Ações do GDF garantem pescado seguro e de qualidade para população

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Protagonista dos almoços da Semana Santa em centenas de residências brasilienses, o pescado produzido no Distrito Federal passa por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores. As ações são intensificadas neste período do ano, devido ao aumento da demanda, e incluem desde projetos de acompanhamento técnico para desenvolvimento sustentável ao fornecimento de alevinos para produtores, passando pela vigilância sobre os critérios de qualidade.


Os pescados produzidos no DF passam por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores; ações incluem acompanhamento técnico e vigilância | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília


O apoio técnico é promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) com o Programa de Aquicultura. “O objetivo é desenvolver a produção de peixes no DF, oferecendo uma nova possibilidade de atividade nas propriedades rurais. Atuamos desde a regularização legal até a comercialização do pescado, passando pela capacitação dos produtores e assistência técnica especializada”, afirma o responsável pela iniciativa, Adalmyr Borges.


Segundo o Informativo da Produção Agropecuária da Emater-DF, atualmente, o Quadradinho conta com 919 piscicultores ativos com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes. “O nosso trabalho é ajudar o produtor a desenvolver uma nova atividade na propriedade, com segurança e viabilidade econômica. Atuamos desde a regularização ambiental e outorga do uso da água até a capacitação em boas práticas de produção e comercialização do pescado”, explica Borges.



Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação



Dois projetos compõem o Programa de Aquicultura. O Aqua+ visa o uso racional dos recursos hídricos por meio da adoção de tecnologias que aumentam a produtividade. Com as técnicas aplicadas, é possível produzir de 15 a 30 vezes mais peixes com a mesma quantidade de água. Já o ProAqua foca no acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades para orientar os produtores sobre boas práticas de manejo, sanidade, qualidade da água e gestão financeira da atividade aquícola.


Interessados em participar devem procurar um dos escritórios locais da Emater-DF para que sejam avaliadas as condições da propriedade e, se for o caso, iniciado o acompanhamento. Além do suporte no campo, a Emater-DF mantém uma unidade demonstrativa de produção intensiva de peixes, disponível em sua sede. O espaço é utilizado para apresentar novas tecnologias aos produtores, como o sistema de recirculação de água, biofloco, integração com produção vegetal, uso de energia fotovoltaica e sensores inteligentes para o controle da qualidade da água.


De acordo com a Emater-DF, o Distrito Federal conta com 919 piscicultores ativos, com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes


Cardápio especial


O período da Semana Santa, quando o consumo de peixe se intensifica, é o momento mais aguardado pelos piscicultores. “É quando ocorre a maior concentração de vendas do ano. A procura cresce, os preços são melhores e isso tem animado os produtores a expandirem suas áreas e apostarem ainda mais na atividade”, reforça Adalmyr Borges.


Para que os almoços sejam especiais e seguros, a aposentada Tânia Maria Farias, 64 anos, fica de olho nas condições dos frutos do mar. “Estou acostumada a comer corvina, pescada-amarela, geralmente peixes com escama. Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado. Se estiver ruim, peço para trocar”, diz ela, que há décadas escolhe a Feira do Guará para adquirir os alimentos.


A aposentada Tânia Maria Farias dá dicas de como escolher o pescado: “Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado”


O lugar também foi escolhido pelo empresário Cleuber Sousa, 43, para as compras do feriado de Páscoa. “Tem peixarias que a gente confia mais por saber que são certinhas. Reparo sempre se o peixe está fresco, o cheiro, a cor – não pode estar escuro –, esse tipo de coisa”, conta ele, que elogiou a atuação do GDF. “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares. O benefício para o consumidor é enorme, porque está protegendo a saúde dele”.


As celebrações da Semana Santa são destaque na demanda comercial por frutos do mar. “O fluxo de pessoas aumenta muito, principalmente na véspera da Sexta-feira Santa, e a maior procura é por peixes para fazer assado e cozido”, comenta o gerente de uma peixaria na Feira do Guará, Leandro Braga, 39. O estabelecimento comercializa espécies produzidas no Quadradinho, como pintado, tambaqui e tilápia: “Compramos com vários produtores. Tem uma fiscalização bem rígida que é para manter a qualidade mesmo”.


O empresário Cleuber Sousa elogia a atuação do GDF no controle dos pescados produzidos no Distrito Federal: “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares”


Certificação


A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) desempenha papel estratégico no fortalecimento da piscicultura local. A Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) mantém uma série de normas e procedimentos rigorosos na fiscalização dos produtores, e exige o registro no Serviço de Inspeção Distrital (CID) para a comercialização.


Segundo a gerente de Inspeção da Seagri-DF, Cristiane Cursi, apenas produtos devidamente inspecionados e identificados com o selo redondo do CID podem ser comercializados. “As agroindústrias passam por inspeções regulares feitas por equipes multiprofissionais, com predominância de médicos veterinários. O foco é garantir a identidade, qualidade e segurança dos pescados”, explica.



Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação e a conformidade dos rótulos com o conteúdo das embalagens. Exames laboratoriais, inclusive para verificação da espécie declarada, ajudam a evitar fraudes econômicas – como a venda de uma espécie mais barata como se fosse outra de maior valor.


A inspeção também busca prevenir riscos à saúde pública, como infecções alimentares, intoxicações e reações alérgicas. “Analisamos desde a higiene dos colaboradores até a temperatura de conservação do pescado, além de realizar exames microbiológicos, físico-químicos e visuais, como a detecção de parasitas”, acrescenta Cursi.


No caso de irregularidades, a legislação distrital prevê diferentes níveis de punição, que vão desde advertências até a interdição de estabelecimentos. “As sanções variam de acordo com a gravidade da infração e o risco à saúde pública. No entanto, sempre que possível, priorizamos a orientação e a educação sanitária dos produtores”, destaca a gerente.


O Programa de Aquicultura da Emater-DF oferece qualificação para o uso racional dos recursos hídricos e acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades


Além disso, o produtor não pode vender os pescados diretamente às peixarias: todo peixe deve passar por um entreposto de pescado devidamente registrado nos órgãos de fiscalização, como a Dipova ou o Serviço de Inspeção Federal (SIF). A medida garante rastreabilidade, a qualidade sanitária e o cumprimento das exigências legais.


De acordo com a gerente, todo esse trabalho tem como resultado direto a entrega de um alimento seguro e de qualidade para o consumidor. “Você vai ter um alimento que foi produzido – desde o campo até a mesa do consumidor – dentro dos padrões higiênicos e sanitários. É um alimento que não representa risco, que não vai causar infecção, intoxicação ou transmitir zoonoses. Além disso, trabalhamos também com a perspectiva da defesa do consumidor, garantindo que ele não seja prejudicado em nenhum aspecto”, ressalta.


