Militares do Exército começam a combater incêndios no Tocantins

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O combate aos incêndios florestais no Tocantins ganhou o reforço das Forças Armadas. O Exército enviou 190 militares para ajudar o Corpo de Bombeiros, os brigadistas, a Defesa Civil e os órgãos estaduais de meio ambiente na contenção das chamas.

A equipe chegou no sábado (14) e começou a trabalhar neste domingo (15). Os integrantes do Exército estão distribuídos da seguinte forma: em relação aos militares especializados no combate a incêndios, 60 foram para a Ilha do Bananal, principal foco de incêndio no estado; 60 trabalham na região metropolitana da capital, Palmas; e 40 formam um contingente de reserva para reforçar as equipes. Além da equipe especializada, 30 militares dão suporte logístico à operação.

A força-tarefa de combate aos incêndios florestais no estado se reuniu no sábado no 22° Batalhão de Infantaria Mecanizado do Exército, em Palmas. O governo estadual participou do encontro por meio do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil Estadual, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e de outros órgãos envolvidos nos trabalhos.

Neste ano, o fogo consumiu cerca de 250 mil hectares na Ilha do Bananal, reserva da biosfera e uma das áreas de maior biodiversidade do país por ficar numa zona de confluência entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Os ventos fortes e que mudam de direção dificultam o controle das chamas.

A maior preocupação da força-tarefa na Ilha do Bananal neste momento é a Mata do Mamão, habitat de povos indígenas isolados, onde 8 mil hectares foram devastados. A Ilha do Bananal abriga três etnias indígenas.

Outros pontos turísticos do Tocantins foram afetados por incêndios recentes. No período de 4 a 7 de setembro, o Parque Estadual do Jalapão, que abriga as famosas Dunas do Jalapão, ficou fechado por causa do fogo que atingiu cerca de 10 mil hectares na Serra do Espírito Santo. Um dos portais de entrada do parque, a Lagoa da Serra, teve quiosques destruídos pelo fogo, o que forçou a evacuação às pressas de um grupo de turistas de São Paulo.

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Agências do trabalhador têm mais de mil vagas abertas nesta segunda (16); salários chegam a R$ 5 mil

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As agências do trabalhador do Distrito Federal abrem a semana com 1.234 vagas para quem procura um emprego. Há oportunidades para pessoas de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Também há postos exclusivos para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 5 mil.

O cargo com maior salário é o de motorista carreteiro, em Luziânia (GO). São 30 oportunidades para pessoas com ensino médio completo e experiência prévia na função.

Já o posto com mais vagas abertas é o de atendente de lojas, sem local de trabalho fixo. São 70 posições disponíveis. O salário é de R$ 1.522,50. É preciso ter ensino fundamental completo e não é obrigatório ter experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador,  no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Brasil vive terrorismo climático, diz Marina Silva

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste sábado (14), em São Carlos, no interior de São Paulo, que o Brasil vive um terrorismo climático, com pessoas usando as altas temperaturas e a baixa umidade para atear fogo ao país, prejudicando a saúde das pessoas, a biodiversidade e destruindo as florestas. “Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático”, afirmou em entrevista a veículos de comunicação.

Ela ressaltou que é fundamental que todos os agentes públicos que já estão mobilizados continuem agindo, porque há uma intenção por trás dessas ações. Segundo a ministra, apenas dois estados não estão passando por seca. Ela defendeu pena mais rígida para quem comete esse tipo de crime. Atualmente a pena varia de um a quatro anos de prisão.

“Não é possível que diante de uma das maiores secas de toda a história do nosso continente e do país, e com a proibição existente, que as pessoas continuem colocando fogo. Isso causa grande mal à saúde pública, ao meio ambiente, aos nossos sistemas produtivos e só agrava o problema da mudança do clima. Quando você tem uma situação em que sabe que colocar fogo é como se estivesse acionando um barril ou um paiol de pólvora, isso é uma intenção criminosa”, disse.

Marina lembrou que 17 pessoas já foram presas e há 50 inquéritos abertos. Para a ministra, é provável que haja pessoas por trás incentivando os crimes, o que pode ser descoberto com investigações e trabalho de inteligência da Polícia Federal (PF). Ela comparou ainda os incêndios criminosos com a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023.

“Por isso é tão importante o trabalho da PF. É preciso continuar investigando com trabalho de inteligência combinado, porque é aí que vamos poder descobrir de onde vem essa motivação. Eu estou praticamente comparando o que está acontecendo ao dia 8 de janeiro. São pessoas atuando deliberadamente para criar o caos no Brasil, tocando fogo nas florestas e nas atividades produtivas das pessoas”.

A ministra ressaltou que o prejuízo em São Paulo já é de R$ 2 bilhões para os agricultores, principalmente os plantadores de cana-de-açúcar. Segundo ela, já são 900 mil hectares de áreas de agricultura e pecuária queimadas, 1,4 milhão de hectares em área de campo de pastagem e 1 milhão de hectares em áreas florestais.

“Uma floresta úmida não pega fogo, porque o fogo começa e a própria floresta consegue fazer com que se apague. Como já estamos vivendo os efeitos de mudança climática, provavelmente a floresta está perdendo umidade, como dizem os cientistas, e cerca de 32% dos incêndios estão sendo feitos intencionalmente para degradar a própria floresta”, analisou.

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Incêndio de grandes proporções atinge Parque Nacional de Brasília

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Um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Nacional de Brasília desde o fim da manhã deste domingo (15). Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a ocorrência foi recebida às 11h24. Sete caminhões e uma aeronave de asa fixa estão sendo usadas no combate às chamas.

De acordo com os bombeiros, ainda não é possível estimar a área afetada. A corporação, no entanto, confirmou que o incêndio é de grande porte. Vídeos nas redes sociais mostram que as chamas começaram próximo à Estrada Parque indústria e Abastecimento (Epia), entre a Granja do Torto e a Água Mineral.

Brasília, DF 15-09-2024 Um Incendio atingiu o Parque Nacional de Brasília. Bombeiros e populares tentavam conter as chamas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom
Brasília, DF 15-09-2024 Um Incendio atingiu o Parque Nacional de Brasília. Bombeiros e populares tentavam conter as chamas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Brasília – Incêndio atinge o Parque Nacional de Brasília – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom – Agência Brasil

O último grande incêndio no Parque Nacional de Brasília foi registrado em 2022. Na ocasião, o fogo consumiu 7,7 mil hectares, o equivalente a 20% da área. As chamas chegaram perto do reservatório de Santa Maria, o segundo maior do Distrito Federal e que abastece o Plano Piloto, a área central de Brasília.

Há uma semana, o Distrito Federal registrou grande incêndio na Floresta Nacional de Brasília (Flona). Em cinco dias, as chamas consumiram 2.586 hectares, equivalente a 45,85% da unidade de conservação. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi o pior incêndio no local nos últimos dez anos.

*Matéria foi alterada para atualização

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Água da capital é aprovada por 86,6% dos moradores do DF

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A qualidade da água fornecida pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é considerada “ótima” ou “boa” por 86,6% dos moradores do DF. É o que constatou pesquisa realizada pelo Instituto Parolle, que entrevistou presencialmente 3.200 moradores em 21 regiões administrativas entre os dias 20 e 30 de agosto. Quanto ao fornecimento de água e à captação e tratamento de esgoto, 73,7% dos entrevistados avaliaram o serviço como “ótimo” ou “bom”, conforme a pesquisa.

