Relatório mapeia conflitos envolvendo transição energética e mineração

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A busca por minerais necessários para projetos de transição energética vem causando conflito nas novas frentes exploratórias. É o que indica o Grupo de Pesquisa e Extensão Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (Poemas), ao qual são vinculados pesquisadores de diferentes instituições científicas, como as universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), Fluminense (UFF) e de Viçosa (UFV).

Estudo sobre a questão, concluído recentemente, identificou violações de direitos de pequenos proprietários rurais, trabalhadores e comunidades tradicionais, sendo a Amazônia Legal a região que concentra o maior número de ocorrências.

Os casos mapeados se deram entre 2020 e 2023.

“O que o estudo vem que mostrar é que não podemos tratar a mineração dos minerais críticos sem considerar os danos. E é algo que já está ocorrendo”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o geógrafo e professor da UFF, Luiz Jardim Wanderley, um dos signatários do estudo.

Os resultados estão no relatório Transição Desigual: as violações da extração dos minerais para a transição energética no Brasil. O documento foi publicado em julho pelo Conselho do Observatório dos Conflitos da Mineração no Brasil e pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, os quais são compostos por diferentes organizações, entre elas o Poemas.

Brasília (DF), 13.09.2024 - Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil
Brasília (DF), 13.09.2024 - Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil

Brasília (DF), 13.09.2024 – Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil – Arte/Agência Brasil

Os minerais críticos ou minerais de transição são aqueles cuja disponibilidade atual é limitada e a exploração é considerada necessária para assegurar a transição energética, já que são essenciais para a fabricação de peças e equipamentos associados à ideia de energia verde.

Por exemplo, há demanda por cobre nas usinas eólicas, por silício para os painéis fotovoltaicos, por níquel e lítio para as baterias, por bauxita e alumina para os cabos de transmissão.

>>> FOTO 4: Painel Solar. Legenda: Fabricação de painéis solares demandam silício

De acordo com dados reunidos no estudo, a exploração mineral no país cresceu de R$ 243 bilhões para R$ 266 bilhões em valores deflacionados entre 2013 e 2022. Trata-se de um avanço de 9,3%. No entanto, levando em conta apenas os minerais críticos, o aumento foi de 39%. Dados dos investimentos das mineradoras em pesquisa mineral também ajudam a ilustrar o cenário. Houve um crescimento de 150%, entre 2013 e 2022. Quando se considera apenas os minerais críticos, porém, a alta foi de 240%. Na última quarta-feira (11), o anúncio da australiana Pilbara Minerals, especializada na mineração de lítio, ilustrou o cenário: a mineradora fará um investimento de R$ 2,2 bilhões em um projeto no município de Salinas (MG), no Vale do Jequitinhonha.

“Nem sempre os conflitos estão associados a mais investimentos. Mas, sem dúvida nenhuma, eles estão associados à profusão de novos empreendimentos”, afirma Luiz. O que preocupam os pesquisadores é que a realidade já evidencia um grande volume de conflitos. Foram identificadas 348 ocorrências em 249 localidades, no período de 2020 a 2023. Ao menos, 101 mil pessoas teriam sido afetadas. Segundo o estudo, os pequenos proprietários rurais são 23,9% das vítimas de violações de direitos. Trabalhadores representam 12,1% e indígenas 9,8%.

“São conflitos que atingem diferentes grupos. Mas eu destacaria os pequenos produtores, sobretudo agricultores familiares que vivem em áreas próximas aos empreendimentos de mineração. Os próprios trabalhadores da mineração enfrentam uma série de violações que envolvem condições precárias de trabalho e super exploração. E temos outros atores como indígenas e quilombolas que também vêm sofrendo com os impactos. No caso particular dos indígenas, chama atenção a questão dos garimpos dos minerais de transição. As comunidades têm sido impactadas por garimpos associados à cassiterita, à manganês e ao cobre”, diz Luiz.

A definição de minerais críticos não é uniforme e varia conforme a base acadêmica e as orientações políticas de cada governo. No estudo, os pesquisadores enquadraram 31 substâncias na categoria, dos quais 14 estiveram relacionadas com conflitos no Brasil: alumina/bauxita, cassiterita/estanho, cobre, cromo, grafite, lítio, manganês (incluindo liga de manganês), nióbio, níquel, prata, silício, urânio, vanádio e zinco.

Brasília (DF), 13.09.2024 - Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil
Brasília (DF), 13.09.2024 - Arte para a matéria Extração dos minerais para a transição energética. Arte/Agência Brasil
 Dados servem como alerta de que a transição pode ser injusta para as localidades e para os povos afetados – Arte/Agência Brasil

Os minerais citados representam atualmente uma participação minoritária na produção do setor. O último balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reúne as maiores mineradoras do país, consolidou os dados do primeiro semestre de 2024. No período, 61,8% da produção foi de minério de ferro, seguido por 7,5% de minério de ouro. São duas substâncias envolvidas em grandes tragédias nacionais.

A exploração de minério de ferro está associada aos rompimentos das barragens da Samarco em Mariana (MG) e da Vale em Brumadinho (MG). Já o garimpo ilegal de ouro está no epicentro da crise humanitária na Terra Yanomami, em Rondônia. Os dados consolidados do Ibram, no entanto, dizem respeito apenas à produção legal.

De acordo com Luiz, não seria por acaso que Pará (40,8%) e Minas Gerais (25,9%) concentrariam juntos 66,7% das ocorrências. São tradicionalmente os dois principais estados mineradores do país, sobretudo por sediarem as grandes minas de exploração de minério de ferro. No entanto, considerando apenas os minerais críticos, a produção mineira entre 2013 e 2022 aparece apenas em quarto lugar, sendo superada não apenas por Pará, como também por Goiás e Bahia.

Ainda assim foram mapeados mais conflitos em municípios de Minas Gerais do que em cidades goianas e baianas. Os pesquisadores tem uma explicação: os dados indicariam que os conflitos são contínuos em estados onde a mineração é uma atividade com relevância histórica.

“Em Minas, você tem um setor consolidado de mineração envolvendo minerais de transição, como por exemplo a exploração de bauxita na Zona da Mata mineira. E também tem as áreas de expansão recente como é o caso da exploração do lítio, que vem produzindo uma série de conflitos no Vale do Jequitinhonha. Então o estado tem essa característica: ao mesmo tempo que já possui uma presença consolidada do setor mineral, é também uma área de expansão”, avalia Luiz Jardim Wanderley.

Amazônia

Chama a atenção que quase metade das ocorrências identificadas foram registradas na Amazônia Legal. A região que inclui nove estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão – responde por 46,3% dos registros.

“Os dados servem como alerta de que a transição pode ser injusta para as localidades e para os povos afetados: ribeirinhos, quilombolas, indígenas, pequenos agricultores. Eles não precisam fazer uma transição energética porque, na verdade, essas populações já contribuem com a captura de carbono. São elas que resguardam a floresta e protegem a natureza. E, mesmo assim, vão ser elas que mais vão sofrer com os danos de um projeto para a transição energética que é sobretudo do Norte Global, ou seja, dos Estados Unidos e da Europa, além da China e da Índia”, avalia Luiz.

De acordo com ele, a exploração desses minerais compõe mais uma ameaça à dinâmica amazônica.

“Esse estudo não tratou da perspectiva de futuro, mas o que já observamos em outros estudos desenvolvidos é que temos três áreas com maior demanda por títulos minerais da transição energética. Uma é o semiárido nordestino, outra é região amazônica e a terceiro é o miolo do Cerrado, na altura de Goiás com o Tocantins. São áreas que tendem a ser espaços de agravamento ainda maior do desmatamento. Tanto pelo efeito direto da mineração, como pelos efeitos secundários que envolvem por exemplo a atração de pessoas e a abertura de estradas”, acrescentou.

No recorte por municípios com maior volume de violações de direitos, lideram a lista Barcarena (PA) e Canaã dos Carajás (PA). Em terceiro lugar, aparece Craíbas (AL). Na cidade alagoana, Mineração Vale Verde, de capital inglês, explora uma mina a céu aberto de cobre. O empreendimento, está atrelado a 29 ocorrências. São registros que colocam Alagoas como o terceiro estado com maior número de conflitos: 8,3% do total mapeado.

De acordo com o estudo, moradores do entorno da mina reclamam de explosões, tremores de terra e de rachaduras em suas residências. Comunidades indígenas Kariri-Xokó, Karapotó e Tingui Botó também têm manifestado temor de contaminação e de impactos em suas terras. Procurada pela Agência Brasil, a Mineração Vale Verde não retornou ao contato.