Outro esforço da Seagri-DF no ramo da piscicultura é o fornecimento de alevinos (filhotes de peixes) desenvolvidos pela Granja Modelo do Ipê aos cidadãos. Em 2024, foram comercializados 195.700 alevinos para 68 piscicultores. Até março de 2025, mais 73.530 foram repassados a 28 produtores.


17/04/2025 - Ações do GDF garantem pescado seguro e de qualidade para população










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Ações do GDF garantem pescado seguro e de qualidade para população

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Protagonista dos almoços da Semana Santa em centenas de residências brasilienses, o pescado produzido no Distrito Federal passa por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores. As ações são intensificadas neste período do ano, devido ao aumento da demanda, e incluem desde projetos de acompanhamento técnico para desenvolvimento sustentável ao fornecimento de alevinos para produtores, passando pela vigilância sobre os critérios de qualidade.


Os pescados produzidos no DF passam por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores; ações incluem acompanhamento técnico e vigilância | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília


O apoio técnico é promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) com o Programa de Aquicultura. “O objetivo é desenvolver a produção de peixes no DF, oferecendo uma nova possibilidade de atividade nas propriedades rurais. Atuamos desde a regularização legal até a comercialização do pescado, passando pela capacitação dos produtores e assistência técnica especializada”, afirma o responsável pela iniciativa, Adalmyr Borges.


Segundo o Informativo da Produção Agropecuária da Emater-DF, atualmente, o Quadradinho conta com 919 piscicultores ativos com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes. “O nosso trabalho é ajudar o produtor a desenvolver uma nova atividade na propriedade, com segurança e viabilidade econômica. Atuamos desde a regularização ambiental e outorga do uso da água até a capacitação em boas práticas de produção e comercialização do pescado”, explica Borges.



Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação



Dois projetos compõem o Programa de Aquicultura. O Aqua+ visa o uso racional dos recursos hídricos por meio da adoção de tecnologias que aumentam a produtividade. Com as técnicas aplicadas, é possível produzir de 15 a 30 vezes mais peixes com a mesma quantidade de água. Já o ProAqua foca no acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades para orientar os produtores sobre boas práticas de manejo, sanidade, qualidade da água e gestão financeira da atividade aquícola.


Interessados em participar devem procurar um dos escritórios locais da Emater-DF para que sejam avaliadas as condições da propriedade e, se for o caso, iniciado o acompanhamento. Além do suporte no campo, a Emater-DF mantém uma unidade demonstrativa de produção intensiva de peixes, disponível em sua sede. O espaço é utilizado para apresentar novas tecnologias aos produtores, como o sistema de recirculação de água, biofloco, integração com produção vegetal, uso de energia fotovoltaica e sensores inteligentes para o controle da qualidade da água.


De acordo com a Emater-DF, o Distrito Federal conta com 919 piscicultores ativos, com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes


Cardápio especial


O período da Semana Santa, quando o consumo de peixe se intensifica, é o momento mais aguardado pelos piscicultores. “É quando ocorre a maior concentração de vendas do ano. A procura cresce, os preços são melhores e isso tem animado os produtores a expandirem suas áreas e apostarem ainda mais na atividade”, reforça Adalmyr Borges.


Para que os almoços sejam especiais e seguros, a aposentada Tânia Maria Farias, 64 anos, fica de olho nas condições dos frutos do mar. “Estou acostumada a comer corvina, pescada-amarela, geralmente peixes com escama. Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado. Se estiver ruim, peço para trocar”, diz ela, que há décadas escolhe a Feira do Guará para adquirir os alimentos.


A aposentada Tânia Maria Farias dá dicas de como escolher o pescado: “Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado”


O lugar também foi escolhido pelo empresário Cleuber Sousa, 43, para as compras do feriado de Páscoa. “Tem peixarias que a gente confia mais por saber que são certinhas. Reparo sempre se o peixe está fresco, o cheiro, a cor – não pode estar escuro –, esse tipo de coisa”, conta ele, que elogiou a atuação do GDF. “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares. O benefício para o consumidor é enorme, porque está protegendo a saúde dele”.


As celebrações da Semana Santa são destaque na demanda comercial por frutos do mar. “O fluxo de pessoas aumenta muito, principalmente na véspera da Sexta-feira Santa, e a maior procura é por peixes para fazer assado e cozido”, comenta o gerente de uma peixaria na Feira do Guará, Leandro Braga, 39. O estabelecimento comercializa espécies produzidas no Quadradinho, como pintado, tambaqui e tilápia: “Compramos com vários produtores. Tem uma fiscalização bem rígida que é para manter a qualidade mesmo”.


O empresário Cleuber Sousa elogia a atuação do GDF no controle dos pescados produzidos no Distrito Federal: “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares”


Certificação


A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) desempenha papel estratégico no fortalecimento da piscicultura local. A Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) mantém uma série de normas e procedimentos rigorosos na fiscalização dos produtores, e exige o registro no Serviço de Inspeção Distrital (CID) para a comercialização.


Segundo a gerente de Inspeção da Seagri-DF, Cristiane Cursi, apenas produtos devidamente inspecionados e identificados com o selo redondo do CID podem ser comercializados. “As agroindústrias passam por inspeções regulares feitas por equipes multiprofissionais, com predominância de médicos veterinários. O foco é garantir a identidade, qualidade e segurança dos pescados”, explica.



Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação e a conformidade dos rótulos com o conteúdo das embalagens. Exames laboratoriais, inclusive para verificação da espécie declarada, ajudam a evitar fraudes econômicas – como a venda de uma espécie mais barata como se fosse outra de maior valor.


A inspeção também busca prevenir riscos à saúde pública, como infecções alimentares, intoxicações e reações alérgicas. “Analisamos desde a higiene dos colaboradores até a temperatura de conservação do pescado, além de realizar exames microbiológicos, físico-químicos e visuais, como a detecção de parasitas”, acrescenta Cursi.


No caso de irregularidades, a legislação distrital prevê diferentes níveis de punição, que vão desde advertências até a interdição de estabelecimentos. “As sanções variam de acordo com a gravidade da infração e o risco à saúde pública. No entanto, sempre que possível, priorizamos a orientação e a educação sanitária dos produtores”, destaca a gerente.


O Programa de Aquicultura da Emater-DF oferece qualificação para o uso racional dos recursos hídricos e acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades


Além disso, o produtor não pode vender os pescados diretamente às peixarias: todo peixe deve passar por um entreposto de pescado devidamente registrado nos órgãos de fiscalização, como a Dipova ou o Serviço de Inspeção Federal (SIF). A medida garante rastreabilidade, a qualidade sanitária e o cumprimento das exigências legais.