“O resultado da pesquisa demonstra que a política de saneamento do Governo Ibaneis Rocha está no rumo certo e retrata a correta aplicação dos investimentos que a Caesb vem fazendo para levar água da melhor qualidade aos moradores do Distrito Federal”, avaliou Luís Antônio Reis, presidente da companhia. Segundo ele, entre 2019 e 2024 a Caesb vem investindo mais de R$ 1 bilhão para modernizar, ampliar e melhorar os serviços de água e esgoto.

“Os investimentos não param”, garante Reis. “Até 2027, vamos investir mais R$ 2,8 bilhões, isto sem contar outros R$ 390 milhões que iremos investir em cinco anos com recursos que conseguimos junto ao KFW, o banco de desenvolvimento da Alemanha. Esses recursos serão aplicados na modernização das estações de tratamento de esgoto Paranoá, Recanto das Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul”.

A Caesb também investirá os recursos na geração de energia limpa a partir do aproveitamento do biogás produzido pela Estação de Tratamento de Esgoto Sul, conforme Reis. “Dessa forma, além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”, afirmou. Os recursos serão ainda aplicados em equipamentos e obras para reduzir os índices de perdas de água potável.

“Além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”

Luís Antônio Reis, presidente da Caesb

O resultado da pesquisa, de acordo com Reis, também confirma que os serviços de saneamento da Caesb têm contribuído para que Brasília e o Distrito Federal tenham a melhor qualidade de vida do Brasil, conforme atestou o instituto IPS Brasil e o Projeto Acertar do Ministério das Cidades.

Resultados da pesquisa

A pesquisa foi encomendada pela Caesb para avaliar o grau de satisfação dos moradores do DF em relação à qualidade e ao abastecimento de água potável, além da captação e tratamento de esgoto feito pela companhia. O objetivo é identificar problemas e aprimorar os serviços que a empresa oferece aos moradores, conforme Reis.

A consulta foi realizada ao final de agosto, em plena época de seca, quando cai o volume dos mananciais de abastecimento e aumenta o consumo de água potável, subindo de 7% a 10%. Mesmo diante desse cenário, os serviços foram bem avaliados pelos moradores, conforme o Instituto Parolle.

A pesquisa ouviu moradores de ambos os sexos (59,4% mulheres e 40,6% homens), entre 16 e mais de 60 anos de idade, de todos os níveis de renda e de todos os graus de escolaridade. Foram entrevistadas 3.200 pessoas que moram em casa (71,9%) ou em apartamento (28,1%) em 21 das 35 regiões administrativas do DF.

As entrevistas ocorreram nas seguintes cidades: Águas Claras (129 moradores), Candangolândia (64), Ceilândia (364), Estrutural (120), Gama (216), Guará (90), Jardim Botânico (84), Lago Sul (80), Lago Norte (80), Núcleo Bandeirante (124), Paranoá (120), Planaltina (246), Plano Piloto (288), Recanto das Emas (183), Riacho Fundo (90), Samambaia (153), Santa Maria (160), Sobradinho (120), Sobradinho II (153) e Taguatinga (180).

Índices de satisfação

A amostra confirmou dados divulgados anteriormente pela companhia e comprovados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 99,4% dos entrevistados disseram que recebem água da Caesb em suas residências, número que chega a 100% em 18 das 21 cidades pesquisadas. O menor índice foi registrado na Estrutural e em São Sebastião, onde 5% disseram não receber água em casa.

Com relação à qualidade da água, 86,6% consideram “ótima” e “boa” e apenas 2,2% a avaliaram como “ruim”. Nesse item, as cidades com maiores índices de satisfação dos moradores são: Sobradinho II (98%), Águas Claras (95,3%), Sobradinho (95%), Plano Piloto (94,4%) e Guará (93,3%). Apresentaram maior índice de insatisfação os moradores do Jardim Botânico (14,3% consideraram “ruim”), Candangolândia (12,5%) e Estrutural (10%).

Abastecimento

O Instituto Parolle também perguntou aos moradores com qual frequência enfrentam problemas no fornecimento de água da Caesb em suas residências. As respostas foram “nunca” (33%), “raramente” (43%) e “às vezes” (18,8%) enfrentam problemas de abastecimento, num total de 94,8% de avaliações positivas.

Os maiores percentuais de moradores que dizem que “nunca”, “raramente” ou “às vezes” sofrem problemas de abastecimento estão nas seguintes regiões administrativas: Jardim Botânico (100%), Águas Claras (97,7%), Plano Piloto (97,3%), Lago Sul (95%), Lago Norte (95%), Ceilândia (94,2%), Samambaia (94,2%), Candangolândia (93,7%), Taguatinga (93,3%) e Riacho Fundo (93,3%). A Estrutural é a cidade que registra maior índice de moradores que reclamam do abastecimento: 25% dos entrevistados na região.

Rede de esgoto

A pesquisa confirmou, ainda, dados divulgados pela Caesb sobre o número de imóveis residenciais que estão ligados à rede de esgoto da companhia. Segundo o Instituto Parolle, 92,8% dos entrevistados afirmaram que moram em imóveis ligados à rede de esgoto.

As cidades com maiores índices de imóveis beneficiados pelo serviço, segundo os próprios moradores ouvidos, são: Santa Maria (100%), Plano Piloto (98,6%), Ceilândia (98,3%), Samambaia (98%), Sobradinho (97,5%), Recanto das Emas (96,7%), Planaltina (96,3%), Águas Claras (95,3%), Lago Norte (95%), Lago Sul (95%) e Taguatinga (93,3%). O maior percentual de moradores que dizem que suas residências não estão ligadas à rede de esgoto está nas seguintes cidades: Jardim Botânico (61,9%), São Sebastião (12,5%) e Estrutural (12,5%).

*Com informações da Caesb

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Água da capital é aprovada por 86,6% dos moradores do DF

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A qualidade da água fornecida pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é considerada “ótima” ou “boa” por 86,6% dos moradores do DF. É o que constatou pesquisa realizada pelo Instituto Parolle, que entrevistou presencialmente 3.200 moradores em 21 regiões administrativas entre os dias 20 e 30 de agosto. Quanto ao fornecimento de água e à captação e tratamento de esgoto, 73,7% dos entrevistados avaliaram o serviço como “ótimo” ou “bom”, conforme a pesquisa.

“O resultado da pesquisa demonstra que a política de saneamento do Governo Ibaneis Rocha está no rumo certo e retrata a correta aplicação dos investimentos que a Caesb vem fazendo para levar água da melhor qualidade aos moradores do Distrito Federal”, avaliou Luís Antônio Reis, presidente da companhia. Segundo ele, entre 2019 e 2024 a Caesb vem investindo mais de R$ 1 bilhão para modernizar, ampliar e melhorar os serviços de água e esgoto.

Entre 2019 e 2024 a Caesb vem investindo mais de R$ 1 bilhão para modernizar, ampliar e melhorar os serviços de água e esgoto | Foto: Marco Peixoto/ Caesb

“Os investimentos não param”, garante Reis. “Até 2027, vamos investir mais R$ 2,8 bilhões, isto sem contar outros R$ 390 milhões que iremos investir em cinco anos com recursos que conseguimos junto ao KFW, o banco de desenvolvimento da Alemanha. Esses recursos serão aplicados na modernização das estações de tratamento de esgoto Paranoá, Recanto das Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul”.