Mineradoras

O estudo também apresenta uma análise do perfil das mineradoras relacionadas com os conflitos. A maioria deles é de médio porte. Ainda assim, o ranking das principais envolvidas nas ocorrências mapeadas é puxado por duas grandes empresas: a noruguesa Hydro, com 14,4%, e a brasileira Vale, com 11,5%.

Os números de ocorrências envolvendo as duas mineradoras são impulsionados por situações registradas no Pará. A Hydro responde pela exploração de alumina nos municípios Abaetetuba e Barcarena, que chegou a gerar uma ação coletiva movida pelos atingidos na Justiça holandesa. Eles alegam que as águas do rio Murucupi foram poluídas, que há danos à saúde e prejuízos econômicos à população local. violações de direitos de povos indígenas teriam relação com as minas Salobo e Sossego, nas quais há extração de cobre em Canaã dos Carajás, e com a mina Onça Puma, onde são exploradas reservas de níquel a partir de uma operação sediada em Ourilândia do Norte.

Procurada pela Agência Brasil, a Hydro negou a ocorrência de danos ambientais em seu empreendimento. A mineradora afirmou investir continuamente em tecnologias para tornar suas operações cada vez mais sustentáveis e em iniciativas socioambientais com foco em educação, geração de trabalho e renda, fortalecimento de organizações sociais e desenvolvimento econômico e social.

“A principal alegação apresentada no relatório é o suposto transbordamento das áreas de armazenamento de resíduos de bauxita após fortes chuvas em Barcarena em 2018. A Hydro reitera que nenhum transbordo foi confirmado por mais de 90 inspeções no local, inclusive pelas autoridades competentes. As atividades da Hydro são devidamente licenciadas, monitoradas e auditadas pelas autoridades competentes. A Hydro tem o compromisso de ser uma boa vizinha, agindo com responsabilidade e colocando a saúde, o meio ambiente e a segurança em primeiro lugar”, diz o texto.

A Vale, por sua vez, afirma que não realiza pesquisa mineral ou lavra em terras indígenas e que respeita a legislação vigente. De acordo com a mineradora, laudos elaborados por peritos judiciais descartaram sua responsabilidade na contaminação da água no rio Cateté. A mineradora afirma já ter celebrado um acordo que encerrou a quase totalidade de controvérsias com os indígenas Xikrin e Kayapó.

“O relacionamento com esses povos foi fortalecido e iniciativas voluntárias para o empoderamento e autonomia dessas comunidades têm sido trabalhadas, em alinhamento com a estratégia de relacionamento da Vale, focada na geração de benefícios mútuos. Alguns exemplos são as ações de promoção do etnodesenvolvimento do Povo Xikrin, com destaque para o Projeto de Valorização da Cultura e Memória do Povo Xikrin do Cateté. Junto ao Povo Kayapó, a Vale apoiou a elaboração do Protocolo de Consulta desse povo, que foi desenvolvido pela Associação Indígena Floresta Protegida e aprovado na Assembleia Geral de Caciques e Lideranças da Terra Indígena Kayapó, que ocorreu na aldeia Gorotire em janeiro de 2024”, acrescenta a mineradora.

Outro conflito destacado no relatório coloca, de um lado, a Mineração Rio do Norte (MRN), e de outro, quilombolas e ribeirinhos de Oriximiná (PA). No município, minas para exploração de bauxita são apontadas por moradores locais como responsáveis por tornar o Lago do Batata impróprio para pesca e banho. A comunidade quilombola Boa Vista, que vive a menos de 500 metros do empreendimento, afirma ainda que a instalação da MRN afetou a extração de castanhas.

De acordo com nota divulgada pela MRN, o monitoramento conduzido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1989 mostra que as condições ecológicas no Lago do Batata estão equivalentes às de locais onde não ocorreram intervenções. “Há registros de, ao menos, 199 espécies de peixes e a prática da pesca é comum entre os comunitários, o que é endossado pelo fato de pelo menos 142 dessas espécies são utilizadas para subsistência e comércio de pescado. Da mesma forma, dados da qualidade da água não apresentam nenhum elemento que possa trazer risco à saúde humana”.

Ainda de acordo com a mineradora, ações socioambientais compensatórias e voluntárias fomentam a geração de renda e o acesso à educação e saúde da população da comunidade Boa Vista. “As iniciativas reforçam o compromisso da empresa em fazer uma mineração sustentável e responsável, com respeito às pessoas e ao meio ambiente”, registra o texto.

Futuro

De acordo com Luiz Jardim Wanderley, o mapeamento das violações é importante porque revela dados necessários para se discutir o futuro da mineração e seu papel na transição energética. “Acho que é perigoso adotar um discurso que coloca todo o setor mineral como um setor essencial para a sociedade. Com base nesse discurso, se busca legitimar diferentes tipos de exploração. O setor ainda busca limpar a péssima reputação diante dos grandes desastres que ocorreram em Mariana e em Brumadinho. E faz isso tentando se mostrar como essencial é um caminho”, diz ele.

Ele defende que a transição energética não pode ser compreendida como uma simples substituição de bases tecnológicas e fontes de energia. É preciso considerar a necessidade de medidas para se coibir a ampliação dos conflitos ambientais. “Esses minerais de transição, na maior parte, não são para a sociedade brasileira e sim para a exportação. Há um discurso que coloca o cenário atual como uma oportunidade. Ou seja, o Brasil deve aproveitar essa nova economia e usar a mineração como um vetor para financiar o desenvolvimento. Mas a mineração não faz isso desde o período colonial. A gente tem uma hiperconcentração de minério. Foi assim com o ouro e hoje em dia é com o ferro. Não houve geração de desenvolvimento social e econômico para a população brasileira”.

Para os pesquisadores, o Estado precisa ter responsabilidade sobretudo ao discutir incentivos públicos. Para estimular o setor na implementação de novos projetos de minerais de transição, o governo já criou, por exemplo o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Minerais Estratégicos no Brasil. Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele contará com aporte de até R$ 1 bilhão. O tema também impulsiona a agenda diplomática. Na última segunda-feira (10), a embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Brasil organizaram um evento que debateu cooperação bilateral e o intercâmbio técnico visando a exploração de minerais críticos. Estiveram presentes autoridades do governo do país norte-americano que tratam do assunto.

Por sua vez, as mineradoras, representadas pelo Ibram, também buscam apresentar suas posições no debate sobre o tema. Recentemente, a entidade conseguiu colocar em tramitação algumas demandas através do Projeto de Lei 2780/2024 apresentado pelo deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG). Entre diversas medidas, ele prevê a desoneração da produção dos minerais crítico, através da dedução de valores no recolhimento do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A proposta, de outro lado, não trata da reparação dos impactos exploratórios.

O tema ganhou centralidade nos quatro dias da Exposibram 2024, que se encerrou nesta quinta-feira (12) em Belo Horizonte. O evento, considerado a maior exposição de mineração da América Latina, é organizado pelo Ibram. “A mineração é parte da história e sem ela não haveria a civilização que hoje conhecemos. Somos os artífices do futuro. Os minerais críticos e estratégicos são decisivos para a transição energética e não haverá saída para a humanidade, em razão do agravamento da emergência climática, sem considerarmos o crescimento da oferta desses minerais”, afirmou Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, na mesa de abertura.

Para Luiz Jardim Wanderley, a mineração já goza de muita isenção fiscal. “Se reduzem o royalty da mineração, por exemplo, os municípios não terão nem a pequena captura de recursos que já se dá em níveis muito baixos. Não superam os 3,5%. E aí fica para os municípios só o dano ambiental e a transformação violenta dos seus territórios”.

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GDF supera marca de 30 mil cestas básicas entregues em programa

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“Uma bênção”. É dessa forma que a aposentada Maria da Conceição Freire, 71, define a cesta básica que recebeu do programa Cesta do Trabalhador. “Você saber que está com seu alimento em casa, você deita e sabe que amanhã tem a sua comida”. Criada em novembro de 2023, a iniciativa superou, em menos de um ano, a marca de 30 mil cestas básicas entregues. Até o início deste mês, 30.536 “bênçãos” chegaram às mesas de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Maria da Conceição (esquerda) e Marinez Cavalcante são beneficiárias do programa Cesta do Trabalhador, que oferece cesta básica para pessoas sem vínculo empregatício | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília

No caso de dona Maria da Conceição, estava complicado encaixar as contas dentro do salário mínimo que ela recebe enquanto aposentada. “Difícil mesmo, muito difícil. Porque, como é que eu recebo um salário mínimo, tiro a parte do remédio, o aluguel, a água e a luz?”, indaga. “Com a cesta básica, é uma situação resolvida. Porque o que você não pode ficar é sem alimentação”, acrescenta.