De acordo com a gerente, todo esse trabalho tem como resultado direto a entrega de um alimento seguro e de qualidade para o consumidor. “Você vai ter um alimento que foi produzido – desde o campo até a mesa do consumidor – dentro dos padrões higiênicos e sanitários. É um alimento que não representa risco, que não vai causar infecção, intoxicação ou transmitir zoonoses. Além disso, trabalhamos também com a perspectiva da defesa do consumidor, garantindo que ele não seja prejudicado em nenhum aspecto”, ressalta.


Outro esforço da Seagri-DF no ramo da piscicultura é o fornecimento de alevinos (filhotes de peixes) desenvolvidos pela Granja Modelo do Ipê aos cidadãos. Em 2024, foram comercializados 195.700 alevinos para 68 piscicultores. Até março de 2025, mais 73.530 foram repassados a 28 produtores.


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Veja as causas e os sintomas do câncer de esôfago

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Engolir sem dor ou dificuldade é algo automático para a maioria das pessoas — mas quando esse simples ato se torna incômodo, é hora de ligar o sinal de alerta. Isso porque um dos principais sintomas do câncer de esôfago é justamente a dificuldade para ingerir alimentos, mesmo os mais líquidos ou pastosos.


Por se desenvolver de maneira silenciosa, é comum que os primeiros sinais da doença sejam confundidos com problemas mais corriqueiros, levando a diagnósticos tardios e avançados.



“Apenas uma pequena parcela dos tumores é descoberta em indivíduos assintomáticos. As manifestações clínicas mais frequentes são dor ao engolir (odinofagia), emagrecimento sem dieta, tosse persistente, rouquidão, fraqueza — geralmente por anemia — e falta de ar”, explica a oncologista Gabriela Filgueiras Sales, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).


Leia a reportagem completa no NSC Total, parceiro do Metrópoles.


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Diabetes gestacional: Cuidar da saúde é a melhor forma de prevenção

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A diabetes gestacional é uma condição que preocupa muitas gestantes – e também mulheres que desejam engravidar. Considerada uma das principais causas de internações e intercorrências no período gestacional, ela oferece riscos para o binômio mãe-bebê. Estima-se que a alteração ocorra em até 20% das gestações, podendo afetar inclusive mulheres sem histórico pessoal ou familiar da doença. Na maioria dos casos, a condição desaparece após o parto.


A diabetes gestacional é considerada uma das principais causas de internações e intercorrências no período gestacional, oferecendo riscos para a mãe e o bebê| Fotos: Divulgação/IgesDF


No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é referência no atendimento a gestantes de alto risco da Região Sul e do Entorno. A unidade realiza atendimentos obstétricos, partos e oferece o serviço ambulatorial de pré-natal de alto risco.


Ginecologista e obstetra do HRSM, Ana Carolina Ramiro destaca que muitas mulheres – não só as gestantes, mas também aquelas que estão tentando ou planejando engravidar – acabam se esquecendo de cuidar da própria saúde antes da gestação.


“O nome assusta, eu sei. Mas ele não precisa ser um susto se virar um cuidado. A diabetes gestacional aparece durante a gravidez e, apesar de temporária, pode deixar marcas se não for cuidada com carinho e atenção. E, veja bem, não tem a ver com ‘culpa’. Tem a ver com informação, prevenção e, acima de tudo, amor-próprio.”


Ana Carolina: “A diabetes gestacional aparece durante a gravidez e, apesar de temporária, pode deixar marcas se não for cuidada”


Como evitar?


A médica explica que não existe fórmula mágica, mas sim hábitos simples que ajudam a proteger mãe e bebê – como verdadeiras muralhas invisíveis contra a doença.


“Movimente-se. Caminhada, hidroginástica, dança – o que for possível. O corpo da mãe é a casa do filho. Uma casa em movimento é uma casa viva. Escolha o que nutre, não o que só preenche: pães integrais, frutas com moderação, vegetais, boas fontes de proteína. Menos açúcar, mais intenção. Durma bem, respire melhor, desacelere. O estresse também desorganiza o corpo. A pausa é parte do cuidado. Acompanhe os exames. Não tenha medo do resultado. O medo não evita nada – o cuidado, sim.”


Ela ressalta ainda a importância do diálogo com o médico responsável pelo pré-natal: “Converse com seu médico. Coma o que puder, faça o que der, mas não se silencie. O diálogo é parte do tratamento preventivo”, aconselha Ana Carolina.


Para a obstetra, a gestação é uma travessia – e toda travessia exige preparo. “A parte mais bonita de tudo isso é que, ao cuidar da sua saúde, você está ensinando seu filho ou sua filha, antes mesmo do nascimento, que amar é cuidar. Que corpo é templo. Que o simples é precioso”, observa.


Riscos e consequências


Quando não é devidamente controlada, a diabetes gestacional aumenta o risco de complicações como bebês com peso elevado, hipoglicemia neonatal e desconforto respiratório ao nascer.



“Mesmo dentro da barriga, eles correm risco de baixa de oxigênio. Infelizmente, podemos ter óbitos desses bebês ainda no útero da mãe. Além disso, gestantes que tiveram diabetes gestacional têm maior chance de desenvolver novamente a condição em uma futura gravidez e também de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida”, alerta Ana Carolina. 


A principal causa da doença é a ação de um hormônio produzido pela placenta, que aumenta a resistência à insulina na gestante. Isso exige maior produção de insulina pelo pâncreas. Quando o órgão já está funcionando no limite – como em casos de obesidade, por exemplo –, não consegue manter o equilíbrio, levando ao aumento dos níveis de açúcar no sangue.


O diagnóstico é feito por meio da dosagem da glicemia em jejum no primeiro trimestre ou entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez, com o teste oral de tolerância à glicose (TOTG).


Manter o corpo em movimento, optar por alimentos naturais e nutritivos, dormir bem e fazer exames regularmente são formas de prevenir a diabetes gestacional


Fatores de risco


Algumas mulheres apresentam maior propensão ao desenvolvimento da diabetes gestacional. Os principais fatores de risco incluem:


· Idade materna avançada
· Ganho de peso excessivo na gestação
· Sobrepeso ou obesidade
· Síndrome dos ovários policísticos
· Histórico pessoal ou familiar de diabetes gestacional
· Histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau
· Hipertensão arterial sistêmica na gestação
· Gestação múltipla


*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)










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https://jornalismodigitaldf.com.br/diabetes-gestacional-cuidar-da-saude-e-a-melhor-forma-de-prevencao/?fsp_sid=139714
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Diabetes gestacional: Cuidar da saúde é a melhor forma de prevenção

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A diabetes gestacional é uma condição que preocupa muitas gestantes – e também mulheres que desejam engravidar. Considerada uma das principais causas de internações e intercorrências no período gestacional, ela oferece riscos para o binômio mãe-bebê. Estima-se que a alteração ocorra em até 20% das gestações, podendo afetar inclusive mulheres sem histórico pessoal ou familiar da doença. Na maioria dos casos, a condição desaparece após o parto.