A Caesb também investirá os recursos na geração de energia limpa a partir do aproveitamento do biogás produzido pela Estação de Tratamento de Esgoto Sul, conforme Reis. “Dessa forma, além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”, afirmou. Os recursos serão ainda aplicados em equipamentos e obras para reduzir os índices de perdas de água potável.

“Além de ampliar e diversificar a fonte energética da companhia, estaremos reduzindo, substancialmente, o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa”

Luís Antônio Reis, presidente da Caesb

O resultado da pesquisa, de acordo com Reis, também confirma que os serviços de saneamento da Caesb têm contribuído para que Brasília e o Distrito Federal tenham a melhor qualidade de vida do Brasil, conforme atestou o instituto IPS Brasil e o Projeto Acertar do Ministério das Cidades.

Resultados da pesquisa

A pesquisa foi encomendada pela Caesb para avaliar o grau de satisfação dos moradores do DF em relação à qualidade e ao abastecimento de água potável, além da captação e tratamento de esgoto feito pela companhia. O objetivo é identificar problemas e aprimorar os serviços que a empresa oferece aos moradores, conforme Reis.

A pesquisa ouviu moradores de ambos os sexos entre 16 e mais de 60 anos de idade, de todos os níveis de renda e de todos os graus de escolaridade | Foto: Cristiano Carvalho/ Caesb

A consulta foi realizada ao final de agosto, em plena época de seca, quando cai o volume dos mananciais de abastecimento e aumenta o consumo de água potável, subindo de 7% a 10%. Mesmo diante desse cenário, os serviços foram bem avaliados pelos moradores, conforme o Instituto Parolle.

A pesquisa ouviu moradores de ambos os sexos (59,4% mulheres e 40,6% homens), entre 16 e mais de 60 anos de idade, de todos os níveis de renda e de todos os graus de escolaridade. Foram entrevistadas 3.200 pessoas que moram em casa (71,9%) ou em apartamento (28,1%) em 21 das 35 regiões administrativas do DF.

As entrevistas ocorreram nas seguintes cidades: Águas Claras (129 moradores), Candangolândia (64), Ceilândia (364), Estrutural (120), Gama (216), Guará (90), Jardim Botânico (84), Lago Sul (80), Lago Norte (80), Núcleo Bandeirante (124), Paranoá (120), Planaltina (246), Plano Piloto (288), Recanto das Emas (183), Riacho Fundo (90), Samambaia (153), Santa Maria (160), Sobradinho (120), Sobradinho II (153) e Taguatinga (180).

Índices de satisfação

99,4%

Entrevistados que disseram receber água da Caesb em suas residências

A amostra confirmou dados divulgados anteriormente pela companhia e comprovados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 99,4% dos entrevistados disseram que recebem água da Caesb em suas residências, número que chega a 100% em 18 das 21 cidades pesquisadas. O menor índice foi registrado na Estrutural e em São Sebastião, onde 5% disseram não receber água em casa.

Com relação à qualidade da água, 86,6% consideram “ótima” e “boa” e apenas 2,2% a avaliaram como “ruim”. Nesse item, as cidades com maiores índices de satisfação dos moradores são: Sobradinho II (98%), Águas Claras (95,3%), Sobradinho (95%), Plano Piloto (94,4%) e Guará (93,3%). Apresentaram maior índice de insatisfação os moradores do Jardim Botânico (14,3% consideraram “ruim”), Candangolândia (12,5%) e Estrutural (10%).

Abastecimento

O Instituto Parolle também perguntou aos moradores com qual frequência enfrentam problemas no fornecimento de água da Caesb em suas residências. As respostas foram “nunca” (33%), “raramente” (43%) e “às vezes” (18,8%) enfrentam problemas de abastecimento, num total de 94,8% de avaliações positivas.

Até 2027, serão investidos mais R$ 2,8 bilhões pela Caesb, isto sem contar outros R$ 390 milhões que virão do banco alemão KFW | Foto: Cristiano Carvalho/ Caesb

Os maiores percentuais de moradores que dizem que “nunca”, “raramente” ou “às vezes” sofrem problemas de abastecimento estão nas seguintes regiões administrativas: Jardim Botânico (100%), Águas Claras (97,7%), Plano Piloto (97,3%), Lago Sul (95%), Lago Norte (95%), Ceilândia (94,2%), Samambaia (94,2%), Candangolândia (93,7%), Taguatinga (93,3%) e Riacho Fundo (93,3%). A Estrutural é a cidade que registra maior índice de moradores que reclamam do abastecimento: 25% dos entrevistados na região.

Rede de esgoto

A pesquisa confirmou, ainda, dados divulgados pela Caesb sobre o número de imóveis residenciais que estão ligados à rede de esgoto da companhia. Segundo o Instituto Parolle, 92,8% dos entrevistados afirmaram que moram em imóveis ligados à rede de esgoto.

As cidades com maiores índices de imóveis beneficiados pelo serviço, segundo os próprios moradores ouvidos, são: Santa Maria (100%), Plano Piloto (98,6%), Ceilândia (98,3%), Samambaia (98%), Sobradinho (97,5%), Recanto das Emas (96,7%), Planaltina (96,3%), Águas Claras (95,3%), Lago Norte (95%), Lago Sul (95%) e Taguatinga (93,3%). O maior percentual de moradores que dizem que suas residências não estão ligadas à rede de esgoto está nas seguintes cidades: Jardim Botânico (61,9%), São Sebastião (12,5%) e Estrutural (12,5%).

*Com informações da Caesb

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Prefeitura de Manaus começa a distribuir ajuda a afetados por seca

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Em estado de emergência, Manaus inicia nesta segunda-feira (16) a primeira fase da Operação Estiagem, com a distribuição de cestas básicas e kits para famílias das comunidades dos Rios Negro e Amazonas que já sentem os efeitos do baixo nível dos rios.

Segundo a prefeitura da capital amazonense, a operação pretende atender mais de 7,7 mil famílias, o que corresponde a cerca de 25 mil pessoas de 93 comunidades ribeirinhas da capital. No primeiro momento, serão atendidas 43 comunidades do Rio Negro, entre o Tarumã Mirim e o Apuaú, com a distribuição de mantimentos e kits de higiene para as famílias. Essas populações receberão 14 mil cestas básicas, 500 mil garrafas de água de 2 litros, 39 mil litros de gasolina e 46 mil litros de diesel.

Além disso, duas unidades de Saúde da Família Fluviais (USFF) ficarão disponíveis na base dos Rios Negro e Amazonas, para atendimento das comunidades. Outras dez unidades rurais, de apoio a essas embarcações de saúde, estão abastecidas com medicamentos e materiais necessários para o pleno funcionamento durante a estiagem.

As escolas municipais dessas localidades, informa a prefeitura de Manaus, também já estão abastecidas com merenda escolar e água, com funcionamento garantido até o fim de setembro, mês em que se encerra o calendário escolar por causa da seca dos rios. Segundo as autoridades municipais, não haverá prejuízo à aprendizagem dos estudantes porque o conteúdo foi ensinado ao longo dos últimos meses, conforme resolução municipal aprovada no fim de junho.

