em alguns contextos. Haluch explica que a dieta ajuda na reeducação do apetite, não causa compulsão e favorece um ambiente metabólico mais eficiente.


“Ela promove benefícios como melhora da pressão arterial, redução de inflamação e, em alguns estudos, foi associada até à redução da idade biológica e à melhora da saúde imunológica”, destaca.


Os efeitos incluem ainda melhora na sensibilidade à insulina, estímulo à queima de gordura e proteção cardiovascular. “A dieta dá um descanso ao sistema digestivo sem comprometer a ingestão de nutrientes essenciais”, afirma Vanessa. Além disso, segundo ela, o protocolo ajuda a reduzir os picos de fome e melhora a relação com a comida.


Riscos e contraindicações


Apesar de parecer mais leve que o jejum absoluto, a DIJ exige cuidados. A redução calórica por dias seguidos pode provocar efeitos colaterais como dor de cabeça, fadiga ou irritabilidade, especialmente nos primeiros ciclos.


Haluch ressalta que a dieta não deve ser adotada por idosos frágeis, gestantes, lactantes, pessoas com baixo peso, histórico de distúrbios alimentares ou doenças crônicas descompensadas. “Como toda intervenção mais restritiva, ela precisa ser ajustada ao contexto clínico de cada pessoa”, alerta.


Vanessa lembra que, embora pareça segura por permitir alimentação durante o processo, a DIJ não é genérica. “Ela pode ser arriscada para quem tem hipoglicemia frequente ou toma certos medicamentos. Precisa ser feita com orientação adequada”, afirma.


Mesmo parecendo simples, toda dieta deve ser feita com orientação profissional. “O sucesso depende do planejamento e do acompanhamento. Um profissional qualificado avalia se a pessoa está apta, orienta o cardápio, interpreta os resultados e planeja o número ideal de ciclos, de acordo com o objetivo”, conclui Haluch.


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Melhor escolha: qual bebida alcoólica faz menos mal à saúde?

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Mitos como “cerveja não dá ressaca” ou “vinho protege o coração” circulam em bares e festas. Mas a ciência alerta: álcool é sempre álcool. E o consumo traz riscos. Entenda como escolher bebidas e hábitos que reduzem os perigos.


Álcool é álcool: não existe bebida “segura”


“Todas as bebidas alcoólicas possuem a mesma substância, o etanol”, explica o cientista Jürgen Rehm, do Centro de Dependência de Toronto, no Canadá. No corpo, ele vira acetaldeído, que danifica o DNA e pode causar câncer.



Leia também



A epidemiologista Katherine Keyes, de Columbia, nos Estados Unidos, reforça: “O álcool está associado a 7 tipos de câncer”. Quanto maior o teor alcoólico, maior o risco. Isso inclui doenças no fígado, coração e transtornos mentais.


Leia a notícia completa no NSC Total, parceiro do Metrópoles.


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5 dicas para praticar atividade física na gravidez com segurança

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“Me acostumei a viver em alerta”, diz mulher com doença autoimune rara

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A fisioterapeuta Roberta Marques Rodrigues, de 32 anos, está acostumada a encarar a dor de frente, não só pelo ofício, mas também por ser vítima de uma síndrome rara que causa crises frequentes e debilitantes.


Os primeiros sintomas da polirradiculoneuropatia inflamatória axonal crônica (CIDP) apareceram em 2008. A doença autoimune interfere na capacidade dos nervos de operarem corretamente e geralmente tem como gatilhos processos infecciosos de doenças virais e bacterianas, como uma resposta exagerado de defesa do corpo.


Alguns especialistas consideram a CIDP como uma forma crônica da síndrome de Guillain-Barré — que causa fraqueza e, em alguns casos, paralisia —, mas a progressão da doença é diferente. A CIDP tem curso mais lento e prolongado. Os sintomas podem evoluir por semanas, com dormência, fraqueza muscular e formigamentos progressivos.