A diabetes gestacional é considerada uma das principais causas de internações e intercorrências no período gestacional, oferecendo riscos para a mãe e o bebê| Fotos: Divulgação/IgesDF


No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é referência no atendimento a gestantes de alto risco da Região Sul e do Entorno. A unidade realiza atendimentos obstétricos, partos e oferece o serviço ambulatorial de pré-natal de alto risco.


Ginecologista e obstetra do HRSM, Ana Carolina Ramiro destaca que muitas mulheres – não só as gestantes, mas também aquelas que estão tentando ou planejando engravidar – acabam se esquecendo de cuidar da própria saúde antes da gestação.


“O nome assusta, eu sei. Mas ele não precisa ser um susto se virar um cuidado. A diabetes gestacional aparece durante a gravidez e, apesar de temporária, pode deixar marcas se não for cuidada com carinho e atenção. E, veja bem, não tem a ver com ‘culpa’. Tem a ver com informação, prevenção e, acima de tudo, amor-próprio.”


Ana Carolina: “A diabetes gestacional aparece durante a gravidez e, apesar de temporária, pode deixar marcas se não for cuidada”


Como evitar?


A médica explica que não existe fórmula mágica, mas sim hábitos simples que ajudam a proteger mãe e bebê – como verdadeiras muralhas invisíveis contra a doença.


“Movimente-se. Caminhada, hidroginástica, dança – o que for possível. O corpo da mãe é a casa do filho. Uma casa em movimento é uma casa viva. Escolha o que nutre, não o que só preenche: pães integrais, frutas com moderação, vegetais, boas fontes de proteína. Menos açúcar, mais intenção. Durma bem, respire melhor, desacelere. O estresse também desorganiza o corpo. A pausa é parte do cuidado. Acompanhe os exames. Não tenha medo do resultado. O medo não evita nada – o cuidado, sim.”


Ela ressalta ainda a importância do diálogo com o médico responsável pelo pré-natal: “Converse com seu médico. Coma o que puder, faça o que der, mas não se silencie. O diálogo é parte do tratamento preventivo”, aconselha Ana Carolina.


Para a obstetra, a gestação é uma travessia – e toda travessia exige preparo. “A parte mais bonita de tudo isso é que, ao cuidar da sua saúde, você está ensinando seu filho ou sua filha, antes mesmo do nascimento, que amar é cuidar. Que corpo é templo. Que o simples é precioso”, observa.


Riscos e consequências


Quando não é devidamente controlada, a diabetes gestacional aumenta o risco de complicações como bebês com peso elevado, hipoglicemia neonatal e desconforto respiratório ao nascer.



“Mesmo dentro da barriga, eles correm risco de baixa de oxigênio. Infelizmente, podemos ter óbitos desses bebês ainda no útero da mãe. Além disso, gestantes que tiveram diabetes gestacional têm maior chance de desenvolver novamente a condição em uma futura gravidez e também de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida”, alerta Ana Carolina. 


A principal causa da doença é a ação de um hormônio produzido pela placenta, que aumenta a resistência à insulina na gestante. Isso exige maior produção de insulina pelo pâncreas. Quando o órgão já está funcionando no limite – como em casos de obesidade, por exemplo –, não consegue manter o equilíbrio, levando ao aumento dos níveis de açúcar no sangue.


O diagnóstico é feito por meio da dosagem da glicemia em jejum no primeiro trimestre ou entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez, com o teste oral de tolerância à glicose (TOTG).


Manter o corpo em movimento, optar por alimentos naturais e nutritivos, dormir bem e fazer exames regularmente são formas de prevenir a diabetes gestacional


Fatores de risco


Algumas mulheres apresentam maior propensão ao desenvolvimento da diabetes gestacional. Os principais fatores de risco incluem:


· Idade materna avançada
· Ganho de peso excessivo na gestação
· Sobrepeso ou obesidade
· Síndrome dos ovários policísticos
· Histórico pessoal ou familiar de diabetes gestacional
· Histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau
· Hipertensão arterial sistêmica na gestação
· Gestação múltipla


*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)










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Fé, tradição e emoção: Morro da Capelinha se prepara para receber milhares de fiéis

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Planaltina já respira o clima de fé e emoção que toma conta da cidade todos os anos durante a Semana Santa. Os preparativos para a tradicional encenação da morte e ressurreição de Jesus Cristo no Morro da Capelinha seguem em ritmo acelerado. Considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal desde 2008 e parte do calendário oficial de eventos da capital federal desde 1986, o espetáculo chega à 52ª edição com um público estimado entre 100 e 150 mil pessoas.



O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressalta a importância pessoal e simbólica da tradição, que acompanha sua trajetória de vida. “A Via-Sacra do Morro da Capelinha é parte da minha história, da minha fé e da minha formação como cidadão e artista”.


“Tive a honra de interpretar o papel de Jesus Cristo por inúmeros anos e de trabalhar na diretoria do evento, sempre com o mesmo sentimento de entrega e respeito. Neste ano, retorno ao palco sagrado como apóstolo, com o coração cheio de gratidão e expectativa por mais uma edição que, com certeza, será emocionante e marcante para todos os fiéis e para a cultura do nosso Distrito Federal”, disse.


Considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal desde 2008 e parte do calendário oficial de eventos da capital federal desde 1986, o espetáculo chega à sua 52ª edição com um público estimado entre 100 e 150 mil pessoas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


O titular da pasta também destaca o impacto do evento para a cultura e economia do DF. “São fiéis vindos de todas as regiões administrativas e de outros estados para a celebração de uma das maiores manifestações religiosas de Brasília. Este evento não apenas representa um elo profundo com nossa história e tradição religiosa, mas também se ergue como um pilar vital de turismo e economia criativa no Distrito Federal”, ressalta.


Programação


A programação começa ainda nesta quinta-feira (17), quando os católicos comemoram a Quinta-feira Santa, com a celebração do Lava-pés e da Última Ceia de Jesus com seus apóstolos — momento que marca o início do Tríduo Pascal. A expectativa é de 10 mil pessoas presentes apenas nesta noite.