Para participar do programa é preciso estar sem vínculo empregatício ativo — desempregado ou aposentado — há pelo menos 180 dias; estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), sem participar de outros programas; e ter renda per capita de até um salário mínimo mensal. Além disso, só é permitida a participação de uma pessoa por família.

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Cada inscrito pode receber o auxílio por até três meses. “É uma ação complementar. A pessoa tem que estar em desemprego há mais de seis meses e aí procura a Agência do Trabalhador. No momento em que busca acesso a esse benefício, ela acaba se cadastrando nos processos de intermediação de mão de obra, nos processos de qualificação profissional como uma porta de saída para essa possível ajuda que ela venha receber”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), Thales Mendes.

Marinez Cavalcante, 57 anos, perdeu o emprego no fim do ano passado. Neste ano, soube do programa e já recebeu a primeira cesta, com itens como arroz, feijão, sardinha e leite em pó. Ela relata que não teria “condições de comprar uma cesta deste tamanho” e classifica o auxílio como “um alívio”: “Consigo respirar, porque eu sei o que eu vou fazer. Eu sei que a minha filha vai comer”.

Criado em novembro de 2023, o programa superou, em menos de um ano, a marca de 30 mil cestas básicas entregues

Inscrição

Os interessados devem se inscrever no site da secretaria — se precisarem de auxílio, podem procurar um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Cras). Depois, devem comparecer pessoalmente a uma das 14 agências do trabalhador para comprovar os requisitos. Se aprovado, os alimentos são entregues diretamente no endereço informado.

O secretário exalta os bons números que a iniciativa atingiu antes mesmo de completar um ano: “É um programa que deu certo. Os indicadores são todos positivos, inclusive com casos de sucesso e pessoas que, por meio disso, descobriram toda a gama de serviços e oportunidades que são dadas para o usuário que procura a Agência do Trabalhador, não só a cesta”.

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Estudo mostra relação entre dependência da internet e ideação suicida

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A universitária Milena Dias cursa jornalismo, em Brasília, e diz que todo mundo estranha o fato de ela não ter rede social. A estudante acredita que, em algum momento, isso vai mudar, mas, por enquanto, gosta de não fazer parte do ambiente virtual.

“Não sinto falta de postar fotos minhas, não sinto falta de ver as postagens dos outros, [porque] é um mundo separado da realidade. É diferente da vida real, é um mundo muito de estereótipos e, mais do que isso, de muita exposição.”

Já para a estudante de nutrição Maria Eduarda Nestali, que também mora na capital federal, as redes sociais são importantes: “Eu tenho WhatsApp, Instagram, TikTok, mas sou bem criteriosa com os conteúdos que eu assisto”, pondera Maria Eduarda.

Estudos indicam que o impacto da internet na saúde mental pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da forma como ela é utilizada. A necessidade de permanecer conectado à rede mundial de computadores preocupa especialistas, que apontam a relação entre o consumo excessivo das plataformas online e transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Foi buscando uma resposta para o que acontecia com estudantes da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) que a professora Irena Penha Duprat resolveu aliar o interesse pelo uso excessivo da internet à pesquisa sobre a chamada ideação suicida. Este ano, ela defendeu, na Universidade de São Paulo (USP), a tese O Papel da Internet na Saúde Mental de Jovens Universitários e sua Relação com Ideação Suicida.

Irena Duprat observou, em 2017 e 2018, um aumento no número de alunos com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e algumas tentativas de suicídio, o que, segundo ela, era muito preocupante. “Queria saber se o uso excessivo influenciava no pensamento suicida do estudante”, explica.

Foram entrevistados 503 alunos de seis cursos da área de saúde. “Eles responderam alguns questionários e, entre eles, um teste sobre dependência de internet e um sobre ideação suicida, além da questão sociodemográfica para conhecer o perfil de cada estudante”, conta Irena.

Cerca de 51% dos estudantes foram classificados com algum tipo de dependência: leve, quando a pessoa usa muito a internet, mas tem a percepção disso e consegue parar; e moderada e grave, quando já não há essa percepção. Irena explica que, nesses dois últimos casos, a dependência é comparada a qualquer outra, sem limites. “No caso da ideação suicida, no questionário, a gente teve uma prevalência de 12,5% de estudantes com ideação presente”, revela.

Onze dos entrevistados com sintomas depressivos apresentaram maior frequência de ideação suicida, assim como aqueles com nível de ansiedade alto. Ainda de acordo com a pesquisa, a ideação suicida foi maior entre estudantes que reportaram dependência moderada ou grave da internet.

“O uso da internet [é] como um mecanismo de fuga para diversas situações da vida deles. Principalmente aqueles que relataram problemas como depressão, ansiedade, estresse. Eles usavam na verdade a internet como um refúgio para fugir dos problemas”, aponta a professora Irena Duprat.

O impacto negativo também é sentido no caso da exposição em mídias sociais como Instagram e Facebook, sobretudo na saúde mental das mulheres. A professora diz que, para as jovens, é “algo que influenciava na questão do pensamento suicida, principalmente em relação a esses conteúdos que podem gerar sentimentos de inferioridade, baixa autoestima”.

“Por quê? Porque a gente olha aquelas redes sociais, as influencers, e as pessoas parecem ter uma felicidade. As mulheres apresentam o ideal de beleza que quem está olhando muitas vezes não se sente assim”, ressalta.

>> Ouça mais: o impacto das redes sociais na saúde mental

 

Internet como aliada

A psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, que se dedica ao trabalho de prevenção e de posvenção (apoio nos processos de luto) ao suicídio, também avalia que o uso da tecnologia pode ser positivo ou negativo.

“É difícil a gente estabelecer o que começa antes, se um uso excessivo da tecnologia que leva a questões de saúde mental ou influencia as questões de saúde mental; ou se as pessoas já estão lidando com questões de saúde mental e acabam fazendo um uso excessivo das redes, por conta disso”, destaca a psicóloga Karen Scavacini.

Karen acredita que os impactos dependem da vulnerabilidade das pessoas, se elas estão passando por situações delicadas, com algum transtorno mental não tratado ou não diagnosticado. Têm relação também com as horas de uso e como é esse uso – se é mais passivo ou mais ativo.

Brasília (DF), 13/09/2024 - Setembro Amarelo. Psicóloga Karen Scavacini . Foto: Vita Alere/Divulgação
Brasília (DF), 13/09/2024 - Setembro Amarelo. Psicóloga Karen Scavacini . Foto: Vita Alere/Divulgação

Psicóloga Karen Scavacini diz que internet pode ser ferramenta de prevenção ao suicídio – Vita Alere/Divulgação

Outro fator que merece atenção é o que a rede tem oferecido para os usuários dependendo dos conteúdos que eles buscam, a partir dos algoritmos. “Se ela vai e procura depressão, o que ela recebe de informação? Se ela procurar autolesão, se ela procurar suicídio, o que que ela encontra? Então, o que as redes oferecem em termos de conteúdo.”

A psicóloga lembra que, em muitos casos, as pessoas recorrem às redes para buscar grupos de pertencimento, com quem conversar e pedir ajuda. Ela cita pesquisas recentes que mostram que muitos jovens, por exemplo, têm buscado na internet informações sobre saúde mental e como superar o preconceito e o estigma em relação ao assunto.

Instituto Vita Alere oferece materiais educativos gratuito de acesso livre. Desde um baralho que pode ser usado em sala de aula por professores para abordar o tema da prevenção do suicídio na internet, até uma cartilha para pais e educadores sobre tempo de uso. No ano passado, o instituto abriu um centro de inovação para estudos em saúde mental, tecnologia e suicidologia.

O instituto oferece ainda o Mapa da Saúde Mental, um mapeamento nacional dos locais de atendimento em saúde mental gratuitos no país. Os interessados podem acessar o Mapa da Tecnologia, que mostra locais de ajuda específicos para pessoas que estão passando ou passaram por alguma violência online.

Karen Scavacini destaca que, hoje em dia, a tecnologia pode funcionar como aliada e cita, por exemplo, aplicativos que indicam onde buscar informações e outros tipos de ajuda para pessoas em sofrimento.

>> Ouça mais: como a internet pode ser ferramenta de prevenção ao suicídio

 

Outro exemplo são as terapias virtuais desenvolvidas para alguns tipos de atendimento específicos, como no caso de pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, além do uso de games para ajudar crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. “A tecnologia oferece novos tratamentos também e formas alternativas ou complementares de tratamento para a saúde mental”, aponta.