A maioria dos pacientes percebe inicialmente a sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, nos superiores (mãos e braços). Isso ocorre por que os neurônios que comunicam os membros com o cérebro costumam ser os primeiros afetados.


“Não se sabe porque as células de defesa provocam a inflamação e o ataque às raízes nervosas e ao nervo periférico. A história clínica do paciente — com recorrência ou exames que apontem mais de dois meses de sintomas — é que permite o diagnóstico”, explica o neurologista Diego de Castro, de Vitória (ES).




Sintomas de Guillain Barré e de outras polirradiculoneuropatias



  • Fraqueza muscular progressiva;

  • Dificuldade em respirar nos casos mais graves;

  • Sonolência;

  • Confusão mental;

  • Crises epilépticas;

  • Alteração do nível de consciência;

  • Perda da coordenação muscular;

  • Visão dupla;

  • Fraqueza facial;

  • Tremores;

  • Redução ou perda do tônus muscular.




No caso de Roberta, o diagnóstico de polirradiculoneuropatia inflamatória axonal crônica (CIDP) não foi a primeira sugestão dos médicos. “Me levaram ao hospital achando que era febre amarela ou reação à vacina. Depois disseram que era Guillain-Barré. A mudança de diagnóstico aconteceu quando as crises passaram a se repetir e descartaram doenças como esclerose múltipla, miastenia gravis e esclerose lateral amiotrófica (ELA), até fecharem como CIDP”, lembra ela.


Crises que levam à UTI e à paralisia total


Roberta já enfrentou 10 crises da doença desde que os primeiros sintomas apareceram. A mais recente, que começou em setembro do ano passado, ainda está em curso. Desde então, ela ficou dependente de respiradores, precisou usar cadeiras de roda e andadores. Recentemente, ela tem apresentado melhoras, mas segue em tratamento.


Nas nove crises anteriores, a fisioterapeuta também foi intubada e precisou do suporte de aparelhos para respirara, já que teve a capacidade dos pulmões afetada. Em quatro episódios, ela chegou a ficar completamente incapaz de caminhar e teve de ser internada para reabilitação intensiva, como agora.


“Nessas eu tive que fazer fisioterapia, pois mal mexia o rosto. As outras seis foram variadas, com comprometimentos moderados a leves, onde fiquei na cadeira de rodas ou no andador após sair da UTI e do hospital. Foram diferentes tempos de recuperação”, relata.


As internações ocorreram principalmente após infecções, o que é comum em pessoas com este tipo de comprometimento. “A crise sempre vem após um processo infeccioso ou inflamatório. Já tive após dengue, Covid e infecção de garganta. Sempre fico atenta quando estou doente”, diz.



Diagnóstico precoce evita o agravamento da doença


A fisioterapeuta aprendeu a identificar os primeiros sinais de uma nova crise antes que ela se agrave. Fadiga incomum, contrações musculares involuntárias e reflexos diminuídos são sinais de alertas. “Quando percebo diferença na força, corro para o hospital. Eu sempre tenho que estar atenta”, diz.


O primeiro teste realizado em casos suspeitos é o de reflexos. A ausência ou redução é um dos indicativos de que a inflamação nos nervos periféricos está ativa, exige intervenção imediata.


Efeitos da doença no cotidiano da paciente


Roberta viu sua rotina ser alterada desde os primeiros sintomas. A necessidade de vigilância constante, mesmo durante atividades comuns, impacta a vida pessoal e profissional.


“É limitante. Eu nunca sei quando será a próxima. Já me acostumei a viver em alerta. Qualquer doença pode desencadear a próxima crise”, conta. A recuperação exige paciência.