“Temos nesta quinta-feira a Santa Ceia, com expectativa de 10 mil pessoas no estacionamento do ginásio de funções múltiplas. Montamos os cenários para a grande encenação da Sexta-feira da Paixão com muito carinho, especialmente neste ano jubilar. Ainda dá tempo de se programar. Teremos ônibus gratuitos saindo da rodoviária para o morro”, convida Preto Rezende, coordenador-geral do grupo Via Sacra Ao Vivo.


O aposentado Aécio da Silva Campos, de 86 anos, participa da encenação desde a primeira edição


O ponto alto da programação, será nesta sexta, quando a encenação sai do centro de Planaltina e sobe os cerca de 4 km que levam até o Morro da Capelinha. Às 15h, o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, preside a celebração da Cruz. Em seguida, às 16h, tem início o espetáculo principal, que durante quatro horas levará o público pelas 14 estações da Via Sacra — em um trajeto de 800 metros que retrata o julgamento, a prisão, a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.


Para o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo, o evento é símbolo de espiritualidade, cultura e pertencimento. “A Via Sacra de Planaltina já é uma tradição de Brasília e representa um importante pilar do turismo religioso na nossa capital. Neste ano em que comemoramos os 65 anos de Brasília, celebrar esse momento é também reforçar a conexão da população com sua fé e com suas raízes”, destaca.


Emoção e fé


A expectativa entre os participantes é grande. O ator Júnior Ribeiro, de 31 anos, se prepara para dar vida a Judas Iscariotes. “Nos preparamos durante 40 dias ininterruptos. Estamos muito ansiosos para mostrar ao público tudo que preparamos com carinho. São 1,1 mil atores em cena, uma apresentação grandiosa. É uma honra fazer parte de algo que é patrimônio imaterial do DF”, ressalta.


O ator Júnior Ribeiro, de 31 anos, se prepara para dar vida a Judas Iscariotes


Mais do que espetáculo, a Via Sacra é expressão de fé para muitos voluntários e moradores de Planaltina. A estudante Rebeca Tolentino, de 20 anos, trabalha na montagem da sexta estação, que retrata o encontro de Jesus com Verônica. “Toda quinta-feira a gente se reúne aqui no morro para fazer os preparativos. Hoje estamos montando nosso cenário com muito cuidado”, conta.


O aposentado Aécio da Silva Campos, de 86 anos, participa da encenação desde a primeira edição. “Antes eu era um dos soldados que batiam em Jesus, montado a cavalo. Agora, venho rezar o terço. Enquanto Deus me der saúde, estarei aqui”, afirma, emocionado.



Vai de Graça


Quem for participar da Via Sacra vai contar com reforço de ônibus para assistir ao evento nesta sexta-feira (18). A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) reativa quatro linhas do transporte público coletivo – 504.2, 504.3, 609.2 e 617.1 – para que esses passageiros possam se deslocar até o local.


A 504.2 e a 504.3 têm origem em Sobradinho II, passando pelo Mestre d’Armas e pela DF-230, respectivamente, até o Morro da Capelinha, enquanto a 617.1, sai da Rodoviária do Plano Piloto (box 3 da Plataforma Superior), passando pelo Eixo Norte. Os passageiros também podem ter acesso à circular 609.2, que sai de Planaltina e vai até o local do evento.


As linhas vão funcionar entre as 10h e às 22h, e as saídas serão operadas de acordo com a demanda.


17/04/2025 - Fé, tradição e emoção: Morro da Capelinha se prepara para receber milhares de fiéis










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Fé, tradição e emoção: Morro da Capelinha se prepara para receber milhares de fiéis

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Planaltina já respira o clima de fé e emoção que toma conta da cidade todos os anos durante a Semana Santa. Os preparativos para a tradicional encenação da morte e ressurreição de Jesus Cristo no Morro da Capelinha seguem em ritmo acelerado. Considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal desde 2008 e parte do calendário oficial de eventos da capital federal desde 1986, o espetáculo chega à 52ª edição com um público estimado entre 100 e 150 mil pessoas.



O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressalta a importância pessoal e simbólica da tradição, que acompanha sua trajetória de vida. “A Via-Sacra do Morro da Capelinha é parte da minha história, da minha fé e da minha formação como cidadão e artista”.


“Tive a honra de interpretar o papel de Jesus Cristo por inúmeros anos e de trabalhar na diretoria do evento, sempre com o mesmo sentimento de entrega e respeito. Neste ano, retorno ao palco sagrado como apóstolo, com o coração cheio de gratidão e expectativa por mais uma edição que, com certeza, será emocionante e marcante para todos os fiéis e para a cultura do nosso Distrito Federal”, disse.


Considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal desde 2008 e parte do calendário oficial de eventos da capital federal desde 1986, o espetáculo chega à sua 52ª edição com um público estimado entre 100 e 150 mil pessoas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


O titular da pasta também destaca o impacto do evento para a cultura e economia do DF. “São fiéis vindos de todas as regiões administrativas e de outros estados para a celebração de uma das maiores manifestações religiosas de Brasília. Este evento não apenas representa um elo profundo com nossa história e tradição religiosa, mas também se ergue como um pilar vital de turismo e economia criativa no Distrito Federal”, ressalta.


Programação


A programação começa ainda nesta quinta-feira (17), quando os católicos comemoram a Quinta-feira Santa, com a celebração do Lava-pés e da Última Ceia de Jesus com seus apóstolos — momento que marca o início do Tríduo Pascal. A expectativa é de 10 mil pessoas presentes apenas nesta noite.


“Temos nesta quinta-feira a Santa Ceia, com expectativa de 10 mil pessoas no estacionamento do ginásio de funções múltiplas. Montamos os cenários para a grande encenação da Sexta-feira da Paixão com muito carinho, especialmente neste ano jubilar. Ainda dá tempo de se programar. Teremos ônibus gratuitos saindo da rodoviária para o morro”, convida Preto Rezende, coordenador-geral do grupo Via Sacra Ao Vivo.


O aposentado Aécio da Silva Campos, de 86 anos, participa da encenação desde a primeira edição


O ponto alto da programação, será nesta sexta, quando a encenação sai do centro de Planaltina e sobe os cerca de 4 km que levam até o Morro da Capelinha. Às 15h, o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, preside a celebração da Cruz. Em seguida, às 16h, tem início o espetáculo principal, que durante quatro horas levará o público pelas 14 estações da Via Sacra — em um trajeto de 800 metros que retrata o julgamento, a prisão, a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.


Para o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo, o evento é símbolo de espiritualidade, cultura e pertencimento. “A Via Sacra de Planaltina já é uma tradição de Brasília e representa um importante pilar do turismo religioso na nossa capital. Neste ano em que comemoramos os 65 anos de Brasília, celebrar esse momento é também reforçar a conexão da população com sua fé e com suas raízes”, destaca.