Cota em baixa

Nos últimos 13 dias, a cota do rio Negro baixou mais de três metros de acordo com os dados do monitoramento feito pelo Porto de Manaus. A média de descida tem variado entre 25 e 27 centímetros ao dia.

Nessa sexta-feira (13), a cota atual estava em 16,75 metros. Na mesma data, no ano passado, a cota estava em 20,91 metros. A diferença chega a mais de quatro metros, em relação a 2023, quando foi registrada a pior estiagem em 120 anos. Na ocasião, o nível do rio que banha Manaus chegou a 12,70 metros.

A seca do Rio Negro em 2024 está mudando o cenário da orla de Manaus. Além da seca, o calor intenso atinge a capital. O bloqueio atmosférico e o efeito pré-frontal devem fazer com que os termômetros subam neste fim de semana em Manaus. Na capital, a máxima prevista para domingo (15) é de 39°C, o que igualaria o recorde histórico da cidade observado em 11 de setembro, segundo a Climatempo.

*Com informações de Victor Litaiff – Rádio Encontro das Águas

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Agências do trabalhador têm mais de mil vagas abertas nesta segunda (16); salários chegam a R$ 5 mil

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As agências do trabalhador do Distrito Federal abrem a semana com 1.234 vagas para quem procura um emprego. Há oportunidades para pessoas de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Também há postos exclusivos para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 5 mil.

O cargo com maior salário é o de motorista carreteiro, em Luziânia (GO). São 30 oportunidades para pessoas com ensino médio completo e experiência prévia na função.

Já o posto com mais vagas abertas é o de atendente de lojas, sem local de trabalho fixo. São 70 posições disponíveis. O salário é de R$ 1.522,50. É preciso ter ensino fundamental completo e não é obrigatório ter experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador,  no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Região do Paranoá fica sem energia nesta segunda-feira (16) para instalação de poste

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Nesta segunda-feira (16), um endereço do Paranoá ficará sem energia temporariamente para instalação de um poste. O serviço será executado pela companhia Neoenergia das 11h às 17h, nos quilômetros 02, 2,5, 3,8 e 04 da DF-140.

A interrupção ocorre para garantir a segurança das equipes da companhia de energia elétrica.

Caso o trabalho termine antes do previsto, a rede voltará a ser energizada sem aviso prévio. Além dos desligamentos programados, pode ocorrer de acabar a energia em alguma região, sem comunicação prévia.

Além dos desligamentos programados, pode acabar a energia em outra região do Distrito Federal. Nesse caso, a população deve registrar a ocorrência pelo telefone 116. ‌Clientes com deficiência auditiva e de fala podem acessar o atendimento pelo 0800 701 01 55, desde que utilizem aparelho adaptado.

 

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Governo e setor imobiliário divergem sobre reforma tributária

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Em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária pode sofrer uma nova alteração, que poderá fazer o texto voltar à Câmara. O governo e o setor imobiliário se opõem em torno do novo sistema de tributação sobre a venda de imóveis por empresas.

O projeto estabelece que as vendas de imóveis novos por empresas, chamadas de incorporações, terão uma alíquota reduzida em 40%, o que equivalerá a 16,78% do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). O cálculo considera a alíquota padrão de 27,97% calculada pelo Ministério da Fazenda após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados. As vendas de imóveis por pessoas físicas continuarão não tributadas, como ocorre atualmente.

O setor imobiliário critica as mudanças. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a carga tributária média sobre o segmento está entre 6,4% e 8%. A Cbic e outras entidades do setor, como a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), defendem a elevação do redutor da alíquota padrão de 40% para 60%, o que reduziria a alíquota de IVA para 11,98% e, segundo o setor teria impacto neutro sobre o setor.

A equipe econômica, no entanto, afirma que os 16,78% de alíquota efetiva do texto atual nem sempre refletirão a carga tributária final. Isso porque haverá um redutor social de R$ 100 mil sobre o valor tributado, o que reduzirá o IVA para os imóveis populares.

O Ministério da Fazenda também esclarece que o imposto não incidirá sobre todo o valor do imóvel, mas sobre a diferença entre o custo da venda e o valor do terreno. No caso de compra de vários imóveis para a construção de um prédio, a soma do valor dos imóveis será deduzida do imposto.

As ressalvas não convenceram o setor imobiliário. Em audiência na CAE, no fim de agosto, o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, defendeu não apenas o aumento do redutor, mas um regime de transição que preserve a carga tributária atual para empreendimentos iniciados antes da entrada em vigor do IVA.

Cálculos diferentes

A equipe econômica e o setor divergem nos cálculos dos custos. Segundo o Ministério da Fazenda, o novo sistema tributário reduzirá em 3,5% os custos de um imóvel popular novo (avaliado em R$ 200 mil). No entanto, um imóvel de alto padrão novo de R$ 2 milhões ficará 3,5% mais caro. A pasta ressalta que a reforma pretende instituir a tributação progressiva, diminuindo os tributos para a população mais pobre e elevando para os mais ricos.

As construtoras rebatem o argumento. Segundo a Cbic, o Minha Casa, Minha Vida, cujos imóveis cairão de preço, correspondem a apenas 15% do valor de vendas no mercado imobiliário, apesar de o programa habitacional estar registrando execução recorde.

A Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) apresentou cálculos do IVA a ser pago conforme as faixas de valores dos imóveis. Segundo as projeções, é que a carga tributária aumente nos seguintes percentuais:

•      15,4% maior para imóveis de R$ 240 mil;

•      30,7% maior para imóveis de R$ 500 mil;

•      48,8% maior para imóveis de R$ 1 milhão;

•      51,7% maior para imóveis de R$ 2 milhões;

•      68,7% maior para os loteamentos;

•      55,12% maior nos custos de intermediação de imóveis;

•      58,6% maior nos custos de administração de imóveis;

•      136,22% nas operações de aluguel.

No caso das operações de aluguel, a ABMI pede um redutor de 80% no IVA. Segundo a entidade, uma alíquota de 5,59% garantiria impacto neutro da reforma tributária.

Ganhos de eficiência

O Ministério da Fazenda rebate os argumentos. A equipe econômica ressalta que o novo sistema tributário permitirá o abatimento dos tributos que incidiram sobre os insumos ao longo da cadeia produtiva. Apenas os ganhos das construtoras serão tributados, com a empresa recuperando o crédito do imposto incidente em todas as despesas administrativas, como contador, eletricidade, material de escritório, internet e outras.

O principal argumento, no entanto, diz respeito aos ganhos de eficiência do setor de construção civil. Isso porque a reforma tributária permitirá ao segmento adotar métodos de construção mais eficientes, não utilizadas atualmente porque são mais tributadas. Essas tecnologias também podem ser integralmente deduzidas nos créditos tributários e, segundo a Fazenda, beneficiará os imóveis mais caros.

“Com esse ganho de produtividade, é quase certo que o preço mesmo dos imóveis novos de alto padrão seja reduzido em relação à situação atual. Ou seja, o novo modelo beneficia sobretudo os imóveis populares, mas será positivo também para os imóveis de alto padrão”, ressaltou o ministério em nota emitida em julho.