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A última crise de CIDP começou em setembro de 2024. Desde então, Roberta segue internada

Reprodução/Acervo pessoal
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A doença causa fraqueza e redução da capacidade muscular em diversos níveis

Reprodução/Acervo pessoal
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Nas crises mais graves, Roberta teve que andar de cadeira de rodas e usar respirador mecânico

Reprodução/Acervo pessoal

Síndrome pouco compreendida


A síndrome CIDP é um distúrbio em que o sistema imunológico ataca partes do sistema nervoso. “A história clínica, com recorrência e sintomas por mais de dois meses, permite o diagnóstico. Os pacientes devem manter um tratamento contínuo para evitar recorrência do evento”, afirma o neurologista Diego de Castro.


Diferentes agentes infecciosos são associados ao surgimento do distúrbio. Entre eles estão a bactéria Campylobacter e os vírus da zika, dengue, sarampo e gripe. Vacinas também podem agir como gatilho em pessoas predispostas.


“A síndrome acontece quando os anticorpos atacam os nervos por confusão. O corpo se engana e tenta se defender de algo que parece um invasor e coloca os nervos nesse grupo”, explica o neurologista Márcio Siega, de Brasília.


Segundo Siega, mesmo em casos graves, os pacientes podem recuperar as funções musculares depois da crise, mas o tratamento deve ser imediato. “Quando atinge os músculos da respiração, o risco é maior”, alerta.


Mesmo com tratamento contínuo, não há cura para a CIDP. O objetivo é reduzir as recorrências de crises e preservar as funções neuromusculares com o máximo de independência possível. “Faço tratamento com imunoglobulina, plasmaférese, corticoides e fisioterapia. Agora vou começar a fazer infusão de rituximabe de seis em seis meses. Tenho esperança que as crises serão menos frequentes”, diz.


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Tijolo de maconha? Iniciativa em MG quer aproveitar 100% da cannabis

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Quando se fala em tijolo de maconha, raramente pensamos em um objeto usado para a construção civil, mas essa é uma das aplicações que estão sendo pensadas para aproveitar ao máximo a cannabis. A planta tem sido cultivada no Brasil com maior frequência nos últimos anos para tratar diversos problemas de saúde, de convulsões às dores do câncer.


Um projeto pioneiro da Unidade Embrapii Fibras Florestais, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), quer produzir em escala industrial e aproveitar integralmente a cannabis para fins medicinais e industriais.



Produção de maconha


A iniciativa já clonou mais de 4 mil mudas a partir de apenas 14 sementes. A autorização judicial para o cultivo foi concedida em fevereiro de 2024. Em apenas quatro meses, o grupo desenvolveu um dos maiores jardins clonais de cannabis do mundo.


“Com mais plantas, os medicamentos devem ficar mais baratos e as pessoas com menor renda vão ter acesso aos remédios, que estarão em breve nas prateleiras das farmácias. Teremos benefícios econômicos na ordem de bilhões de reais para o país, além de potencializar o mercado de exportação. O potencial é gigantesco”, explica o professor da UFV Glêison Santos.


Ele pontua que o uso apenas para a produção de medicamentos pode gerar uma quantidade grande de desperdício. “São extraídos o CBD e outros compostos que vêm das flores, representando 15% das plantas. Os outros 85% da biomassa da cannabis, o caule, folhas e raízes, podem ser utilizados na indústria”, completa.


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A Cannabis, também conhecida como planta da maconha, tem origem asiática repleta de polêmicas. Socialmente marginalizada, sob a luz da ciência, no entanto, apresenta potencial medicinal para tratar diversas patologias

iStock
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Segundo especialistas, a cannabis tem substâncias, como os canabinoides, capazes de agir e desencadear reações em diversas áreas do corpo, como o cérebro

seksan Mongkhonkhamsao/ Getty Images
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A cannabis apresenta três espécies: ruderalis, indica e sativa, sendo as duas últimas as mais populares. No caso da sativa, pode-se ainda destacar o canabidiol, que tem efeito relaxante e, por isso, é utilizado com fins terapêuticos