Emoção e fé


A expectativa entre os participantes é grande. O ator Júnior Ribeiro, de 31 anos, se prepara para dar vida a Judas Iscariotes. “Nos preparamos durante 40 dias ininterruptos. Estamos muito ansiosos para mostrar ao público tudo que preparamos com carinho. São 1,1 mil atores em cena, uma apresentação grandiosa. É uma honra fazer parte de algo que é patrimônio imaterial do DF”, ressalta.


O ator Júnior Ribeiro, de 31 anos, se prepara para dar vida a Judas Iscariotes


Mais do que espetáculo, a Via Sacra é expressão de fé para muitos voluntários e moradores de Planaltina. A estudante Rebeca Tolentino, de 20 anos, trabalha na montagem da sexta estação, que retrata o encontro de Jesus com Verônica. “Toda quinta-feira a gente se reúne aqui no morro para fazer os preparativos. Hoje estamos montando nosso cenário com muito cuidado”, conta.


O aposentado Aécio da Silva Campos, de 86 anos, participa da encenação desde a primeira edição. “Antes eu era um dos soldados que batiam em Jesus, montado a cavalo. Agora, venho rezar o terço. Enquanto Deus me der saúde, estarei aqui”, afirma, emocionado.



Vai de Graça


Quem for participar da Via Sacra vai contar com reforço de ônibus para assistir ao evento nesta sexta-feira (18). A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) reativa quatro linhas do transporte público coletivo – 504.2, 504.3, 609.2 e 617.1 – para que esses passageiros possam se deslocar até o local.


A 504.2 e a 504.3 têm origem em Sobradinho II, passando pelo Mestre d’Armas e pela DF-230, respectivamente, até o Morro da Capelinha, enquanto a 617.1, sai da Rodoviária do Plano Piloto (box 3 da Plataforma Superior), passando pelo Eixo Norte. Os passageiros também podem ter acesso à circular 609.2, que sai de Planaltina e vai até o local do evento.


As linhas vão funcionar entre as 10h e às 22h, e as saídas serão operadas de acordo com a demanda.


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Brasília Agora: Capital redescobre passado e reinventa o futuro

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Brasília chega aos 65 anos. Se fosse fazer uma análise, constataria que nunca antes deu tanto valor à própria história. Pode ter sido por causa da redescoberta do Marco Zero, o ponto de onde partiram todas as construções da nova capital, que despertou esse espírito de pertencimento nos brasilienses — nascidos ou de coração.



Pode ter sido também pela chegada à cidade de acervos históricos de seus pais fundadores, como os rascunhos do projeto original do Plano Piloto, feitos por Lucio Costa. Antes em Portugal, agora eles estão à disposição também no Acervo Público do Distrito Federal. Ou, ainda, pela redescoberta de espaços clássicos que, por anos, estiveram fechados, longe da população. Caso do Cine Brasília, da Casa de Chá e do Teatro Nacional Claudio Santoro.


O Teatro Nacional Claudio Santoro voltou a receber espetáculos culturais | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília


Mas, enquanto olha e celebra o passado, Brasília perceberia que também tem pensado muito no futuro. Sonhada para ser a capital perfeita, ela vem precisando se reinventar para adequar-se aos desafios do presente, e seguir boa para todos que vislumbraram no Planalto Central a esperança de uma vida melhor.


A população cresceu acima do esperado — ora, quem vai julgar aqueles que desejam morar na cidade que é Patrimônio da Humanidade e que tem a maior qualidade de vida do país? — e foi necessário fazer ajustes para comportar esse aumento. Assim, Brasília reinventou a própria infraestrutura urbana, levando dignidade a regiões antes esquecidas. A reinvenção também veio para tentar resolver um problema crônico, o dos alagamentos. Foi perto de completar 65 anos que o DF viu nascer o maior programa de captação de águas pluviais, o Drenar-DF.


Também foi preciso adequar-se aos novos tempos. Se lá em 1960 brincar nas ruas (boa parte delas ainda de barro) era uma opção para a criançada, em 2025 é preciso mais para vencer as telas e os jogos eletrônicos. Brasília, então, reinventou seu lazer, com reforma de equipamentos públicos, como a Torre de TV, e um dia totalmente gratuito para visitas ao Zoológico e ao Jardim Botânico.


O programa Vai de Graça trouxe transporte público gratuito aos domingos e feriados | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília



Por falar em gratuito, a mobilidade também se reinventou. O Vai de Graça surgiu, com viagens de graça nos ônibus e metrô aos domingos. Surgiram, ainda, novas rodoviárias, novas estações do metrô, novas ciclovias. Se o futuro aponta para a necessidade de se valorizar o transporte coletivo, é para lá que nós vamos.


Os 65 são uma idade crucial: já temos uma história escrita, mas ainda há muito por fazer. Ao chegar neles, Brasília percebe, afinal, que seu melhor tempo é agora. Enquanto redescobre o passado, ela reinventa seu futuro para fazer um presente bom para todos. E são essas reflexões que você confere na série especial de reportagens que a Agência Brasília publica a partir desta quinta-feira (17). Boa leitura!










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https://jornalismodigitaldf.com.br/brasilia-agora-capital-redescobre-passado-e-reinventa-o-futuro/?fsp_sid=139688
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Brasília Agora: Capital redescobre passado e reinventa o futuro

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Brasília chega aos 65 anos. Se fosse fazer uma análise, constataria que nunca antes deu tanto valor à própria história. Pode ter sido por causa da redescoberta do Marco Zero, o ponto de onde partiram todas as construções da nova capital, que despertou esse espírito de pertencimento nos brasilienses — nascidos ou de coração.



Pode ter sido também pela chegada à cidade de acervos históricos de seus pais fundadores, como os rascunhos do projeto original do Plano Piloto, feitos por Lucio Costa. Antes em Portugal, agora eles estão à disposição também no Acervo Público do Distrito Federal. Ou, ainda, pela redescoberta de espaços clássicos que, por anos, estiveram fechados, longe da população. Caso do Cine Brasília, da Casa de Chá e do Teatro Nacional Claudio Santoro.


O Teatro Nacional Claudio Santoro voltou a receber espetáculos culturais | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília


Mas, enquanto olha e celebra o passado, Brasília perceberia que também tem pensado muito no futuro. Sonhada para ser a capital perfeita, ela vem precisando se reinventar para adequar-se aos desafios do presente, e seguir boa para todos que vislumbraram no Planalto Central a esperança de uma vida melhor.


A população cresceu acima do esperado — ora, quem vai julgar aqueles que desejam morar na cidade que é Patrimônio da Humanidade e que tem a maior qualidade de vida do país? — e foi necessário fazer ajustes para comportar esse aumento. Assim, Brasília reinventou a própria infraestrutura urbana, levando dignidade a regiões antes esquecidas. A reinvenção também veio para tentar resolver um problema crônico, o dos alagamentos. Foi perto de completar 65 anos que o DF viu nascer o maior programa de captação de águas pluviais, o Drenar-DF.