A psicóloga orienta os interessados a buscarem fontes confiáveis, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Associação Brasileira de Prevenção ao Suicídio, a Associação Brasileira de Sobreviventes Enlutados por Suicídio e o próprio Instituto Vita Alere.

Para Irena Duprat, que fez o estudo sobre internet e ideação suicida de universitários, é preciso uma conscientização sobre o uso das redes. Afinal, a tecnologia veio para ficar.

“É inevitável que a internet faz parte da vida de todo mundo. Ela traz benefício, a gente não pode pensar só no lado negativo. Ela é uma das maiores revoluções tecnológicas dos últimos 20 anos, mas, como tudo em excesso pode trazer algo prejudicial, ela também pode Então, a gente precisa é trabalhar essa conscientização do uso com moderação. É saber até onde esse uso pode realmente trazer benefícios ou malefícios”, defende.

A dependência da internet pode ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, com medicação, associada a tratamentos para depressão e ansiedade.

Saúde mental dos estudantes

Algumas universidades têm iniciativas voltadas para a saúde mental dos estudantes. É o caso da Universidade Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes (UFF Campos).

Bruna Oliveira Silva é estudante do último ano de psicologia. Para ela, a vida universitária não é fácil. “Estar no ambiente acadêmico, em que muitas vezes a gente está submetida a rotinas exaustivas, relacionadas à pressão das disciplinas, com prazos para cumprir. O fato de estar longe do nosso núcleo familiar, como é o caso de muitos alunos do nosso polo. É  muito difícil e requer muito esforço mental dos estudantes.”

Com o aumento de queixas associadas à saúde mental dos estudantes, identificado pela assistência estudantil, a UFF Campos desenvolveu, em 2017, o projeto Cuca Legal, uma parceria da equipe de assistentes sociais e de professores do Departamento de Psicologia.

No Cuca Legal, o aluno pode falar de suas angústias e dúvidas, além de aprender algumas habilidades necessárias para o ambiente universitário, como destaca a professora do Departamento de Psicologia Ana Lúcia Novais Carvalho. O projeto tem encontros mensais, oficinas semanais e mantém um perfil no Instagram.

Brasília (DF), 13/09/2024 - Setembro Amarelo. Ana Lúcia Novais Carvalho. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Brasília (DF), 13/09/2024 - Setembro Amarelo. Ana Lúcia Novais Carvalho. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Professora Ana Lúcia Novais Carvalho diz que, pelo Instagram do Cuca Legal, equipe do projeto identifica demandas dos alunos – Arquivo pessoal/Divulgação

Nesse caso, segundo Ana Lúcia, a rede social é uma espécie de intervenção psicoeducativa, “onde a gente identifica, quais são os temas mais frequentemente abordados pelos alunos”. “Por exemplo, a questão do sono. A gente, às vezes, pode valorizar muito pouco a necessidade de sono, mas o sono pode impactar de forma importante mesmo a própria saúde mental.”

Os alunos que precisam têm um cuidado individual da assistência estudantil. Uma psicóloga faz os atendimentos. O encaminhamento é feito dentro da própria instituição, quando necessário, e se for o caso, para a rede estadual de saúde.

>> Ouça mais: projeto da UFF foca na saúde mental dos universitários

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) possui a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), dedicada a cuidar da saúde mental.

Setembro Amarelo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2000 a 2019, o suicídio foi a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo.

Durante todo o mês de setembro, profissionais de saúde intensificam as ações voltadas para a saúde mental e a conscientização relacionada à importância da preservação da vida. É a campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio.

A psicóloga Karen Skavacini ressalta a necessidade de as escolas participarem desse processo e destaca a importância de se falar abertamente sobre o assunto. “Quando a gente fala abertamente sobre um assunto, a gente tem a capacidade de mudar as coisas com relação a ele, então eu diria para a gente aproveitar este mês para refletir o nosso papel e para expandir esse conhecimento e esse cuidado para todos os outros meses.”

Quem estiver passando por um momento difícil pode encontrar ajuda nos centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e nas unidades básicas de Saúde, ou no Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende pelo telefone 188 ou pela internet.

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Alívio para o calor e a seca, Lago Paranoá exige cuidados para evitar afogamentos

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O Lago Paranoá foi pensado para ajudar nos longos períodos de seca do Planalto Central. Além de contribuir para ampliar a umidade, ele também é um refúgio para banhistas que desejam aliviar o calor. Porém, a alta na movimentação também leva a um aumento no número de acidentes no local. Por isso, o ideal é adotar alguns cuidados para que o refresco não se torne um problema.

“É uma época complicada, que exige muita atenção da nossa equipe. Então, principalmente aos finais de semana, os mergulhadores e guarda-vidas do Corpo de Bombeiros ficam em alerta 100% em todos os nossos postos. Nós temos cinco postos de guarda-vidas espalhados pelo Lago Paranoá e mais dois postos de atendimento à emergência de mergulho”, explica o capitão Alan Valim, oficial do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

“A gente sempre orienta a não tentar resgatar uma pessoa caso você não tenha plenos conhecimentos das técnicas de salvamento aquático. E, no caso de crianças, que é um alerta em todas as situações, mas, principalmente, no meio líquido, manter sempre a água na altura da cintura em água parada e, em água corrente, na altura dos joelhos no máximo e à distância de um braço do adulto mais próximo”

             Alan Valim, oficial do Grupamento de Busca e Salvamento

O militar elenca as precauções necessárias para prevenir afogamentos. A principal delas é evitar o consumo de álcool antes de entrar na água. “Nós temos estatísticas que mostram, ao longo de mais de 15 anos de estudo, que as bebidas alcoólicas realmente oferecem muito risco às pessoas. Parte considerável dos casos de afogamento tem a incidência de bebida alcoólica. Muitas vezes também, há uma pessoa em situação de risco e alguém (vem) da margem, tenta salvar e acaba sendo uma outra vítima. Então, a gente sempre orienta a não tentar resgatar uma pessoa caso você não tenha plenos conhecimentos das técnicas de salvamento aquático. E, no caso de crianças, que é um alerta em todas as situações, mas, principalmente, no meio líquido, manter sempre a água na altura da cintura em água parada e, em água corrente, na altura dos joelhos no máximo e à distância de um braço do adulto mais próximo”.

Outra recomendação, que vale tanto para o Paranoá quanto para locais como rios e cachoeiras, é estar atento ao relevo embaixo d’água. “O lago engana bastante. Nós temos aqui áreas onde a profundidade é alterada de forma mais lenta, mas nós temos outras áreas em que você dando dois, três passos à frente, a profundidade aumenta dez vezes daquela que você está”, aponta o capitão.

De janeiro a 18 de agosto deste ano, o DF teve 68 ocorrências de afogamento. Em todo o ano passado, foram 139 registros. Em casos como esses, a rapidez é fundamental. Daí a necessidade de existirem postos do CBMDF espalhados pelo lago, o que permite que, a depender da distância, o tempo de resposta seja de até 15 segundos. “Passou de três minutos (afogada), a pessoa já pode ter danos graves. Mesmo que aconteça o socorro, ela tem um risco de ter dano cerebral. Então, às vezes, dez segundos, 20 segundos, são primordiais nesse atendimento”, enfatiza Valim.

Adotando os devidos cuidados — e contando com o apoio do CBMDF, caso necessário —, a diversão e o alívio ao calor são garantidos. “O lago é para que as pessoas possam se divertir, é um dos ambientes mais adequados para a prática de esporte, para a prática de lazer do Brasil. Hoje nós temos uma das porções de água fechada e urbana mais limpas do mundo e aqui no Distrito Federal. E o Corpo de Bombeiros está pronto para atender. Liga 193 em caso de emergência e a nossa equipe está pronta. A gente sempre passa essas orientações para que as pessoas possam ter o seu momento de lazer, seu momento de diversão, mas com muita segurança, protegendo a si e a sua família”, arremata o oficial.

Alerta

Durante a última semana, o DF esteve sob alerta de “grande perigo” para a baixa umidade, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Na ocasião, a mínima chegou aos 10%. Diante desse cenário, também é preciso tomar certos cuidados para evitar problemas de saúde — como doenças pulmonares e dores de cabeça.

“Hidrate-se. Para garantir isso, ande sempre com a sua garrafinha. Evite também fazer atividade física (no período) das 10h às 17h. Mantenha sua casa arejada e limpa, evitando doenças respiratórias, que atingem principalmente as crianças e os idosos”, lista a agente da Defesa Civil Benedita Santos.