janiecbros/ Getty Images
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Além do canabidiol, na cannabis sativa é possível encontrar tetrahidrocanabidiol, substância com capacidade de gerar sensações de prazer, alívio, euforia, entre outras

wera Rodsawang/ Getty Images
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Na indústria farmacêutica, as propriedades da cannabis podem funcionar como anticonvulsivo, analgésico e sedativo no tratamento de doenças, tais como: epilepsia, esquizofrenia, esclerose múltipla, Parkison e dores intensas

janiecbros/ Getty Images
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Por esses motivos, cada vez mais países têm regulamentado o uso da substância para tratamento de enfermidades, apesar de muitos ainda proibirem a utilização da cannabis para fins recreativos

Francesco Carta fotografo/ Getty Images
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Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Itália, Espanha, Bélgica, Portugal, entre outros países europeus, permitem, com regras próprias, a utilização da maconha para uso medicinal

LauriPatterson/ Getty Images
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Na América Latina, países como Argentina, Uruguai, Colômbia, Jamaica, Equador e México, por exemplo, também liberam a cannabis para fins medicinais e terapêuticos

David Trood/ Getty Images
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Cada estado define as especificidades em torno da utilização da maconha medicinal, mas, no geral, as autorizações funcionam de duas maneiras: permissão apenas para uso terapêutico e medicinal ou liberação também para uso recreativo

Bloomberg Creative/ Getty Images
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No Brasil, a Anvisa permite a importação e o uso da substância em alguns remédios desde 2014. Até então, as plantas ainda precisavam ser trazidas do exterior. No entanto, em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 399/2015, que autorizou o cultivo de Cannabis sativa no Brasil para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais

Esther Kelleter / EyeEm/ Getty Images
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Por aqui, para realizar a compra de medicamentos ou produtos derivados de cannabis (ambos com fins medicinais) é necessário ter prescrição médica. Além disso, é preciso ter condições para adquirir os produtos, uma vez que o valor a ser desembolsado pode alcançar quatro dígitos

Revolu7ion93/ Getty Images

Construção, celulose e sustentabilidade


A meta é zerar o desperdício e maximizar o uso industrial da planta. Na construção civil, por exemplo, os resíduos viram hempcrete — um tipo de tijolo sustentável. “Já há iniciativas de construção que não apenas reduziram o uso de concreto como o substituiram o integralmente por esse material”, diz Glêison.


A fibra da cannabis também produz celulose de alta qualidade, o que pode melhorar a fabricação de papel. O Brasil já lidera esse mercado com eucalipto e pinus. Com o cânhamo e a maconha, o país pode agregar valor à cadeia e ampliar a balança comercial de exportação usando a estrutura já existente.


Produção mineira


O investimento total do projeto chega a R$ 932 mil. O objetivo é estabelecer um novo modelo de cultivo em larga escala, com potencial para exportação a países como China, EUA, Canadá e membros da União Europeia.


“Nos últimos anos, estamos descobrindo aplicações realmente interessantes do ponto de vista médico para a cannabis e precisamos voltar mais nossa atenção a este potencial. Até em pacientes oncológicos, os extratos de cannabis se mostraram extremamente eficazes no manejo dos sintomas da dor e de outros desconfortos como a fadiga e a perda do apetite”, explicou o geriatra Felipe Gusman, chefe dos cuidados paliativos do Hospital Copa Star, em entrevista anterior ao Metrópoles.


O mercado de cannabis medicinal movimentou R$ 399 milhões no Brasil em 2024. A estimativa da consultoria Kaya Mind é de que o setor alcance R$ 860 milhões até 2027, com a entrada de grandes farmacêuticas como Aché, Hypera e Biolab no mercado.


Cerca de 672 mil pacientes brasileiros já utilizam medicamentos à base da planta. O número de prescrições médicas dobrou em 2024 e 69% dos médicos passaram a receitar os extratos, com destaque para especialidades como psiquiatria e neurologia.


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