Também foi preciso adequar-se aos novos tempos. Se lá em 1960 brincar nas ruas (boa parte delas ainda de barro) era uma opção para a criançada, em 2025 é preciso mais para vencer as telas e os jogos eletrônicos. Brasília, então, reinventou seu lazer, com reforma de equipamentos públicos, como a Torre de TV, e um dia totalmente gratuito para visitas ao Zoológico e ao Jardim Botânico.


O programa Vai de Graça trouxe transporte público gratuito aos domingos e feriados | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília



Por falar em gratuito, a mobilidade também se reinventou. O Vai de Graça surgiu, com viagens de graça nos ônibus e metrô aos domingos. Surgiram, ainda, novas rodoviárias, novas estações do metrô, novas ciclovias. Se o futuro aponta para a necessidade de se valorizar o transporte coletivo, é para lá que nós vamos.


Os 65 são uma idade crucial: já temos uma história escrita, mas ainda há muito por fazer. Ao chegar neles, Brasília percebe, afinal, que seu melhor tempo é agora. Enquanto redescobre o passado, ela reinventa seu futuro para fazer um presente bom para todos. E são essas reflexões que você confere na série especial de reportagens que a Agência Brasília publica a partir desta quinta-feira (17). Boa leitura!










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Arquivo Público do DF apresenta a exposição ‘Alma e Concreto’ na festa dos 65 anos de Brasília

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O Arquivo Público do Distrito Federal participará ativamente das comemorações oficiais do aniversário de Brasília, marcando presença com uma exposição grandiosa e histórica no coração da cidade. No evento que celebra os 65 anos da capital federal, o órgão ocupará um espaço de 2.500 m² na Esplanada dos Ministérios com a exposição Alma e Concreto, uma homenagem emocionante aos trabalhadores que deram forma ao sonho modernista de Brasília.


O espaço vai presentear o público com imagens históricas dos operários anônimos e dos grandes nomes que participaram da construção da cidade. Além da exposição principal, haverá a mostra A Cidade que Inventei, icônica frase de Lúcio Costa, que apresentará um acervo inédito do urbanista, recentemente repatriado digitalmente da Casa da Arquitectura, em Portugal.


Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

No evento que celebra os 65 anos da capital federal, o órgão ocupará um espaço de 2.500 m² na Esplanada dos Ministérios com a exposição Alma e Concreto | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília


A estrutura será montada no centro dos shows que ocorrem nos dias 19, 20 e 21 de abril, a partir das 14h, com a expectativa de receber mais de 500 mil pessoas ao longo das festividades. Para o historiador do Arquivo Público, Elias Manoel da Silva, a exposição representa um divisor de águas: “Esta será uma marca histórica para Brasília. É a primeira vez que um órgão com tamanha relevância e acervo participa diretamente das comemorações do aniversário da cidade. Falar sobre Brasília e mostrar ao público a importância de cada pioneiro na sua construção é garantir que esse legado continue inspirando futuras gerações.”


A exposição Alma e Concreto oferecerá ao público um mergulho profundo na história da capital, destacando a força, o suor e a esperança dos que ergueram Brasília. Imagens cuidadosamente selecionadas pela equipe do Arquivo Público serão exibidas em painéis imersivos, proporcionando uma experiência sensorial e memorável.


Além do conteúdo histórico, o espaço contará com sofás e áreas de convivência, convidando os visitantes a uma pausa contemplativa em meio à festa. Será um ambiente de memória, respeito e celebração.


*Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal










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Arquivo Público do DF apresenta a exposição ‘Alma e Concreto’ na festa dos 65 anos de Brasília

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O Arquivo Público do Distrito Federal participará ativamente das comemorações oficiais do aniversário de Brasília, marcando presença com uma exposição grandiosa e histórica no coração da cidade. No evento que celebra os 65 anos da capital federal, o órgão ocupará um espaço de 2.500 m² na Esplanada dos Ministérios com a exposição Alma e Concreto, uma homenagem emocionante aos trabalhadores que deram forma ao sonho modernista de Brasília.


O espaço vai presentear o público com imagens históricas dos operários anônimos e dos grandes nomes que participaram da construção da cidade. Além da exposição principal, haverá a mostra A Cidade que Inventei, icônica frase de Lúcio Costa, que apresentará um acervo inédito do urbanista, recentemente repatriado digitalmente da Casa da Arquitectura, em Portugal.


Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

No evento que celebra os 65 anos da capital federal, o órgão ocupará um espaço de 2.500 m² na Esplanada dos Ministérios com a exposição Alma e Concreto | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília


A estrutura será montada no centro dos shows que ocorrem nos dias 19, 20 e 21 de abril, a partir das 14h, com a expectativa de receber mais de 500 mil pessoas ao longo das festividades. Para o historiador do Arquivo Público, Elias Manoel da Silva, a exposição representa um divisor de águas: “Esta será uma marca histórica para Brasília. É a primeira vez que um órgão com tamanha relevância e acervo participa diretamente das comemorações do aniversário da cidade. Falar sobre Brasília e mostrar ao público a importância de cada pioneiro na sua construção é garantir que esse legado continue inspirando futuras gerações.”


A exposição Alma e Concreto oferecerá ao público um mergulho profundo na história da capital, destacando a força, o suor e a esperança dos que ergueram Brasília. Imagens cuidadosamente selecionadas pela equipe do Arquivo Público serão exibidas em painéis imersivos, proporcionando uma experiência sensorial e memorável.


Além do conteúdo histórico, o espaço contará com sofás e áreas de convivência, convidando os visitantes a uma pausa contemplativa em meio à festa. Será um ambiente de memória, respeito e celebração.


*Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal










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Dia Mundial da Hemofilia: DF tem centro de referência para tratamento da doença

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Esta quinta-feira (17) é marcada pelo Dia Mundial da Hemofilia. A data foi criada para aumentar a conscientização sobre a doença, que afeta a coagulação do sangue. O Distrito Federal conta com um centro de referência para tratamento da enfermidade, o ambulatório de coagulopatias hereditárias, da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).


“Hemofilia é uma coagulopatia, condição que altera a coagulação do paciente. Então, o paciente fica com mais facilidade de ter sangramento e eles demoram mais tempo para controlar o sangramento”, explicou a médica hematopediatra Melina Swain, diretora de ambulatórios da FHB.