A Defesa Civil ainda orienta a fazer refeições leves e mais frequentes, usar roupas leves e recorrer a umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água em ambientes fechados. Uma última dica é cadastrar-se no sistema do órgão para receber alertas de baixa umidade, enviando uma mensagem para o número 40199. “É só mandar o seu CEP. Você se cadastra na hora, é em tempo real e, todas as vezes que a umidade cair drasticamente, nós mandamos um SMS para o seu celular”, indica a agente.

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Alívio para o calor e a seca, Lago Paranoá exige cuidados para evitar afogamentos

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O Lago Paranoá foi pensado para ajudar nos longos períodos de seca do Planalto Central. Além de contribuir para ampliar a umidade, ele também é um refúgio para banhistas que desejam aliviar o calor. Porém, a alta na movimentação também leva a um aumento no número de acidentes no local. Por isso, o ideal é adotar alguns cuidados para que o refresco não se torne um problema.

De janeiro a 18 de agosto deste ano, o DF teve 68 ocorrências de afogamento. Em todo o ano passado, foram 139 registros. Em casos como esses, a rapidez é fundamental. Daí a necessidade de existirem postos do CBMDF espalhados pelo lago, o que permite que, a depender da distância, o tempo de resposta seja de até 15 segundos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

“É uma época complicada, que exige muita atenção da nossa equipe. Então, principalmente aos finais de semana, os mergulhadores e guarda-vidas do Corpo de Bombeiros ficam em alerta 100% em todos os nossos postos. Nós temos cinco postos de guarda-vidas espalhados pelo Lago Paranoá e mais dois postos de atendimento à emergência de mergulho”, explica o capitão Alan Valim, oficial do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

“A gente sempre orienta a não tentar resgatar uma pessoa caso você não tenha plenos conhecimentos das técnicas de salvamento aquático. E, no caso de crianças, que é um alerta em todas as situações, mas, principalmente, no meio líquido, manter sempre a água na altura da cintura em água parada e, em água corrente, na altura dos joelhos no máximo e à distância de um braço do adulto mais próximo”

             Alan Valim, oficial do Grupamento de Busca e Salvamento

O militar elenca as precauções necessárias para prevenir afogamentos. A principal delas é evitar o consumo de álcool antes de entrar na água. “Nós temos estatísticas que mostram, ao longo de mais de 15 anos de estudo, que as bebidas alcoólicas realmente oferecem muito risco às pessoas. Parte considerável dos casos de afogamento tem a incidência de bebida alcoólica. Muitas vezes também, há uma pessoa em situação de risco e alguém (vem) da margem, tenta salvar e acaba sendo uma outra vítima. Então, a gente sempre orienta a não tentar resgatar uma pessoa caso você não tenha plenos conhecimentos das técnicas de salvamento aquático. E, no caso de crianças, que é um alerta em todas as situações, mas, principalmente, no meio líquido, manter sempre a água na altura da cintura em água parada e, em água corrente, na altura dos joelhos no máximo e à distância de um braço do adulto mais próximo”.

Outra recomendação, que vale tanto para o Paranoá quanto para locais como rios e cachoeiras, é estar atento ao relevo embaixo d’água. “O lago engana bastante. Nós temos aqui áreas onde a profundidade é alterada de forma mais lenta, mas nós temos outras áreas em que você dando dois, três passos à frente, a profundidade aumenta dez vezes daquela que você está”, aponta o capitão.

O Corpo de Bombeiros está sempre pronto para ajudar: “Liga 193 em caso de emergência e a nossa equipe está pronta. A gente sempre passa essas orientações para que as pessoas possam ter o seu momento de lazer, seu momento de diversão, mas com muita segurança, protegendo a si e a sua família”, enfatiza o capitão Alan Valim

De janeiro a 18 de agosto deste ano, o DF teve 68 ocorrências de afogamento. Em todo o ano passado, foram 139 registros. Em casos como esses, a rapidez é fundamental. Daí a necessidade de existirem postos do CBMDF espalhados pelo lago, o que permite que, a depender da distância, o tempo de resposta seja de até 15 segundos. “Passou de três minutos (afogada), a pessoa já pode ter danos graves. Mesmo que aconteça o socorro, ela tem um risco de ter dano cerebral. Então, às vezes, dez segundos, 20 segundos, são primordiais nesse atendimento”, enfatiza Valim.

Adotando os devidos cuidados — e contando com o apoio do CBMDF, caso necessário —, a diversão e o alívio ao calor são garantidos. “O lago é para que as pessoas possam se divertir, é um dos ambientes mais adequados para a prática de esporte, para a prática de lazer do Brasil. Hoje nós temos uma das porções de água fechada e urbana mais limpas do mundo e aqui no Distrito Federal. E o Corpo de Bombeiros está pronto para atender. Liga 193 em caso de emergência e a nossa equipe está pronta. A gente sempre passa essas orientações para que as pessoas possam ter o seu momento de lazer, seu momento de diversão, mas com muita segurança, protegendo a si e a sua família”, arremata o oficial.

Alerta

Durante a última semana, o DF esteve sob alerta de “grande perigo” para a baixa umidade, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Na ocasião, a mínima chegou aos 10%. Diante desse cenário, também é preciso tomar certos cuidados para evitar problemas de saúde — como doenças pulmonares e dores de cabeça.

“Hidrate-se. Para garantir isso, ande sempre com a sua garrafinha. Evite também fazer atividade física (no período) das 10h às 17h. Mantenha sua casa arejada e limpa, evitando doenças respiratórias, que atingem principalmente as crianças e os idosos”, lista a agente da Defesa Civil Benedita Santos.

A Defesa Civil ainda orienta a fazer refeições leves e mais frequentes, usar roupas leves e recorrer a umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água em ambientes fechados. Uma última dica é cadastrar-se no sistema do órgão para receber alertas de baixa umidade, enviando uma mensagem para o número 40199. “É só mandar o seu CEP. Você se cadastra na hora, é em tempo real e, todas as vezes que a umidade cair drasticamente, nós mandamos um SMS para o seu celular”, indica a agente.

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Festival Revelando SP leva cultura regional a 80 mil paulistanos

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A edição de 2024 do festival Revelando São Paulo, maior evento dedicado às culturais regionais do estado, termina neste final de semana, após passar pelas cidades de Barretos, Iguape, Presidente Prudente e São José dos Campos. Segundo a assessoria do festival, as edições no interior atenderam 200 mil visitantes. A edição na capital, que começou na quinta-feira (12) e vai até domingo (15) tem previsão de público de 80 mil pessoas, com maior concentração no sábado e domingo. O festival é gratuito.

São Paulo (SP)  13/09/2024 Festival da tradicional cultura paulistana, REVELANDO SP acontece no Parque da Água Branca com a participação de 88 municipios com stands de artesanato e culinária. Show do cantor Almir Sater.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil
São Paulo (SP)  13/09/2024 Festival da tradicional cultura paulistana, REVELANDO SP acontece no Parque da Água Branca com a participação de 88 municipios com stands de artesanato e culinária. Show do cantor Almir Sater.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

São Paulo – Show do cantor Almir Sater no Festival Revelando São Paulo, no Parque da Água Branca – Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil

A programação é variada, com barracas de artesanato e comidas típicas da culinária paulista, distribuídas na área de exposições do Parque da Água Branca, que sedia órgãos do governo como a Secretaria de Agricultura, e fica localizado na zona oeste da cidade. Os 142 participantes representam 88 municípios de 12 regiões paulistas. Também haverá apresentações de dança e música típicas, além de shows como o do violeiro Almir Satter, que encerrou a programação do palco ontem.

Em nota, a organização informou à Agência Brasil que a curadoria do Revelando São Paulo é pautada pela tradição e pela transmissão desses conhecimentos, que são passados de geração para geração. “É uma reverência a esses mestres, guardiões das expressões mais tradicionais da nossa cultura tão diversa”.

São Paulo (SP)  13/09/2024 Festival da tradicional cultura paulistana, REVELANDO SP acontece no Parque da Água Branca com a participação de 88 municipios com stands de artesanato e culinária.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil
São Paulo (SP)  13/09/2024 Festival da tradicional cultura paulistana, REVELANDO SP acontece no Parque da Água Branca com a participação de 88 municipios com stands de artesanato e culinária.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

São Paulo – Festival da tradicional cultura paulistana, Revelando São Paulo ocorre no Parque da Água Branca – Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil

Essa diversidade pode ser observada no evento por meio das comunidades representadas: caipiras, caiçaras, povos originários, quilombolas e ciganos. Além disso, este ano o Revelando fez parcerias com outras instituições, como o Catavento e o Museu de Arte Sacra, que trazem a experiência das culturas tradicionais por meio da estética”. Detalhes da programação estão no site do evento.