Consultora internacional especializada em IVA, Melina Rocha ajudou o governo a elaborar o projeto de lei complementar. Na audiência pública na CAE no fim de agosto, ela disse que o setor de aluguéis terá um regime tributário específico. Em relação aos cálculos do setor, ela disse que o governo usou uma amostra mais ampla que a das entidades imobiliárias. “Os cálculos do setor são bem elaborados, mas não refletem a amostra nacional”, declarou na ocasião.

Adiamento

As pressões do setor imobiliário e de outros setores podem provocar o adiamento da regulamentação da reforma tributária. Isso porque o projeto de lei complementar terá de voltar à Câmara, caso o texto seja alterado.

O aumento no redutor, no entanto, poderá trazer um efeito colateral. A ampliação de setores com tratamento especial poderá levar a um novo aumento da alíquota padrão do IVA. Isso porque o benefício para um segmento é compensado pelos demais setores da economia.

A decisão da Câmara dos Deputados de ampliar a lista de produtos isentos da cesta básica fez o Ministério da Fazenda elevar, de 26,5% para 27,97%, a estimativa de alíquota do IVA. Com a decisão, o Brasil passou a ter a maior alíquota do mundo para esse tipo de imposto, superando a da Hungria, que cobra 27%.

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Dia da Democracia: reparação às vítimas da ditadura segue como desafio

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A participação popular nas decisões e regras coletivas é defendida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde sua criação, em outubro de 1945, após a vitória do bloco aliado na Segunda Guerra Mundial. Foram necessários 62 anos para a ONU reconhecer o dia 15 de setembro como Dia Internacional da Democracia, em 2007, em alusão à Declaração Universal da Democracia, assinada dez anos antes em conferência interparlamentar, na cidade do Cairo, no Egito. 

Em 1997, quando o Brasil assinou a Declaração Universal da Democracia, a Constituição do país passava pelo processo de regulamentação, nove anos após a promulgação. A Ditadura Militar, acabada em 1985, ainda era um processo recente e uma memória próxima. O fim do estado de exceção da era Vargas estava a distantes 60 anos, em 1937, e mesmo a proclamação da República tinha pouco mais de um século. 

Na 17ª edição do Dia Internacional da Democracia, comemorado neste domingo (15), especialistas ouvidos pela Agência Brasil chamaram a atenção para a necessidade de manter continuamente ativa a defesa da democracia diante dos riscos experimentados nos últimos anos. O país agora passa por um duro processo de radicalização política e polarização que teve seu auge no pleito de 2017 e esteve perto de ameaçar a continuidade do respeito às urnas, na tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023. 

São Paulo (SP) - Instituto Vladimir Herzog lança campanha para oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia. Foto: Acervo/Instituto Vladimir Herzog
São Paulo (SP) - Instituto Vladimir Herzog lança campanha para oficializar 25 de outubro como dia nacional da democracia. Foto: Acervo/Instituto Vladimir Herzog

Acervo/Instituto Vladimir Herzog

“A democracia brasileira vem sofrendo com ataques sistemáticos e  a violação de sua constituição por parte de setores nada comprometidos com o estado democrático de direito. Isso ficou ainda mais evidente no último governo [de Jair Bolsonaro], e, sobretudo, com os atentados no dia 8 de janeiro de 2023. Se não fosse, justamente, o compromisso e a solidez de algumas das nossas instituições, não estaríamos falando hoje sobre a fragilidade da democracia brasileira, ou, até mesmo como aperfeiçoá-la”, destaca o diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili. 

Segundo ele, a democracia brasileira ainda carece de mecanismos robustos para a promoção de direitos e justiça, que impeçam a impunidade daqueles que atentaram contra o regime democrático no passado. 

“Quando um país não articula seu passado de violência, agindo contra aqueles que atentaram e atentam livremente e abertamente contra o estado democrático de direito, como o Brasil não fez no passado, o que temos é uma cultura de impunidade, que favorece ataques como os que temos visto”, ressalta. 

“Precisamos entender que o passado está sempre à nossa porta e enquanto não agirmos efetivamente, tornaremos a vivenciar episódios de ataques contra a nossa democracia hoje e amanhã”, acrescenta. 

Justiça

A procuradora Regional da República e presidenta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugenia Gonzaga, enfatiza que o Brasil não fez sua Justiça de Transição, após o período da ditadura militar (1964-1985), e que agora paga pelo erro.

“No mundo todo, onde se estuda situações em que houve quebra da legalidade, em que se passou de ditaduras para regimes democráticos, verifica-se que se fez necessário promover a reparação das vítimas, a responsabilização dos autores, dos agentes de segurança que contribuíram para essa situação”, afirma. 

A falta de responsabilização abre caminho para a repetição de novas ações contra a democracia, segundo ela. “O 8 de Janeiro de 2023 tem tudo a ver com esse processo de não revelação da verdade, de omissão, de negação daquilo que aconteceu como golpe. Tem a ver com a impunidade desses autores, com a divulgação da falsa história de que [o golpe de 1964] salvou o país do comunismo”. 

Brasília (DF), 28/08/2024 - Audiência Pública da Comissão de Legislação Participativa - Direitos das vítimas de desaparecimento forçado. Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Brasília (DF), 28/08/2024 - Audiência Pública da Comissão de Legislação Participativa - Direitos das vítimas de desaparecimento forçado. Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga. Bruno Spada/Câmara dos Deputados

“A defesa da democracia infelizmente é um processo muito delicado, muito difícil é por isso que a gente tem que ter instrumentos de combate a essas arbitrariedades e a essas tentativas de se jogar para baixo do tapete as investidas contra a democracia”, acrescenta.

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi reinstalada em julho deste ano pelo presidente Lula, depois de ter sido encerrada em 2022, durante o governo Bolsonaro.

Sessenta anos após o golpe (confira especial), estudos apontam a existência de 144 pessoas desaparecidas na ditadura militar. Existem também casos de pessoas com a morte confirmada pelo Estado, mas com o corpo desaparecido. Entre elas, o estudante de geologia da Universidade de Brasília, Honestino Guimarães, possivelmente morto em 1973 por agentes da ditadura.

Desinformação

Segundo Nilmário Miranda, jornalista e ex-deputado federal, preso político nos anos 1970 e assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a construção de memórias baseadas na verdade é um dos principais pilares da democracia. Esse processo, no entanto, foi colocado em xeque em razão das fake news. 

“Não há democracia com base em Fake News, apropriação e mudança da história. A Democracia só se relaciona com memória verdadeira e com a construção de memórias, por isso a sua manutenção e ações como a Comissão da Verdade vão além dos governos e se relacionam com políticas de Estado”, defende. 

Brasília 27/03/2023 -   O ex ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante ato na Ponte que se chamava Costa e Silva e passou a se chamar Honestino Guimarães na semana de luta pela Democracia, em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos na Ditadura. 
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Brasília 27/03/2023 -   O ex ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante ato na Ponte que se chamava Costa e Silva e passou a se chamar Honestino Guimarães na semana de luta pela Democracia, em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos na Ditadura. 
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante ato na Ponte que se chamava Costa e Silva e passou a se chamar Honestino Guimarães na semana de luta pela Democracia (2023). Joédson Alves/Agência Brasil

“Há uma importância em manter a memória viva e ainda é válido e necessário lembrar o lema da Comissão: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça. Isso tem de estar na vida do país, tem de fazer parte da educação, para evitar algo como o golpe que quase aconteceu em 8 de janeiro”, acrescenta. 