Os pacientes que chegam ao ambulatório do Hemocentro contam com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília


 


“Os sangramentos podem acontecer em qualquer local do corpo, mas 80% deles são nas articulações e nos músculos e são profundos, não são superficiais. Isso é muito complicado porque toda vez que a gente tem um sangramento dentro da articulação, esse sangue vai fazendo alterações dentro da articulação, levando a diversos problemas que causam dor crônica e muitas outras coisas que comprometem a qualidade de vida desses pacientes”, acrescentou.


Nos últimos anos, a medicina avançou e chegou ao Brasil uma profilaxia para evitar que isso atinja os pacientes diagnosticados. O DF foi a primeira unidade da Federação a oferecer esse tratamento. Hoje, os pacientes que chegam ao ambulatório do Hemocentro — após serem encaminhados por unidades de saúde — têm à disposição uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.


Para facilitar a vida dos pacientes, essa equipe também dá orientações de como fazer o procedimento em casa. Assim, eles podem reduzir as idas ao local, tendo que ir apenas para retirar a medicação — em alguns casos, o Hemocentro faz até a entrega a domicílio, dentro de um limite de 100 km.


Melina Swain explica que os pacientes podem pegar a medicação no Hemocentro e fazer a aplicação em casa mesmo


“Os pacientes com hemofilia A têm que tomar duas ou três vezes por semana. Então é um tratamento que requer muita disciplina e muita vontade porque às vezes a gente esquece de tomar um comprimido, imagina tomar uma injeção na veia. Isso é uma conduta na no mundo inteiro, não é diferente no Brasil, que a gente capacita essas famílias para elas fazerem o tratamento em casa”, apontou a diretora.


O mineiro Marcos Rodrigues veio se tratar em Brasília em busca de uma qualidade de vida maior


As mudanças no tratamento foram um alívio para o digitador Marcos Rodrigues. Nascido em Minas Gerais, ele descobriu a doença em 1986, aos 6 anos. “Tive que vir para Brasília e ficar aqui para continuar o tratamento e ter mais qualidade de vida. O tratamento era muito complexo. Os mais novos não têm sequelas, mas os mais antigos têm várias sequelas, eu fiquei com artrose no joelho e no cotovelo”, contou. “Hoje em dia tem essa facilidade de estar levando para casa, de mês em mês, e tem várias pessoas que acompanham. Venho buscar e eu mesmo faço a aplicação.”


Outras doenças



A hemofilia é uma doença congênita, ou seja, vem desde o nascimento e, hoje, costuma ser diagnosticada aos 6 meses de vida. Apesar de também acometer mulheres, é muito mais comum em homens. O que não quer dizer, porém, que elas estão imunes às coagulopatias. “Também tem a doença Von Willebrand que é muito comum na mulher e que gera muito sangramento”, pontua Melina.


O ambulatório do Hemocentro está apto a tratar de todas essas doenças. Hoje, são 910 pacientes cadastrados — sendo 313 hemofílicos. O atendimento é gratuito, mediante agendamento, que pode ser feito no próprio local ou pelo WhatsApp (61) 99140-0173.










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Dia Mundial da Hemofilia: DF tem centro de referência para tratamento da doença

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Esta quinta-feira (17) é marcada pelo Dia Mundial da Hemofilia. A data foi criada para aumentar a conscientização sobre a doença, que afeta a coagulação do sangue. O Distrito Federal conta com um centro de referência para tratamento da enfermidade, o ambulatório de coagulopatias hereditárias, da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).


“Hemofilia é uma coagulopatia, condição que altera a coagulação do paciente. Então, o paciente fica com mais facilidade de ter sangramento e eles demoram mais tempo para controlar o sangramento”, explicou a médica hematopediatra Melina Swain, diretora de ambulatórios da FHB.


Os pacientes que chegam ao ambulatório do Hemocentro contam com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília


 


“Os sangramentos podem acontecer em qualquer local do corpo, mas 80% deles são nas articulações e nos músculos e são profundos, não são superficiais. Isso é muito complicado porque toda vez que a gente tem um sangramento dentro da articulação, esse sangue vai fazendo alterações dentro da articulação, levando a diversos problemas que causam dor crônica e muitas outras coisas que comprometem a qualidade de vida desses pacientes”, acrescentou.


Nos últimos anos, a medicina avançou e chegou ao Brasil uma profilaxia para evitar que isso atinja os pacientes diagnosticados. O DF foi a primeira unidade da Federação a oferecer esse tratamento. Hoje, os pacientes que chegam ao ambulatório do Hemocentro — após serem encaminhados por unidades de saúde — têm à disposição uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.


Para facilitar a vida dos pacientes, essa equipe também dá orientações de como fazer o procedimento em casa. Assim, eles podem reduzir as idas ao local, tendo que ir apenas para retirar a medicação — em alguns casos, o Hemocentro faz até a entrega a domicílio, dentro de um limite de 100 km.


Melina Swain explica que os pacientes podem pegar a medicação no Hemocentro e fazer a aplicação em casa mesmo


“Os pacientes com hemofilia A têm que tomar duas ou três vezes por semana. Então é um tratamento que requer muita disciplina e muita vontade porque às vezes a gente esquece de tomar um comprimido, imagina tomar uma injeção na veia. Isso é uma conduta na no mundo inteiro, não é diferente no Brasil, que a gente capacita essas famílias para elas fazerem o tratamento em casa”, apontou a diretora.


O mineiro Marcos Rodrigues veio se tratar em Brasília em busca de uma qualidade de vida maior


As mudanças no tratamento foram um alívio para o digitador Marcos Rodrigues. Nascido em Minas Gerais, ele descobriu a doença em 1986, aos 6 anos. “Tive que vir para Brasília e ficar aqui para continuar o tratamento e ter mais qualidade de vida. O tratamento era muito complexo. Os mais novos não têm sequelas, mas os mais antigos têm várias sequelas, eu fiquei com artrose no joelho e no cotovelo”, contou. “Hoje em dia tem essa facilidade de estar levando para casa, de mês em mês, e tem várias pessoas que acompanham. Venho buscar e eu mesmo faço a aplicação.”


Outras doenças



A hemofilia é uma doença congênita, ou seja, vem desde o nascimento e, hoje, costuma ser diagnosticada aos 6 meses de vida. Apesar de também acometer mulheres, é muito mais comum em homens. O que não quer dizer, porém, que elas estão imunes às coagulopatias. “Também tem a doença Von Willebrand que é muito comum na mulher e que gera muito sangramento”, pontua Melina.


O ambulatório do Hemocentro está apto a tratar de todas essas doenças. Hoje, são 910 pacientes cadastrados — sendo 313 hemofílicos. O atendimento é gratuito, mediante agendamento, que pode ser feito no próprio local ou pelo WhatsApp (61) 99140-0173.










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