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Descumprimento de ordem judicial: Médicos do DF mantêm greve apesar de multa de R$ 200 mil

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Apesar de uma ordem judicial proibindo a paralisação, os médicos do Distrito Federal seguem em greve, acumulando já nove dias de paralisação, o que tem gerado um verdadeiro colapso nos serviços de saúde pública da capital. A determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), emitida pelo desembargador Fernando Habibe, estabeleceu uma multa diária de R$ 200 mil ao Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) pelo descumprimento da decisão, mas a categoria continua a reivindicar melhorias, desafiando as imposições legais.

Desde o início da greve, no dia 3 de setembro, a situação nos hospitais públicos tem se agravado, com falta de médicos nos plantões e suspensão de atendimentos essenciais. A categoria protesta por reajuste salarial, nomeação de aprovados em concurso público e reestruturação da carreira. De acordo com o SindMédico-DF, a decisão de continuar a greve se deu devido à falta de avanços nas negociações e à precariedade das condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais de saúde.

O movimento grevista, que já afeta milhares de pacientes, foi um tema de discussão marcado para esta quinta-feira (12/9) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), com a presença de representantes da categoria e de autoridades locais. O deputado distrital Gabriel Magno (PT) promoveu o encontro, buscando debater a situação da saúde pública e o déficit de profissionais na rede, que soma mais de 25 mil vagas não preenchidas.

Em contrapartida, o Governo do Distrito Federal (GDF) argumenta que manter 100% do corpo médico é essencial para a prestação adequada dos serviços públicos de saúde e que o reajuste salarial reivindicado pela categoria comprometeria o equilíbrio financeiro das contas públicas. O GDF destaca que todos os servidores distritais já receberam um aumento de 18% em julho deste ano e que existe um concurso vigente com cadastro de reserva ilimitado, evidenciando esforços para a contratação contínua de novos profissionais.

Sem sinais de resolução, o impasse entre o governo e os médicos persiste, com os profissionais de saúde afirmando que a greve seguirá até que uma proposta satisfatória seja apresentada. “Não é só a situação de trabalho do médico que está ruim, é o próprio SUS [Sistema Único de Saúde], que desmorona no DF”, destacou Gutemberg Fialho, presidente do SindMédico-DF, ao justificar a continuidade do movimento grevista.

A população, que depende dos serviços públicos de saúde, continua a enfrentar as consequências desse embate, sem uma previsão clara para o fim da paralisação e a normalização dos atendimentos.

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Minuta sobre implantação de sistema de recarga de aquíferos será discutida em nova data

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A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) convida todos os usuários, agentes e interessados nos serviços públicos de drenagem e manejo de águas pluviais a participar da Audiência Pública nº 005/2024, que tem como objetivo coletar subsídios e informações adicionais referentes à minuta de resolução que estabelece diretrizes para a implantação de sistemas de recarga artificial de aquíferos.

Audiência pública vai debater a resolução que estabelece diretrizes para a implantação de sistemas de recarga artificial de aquíferos | Foto: Divulgação/ Adasa

O evento, que seria realizado no dia 25 de setembro, foi adiado para 3 de outubro, a partir das 10h, na sede da Adasa, localizada na antiga Rodoferroviária de Brasília. Os interessados também poderão acompanhar a reunião por um link que será disponibilizado por meio de um pop-up na página institucional do órgão regulador, no dia do evento.

A agência receberá contribuições ao texto até às 18h do dia 6 de outubro de 2024, pelo e-mail: AP-005-2024@adasa.df.gov.br. A minuta de resolução e os documentos relacionados estarão disponíveis no site da Adasa, na seção Audiências Públicas em andamento.

O evento será gravado e a gravação ficará acessível na mesma página da audiência, permitindo que todos possam acompanhar as discussões mesmo após a realização do encontro.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone 3961-4900 ou acessar o site da Adasa.

*Com informações da Adasa

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Mais de 200 colaboradores do HRSM são capacitados sobre atendimento de excelência

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Nesta quinta e sexta-feiras, dias 12 e 13 de setembro, os colaboradores que atuam diretamente com atendimento ao público do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) participaram de um treinamento focado no atendimento de excelência, experiência do paciente, técnicas para elevar a qualidade do atendimento, o aprazer do usuário no atendimento perfilizado e autognose (autoconhecimento).

Mais de 200 colaboradores do Hospital Regional de Santa Maria participaram de capacitação para aperfeiçoar o atendimento à população | Foto: Divulgação/IgesDF

A capacitação ocorreu no auditório do HRSM e contou com a participação de mais de 200 colaboradores, divididos em quatro turmas, uma em cada turno, durante os dois dias. Os profissionais são das equipes da recepção, do Humanizar, da Vigilância e da Central Tática de Resolutividade (CTR).

“Este é um momento importante para enriquecer os conhecimentos de todos vocês. O atendimento realizado por cada um de vocês dão cara para o nosso hospital”, afirma a chefe do Núcleo de Atendimento do HRSM, Luciara Barros. Já o gerente administrativo do HRSM, Helber Carvalho, destaca a importância de cada um para o hospital, tendo em vista que “todos os colaboradores que participam deste treinamento recebem a população e fazem o seu primeiro atendimento. Não tem nada melhor na vida do que tratar todos bem”.

“Me deu a perspectiva de olhar para o outro de uma maneira diferente, até porque eu não sei o que cada um está passando. Por isso, tenho que zelar sempre pela humanização e pelo atendimento com empatia”

Joelson Ribeiro, vigilante

Ocorreram várias palestras que abordaram temas diversos sobre atendimento ao público, segurança e qualidade, cuidado centrado no paciente, foco na humanização e excelência na jornada do paciente dentro da unidade hospitalar, além de abordar a saúde mental, como é importante estar bem consigo mesmo para conseguir atender o outro bem.

“O paciente cria percepções, essa primeira percepção é muito importante. São momentos de acolhimento, de orientação, que tranquilizam o paciente ou podem trazer um efeito contrário, de estresse, de falta de paciência. Então, esse primeiro atendimento, bem alinhado e bem instruído, reflete em uma boa experiência do paciente e a humanização vem como um trunfo nisso”, destaca o chefe do Núcleo de Experiência do Usuário do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Leonardo Maciel.

Durante a capacitação, Maciel explanou que quando se fala de humanização, não se pode esquecer a necessidade de uma comunicação clara e objetiva. E para possuir uma comunicação objetiva e clara, é preciso entender os direitos dos pacientes, as culturas diferentes, as linguagens diferentes e personalizar o atendimento a cada paciente.

Grasielle Bezerra, do Núcleo de Educação Corporativa (Nuedc) abordou questões essenciais em sua fala, como o respeito, saber ouvir, a empatia e a humanização focada na experiência positiva do usuário. “O paciente, quando ele é bem-recebido, ele já se sente acolhido. Se ele for mal-atendido ali logo no atendimento inicial, a pessoa que atender, se for ríspida, grosseira ou fria, ele já vai ficar irado, mais chateado, então pode provocar uma situação ruim ali no ambiente hospitalar. Então, o ideal, nesse primeiro atendimento, é tratar o usuário da forma que eu gostaria de ser tratado”, explica.

Autocuidado e autoconhecimento

Colaboradores participaram de dinâmica em palestra com foco em saúde mental | Foto: Divulgação/IgesDF

Focada na saúde mental, a psicóloga Fernanda Souza destacou durante sua palestra a importância de se conhecer, conhecer seu corpo, suas emoções e estar bem para conseguir proporcionar aos outros um atendimento de qualidade.

“É preciso focar no autoconhecimento, no bem-estar, na qualidade de vida própria, nesse olhar que a pessoa deixa de fazer muitas vezes, para ela mesma, para olhar o outro de uma forma humana e, que ali tem uma pessoa que também precisa de cuidados. Estamos no setembro amarelo e é preciso desmistificar a busca pelo profissional de saúde mental quando se sentirem sobrecarregados mentalmente, para evitar doenças como ansiedade, depressão”, informa.

Além de vídeos em que passou para os colaboradores abordando a temática, a psicóloga fez uma dinâmica com todos para que soprassem em seu balão todos os problemas e pensamentos negativos que estivessem trazendo preocupação e angústia para cada um. Ao término, todos explodiram e jogaram as energias negativas para o universo levar.