Ele lembra  que na ditadura militar foram 750 parlamentares cassados, mais de 30 mil pessoas relataram algum tipo de tortura e houve 434 mortos e desaparecidos. “Isso tem de ser de conhecimento de todos. Se não, volta, se repete. A História mostra que volta. A verdadeira democracia precisa disso”.

Avanço

Adriano Diogo, geólogo e político, preso político durante a Ditadura Militar, e membro da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, considera que a democracia tem enfrentado um grande desafio na era da comunicação digital. Ele ressalva, no entanto, que o sistema democrático ainda é o mais avançado que existe.

“Estamos em um momento difícil, em que o peso da comunicação digital atrapalha o processo, mas não podemos parar de lutar, de gritar, de disputar e ganhar eleições, que é a única forma de garantir a continuidade da Democracia”.

“Ela pode ter todos os seus problemas, mas é o mais avançado e revolucionário que temos no momento, e o que garante a participação do povo, que é o centro da decisão. É a partir da vontade popular que se constrói gerações”, acrescenta. 

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Jardim Botânico recebe oficina de aquarela com plantas do cerrado

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Uma aula de alquimia com cores ocupou o Salão de Exposição do Centro de Visitantes do Jardim Botânico neste domingo (15). Durante a comemoração da Semana do Cerrado, uma oficina prática aplicada pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo introduziu o uso de plantas do Cerrado para produção de corantes naturais, demonstrando a versatilidade das espécies nativas ao se transformar em pigmentação para aquarela.

O workshop foi baseado no livro de Maibe lançado na última quarta-feira (11), A natureza das cores brasileiras. A obra contou com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), e leva o conhecimento, a riqueza e a diversidade de 100 espécies tintoriais do Brasil. Além disso, a publicação destaca a importância cultural e medicinal destas plantas, resgatando saberes tradicionais e promovendo a sustentabilidade.

Na oficina, Maibe Maroccolo utilizou materiais como casca de romã e urucum para extrair corantes naturais | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

De acordo com a artista, a maioria das plantas utilizadas são popularmente conhecidas, como as cascas de romã, urucum, catuaba, jatobá e o barbatimão – espécies também utilizadas na medicina popular. “A oficina traz um olhar da natureza sob uma outra perspectiva, que vai além da característica do paisagismo do Cerrado e propriedades medicinais, mas também com a beleza das cores”, pontuou.

“A ideia é poder deixar esse conhecimento também para as próximas gerações. Nesse momento a gente está precisando cada vez mais se conectar com a natureza, então desenvolver uma habilidade manual já é uma grande coisa. Com as plantas a gente aprende e aprofunda o potencial da biodiversidade brasileira”, acrescentou a pesquisadora.

“O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte”

Allan Freire Barbosa da Silva, diretor do Jardim Botânico de Brasília

Para o diretor do Jardim Botânico de Brasília, Allan Freire Barbosa da Silva, o curso prático agrega tanto no conhecimento artístico quanto na educação ambiental. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte. A ideia dessa oficina foi justamente ensinar a população a nossa biodiversidade e tudo que pode ser produzido a partir dela, trazendo o cerrado de uma forma mais artística”.

Universo de cores

Com a modificação das cores por meio do uso de reagentes, é possível extrair até dez tonalidades da mesma planta. Uma pitada de sulfato de ferro em uma solução com casca de romã, por exemplo, pode gerar uma cor mais fechada – enquanto outras substâncias como o bicarbonato de sódio podem abrir a coloração.

Sarah Dorneles adorou participar da oficina: “As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo”

Interessada nos nuances das cores naturais, a educadora Sarah Dorneles, 32 anos, participou atenta da oficina e descreveu a beleza das colorações como um processo maravilhoso. Com uma filha pequena em casa que adora colorir, ela já pensa em aplicar os elementos naturais para o desenho.

“É uma pesquisa muito profunda para poder conhecer tantas plantas e descobrir tantas formas de criação. Ver uma possibilidade de criação que eu possa replicar na minha casa e no meu processo criativo é incrível. As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo. Tenho muita admiração pelo trabalho dessa artista brasiliense, ainda mais nesse momento que vivemos com tanta degradação do meio ambiente”.

Para Tiago Ferreira, atividades como essa chamam a atenção “sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui”

Apesar de trabalhar em uma área mais digital, o designer Tiago Ferreira, 37, ressalta que os trabalhos artesanais são um hobby em família. Ele participou da oficina com a esposa e o enteado, conheceu a extração dos pigmentos naturais e reforçou o impacto positivo da oficina na preservação do cerrado.

“Traz para a pauta a atenção sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui. E também o entendimento de que as plantas nativas têm um valor comercial com a tintura, então isso tudo acaba vindo junto da discussão, não morre só na aquarela e vai além”, observou.

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Do DF para o mundo: Centros de línguas são atalhos para vida acadêmica e profissional

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Ferramenta de transformação social e impulsionador de sonhos. É assim que a estudante Cleia Vitória Alves, 18 anos, define a importância dos Centros Interescolares de Línguas (CILs) do Distrito Federal. A jovem concluiu o curso de inglês no CIL Paranoá e, graças ao conhecimento obtido na unidade, foi selecionada para participar do Programa Jovens Embaixadores 2023. A experiência nos Estados Unidos desencadeou novos objetivos para a brasiliense, como o de se tornar diplomata, e a motivou a cursar Língua Francesa no CIL e Literatura na Universidade de Brasília (UnB).

“Cheguei no CIL sem saber nada, nem mesmo me apresentar em inglês, e terminei o curso dominando o idioma e tendo a oportunidade de participar desse programa, que mudou a minha vida. Os professores nos ajudam em tudo – dois deles, inclusive, foram essenciais para a minha candidatura”, afirma Cleia, que também estuda francês no CIL Paranoá.

“Muitos estudantes, assim como eu, não teriam condições de pagar uma escola de idiomas e o CILs, além de serem gratuitos, são nota dez na qualidade do ensino. Hoje sei que existe muita coisa além das fronteiras do Brasil e estou pronta para ir do Paranoá para o mundo.”

A rede de ensino pública do Distrito Federal possui 17 centros interescolares de línguas, dos quais quatro foram inaugurados por este Governo do Distrito Federal (GDF) desde 2019. No primeiro semestre deste ano, mais de 57 mil estudantes foram matriculados nas unidades, ganhando a oportunidade de aprender inglês, espanhol, francês, japonês e alemão com 500 professores proficientes nas línguas. Do total de alunos, cerca de 14 mil são da comunidade.

Inovação

O primeiro espaço de estudo de línguas estrangeiras dedicado à rede pública de ensino do DF foi criado em 14 de janeiro de 1975: o CIL 1 de Brasília. Dez anos depois, surgiu o CIL de Ceilândia, seguido pelo de Taguatinga (1986) e os do Gama e Sobradinho (1987). A partir de 1995, foi criada a segunda unidade de Brasília e a primeira do Guará, Brazlândia, Planaltina, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Samambaia e Santa Maria. Em 2020, o GDF inaugurou as unidades do Riacho Fundo e do Riacho Fundo II, além de ter reformado a de Planaltina, e, em 2021, entregou a de São Sebastião.

A história do ensino de línguas na capital federal foi tema da tese de doutorado da professora Denise Damasco, em que ela analisa a singularidade das unidades educacionais e a importância para a trajetória dos estudantes. Segundo a pesquisadora, o modelo implementado na capital brasileira era inovador para o restante do país, tendo em vista a complementaridade com o ensino regular. “O centro surgiu com o modelo de tributariedade, em que os estudantes tinham aulas de idiomas apenas nos equipamentos, sem a promoção do conteúdo nas escolas regulares”, explica.

Apesar de o primeiro centro ter sido criado 15 anos após a inauguração da cidade, ela revela que o ímpeto por estudar idiomas sempre esteve presente em Brasília. “Observamos que a história de Brasília é marcada pela necessidade do conhecimento de outras línguas. Antes mesmo de a capital ser inaugurada, em 1959, já havia a pedra fundamental da língua francesa, na Asa Sul. Depois, vieram as associações diplomáticas, em 1970, que insistiam para que aqui tivesse o ensino de línguas”, salienta.

Denise foi estudante de inglês e francês no CIL 1 de Brasília até o final da década de 1970 e, em 1990, retornou para atuar como docente. Em 2002, assumiu a direção da unidade, permanecendo na função por quatro anos. Atualmente, é docente de francês na UnB. Durante a trajetória, ela presenciou o poder de mudança do ensino gratuito de idiomas, que permite que os estudantes sonhem com caminhos e possibilidades até então desconhecidas.

“Os centros de línguas são instituições de muita qualidade, muita troca. São espaços com menos estudantes por sala, permitindo que o professor possa focar no aprendizado de cada aluno, trabalhando questões particulares”, aponta. “Os estudantes chegam, às vezes, sem entender a dimensão do que o estudo de línguas pode representar. Muitos são os primeiros da família a ter acesso a uma língua estrangeira.”

A tributariedade deixou de vigorar na década de 2010. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEDF), a retomada do modelo está sendo estudada por meio de um projeto piloto em duas escolas com ensino integral no Plano Piloto – o Centro de Ensino Fundamental Caseb e o Centro de Ensino Fundamental 2 – junto ao CIL 1 de Brasília.

A diretora de Educação em Tempo Integral da SEE, Érica Soares Martins Queiroz, explica que o DF foi a primeira unidade da Federação a criar unidades educacionais voltadas ao ensino público de línguas. “Os nossos CILs são premiados anualmente pelas embaixadas e promovem um ensino de qualidade para os nossos alunos, que podem estudar mais do que só gramática e escrita, com foco na proficiência e valorizam o aspecto cultural do ensino.”

Os equipamentos são coordenados pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) da Secretaria de Educação. “Os centros de línguas têm autonomia dentro da gestão democrática para proporem projetos pedagógicos que beneficiem o aprendizado e o aperfeiçoamento dos alunos, orientados por diretrizes da secretaria”, esclarece Queiroz.

Conquistas

Recentemente, o CIL de Samambaia recebeu um prêmio do governo da Espanha pelas boas práticas desenvolvidas com o ensino do espanhol, conquistando o segundo lugar da categoria Centros de Línguas na edição de 2023 do concurso Colegio del Año en Español.

Já o CIL do Guará desenvolve um projeto para ensinar português para pessoas de outras nacionalidades que moram no DF e desejam aprender o idioma. O conteúdo envolve língua, cultura e cidadania, respeitando as crenças e os hábitos de cada estudante e trabalhando temas como direitos humanos e o Sistema Único de Saúde (SUS). O curso é no formato híbrido, com aulas online e presencial, e deve ser replicado em outras unidades.

Participe

As inscrições para os Centros Interescolares de Línguas são realizadas no primeiro e no segundo semestres de cada ano e todo o processo é feito online, com sorteio dos inscritos. Os alunos da rede pública do DF têm prioridade nas vagas, mas as remanescentes são abertas à comunidade. Os períodos de inscrição e prazos de matrícula são divulgados no site da Secretaria de Educação.

*Colaborou Jak Spies

15/09/2024 - Do DF para o mundo: Centros de línguas são atalhos para vida acadêmica e profissional

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Do DF para o mundo: Centros de línguas são atalhos para vida acadêmica e profissional

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Ferramenta de transformação social e impulsionador de sonhos. É assim que a estudante Cleia Vitória Alves, 18 anos, define a importância dos Centros Interescolares de Línguas (CILs) do Distrito Federal. A jovem concluiu o curso de inglês no CIL Paranoá e, graças ao conhecimento obtido na unidade, foi selecionada para participar do Programa Jovens Embaixadores 2023. A experiência nos Estados Unidos desencadeou novos objetivos para a brasiliense, como o de se tornar diplomata, e a motivou a cursar Língua Francesa no CIL e Literatura na Universidade de Brasília (UnB).

“Cheguei no CIL sem saber nada, nem mesmo me apresentar em inglês, e terminei o curso dominando o idioma e tendo a oportunidade de participar desse programa, que mudou a minha vida. Os professores nos ajudam em tudo – dois deles, inclusive, foram essenciais para a minha candidatura”, afirma Cleia, que também estuda francês no CIL Paranoá.

Cleia Vitória Alves: “Muitos estudantes, assim como eu, não teriam condições de pagar uma escola de idiomas e o CILs, além de serem gratuitos, são nota dez na qualidade do ensino” | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

“Muitos estudantes, assim como eu, não teriam condições de pagar uma escola de idiomas e o CILs, além de serem gratuitos, são nota dez na qualidade do ensino. Hoje sei que existe muita coisa além das fronteiras do Brasil e estou pronta para ir do Paranoá para o mundo.”

A rede de ensino pública do Distrito Federal possui 17 centros interescolares de línguas, dos quais quatro foram inaugurados por este Governo do Distrito Federal (GDF) desde 2019. No primeiro semestre deste ano, mais de 57 mil estudantes foram matriculados nas unidades, ganhando a oportunidade de aprender inglês, espanhol, francês, japonês e alemão com 500 professores proficientes nas línguas. Do total de alunos, cerca de 14 mil são da comunidade.

Inovação

17

Número de CILs atualmente no DF

O primeiro espaço de estudo de línguas estrangeiras dedicado à rede pública de ensino do DF foi criado em 14 de janeiro de 1975: o CIL 1 de Brasília. Dez anos depois, surgiu o CIL de Ceilândia, seguido pelo de Taguatinga (1986) e os do Gama e Sobradinho (1987). A partir de 1995, foi criada a segunda unidade de Brasília e a primeira do Guará, Brazlândia, Planaltina, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Samambaia e Santa Maria. Em 2020, o GDF inaugurou as unidades do Riacho Fundo e do Riacho Fundo II, além de ter reformado a de Planaltina, e, em 2021, entregou a de São Sebastião.

A história do ensino de línguas na capital federal foi tema da tese de doutorado da professora Denise Damasco, em que ela analisa a singularidade das unidades educacionais e a importância para a trajetória dos estudantes. Segundo a pesquisadora, o modelo implementado na capital brasileira era inovador para o restante do país, tendo em vista a complementaridade com o ensino regular. “O centro surgiu com o modelo de tributariedade, em que os estudantes tinham aulas de idiomas apenas nos equipamentos, sem a promoção do conteúdo nas escolas regulares”, explica.