O vigilante Joelson Ribeiro gostou bastante do treinamento. “Me deu a perspectiva de olhar para o outro de uma maneira diferente, até porque eu não sei o que cada um está passando. Por isso, tenho que zelar sempre pela humanização e pelo atendimento com empatia”, afirma.

Já a recepcionista Edilene Cruz considera o aprendizado sempre importante e que deve ocorrer constantemente. “Foi bem proveitoso passar essas horas aqui. Conhecimento nunca é demais e a humanização durante nosso atendimento é primordial e faz a diferença”, avalia.

*Com informações do IgesDF

 

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Programa ajuda produtores rurais a se adaptarem às mudanças climáticas

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Nesta semana em que foi celebrado o Dia do Cerrado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) lançou o Programa Emater-DF no Clima, uma iniciativa voltada à adaptação dos produtores rurais às mudanças climáticas, reconhecendo-os como agentes de proteção do clima. O objetivo é transformar o DF em referência nacional, preparando os produtores para os desafios climáticos, com a inserção no mercado de carbono, e contribuindo para a segurança hídrica, preservação do Cerrado e o desenvolvimento rural sustentável.

Programa Emater-DF no Clima visa contribuir para a segurança hídrica, a preservação do Cerrado e o desenvolvimento rural sustentável | Foto: Divulgação/ Emater-DF

Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a empresa quer fortalecer o papel do produtor rural como prestador de serviços ambientais e agente protetor do clima. “Esse projeto vai ampliar e fortalecer as ações preservacionistas, por meio de articulações e parcerias entre instituições, somando esforços para que os produtores rurais participantes do programa sejam prestadores de serviços ambientais e fornecedores de crédito de carbono”, diz Cleison.

“Queremos que os produtores rurais atendidos pela Emater-DF, ao implantarem práticas de adaptação às mudanças climáticas, tornem-se fornecedores de crédito de carbono às instituições ou empresas que precisam realizar a compensação ambiental”

Anne Caroline Borges, engenheira ambiental da Emater-DF

Entre as ações do programa, idealizado pelas engenheiras ambientais da Emater-DF Anne Caroline Borges e Icléa Silva, estão os projetos Plantar Cerrado, Fazendas de Carbono e Saneamento Rural, além da participação da Emater-DF em conselhos deliberativos para a criação de políticas públicas.

“Para a elaboração do projeto, foram dois anos de pesquisa, estudo de legislação, além de viagem técnica ao projeto Conservador das Águas, em Extrema (MG), para troca de experiências”, contou Icléa.

“Queremos que os produtores rurais atendidos pela Emater-DF, ao implantarem práticas de adaptação às mudanças climáticas, tornem-se fornecedores de crédito de carbono às instituições ou empresas que precisam realizar a compensação ambiental. É possível compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico da propriedade com a melhoria do microclima local”, explica Anne Caroline.

A implantação do programa será realizado por sub-bacias hidrográficas, sendo priorizadas aquelas que possuem conflitos pelo uso da água, presença de nascentes e necessidade de recomposição e conservação da vegetação nativa.

Projetos envolvidos

Projeto Plantar Cerrado – Como um braço operacional do programa Emater-DF no Clima, o projeto incentiva o produtor rural a adotar práticas conservacionistas que irão refletir na melhoria da qualidade e quantidade da água, e promover a adequação ambiental das propriedades rurais.

Projeto Fazenda de Carbono – Visa à identificação de imóveis rurais aptos para o mercado de carbono e elaboração de projetos passíveis de obter certificações e registros necessários para a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário e regulado.

Políticas Públicas – Participação da Emater-DF no Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal (Conam-DF) e Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal (CRH-DF) para contribuir na elaboração de normas e legislações referentes ao tema, assim como em outros grupos de trabalho com a mesma temática.

*Com informações da Emater-DF

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Moto Fest terá shows, exposições e feira em Taguatinga no domingo (15)

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No próximo domingo (15), o Sesc Taguatinga Sul recebe a primeira edição do Sesc Moto Fest. Das 14h às 22h, o evento vai reunir o que há de melhor no mundo das duas rodas, com muito rock, DJ, food trucks, exposições e sorteios de brindes. A entrada é gratuita, bastando a doação de 1 kg de alimento não perecível, sujeita a lotação.

O evento vai ter a presença do DJ Sheydy, com hits das décadas de 1970 a 2000. No palco, as bandas Hunter Band’s, Radiola Hits e Seu Vavá prometem botar fogo no público com muito rock, blues e clássicos.

O Moto Fest também vai contar com exposições de artesanato, tatuagens, piercings e acessórios de motos. Haverá exposição de motos customizadas, triciclos e carros antigos. Durante o evento serão realizadas ações de conscientização e de orientação sobre os diferentes tipos de violência contra mulheres.

Serviço

Sesc Moto Fest
→ Data: domingo (15)
→ Horário: Das 14h às 22h
→ Local: Sesc Taguatinga Sul – Setor F Sul, Área Especial 3, em frente à rodoviária
→ Entrada gratuita com a doação de 1 kg de alimento (sujeita a lotação).

*Com informações da Administração Regional de Taguatinga

 

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Alunos da rede pública visitam Cine Brasília para assistir a mostra internacional de curtas

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Uma das mais importantes salas de cinema do país e palco de festivais e mostras, o icônico Cine Brasília recebeu nessa semana um público diferente para acompanhar a mostra internacional Meu Primeiro Cinema, voltada para crianças de até 11 anos. Estudantes de diversas escolas e creches públicas participaram da 2ª edição do projeto, que exibiu 17 curtas-metragens em diferentes gêneros, com destaque para a produção latino-americana.

Desde terça-feira (10), o Cine Brasília recebe alunos da rede pública para a mostra ‘Meu Primeiro Cinema’ | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF

Desde terça-feira (10) até essa sexta (13), a mostra é dedicada às comunidades escolares. Nessa oportunidade, participaram 35 alunos da Escola Classe (EC) Aspalha do Plano Piloto, 39 da Escola Classe 502 de Samambaia, 100 da Escola Classe 115 de Ceilândia e 36 da Centro Educacional Aprender e Brincar (CEAB) do Gama.

As crianças foram recebidas já na área externa do Cine Brasília por uma encenação teatral, que os conduziu ao cinema, criando uma ponte entre o mundo cotidiano e o universo da sétima arte. As sessões foram divididas por faixa etária e o foyer do cinema foi adaptado para receber as crianças menores.

A turma do Ceab do Gama, com idades entre 3 e 5 anos, assistiu a quatro produções do Canal BebeLume: Inspira Fundo 2, Grão Jeté, Canções de Makuru e Inspira Fundo 1, que tiveram a duração de 25 minutos.

As sessões foram divididas por faixa etária e o foyer do cinema foi adaptado para receber as crianças menores

A gestora do Ceab, Ana Paula Almeida Gomes, ressaltou a importância de uma sessão de cinema voltada para crianças. “Esse foi um evento totalmente preparado para eles e isso é muito bom, porque já começa aqui, desde cedo, esse interesse pela cultura, pelo audiovisual e pela arte”, disse.

Primeira experiência

Já os estudantes do ensino fundamental assistiram a uma seleção de 1h20 de sete curtas-metragens em animação 2D e 3D, stop motion, documentário e live action, com os títulos: La Frontera, Disque Quilombola, Sparkle, Lulina e a Lua, Pionc, Os Pelúcias e Tointoin. A sessão contou ainda com intérprete de Libras ao lado da tela.

A diretora da EC Aspalha do Plano Piloto, Juliana Pereira, ressaltou que a maioria das crianças nunca tinha tido esse tipo de experiência por conta da localização onde reside e também do contexto familiar. “Realmente é o primeiro cinema de muitas das crianças aqui”, destacou.

Os alunos foram recebidos na área externa do cinema com uma encenação teatral

Uma das crianças que nunca havia ido ao cinema antes foi o aluno do 3º ano da EC 15 de Ceilândia João Lucas Ferreira da Silva, 10 anos. O aluno se divertiu com a experiência. “Foi muito legal, eu fiquei com vontade de ir ao cinema de novo”, disse entusiasmado.

Cultura

“Com este projeto oferecemos ao público infantil, em seus primeiros anos de vida, uma mostra cinematográfica inédita que une direito à cultura e à cidade”, afirma o idealizador e coordenador geral da mostra, Léo Hernandes.

Sobre a curadoria dos curtas da mostra, Clarice Cardell, diretora artística do Canal BebeLume destacou que a escolha dos filmes permite um contato com a realidade infantil de países como Brasil, Chile, México e Argentina. “Buscamos filmes que ampliam o repertório de nosso público em diferentes aspectos e que debatem temas caros à nossa sociedade e isso só a produção da América Latina poderia nos oferecer”, disse.