Apesar de o primeiro centro ter sido criado 15 anos após a inauguração da cidade, ela revela que o ímpeto por estudar idiomas sempre esteve presente em Brasília. “Observamos que a história de Brasília é marcada pela necessidade do conhecimento de outras línguas. Antes mesmo de a capital ser inaugurada, em 1959, já havia a pedra fundamental da língua francesa, na Asa Sul. Depois, vieram as associações diplomáticas, em 1970, que insistiam para que aqui tivesse o ensino de línguas”, salienta.

“A história de Brasília é marcada pela necessidade do conhecimento de outras línguas. Antes mesmo de a capital ser inaugurada, em 1959, já havia a pedra fundamental da língua francesa, na Asa Sul”

Denise Damasco, professora da UnB

Denise foi estudante de inglês e francês no CIL 1 de Brasília até o final da década de 1970 e, em 1990, retornou para atuar como docente. Em 2002, assumiu a direção da unidade, permanecendo na função por quatro anos. Atualmente, é docente de francês na UnB. Durante a trajetória, ela presenciou o poder de mudança do ensino gratuito de idiomas, que permite que os estudantes sonhem com caminhos e possibilidades até então desconhecidas.

“Os centros de línguas são instituições de muita qualidade, muita troca. São espaços com menos estudantes por sala, permitindo que o professor possa focar no aprendizado de cada aluno, trabalhando questões particulares”, aponta. “Os estudantes chegam, às vezes, sem entender a dimensão do que o estudo de línguas pode representar. Muitos são os primeiros da família a ter acesso a uma língua estrangeira.”

A tributariedade deixou de vigorar na década de 2010. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEDF), a retomada do modelo está sendo estudada por meio de um projeto piloto em duas escolas com ensino integral no Plano Piloto – o Centro de Ensino Fundamental Caseb e o Centro de Ensino Fundamental 2 – junto ao CIL 1 de Brasília.

A excelência dos CILs do DF é reconhecida nacionalmente

A diretora de Educação em Tempo Integral da SEE, Érica Soares Martins Queiroz, explica que o DF foi a primeira unidade da Federação a criar unidades educacionais voltadas ao ensino público de línguas. “Os nossos CILs são premiados anualmente pelas embaixadas e promovem um ensino de qualidade para os nossos alunos, que podem estudar mais do que só gramática e escrita, com foco na proficiência e valorizam o aspecto cultural do ensino.”

Os equipamentos são coordenados pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) da Secretaria de Educação. “Os centros de línguas têm autonomia dentro da gestão democrática para proporem projetos pedagógicos que beneficiem o aprendizado e o aperfeiçoamento dos alunos, orientados por diretrizes da secretaria”, esclarece Queiroz.

Conquistas

Recentemente, o CIL de Samambaia recebeu um prêmio do governo da Espanha pelas boas práticas desenvolvidas com o ensino do espanhol, conquistando o segundo lugar da categoria Centros de Línguas na edição de 2023 do concurso Colegio del Año en Español.

Já o CIL do Guará desenvolve um projeto para ensinar português para pessoas de outras nacionalidades que moram no DF e desejam aprender o idioma. O conteúdo envolve língua, cultura e cidadania, respeitando as crenças e os hábitos de cada estudante e trabalhando temas como direitos humanos e o Sistema Único de Saúde (SUS). O curso é no formato híbrido, com aulas online e presencial, e deve ser replicado em outras unidades.

Participe

As inscrições para os Centros Interescolares de Línguas são realizadas no primeiro e no segundo semestres de cada ano e todo o processo é feito online, com sorteio dos inscritos. Os alunos da rede pública do DF têm prioridade nas vagas, mas as remanescentes são abertas à comunidade. Os períodos de inscrição e prazos de matrícula são divulgados no site da Secretaria de Educação.

*Colaborou Jak Spies

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Mega-sena acumula e prêmio vai a R$ 82 milhões

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O sorteio da mega-sena deste sábado (14) não teve bilhete premiado. Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2774.

O números sorteados foram: 06 – 16 – 22 – 24 – 38 – 50.

Sessenta e seis apostas acertaram cinco dezenas. Cada uma delas vai ganhar R$ 60.519,72.

Outros 4.967 acertadores fizeram quatro dezenas e levam R$ 1.148,81 cada.

A aposta mínima da Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser feita nas lotéricas de todo o país ou pela internet, no site da Caixa, até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio.

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Período de seca exige cuidados extras com pets

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A baixa umidade provocada pela seca pode afetar de forma significativa a saúde dos animais de estimação, como gatos e cachorros. O tempo seco pode irritar as vias respiratórias dos pets, causando desconforto e, em alguns casos, complicações mais sérias. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais e adotar medidas preventivas para garantir o bem-estar dos pets durante esses períodos.

Especialmente durante a seca, é preciso redobrar os cuidados com cães, gatos e demais animais domésticos, que podem ser diretamente afetados pela baixa umidade do ar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“É bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima”

Mariana Rezende, veterinária da Sema-DF

A veterinária Mariana Rezende, da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema-DF), explica que a umidade baixa resseca as mucosas das vias respiratórias dos animais, tornando-os mais vulneráveis a infecções respiratórias. Além disso, o ar mais quente e seco pode agravar condições pré-existentes e contribuir para o desenvolvimento de irritações na pele.

Para proteger os pets, o uso de umidificadores é uma recomendação eficaz. Esses equipamentos ajudam a manter um nível de umidade que reduz a secura das vias respiratórias.

Umidificadores

“É preciso aspirar o ambiente frequentemente e usar um pano úmido para limpar superfícies para reduzir a poeira”, recomenda Mariana. “Também é bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima.”

Segundo a veterinária, os sinais de problemas respiratórios incluem tosse persistente, espirros frequentes, dificuldade para respirar e narinas secas ou irritadas. Já distúrbios dermatológicos, como pele seca e escamosa, coceira intensa e lesões, são comuns durante a seca. Para proteger os pets, Mariana recomenda a adoção de diversas estratégias além do uso de umidificadores.

“É importante manter a pele do animal bem-hidratada,” orienta. “O uso de xampus hidratantes e a aplicação de produtos específicos para cuidados com a pele podem ajudar a minimizar esses problemas.” 

Mas atenção: esses cuidados não exigem que você aumente o número de banhos do seu pet.

Alimentação e hidratação

Na dieta dos pets, frutas com alto teor de água, como melancia e maçã, também são uma boa dica para refrescar os animais. É preciso, porém, evitar frutas tóxicas, como uvas e abacate. O iogurte não é recomendável em caso de intolerância à lactose – nessa situação, vale optar por frutas congeladas ou água como alternativa refrescante.

“Outra boa medida a ser adotada é oferecer ração úmida e alimentos ricos em água, além de manter água fresca disponível constantemente”, lembra a veterinária. “Cubos de gelo e caldo sem sal também podem ser úteis para tornar a água mais atraente.”

Atendimento gratuito

Hvep tem atendimento veterinário gratuito | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A consulta com um veterinário é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos animais domésticos. Para os brasilienses que buscam suporte para a saúde de seus pets, a Sema-DF oferece atendimento veterinário gratuito no Hospital Veterinário Público (Hvep), em Taguatinga, próximo ao Parque Lago do Cortado, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

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