*Com informações da SEEDF

 

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Música e homenagens marcam a celebração dos 64 anos do Hospital de Base

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O Hospital de Base do Distrito Federal comemorou, nessa quinta-feira (12), o seu aniversário de 64 anos. A cerimônia foi realizada no jardim da unidade e começou com um culto ecumênico celebrado pelo pastor Josias Antônio, da Igreja Presbiteriana Alvorada, pelo padre Gilmar Aguiar, da capelania do Hospital de Base, e por Maria Isabel Teles, presidente do Instituto Chico Xavier do Monte Alverne.

Em seguida, a Orquestra Filarmônica Juvenil da Nova Acrópole, sob a regência do maestro Mário Brasil, brindou colaboradores, voluntários e autoridades presentes com uma apresentação de trechos de peças como O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky.

A Orquestra Filarmônica Juvenil da Nova Acrópole se apresentou tocando trechos de peças como ‘O Lago dos Cisnes’, de Tchaikovsky | Fotos: Alberto Ruy/ IgesDF

Em seu discurso, o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior relembrou a época da inauguração da unidade, pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que também era médico. “Eu gosto sempre dessas datas comemorativas, não somente para celebrarmos, mas também para refletirmos acerca do nosso propósito enquanto profissionais responsáveis em prover saúde para a população”, disse.

Juracy aproveitou a oportunidade para lembrar que, em breve, o Hospital de Base entregará novidades para melhorar o atendimento à população. “Nós teremos a reforma do novo Centro de Infusão, que proporcionará um aumento no número de atendimento aos pacientes oncológicos, com muito mais conforto. E, em breve, faremos a licitação para o início das obras do novo Centro Cirúrgico, com 16 salas modernas e bem equipadas”, adiantou.

“De janeiro a agosto, já foram realizadas 11.400 cirurgias, isso equivale a uma média de 48 procedimentos por dia, um recorde na história do hospital”

Guilherme Porfírio, superintendente do Hospital de Base

O superintendente do Hospital de Base, Guilherme Porfírio, ressaltou a história e o legado de sucesso da unidade, saudando os ex-diretores presentes ao evento. “O que faz desse hospital um gigante não são apenas as paredes, os equipamentos ou os procedimentos de alta complexidade. O verdadeiro coração do Hospital de Base é o amor, o senso de pertencimento e o compromisso que cada um de vocês carrega consigo”, observou.

Guilherme ainda ressaltou os números alcançados pelas equipes do hospital neste ano. “De janeiro a agosto, já foram realizadas 11.400 cirurgias, isso equivale a uma média de 48 procedimentos por dia, um recorde na história do hospital. Realizamos mais de 10.800 internações clínicas, mais de 82 mil atendimentos de urgência e emergência, 56 transplantes, 192.900 atendimentos ambulatoriais médicos, 99 mil atendimentos multiprofissionais. Esses números impressionantes não são apenas números. Estamos falando de pessoas, de famílias que, através da mão de vocês, de todos que estão aqui presentes, conseguiram receber o amor”, concluiu.

A cerimônia, realizada no jardim do HBDF, começou com um culto ecumênico e terminou com bolo de aniversário

Homenagem

Como uma forma de eternizar o legado de cada um e agradecer pelo trabalho e dedicação que deixaram como marca, foram entregues placas para familiares de colaboradores do HBDF que já faleceram.

Também foram homenageados os colaboradores que, mesmo após a aposentadoria, continuam frequentando o Hospital de Base, oferecendo tempo, conhecimento e carinho para ajudar e prestar serviços. Para eles, foi criado um crachá especial que dá acesso à unidade sempre que for necessário.

*Com informações do IgesDF

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Show ‘Pagode do Pericão – Gravação do DVD’ vai ter 20 vagas para ambulantes em barraca

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A Secretaria Executiva das Cidades vai cadastrar interessados no trabalho de ambulante no evento Pagode do Pericão – Gravação do DVD, que será no dia 21 de setembro, na Orla da Concha Acústica. Serão disponibilizadas 20 licenças para barracas no tamanho de 16 m² (4×4).

O cadastramento será no dia 16 de setembro, no Anexo do Palácio do Buriti, 9º andar, sala 911, das 9h às 17h. No momento da inscrição, os ambulantes devem apresentar original e cópia de documento pessoal com foto e comprovante de endereço em seu nome ou declaração de residência.

A divulgação dos contemplados para o trabalho será no dia 17 de setembro, no site da Secretaria de Governo | Foto: Divulgação/ Segov

Se houver inscrições acima da quantidade de vagas ofertadas, será feito sorteio imediatamente após o término do horário previsto, com a presença dos requerentes que estiverem no momento.

A divulgação dos contemplados para o trabalho será no dia 17 de setembro, no site da Secretaria de Governo (Segov-DF). A entrega das licenças eventuais será no dia 20, das 9h às 17h, no mesmo local do cadastramento diretamente ao vendedor habilitado.

Mais informações estão disponíveis nos editais publicados no site da Secretaria de Governo.

*Com informações da Segov

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Maior parque industrial do Brasil, SP puxa queda do setor em julho

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Locomotiva da indústria nacional, representando um terço da produção das fábricas do país, o estado de São Paulo apresentou recuo de 1,8% na produção industrial em julho. Esse cenário explica o resultado nacional, que ficou no terreno negativo: -1,4%.

A constatação faz parte da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento é um complemento da pesquisa nacional, divulgada no último dia 4, que apura o comportamento do parque fabril em 15 regiões.

Além de São Paulo, apresentaram diminuição na produção Pará (-3,8%) e Bahia (-2,3%). Em São Paulo, o resultado interrompeu três meses seguidos de taxas positivas, período em que acumulou alta de 4,1%.  

“A queda de 1,8%, acima da média nacional, acabou eliminando parte do crescimento acumulado no período. A indústria farmacêutica influenciou negativamente o resultado da produção paulista”, explica Bernardo Almeida, analista do IBGE.

Antes da pandemia

No acumulado do ano, São Paulo apresenta expansão de 4,7% e, em 12 meses, 2,5%. Com esse resultado, a indústria paulista está 2,2% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), acima da média nacional, que está 1,4% além do alcançado no segundo mês de 2020.

No Pará, que representa 4,1% da produção nacional, a queda na passagem de junho para julho é explicada por redução no setor de minerais não metálicos. Na Bahia, que responde por 3,9% da produção nacional – os resultados negativos foram explicados pelos setores de produtos químicos e celulose.

Maiores altas

No campo positivo, os estados com maiores altas de junho para julho foram Amazonas (6,9%), Espírito Santo (5,8%), Paraná (4,4%) e Pernambuco (4,2%). Os outros locais pesquisados que apresentaram expansão foram Região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Santa Catarina (1,3%), Goiás (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,8%).

Bernardo Almeida explica que o desempenho da indústria nacional não pode ser interpretado como um espelho do resultado das 15 regiões pesquisadas.

“É preciso salientar que o resultado regional não esgota o resultado do Brasil, ou seja, uma parte da produção nacional não é vista pelos resultados regionais, já que são apenas 15 locais pesquisados”, diz. “Desse modo, o resultado nacional não deriva da soma dos resultados regionais”, explica.

Cenário

O analista avalia que a queda de 1,4% na média nacional está concentrada nas atividades com maior peso dentro da amostra. Houve recuos nos setores de produtos derivados de petróleo, no setor extrativo e de alimentos.

Almeida aponta que a queda de julho está relacionada a condições macroeconômicas desfavoráveis, com a Selic (taxa básica de juros da economia) na casa de dois dígitos: 10,5%.

Pelo lado da demanda, os juros altos – política monetária que encarece os empréstimos – impactam na renda disponível e no consumo das famílias. Pelo lado da produção, os financiamentos mais onerosos desestimulam a tomada de decisão de investimentos.

O pesquisador avalia que há um crescimento no ritmo de produção, mas, simultaneamente, observa-se que a indústria caminha de forma moderada.

“Por um lado, temos uma melhora no mercado de trabalho e, por outro, temos a taxa de juros refreando os efeitos desse fator positivo. Isso explica esse quadro oscilante no comportamento da indústria [nos últimos meses]”, analisa.

Em 2024, até julho, a indústria nacional acumula expansão de 3,2%. Em 12 meses, o resultado é positivo em 2,2%.

*Matéria alterada às 10h04 para acréscimo de informações

 

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